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12.3.15

O Que Nos Faz Bons ou Maus [Paul Bloom]

Paul-Bloom
Ed. Best Seller, 2014 - 303 páginas:
      Em “O Que Nos Faz Bons ou Maus”, Paul Bloom, importante cientista cognitivo, afirma que um os seres humanos já vêm ao mundo com uma noção de moralidade. Baseando-se em pesquisas inovadoras realizadas na Universidade de Yale, Bloom demonstra que, antes mesmo de poderem falar ou andar, os bebês julgam a bondade e a maldade das ações dos outros, sentem empatia e compaixão, agem para acalmar os que estão angustiados, e têm um senso rudimentar de justiça. Ainda assim, essa moralidade inata apresenta, algumas vezes, trágicas limitações. Reunindo conhecimentos de psicologia, economia comportamental, biologia evolutiva e filosofia, Bloom investiga a forma como aprendemos a superar tais limitações. Brilhante, descomplicado, espirituoso e intelectualmente investigativo.

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A razão que nos diferencia

O livro O que nos faz bons ou maus (BestSeller, 304 páginas) do professor de Psicologia e Ciência Cognitiva da Universidade de Yale, Paul Bloom, chamou-me a atenção logo de cara. Primeiro pela dificuldade de se responder tal questão e segundo por um apetite pessoal pelas questões filosóficas que não me larga nunca.

A grosso modo o livro trata de questões metaéticas e de como a moralidade a qual nascemos transcende a partir de nossa compaixão, imaginação e inteligência dando origem à percepção moral. Ele vai jogando com opostos para nos dar uma visão abrangente e muitas vezes religiosa.

A empatia poderia explicar a doação em vida de um rim para um estranho?
    “...tais atos de altruísmo provam que nossos juízos e ações morais não podem ser totalmente explicados pelas forças da evolução biológica. Eles exigiriam uma explicação teológica.”
Daí nos provoca, pincelando seu oposto – e aquele ser que após ser dispensado pela namorada a persegue e joga ácido em seu rosto?

Diferentes culturas e religiões (partindo do princípio que cada qual acha que a sua religião é a melhor) podem alterar nossa percepção do que seja mau ou bom, como a história de Dario, rei da Pérsia:
    “Ele convocou os gregos que, por acaso estavam presentes em sua corte e perguntou-lhes quanto eles exigiriam para comer os cadáveres de seus pais. Eles responderam, então, que não fariam isso por dinheiro nenhum no mundo. Mais tarde, na presença dos gregos, e através de um intérprete, de modo que pudessem entender o que estava sendo dito, ele perguntou a alguns hindus, de uma tribo chamada callatiae, e que de fato, comiam os cadáveres de seus pais, quanto eles exigiriam para queimá-los. Eles proferiram um grito de horror e proibiram-no de mencionar coisas tão terríveis como essa. Pode-se ver, assim, o que os costumes podem fazer.” 
Entra em cena a “compaixão” (preocupar-se com outra pessoa) e a “empatia” (colocar-se no lugar de outra pessoa) para explicar um pouco o que seja a moralidade:
    “... quando prestamos atenção no modo como os bebês e as crianças pequenas agem, observamos algo a mais. Eles, simplesmente, não se afastam da pessoa que sofre. Eles tentam fazer com que ela se sinta melhor. Os psicólogos do desenvolvimento observaram, há muito tempo, que crianças de 1 ano de idade costumam dar tapinhas e passar a mão nas costas de outras que parecem estar angustiadas...”
Logicamente isso não acontece com crianças muito pequenas e nem com tanta frequência, mas acontece e não há uma explicação lógica a não ser uma certa moralidade inata. Isso me tocou, me emocionou, pois tenho dois filhos e já os flagrei fazendo a mesma coisa comigo, como se percebessem a angústia que estava passando no momento.

Mas como explicar o prazer que sentimos quando uma pessoa má está em apuros – oba, ela se ferrou, vai sentir na pele o quanto é ruim atazanar os outros. Torcemos pela punição, para que haja equilíbrio na balança. Isso nos faz pessoas ruins?

Ou a percepção das atrocidades em tempos de guerra – você vê aquilo todos os dias, acaba se acostumando. Não precisamos ir tão longe, num hospital médicos e enfermeiros estão alheios ao sofrimento, estão anestesiados. Isso faz deles pessoas sem coração? Ou pior ainda, passamos por desabrigados e muitas vezes fugimos deles, mudamos de calçada, fingimos não vê-los.

