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27.10.14

Um Perfeito Cavalheiro, Vol. 3 - Série Os Bridgertons [Julia Quinn]

Série-Os-Bridgertons-Julia-Quinn
Ed. Arqueiro, 2014 - 304 páginas:
      Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres.  

Onde comprar:

Numa sociedade onde a paternidade de um filho bastardo consistia em um ato constrangedor, nasceu a pequena Sophie, filha bastarda de um conde. Sophie foi bem criada desde os 3 anos na casa de seu pai, como filha órfã de um velho amigo e mesmo que só convivesse com seu pai algumas poucas vezes, era bem tratada e recebia uma boa educação. Até o dia em que o conde resolveu se casar com uma mulher viúva, já com duas filhas com idades próximas a de Sophie. Enquanto o conde permaneceu vivo, Araminta, sua esposa, aturou a pequena, mas logo depois da morte de seu pai, ela tornou Sophie uma criada da casa. Sim, Um Perfeito Cavalheiro é uma releitura da história da Cinderela.

E exatamente como a Cinderela, um dia Sophie teve, com a ajuda de criados que a amavam, a chance de ir a um baile de máscaras, e adivinhem onde? Na casa dos Bridgertons. Assim que chega a festa, Benedict Bridgerton, conhecido como o número dois, já que era o segundo irmão na ordem de nascimento, se encanta pela jovem mascarada, eles dançam a noite inteira até o soar das doze badaladas. Sophie ao ouvir o relógio, fugiu correndo mas deixou ficar uma de suas luvas.

"Nesse momento ela escutou um som estranho, exótico e retumbante.
– O que foi isso?
– Um gongo – respondeu ele. (...)
– O quê?
– Deve ser meia-noite.
– Meia-noite? – arfou ela. (...)
– Você está bem? – indagou Benedict.
– Preciso ir – retrucou ela, e, sem dizer mais nada, levantou a barra do vestido e saiu correndo."


Araminta descobre o segredo de Sophie  e a manda embora de sua casa. Sophie não teve alternativa a não ser trabalhar de criada nos arredores de Londres. Mas uma jovem bonita como ela, acabou sendo assediada pelo filho do seus novos patrões, e numa festa, quando alguns dos ricos amigos do seu patrãozinho estavam tentando molesta-la, é salva pelo Benedict. Nesse reencontro, três anos depois, para decepção de Sophie, Benedict não a reconhece nos trajes de criada. Mas, mesmo sem reconhece-la, ele quer ajudar a moça e leva a jovem para trabalhar na casa de sua mãe.

Benedict é um Bridgerton, e, embora não existisse outra família a que quisesse pertencer, às vezes desejava ser considerado um pouco menos Bridgerton e um pouco mais ele mesmo. É um dos irmãos mais reservados, nunca seduziu uma jovem inocente, ou mesmo uma dama casada, não tem dívidas de jogo, em resumo, um perfeito cavalheiro. Benedict, decidido a esquecer da bela do baile, acaba se apaixonando pela sua nova criada. Mas naquela época, era inaceitável que um homem de sua posição se casasse com uma serviçal, então ele propõe que Sophie seja sua amante, o que para ela é inconcebível.

"- Não seja boba. Eu não preciso de uma acompanhante porque não sou da classe dele. Ninguém se importa que uma arrumadeira viva e trabalhe na casa de um homem solteiro."

Na primeira leitura que fiz do livro Um Perfeito Cavalheiro, senti um pouco de raiva do Benedict, por isso tive a necessidade de entende-lo melhor, conhecendo um pouco da época em que o mesmo vivia.

