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8.9.14

Proibido [Tabitha Suzuma]

Proibido-Tabitha-Suzuma
Ed. Valentina, 2014 - 304 páginas:
      Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã.

Onde comprar:


“Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa?”

Tentei (juro!) trazer uma opinião isenta e particular do que experimentei com a leitura de Proibido (Valentina, 304 páginas). Fui invadida por muitos sentimentos e sensações, me senti jogada no olho do furacão. Uma relação incestuosa é tabu, é proibida, passível de julgamento, facilmente suscitando aversão. Então, preciso revelar: o livro é forte e polêmico. Dramático e perturbador.

O incesto é legalmente proibido na maioria dos países, mas o fato de ser moralmente condenado pelas pessoas não quer dizer que seja condenável juridicamente. Alguns países não proíbem o incesto consensual, como França, Israel, Japão, Rússia, Holanda, Espanha e Portugal. Entretanto, alguns proíbem o casamento incestuoso.

Lochan tem dezessete anos, Maya tem dezesseis. São irmãos e responsáveis pelos três irmãos menores: Kit, Tiffin e a pequena Willa. O pai abandonou a família e a mãe é uma alcoólatra tremendamente irresponsável, que deixa os filhos sob os cuidados exclusivos dos irmãos mais velhos. A estrutura familiar é um caos completo, o dinheiro é pouco e a mãe é cada vez mais ausente e negligente até com o auxílio financeiro aos filhos. Lochan e Maya tentam conciliar os estudos e os cuidados com a casa e os irmãos, numa rotina exaustiva. Só encontram apoio um no outro, numa cumplicidade cheia de afeto e compreensão. Um alívio para o turbulento mundo de Lochan, que tem muita dificuldade de relacionamento na escola, é extremamente tímido e começa a desenvolver crises de ansiedade. Nossos protagonistas exercem o papel de pais dos irmãos.

“Mas o vazio se escancara como uma caverna dentro do meu peito. Sinto uma solidão terrível o tempo todo. Mesmo estando cercado por outros alunos, há uma tela invisível entre nós, e por trás da parede de vidro estou gritando - gritando em meu próprio silêncio, gritando para que me notem, que sejam meus amigos, que gostem de mim." (Lochan)

Eles se sacrificam para tentar manter a família unida a qualquer preço, abrindo mão de suas vidas pessoais e assumindo a enorme responsabilidade que deveria caber a um adulto. Não têm direito a uma saída com os amigos, a dormir até tarde, coisas próprias dos adolescentes. São altruístas e se unem para manter o ambiente familiar o mais próximo da normalidade. Querem que os irmãos cresçam saudáveis, evitar que sofram e esperam ser o amparo e a segurança que nunca receberam. A verdade é que a realidade é dura e dolorosa demais. E ainda tentam driblar o serviço social, que poderia dissolver a família e encaminhar cada um para a adoção.

“Observo que a deserção de nosso pai não lhe dá o direito de nos desertar também. Mas isso apenas a provoca mais ainda, e ela joga na minha cara sem o menor pudor que nunca teria se casado com nosso pai se não tivesse ficado grávida de mim por acidente." (Lochan)

A narrativa é alternada entre Lochan e Maya, sempre em primeira pessoa, dando ao leitor intimidade com os pensamentos e sentimentos dos personagens. Sem desejar ou perceber, acabam se envolvendo além do permitido para dois irmãos... e se apaixonam. Eles lutam o tempo todo contra o sentimento e depois... pelo sentimento. É doloroso vê-los analisando a (im)possibilidade desse amor, que aos olhos do mundo é doentio, irracional.

Se Lochan e Maya confundiram ou não seus sentimentos, não posso afirmar, já que não tiveram direito a uma adolescência comum. Receberam precocemente as responsabilidades do mundo adulto: crianças para criar, contas para pagar, uma casa para tocar. Tudo que foi negado aos dois parece desembocar na ascensão do desejo latente, natural, que sentiriam por outros parceiros se tivessem uma vida normal. Mas eles só tinham um ao outro, especialmente Lochan, sem amigos e o “homem da casa”. Nesse turbilhão de sentimentos, surge uma paixão perigosa, mas repleta de ternura, baseada na admiração mútua. Eles querem se defender, se proteger. Ao mesmo tempo querem dar vazão ao desejo, às carícias, ao amor que sentem. Mas o mundo diz que isso é proibido!

