Ed. Fábrica 231, 2015 - 288 páginas: |
"Eu, você e a garota que vai morrer" é uma mistura perfeita entre drama e humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.
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Quando surge um lançamento que ganhou uma adaptação cinematográfica, já fico com uma pontada de curiosidade pra ler, afinal, adoro comparar as obras. E, quando vi que esse livro estava entre as opções para resenha, não pensei duas vezes para escolhê-lo.
A trama conta a história de Greg, um adolescente de 17 anos, que tem como maior pretensão finalizar o colegial sem ser notado. Para ele, quanto mais invisível for sua passagem pelo colégio, melhor. Tem apenas um amigo (Earl), que é seu parceiro nas produções de releituras dos filmes que eles assistem. Tem conseguido seguir, tranquilamente, com seu plano de invisibilidade, até saber a notícia de que Rachel, uma antiga “amiga”, está com câncer, e, aconselhado pela sua mãe, resolve reaproximar-se dela nesse momento tão difícil.
Surpresa! É o que posso falar ao terminar a leitura desse livro. Ao ler a sinopse, imaginava uma história densa (afinal, temos uma personagem com leucemia), mas, afirmo que o quesito humor foi bem mais forte. Claro que temos partes mais reflexivas e sensíveis, mas as tiradas do Greg são tão legais que acabaram se sobressaindo.
Considero a narrativa o ponto mais forte. O autor deu um tom informal e ágil ao Greg, que narra tudo em primeira pessoa, mas que não parece nada escrito, mas sim, uma conversa em uma roda de amigos. Aliás, foi assim que me senti: Um amigo ao qual o Greg estava contando sua saga. Ele faz questão de deixar o leitor envolvido na história, interagindo através de perguntas e comentários pra lá de loucos. Outra coisa legal que o Jesse Andrews inseriu, foram algumas cenas/diálogos em forma de roteiro de cinema, com direito a falas e rubricas completas. Nessas partes, me senti um ator estudando uma cena para gravar.
Jamais iria imaginar torcer por uma personagem como o Greg. Ele é anti-social, babaca e sem-noção, mas o que o salvou foi o humor irônico e sarcástico dele (características que adoro). E outra coisa legal é que ele é extremamente autocrítico. Ele sabe que pisa na bola sempre e se deprecia a cada momento que abre a boca. Essas partes são hilárias. Já as personagens femininas são o ponto de equilíbrio na trama. Todas têm um pé na normalidade, mas as masculinas são cada uma mais louca que a outra. O pai do Greg mais parece viver no mundo da lua, tem um professor que também não bate muito bem da bola, e a duplinha dinâmica, Greg e Earl, são sem comentários.
No quesito revisão, a editora está de parabéns. Se existe algum erro, não o encontrei. Está perfeita. A diagramação também está bem legal. Adorei a capa e a parte interna também.
A única ressalva que faço é a questão de alguns (muitos) palavrões que rolam em algumas passagens. Para mim não é problema, mas tem pessoas que não gostam.
Essa trama do Jesse Andrews ganhou uma adaptação para o cinema nesse ano de 2015, com direção de Alfonso Gomez-Rejon, e claro que tentei assistir, mas, infelizmente, não consegui. Vi apenas o trailer oficial e gostei do resultado, pois está bastante fiel e espero que isso se estenda por todo ele. A única coisa que me incomodou foi a escolha dos atores que interpretaram Greg e Earl, pois, eles fogem um pouco da descrição do livro. O Greg é descrito como gordinho e o Earl é bem baixinho, e não foi o que vi no filme.
Posso dizer que é uma das melhores leituras do ano. Vale muito a pena dar uma conferida nele. Tem as partes mais sensíveis e, para aqueles que gostam de um humor mais ácido, com certeza vai adorar.
http://www.skoob.com.br/eu-voce-e-a-garota-que-vai-morrer-450481ed510363.html
A trama conta a história de Greg, um adolescente de 17 anos, que tem como maior pretensão finalizar o colegial sem ser notado. Para ele, quanto mais invisível for sua passagem pelo colégio, melhor. Tem apenas um amigo (Earl), que é seu parceiro nas produções de releituras dos filmes que eles assistem. Tem conseguido seguir, tranquilamente, com seu plano de invisibilidade, até saber a notícia de que Rachel, uma antiga “amiga”, está com câncer, e, aconselhado pela sua mãe, resolve reaproximar-se dela nesse momento tão difícil.
Surpresa! É o que posso falar ao terminar a leitura desse livro. Ao ler a sinopse, imaginava uma história densa (afinal, temos uma personagem com leucemia), mas, afirmo que o quesito humor foi bem mais forte. Claro que temos partes mais reflexivas e sensíveis, mas as tiradas do Greg são tão legais que acabaram se sobressaindo.
Considero a narrativa o ponto mais forte. O autor deu um tom informal e ágil ao Greg, que narra tudo em primeira pessoa, mas que não parece nada escrito, mas sim, uma conversa em uma roda de amigos. Aliás, foi assim que me senti: Um amigo ao qual o Greg estava contando sua saga. Ele faz questão de deixar o leitor envolvido na história, interagindo através de perguntas e comentários pra lá de loucos. Outra coisa legal que o Jesse Andrews inseriu, foram algumas cenas/diálogos em forma de roteiro de cinema, com direito a falas e rubricas completas. Nessas partes, me senti um ator estudando uma cena para gravar.