A história se passa em 1815, onde existia um enorme abismo entre as classes sociais, a sociedade era caracterizada de um lado pela elite dominante e do outro, pela massa de pobres trabalhadores. Estas classes socais não se misturavam, os trabalhadores domésticos chegavam a trabalhar até 80 horas semanais.
A diferença entre classes expressa na forma de vestir. Mulher aristocrática e mulher da classse trabalhadora
Neste difícil contexto social, Benedict e Sophie lutam por um amor impossível. Quando reli sua história, pude então compreende-lo um pouco mais, e até a admirá-lo, já que ele desafiou toda uma sociedade em prol do amor.

"- Você não é exatamente o homem que mostra ser para o mundo. Gostaria de ser visto como atraente, irônico e bem-humorado, e de fato é todas essas coisas, mas, no fundo, é muito mais do que isso."

Julia Quinn nos brinda mais uma vez com uma brilhante história de amor!!

Cortesia da Editora Arqueiro

Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!

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23 comentários em "Um Perfeito Cavalheiro, Vol. 3 - Série Os Bridgertons [Julia Quinn]"

  1. Isso é que é leitora dedicada! rs Adorei sua pesquisa sobre o contexto da época. Realmente, quando enxergamos a trama em seu período histórico, conseguimos entender bem melhor os costumes e atitudes dos personagens.
    Mais uma vez fiquei encantada com a história e com essa família (ainda que tenham seus problemas). E tem como não se apaixonar pela narrativa da Julia Quinn?
    bjs

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  2. Oieee.
    Eu estou louca pra ler esse livro! Só li até o segundo da série, mas sou apaixonada por ela.
    Gosto de tudo nos livros da Julia, o fato de ser histórico e ter ao mesmo tempo uma pitada de humor só fizeram com que amasse mais os Bridgertons.
    Esse está na minha lista desde que li os anteriores, espero ler em breve.
    Bjokas!

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  3. Eu não sabia que esse livro seria uma releitura de Cinderela. Fiquei ainda mais curiosa pra ler esse livro. Fiquei sentida com ele por propor isso a Sophie, mas era o tempo em que viviam né? então a gente tem que enxergar a forma que era sociedade daquela época. Mas já imagino que o desfecho não deixou a desejar ^^
    Beijos

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  4. Adoro Julia Quinn!! Já li ou dois primeiros livros dessa série (O duque e eu e O visconde que me amava) e pretendo ler esse logo, logo. Adoro romances de época.

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  5. querida Gi e seus romances históricos, marca registrada, rs. tenho dificuldades com releituras, porque começo a ter outra visão ou simplesmente abandono por já saber onde vai dar a coisa. você é uma heroína por enfrentar o mesmo livro novamente. gosto de histórias de amor, bem melosas até. a gente sofre e se enraivece com os casais, mas não somos todos assim?

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  6. Ainda não li nenhum livro dessa série, curto muito romance de época essa parece ótima, só vejo resenhas super positivas dos livro, quero muito ler a série toda.

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  7. Bem antigo aonde se passa a história, deve ser um romance bem bonito, e não deve conter nada erótico pelo jeito, eu acho! Achei meio cinderela o trecho tirado do livro '_', não me interessei muito não, mesmo sendo romance acho que foi um dos livros que não me interessou de primeira.
    Mas leria sem problema algum, tomara que não seja fraca e arrastada a leitura.
    Beijos Gisela, ThaynáQ.

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  8. Bacana poder identificar traços de Cinderela neste livro, já que é uma das minhas princesas favoritas.
    Eu quero muito ler esta série. Muito legal a imagem que vc traz para que possamos contextualizar os personagens.
    Fiquei com dó de Sophie, ser expulsa só por ir a um baile... to torcendo por ela.
    Acho Londres tão charmosa que este é um toque que me faz querer com mais vontade ler o livro.

