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24.7.15

[Bookserie] Engenharia Reversa: Parte X - Inocência e Oportunismo



Engenharia Reversa


Parte X - Inocência e Oportunismo


Jorge está semi nu. Seu corpo flutua no ar cinquenta centímetros acima do chão. Com os braços e as pernas abertos e esticados, ele é a quase perfeita imagem do Homem Vitruviano, não fossem as amarras energéticas brilhantes e pulsantes envolvendo seus tornozelos e pulsos. Por sorte, ele está completamente dopado e em sono profundo, não sentindo o incômodo de ficar por horas a fio naquela posição ingrata.

Inquietos feixes luminosos em tons que vão do vermelho ao amarelo examinam o corpo do prisioneiro, procurando por surpresas eletrônicas desagradáveis escondidas sob a pele, como, por exemplo, nano-localizadores ou cápsulas de toxinas, além disso, ajudam a monitorar o exército de nano-robôs injetados no corpo do homem e que agora estão controlando seu CND e extraindo toda e qualquer informação de sua memória.

O cômodo foi especialmente projetado para aquele tipo de trabalho, possui dois metros e meio de largura por dois e meio de altura. A iluminação provém apenas de uma gasta lâmpada florescente. Em cada parede lateral, além dos geradores das amarras energéticas, sensores mecânicos correm por pequenas esteiras que vão do chão ao teto, cada um deles lançando seus raios examinadores sobre o corpo de Jorge.

Na parede à frente do prisioneiro existe a única porta, onde estão instaladas diversas câmeras de video que transmitem o sinal para um salão exterior, lá, em uma larga estação de trabalho, um homem de meia-idade e compleição indiana opera equipamentos digitais com toda a atenção.

Os dados correm em alta velocidade por vários monitores antiquados, mas nada escapa ao olhar atento do operador. Para obter a preciosa informação: parte da senha que daria acesso ao bilhões roubados pelo prisioneiro, os nanos-robôs precisam acessar profundas memórias subconscientes e procurar os padrões em cada neurônio. Porém, algo na mente de Jorge estava dificultando bastante o processo de exploração mental, provavelmente alguma droga preparada para esse objetivo, de certo um firewall bio-químico. A outra parte da senha está com Marcela, a cúmplice do homem e que havia sido capturada pelo caçador de recompensas conhecido como Coveiro.

Então, o indiano percebe algo que chama sua atenção. Com um toque num antigo equipamento, um teclado, ele congela um bloco de dados para então, usando outro equipamento antiquado, um mouse, arrastá-lo e soltá-lo em outra parte da tela, onde os bits e bytes são convertidos em pixels. Arqueia as sobrancelhas ao ver as imagens ali representadas.

A grande porta de vidro enegrecido se abre no canto oposto ao cubículo de exames. Uma menina recém saída da infância, de pele alva e cabelos negros ondulados, entra na sala bocejando e arrastando os pés, andando na direção do indiano. O ambiente é bastante limpo e minimalista em cada detalhe, além da estação de trabalho e dos equipamentos dispostos próximos a ela, há apenas um grande sofá, posicionado de frente para a imensa janela que preenche um dos lados do salão e por onde é possível ver o oceano que se agiganta a perder de vista. O piso é de mármore branco, frio ao contato com os pés descalços da garota, e as paredes são claras e possuem centenas de pequenos detalhes esculpidos em relevo, que só são claramente entendidos ao serem vistos bem de perto: são representações artistícas de guerreiros romanos.

Ela se aproxima do homem, acha divertido ele usar tantos equipamentos primitivos, tantas "relíquias", como sua mãe gostava de dizer. Nota que ele está muito entretido observando um monitor. Olha por sobre os ombros dele e vê imagens aleatórias de uma mulher jovem, loira, as vezes sorrindo timidamente, as vezes séria e com o olhar profundo.

- O que é isso, Raji?

Ele se assusta, não percebeu a aproximação de Graziella. Recompõe-se rapidamente.

- Já acordou, Grazi?

A menina boceja e faz que sim com a cabeça. Raji sorri, pois gosta da companhia da filha de sua sócia. Responde:

- São memórias. Memórias do criminoso que sua mãe capturou.

- Sei. - Diz ela olhando curiosa para toda a parafernália eletrônica, a dúvida brotando nos pequenos olhos. - Mas eu não entendo, papai diz que as coisas que mamãe faz não são corretas, mas aqui todo mundo parece gostar.