“Você pode não concordar com eles, mas vai entendê-los.” (Tabitha Suzuma)

Os diálogos entre Lochan e Maya sobre seus medos e sonhos e as indagações sobre seu amor condenado preenchem a maior parte do texto sensível de Suzuma. Não raro o leitor vai sentir repugnância ao pensamento de envolvimento íntimo com o irmão ou irmã. Mas, à medida que conhecemos o drama vivido pelos dois adolescentes, compreendemos que não são culpados ou condenáveis. É bom despir-se de preconceitos e moralismos para absorver esta história, sem a necessidade de aceitá-la, mas sim de senti-la. Este é um livro que, para ser assimilado, é preciso, antes de tudo, colocar-se sob a pele dos envolvidos. Do contrário, falarão mais alto as vozes do preconceito, da intolerância, do julgamento, numa torrente de apedrejamento moral.

“Mas então por que é tão terrível para mim estar com a garota que eu amo? Todos os outros têm permissão para ficar com quem quiserem, expressar seu amor se quiserem, sem medo de assédio, ostracismo, perseguição ou até mesmo da lei. Mesmo emocionalmente abusivas, as relações adúlteras são muitas vezes toleradas, apesar do dano que causam aos outros. Em nossa sociedade, progressiva e permissiva, todos esses tipos nocivos e insalubres de 'amor' são permitidos - mas não o nosso. Não consigo pensar em nenhum outro tipo de amor que seja tão completamente rejeitado, mesmo que o nosso seja tão profundo, apaixonado, carinhoso e forte que nos obrigar a nos separar nos causaria uma dor inimaginável. Nós estamos sendo punidos pelo mundo por apenas uma razão simples: por termos sido produzidos pela mesma mulher.”

A repulsa causada pelo incesto deve ser considerada em dilatada análise. Do ponto de vista jurídico, a proibição contribui para inibir os casos de violência e abuso sexual dentro do núcleo familiar. Sob o aspecto sociológico, seu consentimento daria guarida a uma distorcida ampliação das relações de poder – do pai sobre a filha, do irmão sobre a irmã, por exemplo -, confundindo o dever de proteção com a posse do corpo do outro. A biologia atesta que a consanguinidade aumenta a probabilidade de problemas genéticos, uma roleta-russa potencial. E culturalmente aceitamos a proibição do incesto, algo que parece inerente à sociedade moderna, fortemente moldada por valores religiosos.

“Lochan não pode ser meu namorado. Das bilhões de pessoas que habitam o planeta, ele é uma das pouquíssimas que não posso ter. E isso é algo que devo aceitar – mesmo que, como ácido num metal, esteja lentamente me corroendo por dentro.” (Maya)

A belíssima capa traduz bem o conteúdo da obra. Lochan e Maya protegem o amor proibido (aos olhos da sociedade), mas que é tão puro, espontâneo e verdadeiro para eles. Esse amor delicado e bonito também carrega seus espinhos no impedimento legal e moral que abriga.

Fiquei cheia de indagações durante a leitura. Talvez rejeitasse o livro se soubesse do seu conteúdo, mas perderia uma história tão bonita quanto dolorosa, um drama que pode, sim, acontecer, embora não ousemos aceitar. A questão é que sempre atribuímos uma situação de abuso quando falamos nisso. Será que um dia discutiremos as relações incestuosas? Uma sociedade é um organismo vivo e experimental, que evolui quando quebra paradigmas, repensa seus valores e começa a se libertar de ideias arraigadas. Seria o caso do incesto? Muito há que ser discutido e considerado antes de tomarmos uma decisão sobre o delicadíssimo assunto. Prefiro não julgar. Apesar de evitar ver Lochan e Maya como irmãos nas cenas românticas – era inevitável me colocar no lugar dela e sentir um imenso desconforto -, não posso condená-los. Não defendo uma relação incestuosa, mas não posso me posicionar contra ou apontar o dedo para eles... não depois de conhecer o drama desses meninos, que não têm qualquer orientação para a vida! Estão na corda bamba do “vivendo e aprendendo na marra”. É uma sensação tão estranha! Por isso o livro é perturbador.

