Trilogia O Século - Vol. 1 - Queda de Gigantes [Ken Follett]

Ed. Sextante, 2010 - 912 páginas:

          Cinco famílias, cinco países e cinco destinos marcados por um período dramático da história. Queda de Gigantes começa no despertar do século XX, quando ventos de mudança ameaçam o frágil equilíbrio de forças existente - as potências da Europa estão prestes a entrar em guerra, os trabalhadores não aguentam mais ser explorados pela aristocracia e as mulheres clamam por seus direitos. Na Grã-Bretanha, o destino dos Williams, uma família de mineradores de Gales do Sul, acaba irremediavelmente ligado por amor e ódio ao dos aristocráticos Fitzherberts, proprietários da mina de carvão. Na Rússia, dois irmãos órfãos, Grigori e Lev Peshkov, seguem rumos opostos em busca de um futuro melhor. O alemão Walter von Ulrich tem que se separar de seu amor, lady Maud. Nem mesmo o americano Gus Dewar, o assessor do presidente Wilson que sempre trabalhou pela paz, escapa dos horrores da frente de batalha.

Primeiro quero parabenizar o escritor pela brilhante ideia de escrever uma saga contando a historia do século XX. Isto porque estamos ainda tão perto dele, mas ao mesmo tempo tão distantes de fatos que marcaram profundamente nossa história e que esperamos não se repitam mais. Conhecer os erros do passado é talvez a melhor maneira de não cometê-los no futuro.

Percebo que a nova geração quase não conhece os horrores da segunda guerra mundial, quiçá da primeira. O século XX foi palco de grandes acontecimentos e esta trilogia, pelo que percebi a partir do primeiro livro “Queda de Gigantes” vai representar os episódios que marcaram este século.

O livro pode assustar, tem que gostar muito de ler, pois possui 912 páginas. O enredo conta a história de 5 famílias de países diferentes: Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e Alemanha, que tem suas vidas mudadas com a primeira guerra mundial e a revolução russa. Mas não é confuso, pelo contrario, como é característico deste autor, ele inseri perfeitamente o leitor na vida de cada uma delas. Lá pela página 200 senti falta do vilão, tão característico nos seus outros livros, que aqui deu lugar ao “canalha” ou ao “egocêntrico”. Os personagens não são de todo BOM ou MAL, são pessoas que de certo modo entendemos a maneira de agir, por se acharem superior ou inferior as outras ou porque estão querendo fazer algo para tornar o mundo um lugar melhor para se viver.

 O livro conta a história da primeira guerra, onde milhões morreram porque tão poucos decidiram que a guerra era um bom caminho e mistura a vida dos personagens fictícios com personagens históricos. Também retrata bem a história de mulheres que não se conformavam com a submissão e lutam por um lugar ao sol.

E adorei o final, que já me deixou com vontade de ler o próximo...
Enfim não se assustem com o tamanho do livro, vale à pena.