Graziella é filha do primeiro casamento de Dianna. A menina passa a maior parte do ano com Paollo, o pai, em Cagliari na Sardenha, onde caçadores de recompensas não são tolerados, são presos e executados. Por conta desse e de outros detalhes, a relação entre Dianna e Paollo havia se deteriorado, ficando Graziella no meio do fogo cruzado e sendo alvo da disputa dos pais, pois, como mandava a tradição da família de Dianna, a menina deveria ser sua sucessora no clã de caçadores. Raji sentia pena dela, lamentava pelo momento em que toda a inocência lhe seria arrancada quando o treinamento chegasse; Paollo nada poderia fazer para impedir, pois o clã Médici é poderoso e conhecido por não perdoar.

- Bem, pequenina - diz ele com toda a calma e paciência do mundo - aqui as coisas são um pouco diferentes da Sardenha. Existe muita gente ruim, como o Jorge ali, e eles são tão espertos que conseguem até enganar o governo. Então, pessoas como sua mãe são necessárias para trazer esses criminosos para a justiça; o que sua mãe faz é muito bom para a sociedade, entende?

- É, eu acho que entendo. - Ela diz, a voz insegura. Volta a olhar para o equipamento. Raji percebe que a melhor coisa a se fazer é mudar de assunto.

- Você fez uma grande viagem e dormiu a tarde inteira, deve estar com fome. Quer que eu prepare alguma coisa?

Graziella não responde, curiosa, observa atenta todos os monitores. Vê em um deles a imagem ao vivo de Jorge, preso pelas correntes energéticas e sendo monitorado constantemente pelas luzes dançarinas. Vê as informações deslocando-se apressadas pelas janelas gráficas dentro dos antiguados tubos catódicos, um esquadrinhamento mental no pobre prisioneiro. Na mesma tela em que as memórias contendo a jovem loira são apresentadas, um desenho tridimensional do cérebro de Jorge aparece destacando regiões encefálicas em cores quentes. A menina aponta um dedo para o desenho no monitor.

- Ele está pensando nessa moça? Quem é ela?

- Ele não está pensando, querida, está sonhando. E o que você está vendo são as imagens do subconsciente do Jorge. Essa é a Marcela, é a namorada dele e também é uma criminosa perigosa.

A garota faz uma careta.

- Bem, pra mim ela não parece ser perigosa! E por que essas cores no cérebro dele?

Raji se ajeita na cadeira, Graziella havia herdado toda a curiosidade da mãe, e provavelmente não descansaria até ter todas as respostas.

- Então, essas são as regiões do cérebro afetadas por sentimentos sinceros, em outras palavras, pelo amor. Agora sabemos que Jorge de fato ama Marcela, até então achávamos que eles eram apenas parceiros de crime, que ele a estava usando para concluir seus planos.

Graziella parece estar hipnotizada pelos gráficos, pelas tonalidades de cores fortes que pulsam e oscilam na renderização vetorial da massa encefálica de Jorge.

- Bonito. - Ela diz, encantada.

Raji fica surpreso com a resposta.

- Bonito? Como assim, bonito?

- Ora essa, Raji, o amor é bonito! E essas cores aí também. É desse jeito que fica nosso cérebro quando amamos?

"A inocência das crianças é admirável", pensa o indiano. Contudo, o segredo para quebrar a defesa bioquímica de Jorge foi revelado: é Marcela, assim, a captura da engenheira se torna ainda mais necessária. "O amor de fato é lindo, ainda mais quando é usado ao seu favor." O mesmo sentimento que trazia tanta felicidade para Jorge agora seria utilizado para destruir seus planos. Uma janela de oportunidade se abre para Raji. Ele se levanta da cadeira, pegando com delicadeza o braço da menina.

- Vamos comer alguma coisa, Grazi. Eu estou morrendo de fome, e com certeza você também está!

Ela obedece, realmente tinha fome embora havia se esquecido disso. Antes de se levantar, Raji codifica um arquivo e o envia para Dianna, que nesse momento está muito longe dali, camuflada e esperando uma oportunidade para atacar a nave do Coveiro e capturar Marcela.

Raji preparou um lanche generoso para Graziella, que permaneceu na cozinha da mansão enquanto ele retornou para a estação de trabalho no grande salão.

Checa os monitores, confere o trabalho dos nano-robôs na mente de Jorge. "É hora de acabar com esse firewall bio-químico", ele pensa. Vê a resposta de Dianna: "Excelente, Raji. Mas se você usasse um CND, já teria descoberto isso muito mais cedo." Ele ri, CND's ? Computadores implantados em seu cérebro? Jamais! Nunca confiou no governo de seu próprio país, fugiu de lá quando os implantes se tornaram obrigatórios. Mas reconhecia o valor do equipamento, afinal, se Jorge não usasse um deles nunca poderia ter sua mente desmontada daquele jeito.