Se eu puder aconselhar o leitor antes da leitura, direi: não procure lógica nem argumentos ou posições, apenas abra seu coração para acolher esta linda e triste história. Você vai se sentir estilhaçado, seu coração será partido. A autora propôs um desafio, que cumpre com total habilidade e sensibilidade: criar personagens empáticos para uma causa muito complicada e emoldurada por polêmicas.

Tabitha Suzuma gravou um vídeo para seus leitores, vale a pena conferir:

Link do vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=D0MZBjbLVlo

Link do livro no Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/374026


Cortesia da Editora Valentina

Cearense, fisioterapeuta e mãe. “Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer. Leio com alegria.” Ariano Suassuna.

*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!

36 comentários em "Proibido [Tabitha Suzuma]"

  1. Li o livro em inglês e me passaram diversas emoções pela cabeça... Embora a história seja bonita, ainda não consegui engolir o final e a trama em si... Foi muito ousado da autora abordar esse tema. Mas mesmo com todos motivos e as ótimas resenhas o livro não me desceu bem.. Mas é um livro polemico como você mesma disse, existem pessoas que gostaram e outra que não.
    Bjs

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  2. Manu, adorei a sua posição quanto ao conteúdo do livro. Parabéns pela abertura e pela ponderação.
    Não sei se leria essa história, pois, querendo ou não, também me causa desconforto. Mas o que me parece muito legal nela é que independente de concordar com o que acontece, os leitores (pelo menos todos os que conheço) conseguem entender o contexto e, geralmente, se abstêm de julgamentos severos. Pontos para a autora!
    E generalizando isso para a vida, penso que esse livro pode ser uma boa chamada de atenção para que paremos de condenar os outros pelas atitudes que nos confrontam. Nunca sabemos ao certo o que se passa na vida de alguém, muito menos o que pode ter levado ao ato.
    bjs

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  3. Aninha querida, sábias palavras:
    "conseguem entender o contexto e, geralmente, se abstêm de julgamentos severos. Pontos para a autora!" Posso anexá-las à resenha?
    É um livro dificílimo, não bastando o tema ainda tem a situação dramática das crianças. Sofri duplamente. E fazer a resenha foi bem complicado. Vc entendeu perfeitamente minha posição.
    Adoro ler sua opinião, sempre lúcida e inteligente. Bj

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  4. Manu, acho que eu não leria este livro, pois eu ficaria muito desconfortável. Tenho uma irmã e seria meio difícil não me colocar no lugar dos personagens, e isso me deixaria, eu não sei, acho que enojado. Mas acho que se eu não tivesse irmãos, eu leria, mesmo não confortável, pois a história em si parece boa. Adolescentes com tantas responsabilidades e compromissos parece um tema legal.
    Adorei a resenha, até mais!

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  5. Manu
    Eu já quero muito ler o livro, gosto de temas polêmicos. Fiquei admirada com sua resenha, tema difícil de abordar e você como sempre foi perfeita em colocar as palavras certas nos lugares certos. Eu evito julgamentos, sempre assumo que ações consensuais e que não prejudiquem outras pessoas são válidas. Mas neste caso é muito difícil nos livrarmos dos preconceitos já enraizados dentro de nós. Quero Muito ler este livro.
    Abraços,
    Gisela
    @lerparadivertir
    Ler para Divertir

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  6. Manuh,
    Ainda não li Proibido e já não sei o que pensar sobre o livro. Vou ler com certeza, mas já estou me questionando se conseguirei manter a mente aberta assim, a ponto de deixar, a minha posição sobre o tema, de lado.
    Você é a segunda pessoa que eu vejo falando muito bem do livro. Sem dúvida, a sua resenha despertou a minha curiosidade e como confio nas suas indicações, vou ler Proibido.
    Beijos e parabéns pela belíssima resenha!