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  9. Essa série parece ser tãaao boa que apesar de eu não gostar muito de romance histórico eu darei uma chance, estou louca pra comprar e ler logo <3
    Sua resenha está ótima!
    Beijos
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/

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  10. Ouço tantos comentários bons sobre a Julia que sinto uma vontade incontrolável de ler um de seus tão aclamados livros. Adorei a história ser uma releitura da Cinderela, acho sempre válido usar os contos de fadas de uma forma mais atual dentro de uma história. Confesso que, como tu, eu também sentiria ódio do protagonista, mas é fácil entender sua atitude depois de compreender o contexto que os cercavam. Achei bem legal a tua iniciativa de ir procurar algo sobre a época do livro para ajudar na leitura.

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  11. Sou louca para ler essa série, amei sua resenha e espero poder ler logo os livros.

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  12. Adoro essas releituras dos contos de fadas, gosto de conhecer um lado diferente dos contos, ainda não li nenhum dessa série, Mas a bastante tempo estou interessada em realizar a leitura desta série devido a tantas resenhas positivas que li e a sua somente me fez lembrar e aumentar meu interesse! Creio que deva ser uma leitura bastante proveitosa.

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  13. É uma releitura de um Conto de Fada clássico, mas com a assinatura maravilhosa da narrativa da Julia Quinn. Fico impressionado em como a autora consegue transportar seus leitores para uma época um pouco distante, mas que conseguimos capturar todas as suas nuances, pois a descrição é perfeita. Tem como não querer ler?!?!

    @_Dom_Dom

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  14. Tenho que dizer que quando li a sinopse do livro fiquei decepcionada com a atitude do Benedict. Ele sempre me pareceu tão bom e quer transformar a pobre da Sophie em amante. Mas é difícil entender porque na nossa época isso é um absurdo. Já no século XIX era parte do dia a dia. Um homem rico jamais poderia se casar com uma criada. Foi bom ler a sua resenha e perceber que vale a pena dar uma chance a Um perfeito cavalheiro.

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  15. Oie Gisela,
    Eu sou apaixonada por romances históricos e acho que eles além de entretenimento podem nos trazer muito conhecimento sobre outras épocas. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de ler nenhum dos Romances Históricos da Arqueiro, mas sou louca por essa série e quero ter essa oportunidade em breve.
    Beijos

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  16. Não li nada da Julia Quinn ainda. Romance histórico não faz muito meu estilo, mas talvez dê uma chance quando tiver ânimo e chance.

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  17. Ah não sabia que era uma releitura de um conto de fadas...
    Parece uma trama bem leve e fofa.

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  18. Só a Julia Quinn mesmo pra me fazer se interessar por uma releitura de Cinderela.Ainda só li os dois primeiros livros dela e como o Benedict fica fora de foco não sei muito sobre ele.Mas ele é um Bridgerton e mesmo cometendo alguns erros é impossível não cair de amores por ele,mas creio que esse não vá ser o meu livro favorito dela.

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  19. Com o início da sinopse já tinha percebido a ligação com Cinderela kkk Gostei demais da história contada nessa releitura, e estou vendo que irei amar esse livro quando ler... Esse é mais um dos contribuintes para a minha crescente paixão por romances históricos... A sociedade era mesmo muito diferente, mas pelo que li na resenha ele fez mesmo o que podia para ficar com ela... Fiquei curiosa pra saber se ela vai contar que é a moça do baile, bem como toda a história de amor deles... Espero poder ler em breve...
    Kisses =*

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  20. Como romântica incurável que sou não poderia não amar essa série e adoro todos os que li, mas sinto que esse não me conquistou como outros, mas a Julian Quinn é uma ótima autora e o primeiro livro dessa série é o meu preferido!

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  21. Awm eu só tenho o primeiro volume, mas ainda não o li.
    Não sei porque, amo romances históricos... então quero muito comprar os outros volumes e ler todos =) Os personagens parecem fantásticos.

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  22. Sou doida pra ler essa série da Julia, mas ainda não surgiu oportunidade. Gostei de ser uma versão da cinderela histórica. Espero gostar muito quando ler.

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  23. Romances de época é o que há de melhor, Gi. E esse trabalho da série Os Bridgertons parece perfeito

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