Ed. Novas Ideias, 2015 - 431 páginas: |
O que significa ser um geek? Por intermédio das suas reflexões e da viagem que decidiu fazer, Ethan Gilsdorf conta não somente a sua história, mas a da cultura pop. Jogador, na adolescência, de Dungeons & Dragons e fã de J. R. R. Tolkien, ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua família . Nesse incrível tour, o autor viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds. Ao longo de sua jornada, Ethan ainda visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída hoje com os mesmos recursos utilizados no passado, e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O Senhor dos Anéis. Acompanhe Ethan Gilsdorf nesta jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos.
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NEM TODO VAGANTE É VADIO
Resolvi intitular a resenha assim, com esta frase de J.R.R.Tolkien, pois ela expressa claramente o meu sentimento ao ler esse livro. Não foi uma perda de tempo.
O livro TUDO QUE UM GEEK DEVE SABER me chamou a atenção por seu título, e como nerd/geek, pensei que o livro seria algo como uma "bíblia" para mim. Não foi, embora trouxesse novos conhecimentos sobre grupos e lugares citados no livro, eventos e muitas curiosidades interessantes.
É uma obra autobiográfica da busca de Ethan, pelo passado abandonado na adolescência, o mundo que ele deixou para trás para se "encaixar" na sociedade, não como uma anomalia, mas como mais um "tijolo" da obra. Durante a obra, seus problemas com a mãe doente transparecem inúmeras vezes, mostrando que, esse fato influenciou demais sua vida e suas escolhas. Com 40 anos, ele decidiu que queria encontrar os RPGs e as coisas abandonadas por ele, na tentativa de ser uma pessoa "normal".
Tirando as aventuras muito legais que ele passou, ficou claro pra mim que ele nunca foi um nerd ou um geek. Ele jogou RPG por uns tempos e parou... e seguiu sua vida normal, como uma pessoa normal. Por que afirmo isso? Eu sou um Nerd, sou um Geek.
Passei por todos os preconceitos de uma época em que ser assim, era realmente ser estranho. Não havia internet para eu encontrar os meus pares, então, você que está lendo esse texto, não vai entender claramente como era viver em um mundo onde todas as pessoas adoravam ouvir pagode e samba e eu gostava de ouvir musica gótica, pois elas me faziam viajar pelos mundos que eu imaginava.
Durante todo o livro, o autor busca e repete constantemente o termo "escapismo", no começo, quando as coisas ainda estavam frias, eu fiquei com muita raiva, mas depois percebi que não havia um termo melhor. Nerds e Geeks amam suas coisas pelo "escapismo", para sair da realidade que estão, porém isso não é apenas algo digno de nerds e geeks. Pessoas que buscam a religião tem seu "escapismo" em Deus; pessoas que praticam esportes tem seu "escapismo" na busca de se tornar medalhista, e assim vai, todo mundo quer escapar de alguma forma da realidade dura que vivemos.
Ethan, durante o trajeto rompeu seu relacionamento pois acreditou que "precisava de uma namorada geek para ser feliz". Todo Geek/Nerd quer uma namorada que tenha os mesmos gostos, compartilhe os mesmos seriados, filmes, livros, jogos, quadrinhos, etc. Mas a realidade não é assim. Poucos são os homens que tem essa sorte, pois a quantidade de mulheres assim, é muito baixa, na nossa faixa etária (Ethan tem quase 50 anos e viveu basicamente na mesma época que eu). Em um mundo onde ser nerd era deprimente, nenhuma mulher queria ser assim, todas queriam ser Barbie.
Evidente que o leitor jovem, desta geração, vive uma realidade onde ser geek/nerd é maravilhoso, então há muitas mulheres que curtem ser assim, fazem cosplayer, adoram seriados, filmes, livros, quadrinhos, etc... Todos os dias eu me surpreendo. Mas o caminho que escolhemos para seguir não deve depender exclusivamente da fantasia de encontrar alguém igual a você. A vida depende de você realmente assumir quem é, ser o que deseja ser.
Tolkien estava certo: "Nem todo vagante é vadio", então, toda jornada é valida. Seja para Ethan, seja para mim ou para você. Se escolher ler o livro, tenho certeza que você poderá me procurar para conversarmos sobre tudo que Ethan falou! Boa leitura!
