Ed. Bertrand Brasil, 2014 - 378 páginas: |
Quando Miranda começa a escrever um diário, sua vida é como a de qualquer adolescente de 16 anos: família, amigos, garotos e escola. Suas principais preocupações são os trabalhos extras que os professores passaram – tudo por causa de um meteoro que está a caminho da Lua. Ela não entende a importância do acontecimento; afinal, os cientistas afirmam que a colisão será pequena. O que Miranda não sabe é que os cientistas estão muito enganados... Para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e isso altera de modo catastrófico o clima do planeta. Terremotos assolam os continentes, tsunamis arrasam os litorais e vulcões entram em erupção. Em 24 horas, milhões de pessoas estão mortas e, com a Lua fora de órbita, muitas outras mortes são previstas. Miranda e sua família precisam, então, lutar pela sobrevivência em um mundo devastado, onde até a água se torna artigo de luxo.
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A Vida Como Ela Era começa inovando, não parte do principio da existência de uma sociedade futurística já definida, mas mostra a vida cotidiana através do diário de uma adolescente, até que de repente, essa vida como conhecemos deixa de existir e o único objetivo passa a ser a sobrevivência. A história assusta um pouco, colocando-nos numa situação que nos leva a refletir sobre o assunto, pois o que está acontecendo na ficção é factível, sabemos que estamos sujeitos a catástrofes naturais.
O livro é narrado por Miranda, uma jovem prestes a completar seus 16 anos, cujo maior sonho é tirar a carteira de motorista. Miranda é filha de pais separados, seu pai casou-se novamente e sua nova esposa está grávida, ela mora com a mãe e o irmão mais novo, Jonny, e Matt, seu irmão mais velho, vive na universidade em que estuda. Miranda, apesar de ter uma vida que acha sem graça, é feliz.
Susan B. Pfeffer consegue refletir magistralmente nas palavras de Miranda a personalidade e os conflitos de uma adolescente. Nas primeiras páginas, Miranda vai escrevendo sobre seu cotidiano, fatos do dia-a-dia escolar, o dia das mães, etc.. Inclusive comenta que um asteroide vai se chocar com a Lua na quarta-feira, coisa normal, já que a lua é feita de crateras justamente por se colidir frequentemente com estes asteroides. Todos estão se preparando para o evento, como o que fazemos em dias de eclipse.
Só que o imprevisível acontece, a colisão não foi inofensiva como os astrônomos calcularam e a Lua desloca-se da sua órbita. Miranda e sua família a princípio não notaram a verdadeira dimensão do desastre, pois moram no noroeste da Pensilvania, interior dos EUA, sentiram apenas algum desconformo momentâneo devido aos telefones celulares estarem sem sinal, a televisão só pegar um canal local e a energia elétrica tornando-se instável.
Até que chegaram notícias do restante do país (e do mundo), as cidades costeiras desapareceram sobre os Tsunamis e muitas pessoas estavam desaparecidas. Como as noticias podiam não ser confiáveis, tentaram no dia seguir tocar a vida normalmente, mas no meio da escola, Miranda é buscada por sua mãe que leva os dois filhos para o supermercado na tentativa de comprar o máximo possível para armazenamento, como numa guerra. O irônico para nós adultos que estamos lendo o livro é que entendemos e apoiamos as atitudes da mãe da menina, mas para seus dois filhos tudo parecia brincadeira e achavam que a mãe estava exagerando, já que logo tudo voltaria ao normal.
"Acho que sempre pensei que, mesmo que o mundo acabasse, o McDonald´s continuaria funcionando"
Foi aí que a minha ficha caiu, e comecei a me colocar na posição deles, estamos tão acostumados a modernidade, a ter solução para tudo, que não sabemos como agir em caso de calamidades desta grandeza, acho que entendo bem as crianças, pensando que tudo logo voltaria aos eixos, como sempre acontece, afinal o mundo já sobreviveu a terremotos, maremotos, etc... Acontece que quem saiu dos eixos foi a LUA e as calamidades ocorridas foram astronômicas (não resisti ao trocadilho...).
"Somos uma família. Amamos uns aos outros. Juntos, sentimos medo e coragem. Se é assim que as coisas vão acabar, que seja. Mas por favor, não quero ser a última a morrer."
É uma história de persistência e cada atitude é importante para a sobrevivência, pequenas ações podem significar a vida ou a morte de um ente querido, onde aprendemos através do sofrimento a importância das coisas simples da vida. Prepare-se para se emocionar com a história destes últimos sobreviventes.
"Será que as pessoas percebem quanto a vida é preciosa? Sei que nunca percebi isso antes. Sempre havia tempo. Sempre havia um futuro."
"Somos uma família. Amamos uns aos outros. Juntos, sentimos medo e coragem. Se é assim que as coisas vão acabar, que seja. Mas por favor, não quero ser a última a morrer."
É uma história de persistência e cada atitude é importante para a sobrevivência, pequenas ações podem significar a vida ou a morte de um ente querido, onde aprendemos através do sofrimento a importância das coisas simples da vida. Prepare-se para se emocionar com a história destes últimos sobreviventes.
"Será que as pessoas percebem quanto a vida é preciosa? Sei que nunca percebi isso antes. Sempre havia tempo. Sempre havia um futuro."
Cortesia da Editora Record |
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão! |
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Oi, Gisela.