Inicia os trabalhos. Através de um software e utilizando os nano-robôs captura vários flashs de lembranças de Jorge, todos em que Marcela aparece. Carrega um programa de edição de memórias, para onde joga a série de imagens da namorada do prisioneiro. Em seguida, programa um ciber-crawler e ordena a ele que vasculhe a Hypernet em busca de todas as informações sobre Marcela: fotos, videos, registros de acesso diversos. Lança o programa na rede e bebe um gole de chá de hibisco, estala os dedos e descansa alguns minutos. Volta a trabalhar.

Puxa o teclado e começa a digitar comandos diversos, que se traduzem em ações nos monitores, colocando as diferentes imagens de Marcela em um cenário virtual. Cria um modelo em três dimensões da mulher, aplica sobre ele camadas e mais camadas de efeitos, usando como fonte os dados copiados da memória de Jorge. Enfim, digita o comando "make /all". As máquinas começam a trabalhar em perfeita sincronia, seus micro-processadores atingindo a frequência máxima de computação. Raji relaxa, observa as centenas de bytes correndo de cima para baixa verticalmente nos "antiquados" monitores. Termina seu chá, checa em uma das câmeras a cozinha, onde agora Graziella está comentado um sorvete e se divertindo com um console de video-game portátil, "perigosamente conectado no CND dela", pensa ele.

Finalmente, o bio-programa está pronto. Agora basta implantá-lo no prisioneiro. Raji arrasta o arquivo para outra tela, onde o software de controle dos nano-robôs está rodando. Imediatamente o arquivo é transmitido para as centenas de nano-máquinas dentro do cérebro de Jorge, que por sua vez o implantam no CND do homem afim de atingir o subconsciente.

Uma imagem de Marcela se forma no córtex de Jorge. Raji fica atento e observa com empolgação a taxa de ondas occiptais aumentar consideravelmente no lóbulo frontal do executivo. A taxa REM também sobe acima dos níveis normais. A medida que o bio-programa carrega seus dados no subconsciente, as cenas transmitidas vão se tornando mais fortes, mais violentas; Jorge presencia uma sessão de tortura terrível com sua namorada, e ao mesmo tempo uma voz reconfortante lhe diz para desistir de lutar, para entregar a senha, caso contrário, o sofrimento de Marcela só irá piorar.

Enfim, a mente do prisioneiro começa a ceder, enfraquecendo o firewall bio-químico e liberando áreas mais profundas no subconsciente para os nano-robôs. É isso. Padrões comerciais adotados pela Siracusa vão emergindo no meio dos novos fragmentos obtidos pelas nano-máquinas, são as partes da senha. Raji vibra. Os novos dados obtidos dos neurônios do prisioneiro são copiados e decodificados, convertendo-se em um arquivo digital. Sucesso, oportunidade aproveitada. Ainda totalmente em sono profundo, Jorge sibila dentro do cubículo, lágrimas escorrem de seus olhos e se chocam na poça de suor que formada no chão.

O bio-programa com a perfeita simulação da tortura de Marcela é encerrado, levando os sinais vitais do cativo ao nível normal. Agora, era só esperar Dianna chegar com a mulher para que o mesmo procedimento fosse aplicado a ela. Raji se levanta da poltrona e se dirige à cozinha para passar um tempo com Graziella, preparar uma nova dose de chá de hibisco e descansar um pouco, afinal, precisaria ainda alterar o programa de tortura para ser executado no CND de Marcela. Agora é a vez da Fúria fazer sua parte.


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Aspirante a escritor, inquieto por natureza, ainda tenho vontade de mudar o mundo ou pelo menos colocar um monte de gente para pensar. Viciado em livros, games, idéias loucas e sempre procurando coisas que desafiem minha imaginação.

19 comentários em "[Bookserie] Engenharia Reversa: Parte X - Inocência e Oportunismo"

  1. Capítulo mais tranquilo, assim dá para recuperar o fôlego rs. Adorei a pequena Graziella.
    Raji pegou pesado com o Jorge, hein? Similar a tortura de Marcela para conseguir parte da senha... Game over pra você, Jorge rs.
    E como assim, André? Mouse, teclado, monitor... são equipamentos antiquados? É isso mesmo? A gente precisa conversar sobre isso, hein hahaha.
    Adorei acompanhar mais um capítulo. Excelente!

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  2. Mais um capítulo ótimo. Adorando acompanhar a evolução da estória e o crescimento dos personagens. Que venha o próximo capítulo.