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  7. Nossa sem hora.
    Manu, eu não tinha a menor noção de qual seria o tema abordado no livro e fiquei muito surpresa com a ousadia da autora! Com toda a certeza lerei este livro :o
    Sua resenha é a melhor s2
    E ainda bem q sou filha única HUAEHUAEHIA não farei que nem o Samuel (comentário acima)

    Beijos :3
    www.livro terapias.com

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  8. Manu, quando li sua resenha, eu já tinha uma idéia de que seria sobre um tabu muito grande. Mas ao contrário da maioria das pessoas, eu não sinto todo esse desconforto. Talvez, se eu tivesse um irmão, poderia começar a sentir na pele essa dificuldade que as pessoas tem de assimilar a situação. Talvez minha mente seja pervertida ou eu seja anormal, mas a verdade é que conforme fui lendo a resenha, eu me coloquei no lugar deles. Há poucos dias uma moça do meu trabalho estava arrasada pois sua afilhada casou com um rapaz, ela estava inclusive grávida. E aí, descobriu que a mãe dos dois era a mesma. O rapaz tinha sido dado para adoção quando sua mãe, tão jovem o tinha tido. Daí que ela nunca mais soube do filho - que deixou na bahia com desconhecidos. Veio para o RJ, e depois de alguns anos, teve uma filha. O rapaz, sem conhecer sua família biológica foi para SP estudar e depois para o RJ e por um acaso ele conheceu sua irmã. Parece história de novela não é? Mas não, é vida real. Todos na mesa, julgaram o casal com repulsa e ódio. Eu não consegui ter esse sentimento. Lamentei que a criança poderia vir a ter problemas, mas não pelo amor deles, que era tão sincero e bonito. Da mesma maneira, não consigo julgar Lochan e Maya. E se eles tivessem tido uma família decente? E se não houvesse necessidade que ambos se tornassem arrimos da família, pais dos irmãos? Será que teriam se apaixonado um pelo outro ou mesmo teriam levado isso adiante? É muito fácil julgar. É muito mais fácil se sentir desconfortável com a situação. O difícil, é entender - principalmente se colocar no lugar deles. Imagino a dor na consciência de ambos, só pelas poucas palavras que você grafou. Enfim, eles sofrem por uma ojeriza cultural. O maior tabu do incesto é na implicação do sofrimento mental que sofrem. E esse sofrimento é muito maior do que a própria relação amorosa em si. Aprendemos em nossa sociedade que é um horror tão grande, que nem queremos saber o que levou a situação a acontecer. Eu não só leria, como coloquei na minha lista de desejados. Parabéns pela coragem em ler, resenhar e abordar o tema de forma tão imparcial.

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  9. Desde a primeira vez que vi falar desse livro, já fiquei doida pra ler, curto muito um tema polêmico, incesto então é muito tabu, um livro muito dramático e que parece despertar os mais variados sentimentos.

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  10. Esse livro aborda um tema que não entra na minha cabeça, eu respeito a opinião de cada um mas para mim é 'proibido' mesmo... Eu achei a capa super linda, uma das mais bonitas que já vi, mas o problema em um todo foi o tema e eu não quero nem saber do final...

    Abçs :)

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  11. Manuh querida,
    Sinceramente acho que o ponto aqui nem é preconceito, mas conceito mesmo.Acho que já está tudo tão bagunçado no conceito de família, a figura paterna já não passa mais tanta segurança como deveria, que atribuir o incesto como normal abriria portas obscuras demais. Acho que estaríamos vivendo como Vickings em terra sem leis. Pode até ser uma visão obtusa e primitiva minha, mas acredito que algumas coisas só se mantém no lugar quando o conceito é muito arraigado, como esse, que chega a causar repulsa nas pessoas. Mas voltemos no tempo, uma das premissas mais pregadas é a de Adão, Eva, Caim, Abel. Caim matou Abel e como viemos parar aqui? Acho apenas que ninguém quer tocar nesse assunto, mas que existe explicação, existe!
    Enfim, deixando isso de lado, passemos a falar da situação em que estes adolescentes foram colocados, ou melhor, a que foram condenados, porque abriram mão de suas vidas por uma instituição que não sabiam o que era, Familia. Contraditório não é?!
    Deve ser muita miséria, muita renúncia, sofrimento demasiado, em carne viva, tangível em certo ponto!
    Mas será que ambos não confundiram carinho, ternura com desejo e paixão? Somos tão tendentes a isso. Alguém nos sorri e já achamos que foi amor à primeira vista. Estamos carentes, com certeza eles também, em uma intensidade infinita!
    Polêmica ao extremo!!! Ui quero ver as demais opiniões de seus leitores, querida!
    Beijos
    Chrys Audi
    Blog Todas as coisas do meu mundo

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  12. Eita Manuh...