Resolvi intitular a resenha assim, com esta frase de J.R.R.Tolkien, pois ela expressa claramente o meu sentimento ao ler esse livro. Não foi uma perda de tempo.
O livro TUDO QUE UM GEEK DEVE SABER me chamou a atenção por seu título, e como nerd/geek, pensei que o livro seria algo como uma "bíblia" para mim. Não foi, embora trouxesse novos conhecimentos sobre grupos e lugares citados no livro, eventos e muitas curiosidades interessantes.
É uma obra autobiográfica da busca de Ethan, pelo passado abandonado na adolescência, o mundo que ele deixou para trás para se "encaixar" na sociedade, não como uma anomalia, mas como mais um "tijolo" da obra. Durante a obra, seus problemas com a mãe doente transparecem inúmeras vezes, mostrando que, esse fato influenciou demais sua vida e suas escolhas. Com 40 anos, ele decidiu que queria encontrar os RPGs e as coisas abandonadas por ele, na tentativa de ser uma pessoa "normal".
Tirando as aventuras muito legais que ele passou, ficou claro pra mim que ele nunca foi um nerd ou um geek. Ele jogou RPG por uns tempos e parou... e seguiu sua vida normal, como uma pessoa normal. Por que afirmo isso? Eu sou um Nerd, sou um Geek.
Passei por todos os preconceitos de uma época em que ser assim, era realmente ser estranho. Não havia internet para eu encontrar os meus pares, então, você que está lendo esse texto, não vai entender claramente como era viver em um mundo onde todas as pessoas adoravam ouvir pagode e samba e eu gostava de ouvir musica gótica, pois elas me faziam viajar pelos mundos que eu imaginava.
Durante todo o livro, o autor busca e repete constantemente o termo "escapismo", no começo, quando as coisas ainda estavam frias, eu fiquei com muita raiva, mas depois percebi que não havia um termo melhor. Nerds e Geeks amam suas coisas pelo "escapismo", para sair da realidade que estão, porém isso não é apenas algo digno de nerds e geeks. Pessoas que buscam a religião tem seu "escapismo" em Deus; pessoas que praticam esportes tem seu "escapismo" na busca de se tornar medalhista, e assim vai, todo mundo quer escapar de alguma forma da realidade dura que vivemos.
Ethan, durante o trajeto rompeu seu relacionamento pois acreditou que "precisava de uma namorada geek para ser feliz". Todo Geek/Nerd quer uma namorada que tenha os mesmos gostos, compartilhe os mesmos seriados, filmes, livros, jogos, quadrinhos, etc. Mas a realidade não é assim. Poucos são os homens que tem essa sorte, pois a quantidade de mulheres assim, é muito baixa, na nossa faixa etária (Ethan tem quase 50 anos e viveu basicamente na mesma época que eu). Em um mundo onde ser nerd era deprimente, nenhuma mulher queria ser assim, todas queriam ser Barbie.
Evidente que o leitor jovem, desta geração, vive uma realidade onde ser geek/nerd é maravilhoso, então há muitas mulheres que curtem ser assim, fazem cosplayer, adoram seriados, filmes, livros, quadrinhos, etc... Todos os dias eu me surpreendo. Mas o caminho que escolhemos para seguir não deve depender exclusivamente da fantasia de encontrar alguém igual a você. A vida depende de você realmente assumir quem é, ser o que deseja ser.
Tolkien estava certo: "Nem todo vagante é vadio", então, toda jornada é valida. Seja para Ethan, seja para mim ou para você. Se escolher ler o livro, tenho certeza que você poderá me procurar para conversarmos sobre tudo que Ethan falou! Boa leitura!
Cortesia da Editora Novo Conceito |
Marcos Graminha é leitor viciado em terror e vampiros. Conta com um acervo de mais de 1500 livros sobre esses assunto. Proprietário de um sebo na cidade de Vila Velha, dedica sua vida a desvendar os mistérios desses "filhos da noite". contato: marcos.graminha@gmail.com |
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Oi, Marcos!
