Ed. Novo Conceito, 2014 - 192 páginas: |
Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias , o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das filhas, sem amigos... O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar. Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V. Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.
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Quanto vale a realização dos planos profissionais e o sucesso proveniente dessa conquista? Será possível escolher o sucesso em detrimento da família? Em seu novo livro, Mauricio Gomyde traz esta e outras reflexões numa história familiar bonita e envolvente. O que mais aprecio no estilo do autor é a capacidade de traduzir a realidade em seus livros. As dificuldades enfrentadas pelos personagens podem ser minhas, suas ou de pessoas próximas a nós. Podem estar na novela das oito, numa manchete de jornal e, especial e mais profundamente, nas páginas de um livro apaixonante. Assim é A Maquina de Contar Histórias.
Vinicius Becker é um escritor no auge do sucesso. Seus livros vendem muito e atravessam fronteiras. Fez fortuna, assume muitos compromissos profissionais e deixa em segundo plano a esposa Viviana e as filhas Valentina e Vida, que com ele formam a bonita “Família V”. No dia do lançamento do novo livro, Viviana sucumbe à leucemia num leito de hospital. Vinicius não estava lá. E também não estava presente na rotina da família. Então a culpa lhe cai sobre os ombros de maneira implacável. Com o peso do remorso faz uma retrospectiva de seus últimos anos, plenamente dedicados à construção do grande escritor que se tornou. E a família?
Valentina não perdoa. Em plena adolescência conviveu com a doença da mãe e a ausência do pai, sozinha para lidar com a dor e as dificuldades que se multiplicavam. A revolta é a sua arma para demonstrar toda a indignação, todo o pesar que teve que suportar. Ela precisa externar o que ficou contido enquanto a mãe perdia as forças e o pai viajava. Como drenar o misto de mágoa e necessidade de ajuda, no momento extremo em que essa menina precisa de um colo acolhedor e alguém que diga que tudo ficará bem?
Envolto no luto, incapaz de se entender com a rebelde Valentina e a pequena Vida cheia de medos, Vinícius está no abismo que jamais imaginou contar em suas histórias meticulosamente criadas para encantar leitores e vender milhões. O comportamento de Valentina é uma acusação permanente da culpa de um pai negligente, de um marido que não soube enfrentar a doença e declínio da esposa – e encontrou refúgio no trabalho. Vida representa a esperança de corrigir os erros cometidos na criação das filhas. A vida real pode ser muito cruel, não adianta fugir às regras do velho ditado: ‘a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória’...
Pensando em trazer as filhas para perto de si, Vinicius decide fazer uma viagem. Serão dias de luta em busca de corrigir o que ficou deteriorado na relação com Valentina, de reconstrução dos laços que devem unir pai e filhas, de reaprender o valor do convívio, do encantamento com o crescimento das meninas. A necessidade de perdão mútuo se revela tão avassaladora que não há outra saída para que os três voltem a ser uma família. A paixão pela literatura é um bom caminho para o reencontro...
Muitas emoções me tomaram durante a leitura. Apesar das poucas páginas, a densidade emocional é tamanha que não consegui absorver tudo de uma vez. Precisei de pausas a cada final de capítulo, tanto para entender as razões de Vinícius como para aguentar a dor de Valentina – e o reflexo desse sofrimento atormentando o pai. Como mãe, sei que criar filhos é um investimento que demanda tempo, dedicação, paciência, parceria. É lindo vê-los crescendo, tornando-se sujeitos do mundo, diferentes de nós e de nossas expectativas. Só perdoei Vinicius quando ele percebeu o tamanho do erro e corajosamente decidiu refazer o caminho do coração.
Além da narrativa carregada de emoção, o autor nos presenteia com ingredientes preciosos: trilha sonora soberba, viagem cultural e gastronômica estimulante e a revelação da rotina de um escritor. É bom descobrir o método que Vinícius Becker utiliza na criação de seus livros – e perceber como Valentina anda na contramão do pai, mas valida outros caminhos para fazer literatura...
