Até Que Eu Morra, Vol. 2 - Série Revenants [Amy Plum]

Ed. Farol Literário, 2014 - 429 páginas:

      Kate e Vincent estão finalmente juntos em Paris, a cidade das luzes e do amor. Mas esse amor carrega uma questão que não pode ser ignorada: como eles poderão permanecer juntos se Vincent não resistir a se sacrificar para salvar outros mortais? A promessa de levar uma vida normal com Kate significa deixar que pessoas inocentes morram? Quando um novo e inesperado inimigo se revela, Kate descobre que há muito mais coisas em risco... e que até mesmo a imortalidade de Vincent pode estar ameaçada. 

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Saraiva, Cultura

Na resenha de Morra por Mim procurei não dizer nada que conduzisse o leitor a deduzir a real natureza de Vincent e sua turma. Depois que Kate presencia a morte de um dos amigos de Vincent e dias depois, se depara com este amigo que supostamente está morto, em um museu de Paris, por mais que ele negasse ser o "morto", dizendo-se ser outra pessoa, Kate não acredita na sua mentira e acaba descobrindo que Vincent e seus amigos não são seres mortais como nós. Mas o que eles são? Isso não quero dizer aqui, para não estragar a surpresa de quem ainda não leu o primeiro livro.

"Era o dia do mês que eu menos gostava. O dia em que Vincent não existia. A algumas ruas de casa, o corpo dele jazia, frio, em sua cama."

Na aguardada continuação de Morra por Mim, Amy Plum nos mostra como Kate e Vincent estão determinados a achar uma solução que permita aos dois vivenciarem seu romance inviável sem o sofrimento que o segredo da imortalidade de Vincent provoca em Kate. Se o amor entre os casais mortais já é complicado, image um imortal namorando uma mortal? Então, cada um deles, separadamente, está  procurando uma maneira de resolver a situação.

"- E cada vez que beijo tua mão em despedida, e a cada ausência que a isso se segue, são prelúdios para a separação eterna que em breve teremos!"

Empenhada em descobrir mais sobre a natureza imortal de Vincent, Kate resolve por conta própria fazer pesquisas que acabam envolvendo-a em um perigo mortal. E não é só sua vida que está em jogo, sua família também acaba sendo ameaçada pelos inimigos de seu namorado.

"Pobre do humano que encontra um revenant. Pois ele dançou com a morte, tendo ou se livrado dela ou sucumbido a seu abraço gelado."

Em Até Que Eu Morra, a autora insere novos personagens na trama e cresce um pouco a participação de outros já existentes, na medida do possível para uma história contata em primeira pessoa, que tem suas vantagens e desvantagens, é bom pois você pode sentir tudo o que o personagem que está narrando sente, tendo maior domínio sobre suas percepções, mas em compensação, livros escritos em primeira pessoa não permitem histórias paralelas, com maior desenvolvimento de outros personagens. Como, exemplo, Georgia, a irmã divertida e despojada da Kate, mesmo tendo ganhado mais espaço neste livro, ainda não foi o tanto que gostaria, pois me diverto muito com ela.

Amy também enriquece sua história sobrenatural com descrições belíssimas sobre os pontos turísticos mais famosos de Paris, cidade luz, e várias dicas de filmes antigos que valem a pena conhecermos, além de citar o significado de várias flores, que achei bastante instrutivo. Acredito que esta mistura de fantasia com a realidade urbana deixa a trama mais verossímil, como se realmente os Revenant vivessem entre nós.

O livro termina deixando o leitor meio apreensivo, já nos convidando para a leitura do próximo.

Cortesia da Editora Farol Literário

Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!

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