Sempre fui um observador (talvez por ter sido professor e gostar de ir ao intervalo junto com os alunos) da “inocência cruel” das crianças, no sadismo praticado ao apelidar os colegas que usavam óculos ou que eram mais cheiinhos:
    “As crianças pequenas são altamente agressivas; na verdade se medirmos a taxa de violência física ao longo do ciclo de vida, seu maior pico será em torno dos 2 anos de idade. As famílias sobrevivem aos Terríveis Dois Anos porque as crianças pequenas não são fortes o suficiente para matar com as próprias mãos nem capazes de manusear armas letais. Uma criança de 2 anos com capacidades físicas de um adulto seria apavorante.”
Devemos então nos indignar. Alguns filósofos como Jesse Prinz, consideram a indignação uma característica mais importante para a o moralidade do que a empatia e a compaixão:
    “Se fôssemos sempre gentis uns com os outros, a questão da punição nunca surgiria. Mas, como assinalou, certa vez, o antropólogo Robert Ardrey: ‘Nascemos de macacos bípedes, e não de anjos caídos’. Alguns se sentem tentados a enganar, a matar e a sucumbir a impulsos egoístas, e para que possamos sobreviver na presença destes indivíduos, precisamos fazer com que este mau comportamento custe caro.”
Mas isso não seria uma espécie de “vingança”? A filósofa Paumela Hieronymi diz que a vingança restitui o “status” anterior:
    “Um erro passado cometido contra nós... sem um pedido de desculpas, uma expiação, uma retribuição, uma punição... ou qualquer outra coisa que possa reconhecê-lo como um erro, é uma espécie de alegação. Ele atesta, com efeito, que podemos ser tratados desta forma, e que tal tratamento é aceitável”.
Daí me vem à mente a Lei do Gerson, a máxima de se levar vantagem em tudo. Caso você não se enquadrar ou for politicamente correto você é taxado de otário.

Não nos esqueçamos da “aversão”, e um exemplo típico é dado por Primo Levi, que conta como os nazistas negavam aos prisioneiros judeus o acesso aos toaletes, e o efeito que isso provocou:
    “Os SS da escolta não escondiam seu divertimento ao ver homens e mulheres agacharem-se onde podiam, nas plataformas, no meio dos trilhos; e os passageiros alemães exprimiam abertamente a sua aversão: gente como essa merece o seu destino, basta ver como se comportam.”
E aqueles, que ao contrário, resolveram questionar o totalitarismo do Estado, arriscaram a vida para salvar seu semelhante, como Schindler:
    “Como observou Aristóteles, um dos traços dos indivíduos virtuosos é que eles aspiram transformar um bom comportamento racional em um hábito involuntário, e, assim, se tornar aquele tipo de pessoa que faz a coisa certa sem nunca ter que pensar sobre isso.”
Então como devemos agir? Há uma regra de ouro, expressa por várias personalidades e que eu tento seguir incansavelmente:
    “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também.” (Cristo) 
    “Não faças a teu próximo o que te é detestável. Esta é toda a Torá, o resto é comentário.” (rabino Hillel) 
    “O bem de um indivíduo qualquer não tem mais importância, sob o ponto de vista do universo, do que o bem de qualquer outro indivíduo.” (Henry Sidgwick)
Resumindo: “não faço a alguém o que não gostaria que fizessem comigo”. Isso funciona, mas não é tão simples assim segui-lo. O que se deve ficar claro é que não devemos ser escravos de nossas paixões pelo simples fato de termos a capacidade de raciocinar. E esta é uma grande vantagem.

No final da leitura deste livro eu tinha tantas anotações e indagações que ficou difícil escolher a melhor maneira de transmitir minhas sensações. Espero ter conseguido despertá-los. Não é uma leitura agradável como um romance cheio de reviravoltas, mas é elucidativo ou no mínimo estimulante. Necessário para nos conhecermos melhor. Livro altamente recomendado para reflexão.


Cortesia da Editora Record

Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!

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18 comentários em "O Que Nos Faz Bons ou Maus [Paul Bloom]"

  1. O nome do livro já me deixou curiosa, mas depois de ler tudo isso fiquei ansiosa pra ler o livro e mergulhas nessas questões.
    Gosto de livros que nos levam à refletir e o assunto escolhido pelo autor nos leva à isso.