ResponderExcluirGanhei esse livro em um TC e com essa resenha fiquei com muita vontade de ler agora. Apesar de não ser tão nerd/geek assim. rrsrs
Amei isso de "escapismo", é uma realidade mesmo, e o livro também parece que traz muitas reflexões por tudo o que você disse na resenha.
Um abraço!
A sinopse não me agradou e a resenha só reforçou. Por isso prefiro não ler.
ResponderExcluirNão me considero nerd/geek, mas eu leria tranquilamente esse livro, até porque, adoro conhecer universos novos e diferentes. Gostei de vários pontos que você citou na resenha. Esse termo de "escapismo" é algo bem real mesmo. Afinal, quem nunca se imaginou em outro mundo ou quis ser outra pessoa?
ResponderExcluirNão fiquei TÃO animada com o livro, mas gostei demais da sua reflexão sobre "ser geek". Antigamente, era muito mais complicado e solitário realmente. Hoje é legal fazer parte do grupo e ser aceito. Encontrar gente com os mesmos gostos é muito bacana, mas com certeza não podemos nos fechar num "mundinho" só com os "iguais" (isso não é viável, nem saudável, na minha opinião)!
ResponderExcluirMesmo achando o tema legal, acho que o livro não é para mim,
ResponderExcluire concordo ser Nerd hoje é legal, mas antes não era bem assim rs, eu tenho 35 e quando eu estudava..uma menina falar que gostava de video game e coisas assim..ja ficavam olhando, ja era taxada de lesbica..pelo menos onde eu estudei e morei rsrs.
Mas hopje a realidade é bem diferente e esta cheio de meninas que gostam e falam,
legal a ideia do livro, beijos.
Marcos!
ResponderExcluirBão li ainda o livro, está aqui para próximas leituras, mas entendo bem tudo que falou, porque fomos da mesma época e também fui uma nerd/geek e totalmente discriminada pelos amigos e familiares que não entendiam minha forma de olhar a vida e vivê-la do meu jeito. Difícil foi conseguir um companheiro igual e tive de me adaptar à algumas coisas, embora tenha um companheiro que tenha 70% dos gostos parecidos com os meus e nos damos muito bem.
Vou ler sim o livro para entender melhor a realidade de Ethan.
Feliz dia das mães!!!!
“Às mães de todo planeta, Ofereço o brilho de um cometa, Para tal beleza comparar, Sem jamais pestanejar, Por Deus abençoada, Por Maria imaculada, De seu ventre surge a vida, Mãe tu és consagrada.”(Marcos G. Aguiar)
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Ótima resenha Marcos!
ResponderExcluirNunca sentir interesse por esse livro mas agora você me fez olhar a coisa com outros olhos. Não sou 100% nerd/geek mas acho que chego bem perto, considerando as coisas que eu gosto. Seria interessante ler o livro de uma pessoa assim, ou que pelo menos foi assim por um tempo.
Imagino como foi difícil na sua época, você devia ser bem zuado por seus gostos. Hoje em dia ainda tem a zuera mas é bem menor, mais leve, ser fã de quadrinhos, livros, jogos, etc., se tornou uma coisa muito normal.
Ainda bem que as visões de mundo vão mudando com o passar do tempo, não é?!?! O que antes era motivo de "chacota", hoje está na moda. Confesso que a vibe autobiográfica não me agrada muito, mas a parte da cultura pop, sim! Enfim, nesse momento não o leria, mas quem sabe em um futuro bem distante?
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Achei bem bacana a premissa do livro e como uma nerd/geek, não tão geek assim quanto eu gostaria, me interessei. Só não sou muito de ler livros autobiográficos. Quem sabe mais para frente dê uma chance. Mas ainda bem que os tempos mudaram né. As pessoas tem essa mania de rejeitar o que é diferente ou ter preconceito antes mesmo de conhecer. Esse mundo geek é tão rico e sempre tem algo que pode te agradar.
ResponderExcluirNem mesmo após ler a resenha esse livro me empolgou, talvez seja porque ele não faz meu estilo de leitura...
ResponderExcluirConcordo plenamente, "a vida depende de você realmente assumir quem é, ser o que deseja ser".
Abraços!