A editora caprichou na diagramação: setinhas de play, recuo e avanço indicando o tempo presente e passado, letrinhas soltas no começo de cada capítulo, remetendo à ideia de uma vida literária onde fervem palavras, frases e inspirações. A bela capa está em harmonia com o texto.
Pouquíssimos livros me fizeram chorar de emoção e A Máquina de Contar Histórias está nessa lista. Sou inclinada a cair de amores por narrativas que ficam reverberando dentro de mim. Não consegui descrever tudo que senti, ruminei por dias as impressões que gostaria de compartilhar. Amar dói e faz crescer. Amar está muito além das frases bonitas em construções perfeitas impressas em best-sellers. Amar é um processo, amar é estrutural. Não se forma uma família sem esse poderoso alicerce. Amor é conquista, é a linguagem do coração, é o produto da verdade que carregamos dentro do peito. A tradução do amor (que se sente e que se dá) é a felicidade.
Obrigada, Maurício Gomyde, por tecer e mostrar os sinuosos caminhos do amor em família numa comovente e sensível história, em linhas férteis de um livro lindo!
http://www.skoob.com.br/livro/382755
Cortesia da Editora Novo Conceito |
Manu Hitz Cearense, fisioterapeuta e mãe. “Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer. Leio com alegria.” Ariano Suassuna. |
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Caramba, Manu. Esse livro deve ser tudo e mais um pouco, fiquei comovida por tudo que li na resenha a respeito da trama. O que achei mais fascinante é que não se trata de um romance, mas sim de algo muito maior. Relação familiar, de pai pra filhas. Só tenho uma coisa a dizer viu, preciso urgentemente ler esse livro. E outra coisa, adorei saber que a NC teve um cuidado legal para com a diagramação interna do livro. Bacana demais esses detalhes!
ResponderExcluirSe o livro for tão tocante quanto a resenha, com certeza eu vou amar. *-*
ResponderExcluirAinda não tive o prazer de conhecer as histórias do Maurício, mas pelas coisas que tenho lido a respeito, tenho a impressão de que ele é um autor e tanto, cheio de sensibilidade e talento.
Essa história em particular parece que toca o coração de muita gente, até porque quase todo mundo já passou por alguma "crise" familiar.
Como você bem disse, Manu, amar é um processo, é uma escolha diária.. e muitas vezes, não é fácil. E nós, como seres humanos, erramos e feio.
O mais lindo é ver uma pessoa admitindo as falhas, buscando juntar os "cacos" e reconstruir um relacionamento ferido. Isso é prova de humildade, de amor. Abdicar do orgulho, admitir as escolhas erradas, deixar as mágoas de lado.. isso é maturidade!
Se a resenha já me fez pensar, imagino quando tiver contato com a história. =)
bjs
"A Máquina de Contar Histórias" é um livro que quero ler desde sempre.
ResponderExcluirTenho certeza que este livro vai entrar para a minha lista de favoritos. Lerei este livro em breve.
Kamilla e Ana Paula, fico muito feliz com os comentarios de vcs, porque captam a sensibilidade que tentei imprimir na resenha. Mauricio Gomyde é, definitivamente, um autor nacional que merece ser lido e divulgado. Mais maduro neste romance, toca nosso coração.
ResponderExcluirBeijoooo!
Manu, ainda não li nada do Mauricio Gomyde, mas a julgar pela sua resenha, ele sabe expressar com muita propriedade os dilemas da alma, digamos assim. Essa questão que envolve o lado profissional e o pessoal rende muita conversa porque sempre temos que fazer escolhas e o mais difícil é conciliar tudo que queremos fazer e principalmente nós, mulheres, que temos sempre uma vida multifacetada, o livro deve ser inspirador. Também me chamou a atenção que em poucas páginas o autor conseguiu transmitir a você tantas emoções. Mais uma prova de que não são necessárias muitas páginas para quem sabe escrever bem. Excelente resenha, Manu!