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  2. Olá, Rodolfo.
    A capa não tinha deixado claro para mim que era um livro teórico, mas sua resenha foi bem elucidativa e também convincente. Certamente vou querer ler a obra e, provavelmente, também resenhar no blog.
    Conhecer mais sobre o homem sempre me instiga.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Dei uma parada em livros assim, mas futuramente pretendo ler; já que a premissa me interessou

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  5. Que resenha incrível! :) Eu adoro esses tipos de livros que nos levam a pensar, não apenas a imaginar. Que nos mergulham em nossa própria natureza e dissipam um pouco das brumas que cobrem o mistério do ser humano. Mas são tantas. rs
    Enfim, livros como esse que abrem nossa mente. Eu acredito completamente numa moral inata, até porque já ficou comprovado, pelo menos em animais, que é possível nascer com "memórias" genéticas, ou seja, que os seres vivos já nascem sabendo coisas que muito antigamente não sabiam, esse conhecimento é passado antes do nascimento provavelmente em virtude da evolução ds espécies. Se abelhas, cães e ratos já nascem com esse conhecimento, por quê nós não?
    Fiquei muito interessado em ler. Parabéns pela brilhante exposição! kkk

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  6. Rodolfo!
    Paul Bloom é um psicólogo conceituado em sua área comportamental e sua postura muito me agrada e atrai como psicóloga. A abordagem que utiliza em seus estudos levam mesmo ao campo filosófico e não é a toa, já que ele leva o ser a pensar e repensar sobre os paradigmas cotidianos.
    Concordo quando ele diz que alguns comportamentos já nascem conosco e na minha humilde opinião, apenas vão se amoldando as experiências de vida que vamos absorvendo no decorrer do tempo. Nossa índole já está lá, basta que apareça a oportunidade e ela ecloda.
    E aí vem a questão da religiosidade onde a castração de determinadas atitudes são excessivas e tolhem o comportamento. No meu pensamento, como sigo uma linha mais espiritualista, voltada a elevação da vida através do desenvolvimento espiritual em todas as nossas vidas, justifico aqui o nascimento já com a tendência para o bem ou mal... (Coisas bem pessoais, claro. Apenas divagações e questionamentos interiores).
    Fato é que o livro muito me interessou, ainda mais após sua resenha como sempre tão voltada ao lado filosófico das questões e tão bem elucidativa quanto ao conteúdo do que podemos ou não encontrar no livro.
    E mais um final de semana chegando que seja de amor e paz!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  7. Adorei! Vou colocar na minha lista. Já estou me acostumando com livros assim e tenho que dizer eles são ótimos e me ajudam muito a pensar sobre tudo que está a minha volta.
    Vou ver se leio e recomendo ele para outras pessoas.

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  8. Olá Rodolfo!!
    Putz!Que resenha boa amigo!
    Não tem como não despertar o nosso interesse,claro que vou querer ler!
    Acredito que todos nós temos dentro de nós um lado bom e um lado mau.Acredito que muitas vezes em determinadas circunstâncias esses lados possam entrar em conflito dentro de nós ocorrendo que você citou acima:ficamos contente quando uma pessoa má se dá mal.Ou a maravilha que é quando você encontra aquele menino que na escola por ser maior bate nos menores(você no caso) e o tempo passa e você encontra esse mesmo menino na rua e você é muito mais grande que ele.Seria perverso pensar _Vem judiar de mim agora.....
    Esse sentimento faz de nós maus?Não sei dizer.
    Mas uma coisa eu também acredito Rodolfo.Existem pessoas que já nascem más.Já nascem cruéis,ou como no dito popular com um "coração de pedra".
    Claro que vou querer esse livro!Será que acho em pdf?
    Grande abraço!