@Dilza Sousa Espero que goste do livro Dilza, caso queira debater sobre algum tópico, fique a vontade para deixar sua mensagem ou entrar em contato comigo. Abraços
ResponderExcluir@Gislaine Silva Obrigado por acompanhar a resenha. Abraços
ResponderExcluir@Larissa Oliveira você já jogou RPG alguma vez? O RPG proporciona a você vivenciar a vida como se fosse uma outra pessoa. É como um teatro, porém não há texto para decorar... vc faz o texto e suas ações, e um diretor (o mestre do jogo) determina todas as reações. É bem interessante. Os níveis de escapismo no livro são muito maiores, pois realmente há grupos que não apenas se fantasiam, mas vivem com grupos que se interagem dentro de um universo real, algo como uma feira medieval, que dura 15 dias... bom... ta no livro...ahahaahah Qualquer dúvida estou a disposição. Abraços
ResponderExcluir@Ana Paula Barreto concordo com vc sobre hoje ser infinitamente mais fácil, tão fácil que temos agora que observar e procurar os "verdadeiros nerds". Muita gente, nem se quer sabe nada sobre o universo nerd, apenas faz uma pesquisa na wikipédia e já se sente assim. Sobre fazer parte de um grupo, e fechar em um "mundinho", preciso dizer que, como nerd, o mundinho era o que eu vivia dentro de mim, quando não haviam outras pessoas para compartilhar meus gostos. Hoje é impossível se fechar tanto. Melhor realmente viver com quem pode compreender vc. Um abraço e se quiser debater estou a sua disposição.
ResponderExcluir@Neny Seu depoimento foi bem legal!!! Realmente, quem sofreu com a questão nerd, sabe o que é ser nerd e realmente comemora com muita alegria o "dia do orgulho nerd" (25/05). Bom que hoje podemos abertamente gostar de coisas estranhas e não sermos taxados de estranhos... aliás, é ótimo ser taxado de estranho!!! Se quiser debater mais sobre o assunto estou a disposição. Abraços!!
ResponderExcluir@RUDYNALVA é bom ver que não estou sozinho por aqui.. ahahahahaha Seu depoimento foi o máximo, afinal encontrar pessoas que nos compreendam, e que gostem das mesmas coisas, é algo absolutamente difícil. Hoje, tudo é muito mais fácil por conta da internet, ela diminui a distância entre as pessoas semelhantes, mas ainda carece na questão convivência. Estou a sua disposição caso queira debater mais. Abraços!!!!!
ResponderExcluir@Nathalia Simião Eu tenho um sebo, e lido apenas com fãs de quadrinhos, livros, etc. Na minha época eu realmente tinha que me encaixar na sociedade, mas sempre arrumei empregos em lugares estranhos... ahahahaha eu fui e sou um nerd de sucesso!! ahahahaha não posso reclamar muito do preconceito, pois realmente encontrei meus grupos e jamais abandonei o amor pelas minhas coisas nerds... ahahahah Nathalia, muito bom seu depoimento, e espero que acompanhe sempre minhas resenhas, espero fazer todos gostarem bastante de ler os livros que recomendo. Estou a sua disposição para debater qualquer assunto. Abraços!!!
ResponderExcluir@Nardonio Eu tbm não sou muito fã de autobiografias nem biografias. Mas a questão da busca do autor me chamou a atenção. Me decepcionei com algumas coisas e realmente esperava mais. Em outros pontos, o livro se fez incrivelmente maravilhoso. Se fosse escrito por um nerd de verdade, acho que a experiência teria sido incrível. Abraços
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluir@Luana RabbiDisse tudo!!! quando ler o livro, se sentir vontade de debater sobre, pode me procurar. Um grande abraço!!
ResponderExcluir@Any Caso venha a ler o livro e quiser debater, fico a sua disposição. Abraços
ResponderExcluirEssa vibe de auto-ajuda do livro não curti. Gostei da análise dos tempos da resenha, é tão bom encontrar pessoas com os mesmos interesses que a gente. Mas ler sobre isso nesse livro fica para uma próxima vez.
ResponderExcluir@Erica Martins Obrigado por ler a resenha. Abraços.
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