ResponderExcluirOlhando pra essa capa eu não daria nada por ela. O título também não me chamou muito a atenção, mas depois de ler a sua resenha consegui entender melhor ele. Nunca pensaria que esse livro seria desse tipo. Que as pessoas lutando por suas vidas. Realmente as vezes não damos valor para a nossa vida, mas não quando tudo pode mudar.
Eu leria esse livro.
Paradise Books BR
Beijos.
Nossa, gostei muito da resenha e achei bem legal a história. De fato nós só prestamos atenção na vida quando as turbulências acontecem. Quero ler esse livro!
ResponderExcluirOi, Gisela! Gosto muito de ficção e achei muito legal a ideia do livro em mostrar uma situação frente a uma catástrofe natural; e apesar de ser uma ficção, em nosso dia a dia estamos também sujeitos à ações da natureza que fogem do nosso controle. Fiquei curiosa para saber como a família conseguiu escapar - ou não - no final.
ResponderExcluirBjs
olha só querida Gi, que livro legal. fez-me lembrar da saga "apocalipse z", em que ninguém acredita na coisa, até que toma proporções absurdas (são enredos diferentes, que fique bem claro). o maior problema de livros assim é que não têm fim, a saga de pfeffer já tem quatro livros e mais um engatilhado para 2015. será que lançarão todos? dedos cruzados.
ResponderExcluirNão sou muito chegada ao estilo, mas achei bacana o fato da história ser contada por meio de um diário. Isso deve ajudar na sensação de "conhecer" o personagem e seu drama pessoal.
ResponderExcluirTambém é bacana acompanhar essa transição do mundo como conhecemos para uma realidade caótica.
Não conhecia o livro, amei sua resenha e estou curiosa para saber mais sobre essa história, eu amo distopias e essa parece muito boa, mas como é uma série aguardarei a publicação dos próximos volumes para começar minha leitura.
ResponderExcluirGisela, achei a premissa do livro bem bacana. Confesso que se visse o livro não daria nada por ele tanto pela capa quanto pelo nome. Realmente é um assunto até atual. Nosso planeta já passou por tantas catástrofes e continuamos sobrevivendo. Talvez por esse fato não pensamos muito no amanhã, que de uma hora para outro tudo pode mudar. Achei legal a história ser contada na forma de um diário e por uma adolescente. Boa sugestão de leitura.
ResponderExcluirAdorei a proposta do livro, a sinopse lindíssima.
ResponderExcluirFiquei com muita vontade de ler depois da sua resenha, que ficou ótima por sinal.
Beijos!
Oi, Gisela! Gosto muito de ficção e achei muito legal a ideia do livro em mostrar uma situação frente a uma catástrofe natural; e apesar de ser uma ficção, em nosso dia a dia estamos também sujeitos à ações da natureza que fogem do nosso controle. Fiquei curiosa para saber como a família conseguiu escapar - ou não - no final. Aliás, fiquei curiosa para saber o que acontecerá nos próximos volumes da série.
ResponderExcluirBjs
Já fiquei aqui refletindo só com a resenha, imagina se eu ler o livro. Quando a gente para pra pensar que esse tipo de coisa pode realmente acontecer da até um certo desconforto. Gostaria de ler esse livro.
ResponderExcluirA resenha desse livro me surpreendeu. Pensei que não gostaria de ler quando li a sinopse, mas a resenha me conquistou. Talvez eu leia.
ResponderExcluirPuxa, livros assim sempre me fazem refletir. Será que não estamos caminhando para um futuro semelhante ou até pior?
ResponderExcluirInfelizmente, em muitos lugares, água já é um artigo de luxo :(
Eu fiquei muito a fim de ler este livro.
Adorei sua resenha e acho que deveríamos ao ler livros assim pensarmos em nossa realidade e fazermos algo para que estas estórias não se tornem realidade.
Bjs
Oi Gisela. Eu não tinha ouvido falar deste livro. E que ótimo que você leu pra resenhar! A história parece ser muito boa, acho que é um livro que nos faz refletir e ter aquela incerteza de que tudo o que está sendo falado realmente pode nos acontecer a qualquer momento...
ResponderExcluirBeijos
Esse parece ser um livro bem perturbador, que tira a gente da zona de conforto. Eu pelo menos acho que ficaria bastante impressionada haha Fiquei arrepiada até de ler a sua resenha. Entretanto, gostei muito da sinopse e estou curiosa para saber como terminou.
ResponderExcluirQuandobeu vi a capa do livro, achava que a história seria ruim e a leitura um tanto cansativa e arrastada. Porém quando li essa resenha me veio a tona que o livro é realmente bom e instigante.
ResponderExcluirEm breve irei le-lo..
Eu simplesmente adoro distopias, seja ela de qualquer tipo. O que me agradou nessa é que ela se difere um pouco de muitas outras, pois aqui não existe uma sociedade opressora. Existe um mundo pós-apocalíptico onde as pessoas lutam pela suas sobrevivências. É uma história em que não adianta se unir para derrubar um governo, afinal, não existe arma que consiga vencer a natureza. Agora fiquei bem curioso pra saber do desfecho de tudo isso.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Já li outras resenhas dessa trama e todas positivas.
ResponderExcluirComo não sou muito chegada a distopias, ainda não sei se a lerie, mas não desmereço o seu valor.
Bj
Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, título e capa, agora essa resenha me deixou ainda mais curiosa pra conferi essa história que parece ótima.
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