    Eu já tinha lido uma outra resenha desse livro e já sabia sobre o tema controverso desse livro. Sua resenha foi feliz nos comentários, eu concordo com muita coisa do que você escreveu. Na sociedade em que vivemos esse tipo de relacionamento é visto com desagrado e desamor.

    Estou ansiosa em ler e enfim conhecer o destino desse casal. Sendo sincera com você estou torcendo por eles, para que encontrem felicidade independente do que a sociedade imponha como certo ou errado.

    Mais uma resenha brilhante!!!! Quando eu crescer quero ser igual a você. :P

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  13. Confesso que sua resenha me balançou bastante, não pelo tema, mas pelos sentimentos envolvidos! Muitas pessoas comentaram e citaram o desconforto para ler esse livro, contudo nem sei te dizer que sentiria desconforto ou não! Apesar de ser um tema polêmico, acredito, que o pior é o sofrimento que as partes passam por enfrentar uma situação dessas! O conflito é muito grande daquilo que crescemos acreditando e o que sentimos. Realmente, suas palavras me trouxeram pensamentos até então dormecidos!

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  14. Gente!!! Que loucura!!!
    Não sei nem o que pensar sobre o que você disse. Preciso ler mesmo!
    Muito filosófico tudo isso. Dá pra ficar horas e horas debatendo esse assunto sem parar e nem cansar.
    Choquei!
    Tá na lista. Vou ler assim que possível!!

    Bjks

    Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/

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  15. uma resenha é de outro patamar quando a gente retorna várias vezes a ela, pra nos posicionarmos, pra saborearmos o livro sem tê-lo, pra sem reservas colocá-lo como algo desejado. e acontece que sua resenha faz isso comigo, é uma aula, uma provocação filosófica. de certa forma, ao contrário de ti, queria Manuh, já me despi da culpa cristã, ela não bate mais à minha porta, leio sem restrições. não nomeio nada, não pré-julgo nada, apenas sinto. não tenho irmãos, sou filho único, talvez você diga que eu não saberei entender o que se passa, mas tento, a empatia em mim supera a ausência.
    alguns trechos me parecem acima da capacidade de um adolescente de 17 anos, pensamentos profundos, estruturados em anos de maturidade dialética, mas isso não tira o sabor de um livro provocador, é o pensamento da autora na voz de sua personagem.
    as restrições morais, sociais, legais e mais que isso tudo, biológicas devem ser levadas em conta sim, porém o que vale à pena ser lido e revivido em pensamento é o "amor", a necessidade do contato, a transmissão de um afeto represado. livro polêmico, cru, necessário, então vai pra minha listinha sim. resenha impecável!

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  16. Que história chocante e triste. Não esperava que este livro se tratava deste assunto. E fiquei tremendamente revoltada com a situação destas crianças. A irresponsabilidade dos pais deixaram os jovens com uma carga e uma responsabilidade que não cabia a eles. Muito triste isso. Tremendamente chocante. E não posso julgar estes jovens e nem criticá-los. Pois se vivesse a mesma situação seria capaz de fazer o mesmo. Não nos cabe julgar o que não vivenciamos. Quem sabe o dia de amanhã? Vou ler com certeza. Beijos.

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  17. Quando vi a capa do livro pensei que era um daqueles romances sabe? e só, sem nada demais. Fiquei passada agora com o conteúdo do livro. É... deve ser realmente perturbador. Fiquei bastante curiosa pra saber como a autora abordou a trama, deve ter sido com muito cuidado, imagino eu. Inicialmente fiquei com receio, admito, mas pelo que você falou dos personagens, o que eles sofreram, como se apoiaram me parece que é "justificável" (será que essa palavra é certa? bom não sei). E fiquei revoltada com esses pais, pra que tem filho afinal de contas?! Sinceramente viu. Não sou mãe e sou muito nova pra ser, mas sei das responsabilidades e os deveres que os pais devem ter para com seus filhos. E o pior é que esse desleixo não é só em ficção. Mas enfim... Se eu tiver oportunidade de ler, lerei, é sempre bom lermos algo que sai da nossa zona de conforto e acaba nos despertando uma visão diferente sobre outras questões.