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  9. Rodolfo, querido amigo, mais uma vez superando sua capacidade de convocar leitores, especialmente aqui os inclinados a uma leitura reflexiva, que inquieta, como é o meu caso.
    Que livro interessante, que informa e questiona, que parece plantar uma sementinha de dúvida dentro da gente: será que estou fazendo as coisas da maneira correta? E existe um jeito certo, um caminho?
    Imagino o quanto nossos valores serão (re)avaliados no decorrer das 300 páginas, penso que luzes serão acesas sobre nossas cabeças, trechos que serão como uma lente de aumento: 'está vendo isso aqui'? É assim que penso que funcionará o livro para mim, com tantas observações maravilhosas que você cuidadosamente colheu para iluminar a resenha...
    Como pais sabemos que criar filhos é uma tarefa de extrema responsabilidade, porque desejamos que sejam seres humanos do bem, honestos, sensatos, generosos, cordiais... E não há receita, nossa formação passa pela criação, pela convivência com os outros, pelas experiências que ensinam, pela índole que já trazemos... uma família cria filhos com os mesmos ensinamentos, mas cada um é distinto, vê e sente de maneira própria e saber lidar com isso é que faz a diferença...
    A citação de Aristóteles é perfeita: "aquele tipo de pessoa que faz a coisa certa sem nunca ter que pensar sobre isso.” Quando os valores estão assimilados, são manifestações de nossa personalidade, inclinados para um lado ou outro, são o que nós somos.
    Fiquei entre chocada e encantada com as citações sobre as crianças, anjinhos e capetinhas aprendizes, estejamos atentos... no laboratório doméstico podemos examinar bem essas inclinações.
    A religião tem papel importantíssimo nessas escolhas diárias que fazemos, tanto para nos aproximar da solidariedade e da compaixão como para o oposto, tamanha lavagem cerebral que pode também promover... Não é fácil.
    Sua escolha soa perfeita, como cristã não posso deixar de colocar os ensinamentos de Jesus como de sublime sabedoria, caminho que persigo. Sentir na pele é uma boa lição, pautar nossas atitudes com cuidado e respeito ao próximo é sensato. Pena que seja de difícil assimilação ainda... Mas exercitemos!
    Adorei, livro rico para o que quero no momento!

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  10. Gostei da sua resenha e me interessei, bastante, pelo livro, quero muito lê-lo.

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  11. Rodolfo
    Outro livro bem subjetivo... Mas este assunto me agradou mais, fiquei bem curiosa. Essa é uma questão é duvidosa mas bastante interessante. Vou coloca-lo na minha lista de leituras.
    Abraços,
    Gisela
    @lerparadivertir
    Ler para Divertir

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  12. Que resenha linda! Não tinha visto esse livro em lugar nenhum antes e adorei saber sobre essa história! Adoro livros que me fazem refletir e esse parece ser perfeito nisso. Essas passagens que você marcou me deixaram ainda mais curiosa.
    Parabéns pelo texto.

    Beijo
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/

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  13. Oi, Rodolfo. Confesso que prefiro os romances e aventuras, mas vez ou outra pego também pra ler um livro mais reflexivo. Gosto de livros que envolvem psicologia e fiquei aqui pensando o quanto de questionamentos e anotações a leitura desse livro deve render. Interessante o tema. :)

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  14. Amigo, Rodolfo! Como você sabe, livros mais reflexivos não estão na minha listinha de gêneros preferidos, mas, às vezes, me arrisco em algo assim. Lendo essa sua resenha, passei a mudar de opinião a cada parágrafo. Fui me questionando a cada quote que você inseriu nela. Ou seja, tenho certeza que irei gostar bastante de ler esse livro. Deu um nó na minha cabeça, mas, de certa forma, foi um nó legal. kkkkkkkk

    @_Dom_Dom

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  15. Nossa, que livro maravilhoso!! Eu pretendo trabalhar com crianças (psicologia infantil) e o tema de desenvolvimento cognitivo é muito importante nessa área, acho que vale muito a pena investir nesse livro, acho muito interessante!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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  16. Achei super interessante a abordagem do livro. Sempre me pergunto até que ponto o meio influencia a formação da personalidade de um indivíduo e quanto o seu próprio eu interfere. Será que algumas pessoas escolhem ser más ou já na nascem com essa tendência? Realmente é um tema bem complexa e que chega a dar um nó na nossa cabeça com tantos questionamentos. Deve ser um livro bem bacana de ae ler.

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  17. O que nos faz bons ou maus é uma pergunta que sempre gera grandes discussões, posso dizer que foi uma das aulas de ética mais interessantes que tive na faculdade. Gostei muito da sua resenha. O livro parece trazer varias referencias culturais e despertou minha curiosidade. Dica anotada!

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  18. O livro tem uma temática interessante.
    É bom para aqueles que gostam de refletir nessa questão. E é um assunto complicado para conversar, pois cada um tem uma opinião....
    Mas eu acredito que o que nos faz bons é nossas escolhas, e para que elas sejam boas escolhas é preciso ter uma vida com Cristo. Tendo Jesus no controle de tudo. Essa é a minha opinião.

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