ResponderExcluirquerida manuh, novamente escrevi um comentário enorme e nada de ele aparecer, estou começando a achar que é algo pessoal.
ResponderExcluirli e reli suas palavras e me deparei com algo que me fez refletir: "Pouquíssimos livros me fizeram chorar de emoção e A Máquina de Contar Histórias está nessa lista". isso não é pouco e conhecendo seu gosto peculiar, faz com que o apetite pelo livro só aumente, afinal de contas temos gostos parecidos, o parágrafo bem colocado, a palavra perfeita lida no por do sol.
gomyde é um caso à parte... primeiro ganhei um de seus livros numa promoção, logo depois, em outra promoção tive meu nome incluído em um de seus personagens. seus livros me perseguem sem eu nunca os ter lido. sua resenha deu aquele empurrão que me faltava pra sanar essa grande lacuna.
obrigado pelas belas palavras de sempre!
Estou ansiosa para ler esse livro, pois gosto muito de histórias que abordam temas familiares. Tenho certeza que vou me emocionar ao ler esse livro.
ResponderExcluirA capa é muito bonita.
Pela resenha vi que esse livro te emocionou bastante, gosto de livros assim, que nos marcam e faz refletirmos sobre a vida.
ResponderExcluirApesar de ter adorado a resenha e percebido a emoção do livro e como ele te tocou não conseguiria le-lo! Sinto, pode até ser exagero, que meu emocional não está preparado para algo tão real e tocante! Quem sabe mais pra frente!
ResponderExcluirJá estava loooouuca pra ler esse livro e sua resenha me fez ter mais vontade ainda. Pior que agora não vou querer "só ler"... Esse eu tenho que comprar!!! *o*
ResponderExcluirAmeiii a resenha!
Beijos
albumdeleitura.blogspot.com.br
Manu,
ResponderExcluirTantos são os livros que me fizeram e fazem chorar, tenho certeza que A Máquina de Contar Histórias entrará para esse time. A História é muito forte e ao mesmo tempo tão bonita. Confesso que fiquei apaixonada quando você falou da diagramação <3, quero esse livro haha.
Beijocas ^^
sou fã do autor, amo a fora como ele consegue tornar suas tramas reais, humanas e capazes de fazer parte da nossa vida!
ResponderExcluirsão inesquecíveis!!!!
estou doida para ler
http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Nunca li nada do autor,apesar de já ter lidos vários elogios.A historia me pareceu bem verossímil, com questões que nos fazem refletir e situações que qualquer um pode um dia passar.
ResponderExcluirJá ouvi muito elogios sobre esse livro. Ainda não tive oportunidade de ler, mas está na minha. Me parece ser um ótimo livro e, quando o ler, espero ter uma leitura prazerosa.
ResponderExcluirAo ler sua resenha tive um grande sentimento de orgulho, não li esse livro ainda, mas é tão bom ver os nossos autores nacionais sendo reconhecidos.
ResponderExcluirMuito obrigada pela resenha.
Bjs!
Fiquei pensando como é comum hoje em dia acontecer este tipo de coia em muitas famílias. Pena que a perda aconteceu. Fiquei imensamente pelas meninas que perderam a mãe, com certa raiva do Vinícius...
ResponderExcluirEspero que ele consiga reparar os erros do passado e resgatar o amor entre a família!
Não esperava que fosse um drama tão realista e consistente!
Adorei. Já add na minha lista de desejados!
Oi Manu!
ResponderExcluirEsse deve ser uma história cheia de emoções, afinal, é um pai tentando trazer as filhas para perto de si! Deve ser bem interessante essa revelação da rotina de um escritor! Amei esse final da resenha que você falou sobre o amor!
Beijos... Samantha Culceag.
Só pra Menores
Que lindi!
ResponderExcluirPreciso agora desse livro!
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Oi, Manu!