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  18. Fiquei tão desconfortável somente com a resenha que nem sei como comentar isso aqui.... sempre tento ter uma cabeça aberta em todos os sentidos, mas sempre vejo que aparece algo em que meus preconceitos se manifestam... já coloquei esse livro na minha lista de desejados.... um assunto tão delicado e cheio de tabus realmente merece ser analisado.... creio que não devemos condenar as coisa que nos são estranhas.... não devemos impor oq pensamos ou queremos pra nossa vida na vida dos outros, tampouco impor nossos padrões ao próximo...

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  19. OI Manuh, realmente este livro traz um tema bem polêmico e muito complicado de se discutir. Eu ainda não li, e te confesso que não sei se irei ler algum dia. Quem sabe?
    Mas, gostei muito da forma como você teve a sensibilidade de abordar o assunto, de como iniciou sua resenha. Espero que um dia possamos mesmo abrir nossos corações e mentes para estes assuntos tão perturbadores.
    Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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  20. Resenha corajosa, Manu e posso sentir o quanto foi difícil escrever sobre essa história. Li e reli sua resenha. Saí do blog, refleti. Voltei e reli mais uma vez e posso dizer que não consigo chegar a alguma conclusão e talvez nem seja esse o objetivo. Realmente é uma relação perturbadora e o contexto na qual ela está inserida também é muito complicado. Não sou de julgar e acho que só estando na pele da pessoa que está passando por determinada situação para sentir o drama do momento. Mas vou ser sincera e de certa forma covarde ao admitir que não é uma leitura para mim, Manu. Apesar de todos os pontos positivos que você mencionou e o amor se sobressai a todos eles, acho que mais me angustiaria do que me traria algo positivo.
    E, história à parte, sua resenha está excelente, tão bem fundamentada e clara! Parabéns, Mau!

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  21. Manu você fez mais que uma resenha, a riqueza de informações e a delicadeza de expor a obra me encantou! eu ainda não tinha me decidido se leria ou não, mas depois de sua resenha é claro que quero!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  22. A capa do livro é muito bonita e se eu não tivesse lido a resenha e assistido o vídeo, imaginaria que era um livro erótico com adultério ou um relacionamento entre professor e aluna. Fiquei surpresa com o tema, é o primeiro livro que vejo tratar desse assunto e confesso que o enredo me repeliu um pouco, na verdade sinto uma mistura de sentimentos. A imagem de um amor puro e inocente que cresceu sem maldade que me enche de simpatia pela história e ao mesmo tempo quando imagino essa situação entre irmãos é impossível não sentir repulsa. Acredito que só conhecendo o casal e seus sentimentos mais íntimos no decorrer da história definiria melhor minha visão sobre o romance, mas no momento não me sinto, emocionalmente, preparada para ler o livro!

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  23. Oi Manu!! Eu já queria ler esse livro desde o lançamento e sua resenha veio me confirmar tudo o que eu espero encontrar nessa história. Que bom que a autora soube destrinchar o enredo de forma que, apesar do tema polêmico e da formação de um casal inimaginável para alguns, o leitor possa se colocar no lugar dos personagens e ter uma nova visão do assunto. Agora preciso ler pra saber o final ;)
    Beijos... Elis Culceag. * Arquivo Passional *

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  24. Quando vc comentou no face que estava lendo algo polêmico, fiquei curiosa e procurei o livro no skoob.
    Li uma resenha muito boa lá e agora ao ler a sua, que também está excelente, chego a conclusão que esta leitura não é pra mim. Gosto de dramas, mas ler algo que seja perturbador está fora da minha meta.
    Bj!

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  25. Caramba, nem sei por onde começar a falar desse livro, porque ele esta na minha lista de desejados já há algum tempo. Gosto bastante de livros polêmicos, que te fazem pensar sobre determinado assunto, e um tema como esse é raramente abordado, o que torna o livro ainda mais fascinante. Não sei se eu conseguiria condenar os personagens, visto que a vida deles se resumiu aquele ambiente fechado e cheio de responsabilidades, Estou doida para ler logo, e tenho certeza que a trama vai ser tão envolvente como a tua resenha.