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  3. Este capítulo teve um ritmo mais tranquilo comparador ao antecessor, mas foi ótimo também.
    Juro que um pequeno choque tomou conta de mim ao ver que mouses, monitores e teclados são antiguidades, mas ai me lembrei que se trata de uma história futurista, apesar de ainda causar certo estranhamento. Sou tão acostumada com a nossa tecnologia atual que não me vejo tendo que me adaptar a outra. Ainda mais de for algo implantado no meu cérebro, nesse ponto fico do lado de Raji.
    A tática usada por ele para arrancar a senha de Jorge foi inteligente, fiquei com pena do prisioneiro por cair na ilusão criada pelo programa e logo será a vez de Marcela. O amor enfraquece as pessoas em certas situações.
    Grazi parece uma criança adorável, apenas tenho pena dela pelo futuro que a aguarda tendo que liderar um clã de caçadores de recompensas, mas ninguém escolhe a família.
    Adorei o capitulo.
    Abraços

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  4. Adorei este capítulo, to adorando acompanhar sua história, realmente tem muita criatividade e sabe escrever muito bem, estou aguardando ansiosamente o próximo capítulo.

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  5. Capítulo mais tranquilo, mas ainda assim movimentado, com informações importantes que deixaram na expectativa do desenrolar do próximo capítulo!

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  6. Estou adorando estes capítulos, e desta vez foi bem mais tranquilo. Ufa!! =)
    Já quero o próximo!!

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  7. Amei esse capítulo. Me deu muita pena do Jorge sendo enganado com imagens falsas da Marcela sendo torturada, mas foi genial da parte de Raji, muito inteligente. Estou na expectativa em relação ao próximo capítulo!
    Bjos!

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  8. Já estamos no décimo capítulo?!?! Como o tempo passa rápido, hein?!?!
    Estou adorando acompanhar esse booksérie. E que venha o próximo capítulo.

    @_Dom_Dom

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  9. @Larissa Oliveira Pois é, Larissa, equipamentos antiquados...rs Na verdade, a história se passa no futuro, mas eu não quis definir o quando, porque pode acabar ficando datado, então é num futuro onde teclados, mouses, essas coisas que usamos hoje são relíquias!
    E mais uma, muito grato pelo comentário! Abraços!

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  10. @Gislaine Silva Legal! Já temos dois prontos para postar! Muito obrigado por ler e um abraço!

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  11. @Karina Valshe Pois é, Karina, pensei mesmo sobre isso, em como o amor tem o poder de nos deixar vulneráveis, as vezes até meio bobos. Sobre os chips no cérebro, eu acho que será inevitável em algum momento, do jeito que a tecnologia está evoluindo esse dia não está longe! Mas eu, como o Raji, JAMAIS usaria um chip na cabeçe! Agradecido pelo comentário e pela leitura, abraços!

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  12. @Mariele Antonello :)
    Mesmo me repetindo adoro dizer isso: fico bem feliz que esteja gostando do que tenho feito, mesmo! Thanks e abraço!

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  13. @Alessandra Fernandes Tá chegando o próximo capítulo, Alessandra! E que ótimo que esteja gostando da história, acho que você começou a acompanhar a pouco tempo né? Enfim, obrgiado e abraços!

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  14. @Any
    Pois é, Any, o Jorge está pagando o preço pelos crimes que cometeu, infelizmente, a Marcela tem sua parcela de culpa de também. O Raji é "tenso", rs, praticamente o braço direito da Fúria.
    Muito agradecido pelo comentário! Abraços!

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  15. @Nardonio
    A coisa tá andando rápido, Nardonio! Eu quero terminar o livro em Agosto! Vamos ver!
    Valeu, camarada, abraços!

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  16. Ai Nadré, me perdoe pala gafe do comentário anterior. kkkkk
    Agora que foi me cair a ficha que o livro é seu e está dividido em partes,; por mais que me sentisse dentro do livro, parecia que faltava algo (ao capítulos anteriores). Voltarei desde o início para entender tudo de forma correta.

    BJsss

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  17. André!
    Gostei demais dessa história de poder entrar na mente do refém e incutir imagens para que ele possa ser forçado a entregar a senha.
    Agora esperarei o mesmo acontecer com Marcela e ver no que vai dar.
    Fico bem impressionada com sua criatividade para o futurismo.
    Parabéns!
    “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”(Mahatma Gandhi)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  18. @Fran Ferreira
    Tranquilo, Fran. Depois que ler, diz aí o que achou! Abraços!

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  19. @RUDYNALVA
    Oi, Rudy, já tava sentindo sua falta por aqui! E não me canso de agradecer, obrigadão pelas carinhosas palavras!

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