ResponderExcluirAi, meu, você é muito má! Sou fã do Maurício desde O Rosto que Precede o Sonho, único romance que me fez ficar horas grudada às páginas e só largá-las no fim da história. E agora preciso desse livro pra ontem! Amei a sinopse e o fato de contar com uma narrativa tão linda que trata do amor do pai, da literatura e coisas desse tipo.
Um beijo enorme,
Doce Sabor dos Livros - Aguardo a sua visita!
Só leio elogios em relação aos livros do Maurício Gomyde. Tenho um de seus livros aqui, mas ainda não o li. Apesar de ser uma leitura que foge um pouco do meu estilo, achei a história bem interessante. às vezes me jogo em narrativas mais reflexivas. É sempre bom variar o cardápio, né?!?! kkkkkk
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Ainda não li nenhum livro do autor, mais pelo jeito vou virar fã. Adoro livros que emocionam e ainda por cima traz uma história de pai e filhas acima de tudo família. Estou vendo muitas resenhas positivas sobre esse livro .Vou ler o mais rápido possível.
ResponderExcluirNossa, suas resenhas são sempre surpreendentes e me deixam com vontade de começar a ler o livro imediatamente. Eu ainda não li nada desse autor. Acho que é uma boa oportunidade para mudar isso. É tão bom ver como os autores nacionais vem crescendo e ganhando espaço. Esse livro com certeza foi uma ótima indicação.
ResponderExcluirManu, você conseguiu me emocionar só ao ler sua resenha, que está linda, mais uma vez parabéns! Aprecio livros com enredos familiares e este já entrou para minha lista, e ainda por cima é nacional! Show. Você sabe que costumo fugir um pouco de livros que vou chorar muito, mas esta é uma indicação imperdível. E o último parágrafo de sua resenha é para mexer mesmo com nossos sentimentos.
ResponderExcluirAbraços,
Gisela
@lerparadivertir
Ler para Divertir
Amiga linda!
ResponderExcluirAgora você entendeu o que eu disse, não é mesmo?! É um livro simples, co uma linguagem acessível, mas de uma complexidade que chega a ser contraditório.
O livro fala resumidamente de amor... amor por ler, por escrever, pela família, pela vida e também sobre perdão. Maurício também me emocionou e me ganhou já nos primeiros capítulos.
O livro me atraiu na verdade... quando a caixa chega, eu abro, espalho pra tirar fotos e eles me escolhem... rs
Suas palavras também me tocaram, especialmente no final da resenha, quando você fala de amor, de construção de família! Vejo um pouco disso todos os dias de você e sua família... me orgulho demais em ser sua amiga! Obrigada!!!
Beijos
Chrys Audi
Blog Todas as coisas do meu mundo
Oiii Manuh <3
ResponderExcluirAi meu sinhó... Nem sei o que comentar pra ser sincera. HUAEHUAEUAE Fiquei tão feliz com a sua resenha, tão sentida por você ter gostado do livro (amado, chorado), então o que me resta dizer é que: já conhecia a escrita do Mauricio e fiquei muito MUITO feliz por ele estar com a Novo Conceito e por ter lançado mais um livro espetacular (não li ainda, mas sei que será espetacular u-u HUAEHUAEU)
Acredito que vou me emocionar muito em A Máquina de Contar Histórias, porque o tema é família, que é um ponto sensível e pouco desenvolvido por mim... ai aia ai, ansiosa para a leitura *o*
Beijosss mãezinha XD
www.livroterapias.com
Um dia eu vou saber resenhar que nem você, Manuh. Simplesmente lindo tudo o que vc disse. Acho que sua experiência como mãe de adolescente trouxe um olhar diferente sobre o livro e conflito pelo qual Vinícius e Valentina passam. Mas independente de vivências, o livro toca a todos, de alguma maneira. Sou fã do Maurício e apaixonada pelos livros dele.
ResponderExcluirBeijinhos!
Giulia - Prazer, me chamo Livro