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  26. Oi, Manu! Eu acho que esse livro vai para a minha lista de leituras, hein?! Ler sua resenha me deixou com muita vontade de lê-lo, além disso esse livro parece ser daquele tipo que faz você refletir durante um tempinho! Bjoo

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  27. Oi Manu!
    nossa senhora que resenha. Confesso que quando me falaram do livro, nao tinha me animado muito. mas ao ler a resenha vi que é muito mais do que pinta.
    acho que o tabu do incesto, de uma estrutura familia fora do padrão e preceitos que são estabelecidos pela atual sociedade, deve gritar durante a leitura dessas páginas!
    Não imagino como deve ser assumir uma responsabilidade maior do que as costas permite e acho normal se apegar a quem está compartilhando esse fardo. Acho ler esses irmãos lutando contra o que a sociedade dita ser errado, deve ser assustador!
    por mais que ache estranho, acho que se é amor, já está valendo. mas para poder palpitar sobre se esse amor é amor mesmo, ou uma confusão de sentimentos... só lendo!!!

    Um beeijo Lara.
    Blog Meus Mundos no Mundo | | Página Coração Furta-Cor

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  28. Manu querida.

    Primeiro quero falar que , sua resenha é muito muito bem escrita e embasada.
    Difícil ler e não ter vontade de ler o livro!! Você consegue demonstrar o quanto gostou do livro e excetuando todos os conceitos que o livro possui ainda assim , da aquela vontade de sair correndo pra começar a ler.

    Eu não sei se darei uma chance ao livro, primeiro porque você sabe que meu gosto literário ta mais para um thriller do que para um drama, romance enfim.
    Ao mesmo tempo , quando pego um bom livro por indicação , acabo me rendendo a ele.

    Mas me parece que tem tanto sofrimento nesse livro, que dessa veze eu deixaria passar, apesar de ser um ótimo enredo para reflexões, não sei se eu teria a sensibilidade certa para o momento.

    Do mais, um livro corajoso né? Palmas para Thabita que pelo jeito soube colocar em palavras , muitas duvidas que muitas pessoas devem ter.

    Na minha opinião , pessoal e nada mais, eu não acho que o incesto deveria ser permitido, acho que a sociedade como um todo não esta preparada para lidar com essa questão , já que tantas outras como homossexualismo, preconceito racial, entre tantos outros , mesmo após anos não são bem conduzidos.

    Enfim, esse livro para mim é uma grande incógnita. Me deixou curiosa.
    Parabéns pela resenha.

    Um Beijo
    Sara

    Todas as Coisas

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  29. Adorei sua resenha, Manuh!!!
    Ainda não li o livro, mas você escreveu tudo o que acho que iria sentir ao lê-lo. É um tema muito polêmico e perturbador mesmo. Ao ler a sinopse, já me posicionei contra os protagonistas (olha o preconceito aí). Depois que li algumas resenhas e vi a vida que essas criaturas tinham, passei a ficar um pouco mais permissivo em relação a esse casal. Não que eu aceite essa situação, mas também não posso condenar, pois cada um sabe o que é melhor para si. E, quando não se tem orientação, nem ao quê ou ao quem recorrer, temos que nos apegar ao que está mais próximo e que te dá segurança. Enfim, esse tema é complicadíssimo demais.

    @_Dom_Dom

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  30. Oi Manu!
    Eu tenho muita vontade de ler esse livro justamente por ser sobre um tema super tabu. Acho a coragem da autora em escrever esse livro muito valida, e sim, coragem mesmo, porque ela sabia desde o inicio que as pessoas iriam julgar e repudiar sua história e a ela mesma por ter escrito algo do tipo. Acho que é um livro para a gente pensar mesmo.

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  31. Eu não sei como deixar de lado o preconceito (no sentido de definir incesto antes de ler o livro) antes de iniciar a leitura.
    Tenho dois irmãos e só de pensar em algo assim me causa algo que nem sei explicar.
    Como eu mergulho e tenho a mente extremamente fértil sei que a estória abalará meus nervos.
    Confesso que gostaria de tentar, mas não sei como este livro me afetaria...
    Eu nem sei o que dizer sobre sua resenha Manu. Achei profunda e me trouxe muitos questionamentos e conflitos sobre tabu.
    Sou sua fã e levo muito em consideração sua opinião acerca dos livros, mas eu acho que este tema não é bem tabu. Sei que é uma estória e não uma história, por isso acho que lerei um dia, mas terei que fazer isso da mesma forma quando leio um livro sobre seres fantásticos, entende? Eles NO EXISTEM!!! hehehehe
    Acho que só assim a estória descerá!
    Beijos

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  32. É incrível como os comentários sobre este livro são extensas, bem sobre o que eu penso? melhor livro que li na minha vida, sem sombras de duvidas, vou deixar aqui minha resenha sobre e você poderá sentir exatamente o que senti na leitura, mas o que posso dizer aqui é que tenho que concordar o livro me mudou, a maneira que penso é diferente pois Thabita fez com que eu olhasse tudo de outra forma.

    O livro aborda questionamentos sobre relacionamentos piores que os deles, como infiéis, etc e isso é uma provinha da quantidade de fatos que ela joga na nossa cara e o pior, que realmente estamos acostumado a "aceitar", o livro tem muitas outras passagens incríveis do livro mostra a grandeza que ele representa.

    Sim, Proibido foi até hoje a melhor leitura que fiz, que me tocou intensamente sem precisar ser agressivo, a autora tem uma sutileza sem igual, e consegue fazer que baixemos a guarda diante de um assunto tão polemico.

    Enfim, é difícil colocar em palavras né? nem sei se consegui fazer isso na minha resenha, o sentimento propriamente dito adquirido sobre o livro só consegue sentir quem realmente leu. Então assim como você indico a leitura a todos, deixem os ditos pré conceitos de lado e leiam Proibido, você vai se dar conta que mais do que valeu a pena, se fará necessário para suas vidas.

    Segue minha resenha espero que goste! http://www.estantediagonal.com.br/2014/08/resenha-proibido.html

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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  33. Este livro realmente é polemico, mas eu penso que essa 'coisa errada' foi imposta pela igreja..que na historia casava irmãos a seculos atrás...eu adoro historia, então vejo muita coisa errada hoje que era aplaudida de pé antigamente...vai entender.
    Eu não sei se sou contra ou a favor, é um tema complicado, acho que para tudo existe uma exceção.
    Pretendo ler em breve, mesmo morrendo de medo de como termina o livro, sim ja me contaram...
    Beijos.

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  34. Já tinha lido outra resenha sobre esse livro e desde lá já não tinha me interessado pelo livro... Não creio que seja pela questão do incesto, pois já li outro livro que também ocorre isso e amei, mas todo o cenário envolvido não me instigou... Fora isso, o fato de serem dois adolescente que acreditam estar apaixonados pelo irmão/irmã me parece quase forçado... A capa é maravilhosa e também vi os detalhes que estão em cada página (coisa que amei), mas esse eu realmente passo... Mas é realmente um livro bem polêmico, pois o assunto é bem complicado de ser abordado... Amei sua resenha, fez uma análise detalhada do livro! ;)
    Kisses =*

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  35. Manu, sua resenha ficou sensacional. Acho que você conseguiu transmitir todas as sensações que teve ao ler Proibido. Quando descobri esse livro imaginei que seria algo bem clichê, do tipo que já estamos acostumados a ler: um amor proibido por a família não querer ou por diferença de classes sociais. Nunca passou pela minha cabeça ser algo tão mais complexo até ler a sinopse. Eu fiquei dividida entre ler e não ler (e ainda estou assim). É um assunto muito forte de ser abordado, ainda mais por não ser só um caso de incesto, mas por tratar da vida de dois adolescentes que sofrem a cada dia a dor de serem abandonados pelos pais e ainda terem que assumir tantas responsabilidades para a pouca idade que tem.

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  36. Que resenha fortíssima, Manu.
    O livro parece envolvente e emocionante. Muitos ousam dizer que não se deve ler nada desse livro e começar a ler às cegas, sem nem ler sinopse. Bom, eu já comecei lendo tudo, e mesmo assim estou curiosa para conhecer essa obra mais e mais

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