Jamais iria imaginar torcer por uma personagem como o Greg. Ele é anti-social, babaca e sem-noção, mas o que o salvou foi o humor irônico e sarcástico dele (características que adoro). E outra coisa legal é que ele é extremamente autocrítico. Ele sabe que pisa na bola sempre e se deprecia a cada momento que abre a boca. Essas partes são hilárias. Já as personagens femininas são o ponto de equilíbrio na trama. Todas têm um pé na normalidade, mas as masculinas são cada uma mais louca que a outra. O pai do Greg mais parece viver no mundo da lua, tem um professor que também não bate muito bem da bola, e a duplinha dinâmica, Greg e Earl, são sem comentários.
No quesito revisão, a editora está de parabéns. Se existe algum erro, não o encontrei. Está perfeita. A diagramação também está bem legal. Adorei a capa e a parte interna também.
A única ressalva que faço é a questão de alguns (muitos) palavrões que rolam em algumas passagens. Para mim não é problema, mas tem pessoas que não gostam.
Essa trama do Jesse Andrews ganhou uma adaptação para o cinema nesse ano de 2015, com direção de Alfonso Gomez-Rejon, e claro que tentei assistir, mas, infelizmente, não consegui. Vi apenas o trailer oficial e gostei do resultado, pois está bastante fiel e espero que isso se estenda por todo ele. A única coisa que me incomodou foi a escolha dos atores que interpretaram Greg e Earl, pois, eles fogem um pouco da descrição do livro. O Greg é descrito como gordinho e o Earl é bem baixinho, e não foi o que vi no filme.
Posso dizer que é uma das melhores leituras do ano. Vale muito a pena dar uma conferida nele. Tem as partes mais sensíveis e, para aqueles que gostam de um humor mais ácido, com certeza vai adorar.
http://www.skoob.com.br/eu-voce-e-a-garota-que-vai-morrer-450481ed510363.html
Cortesia da Editora Rocco |
Pernambucano, formado em Artes Cênicas e apaixonado por teatro e livros. Descobriu-se leitor depois de um empurrãozinho de uma amiga. Virginiano, pé no chão e que adora a calmaria. Leitor de quase todos os gêneros literários. Afinal, quando a trama é boa, o gênero é o que menos importa. |
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Até agora eu não tinha lido nenhuma resenha completa sobre esse livro, então eu apenas sabia o título, e que a menina que se referia tinha leucemia, o que nos faz imaginar ser uma história triste, mas logo percebi que tem um toque de humor.
ResponderExcluirCom essa resenha, já esta em minha lista de leitura. Abçs!!
Primeira resenha que vejo deste livro e ele me deixou curiosa, principalmente quanto ao humor presente na obra. Gosto quando por vezes, somos surpreendidos pelo livro indo contra o que esperávamos. Achava que seria uma história bem diferente do que sua resenha demonstrou, mas nem de longe é algo ruim.
ResponderExcluirCertamente darei uma chance ao livro, espero não me decepcionar.
Abraços
Sempre tive interesse em ler esse livro! Parece ser muito bom! Adorei a resenha
ResponderExcluirBeijos
albumdeleitura.blogspot.com.br
Esse tipo de livro não me atrai mais. Acho bem legal a estória e tudo mais, mas não tanho tido vontade de ler esse tipo de livro. Quem sabe, futuramente, eu leia?!
ResponderExcluirAdorei a resenha! Não conhecia este livro, mas parece ser muito bom, que bom que você ficou surpresa com a leitura, lendo a sinopse também pensei que a história ia ser meio triste por a personagem ter leucemia, mas é legal saber que o livro tem um toque de humor, pretendo ler mais futuramente.
ResponderExcluirDom!
ResponderExcluirFico impressionada como as visões sobre a leitura de um livro se diversificam e cada vez mais acho que tem haver com nossas experiências de vida.
Ontem li uma resenha que deu nota 1 para esse livro e agora me deparo com você falando que foi um dos melhores livros que leu...
Assim sendo, só mesmo fazendo a leitura para confirmar.
“O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.”(Mario Quintana)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Oi, Nardonio! Não li o livro ainda, mas, analisando sua resenha, posso dizer que o ponto alto da história foi, sem dúvida, o humor contido na trama. De cara a gente imagina uma história com uma carga dramática, por ter uma personagem que sofre de leucemia e tal, mas não. Ponto para o autor! Adoraria ler.
ResponderExcluircaro Dom Dom, gosto de adaptações de livros para o cinema, já o contrário não, tive alguns desgostos, o maior deles Alien - o oitavo passageiro. sick-lits são sempre legais, eu os adoro, dizem que sou meio depressivo e que gosto de sofrer, mas a maioria dos livros neste estilo (como "escrito nas estrelas") são tremendamente bem-humorados, um bálsamo pra quem sofre, pra quem conhece quem sofre ou pra quem nunca teve contato com a doença. então, já vou colocando este na listinha, ainda mais sendo 5 estrelas. ótima dica, ótima resenha!
ResponderExcluirAprecio uma história onde há uma mistura de drama e humor, o segundo acaba dando uma leveza no primeiro, o que eu agradeço pois sou muito emotiva rsrs.
ResponderExcluirFiquei mega interessada quando vi esse lançamento, e não sabia que ele tinha ganhando um adaptação para os cinemas - vou assistir com certeza!!
O livro tem personagens bastante interessantes, principalmente o protagonista. Amei a resenha e fiquei com mais vontade de ler o livro!
Bjos!
Nossa, o que salva mesmo o Greg é o seu humor, ein? Não fosse isso ele seria um personagem detestável. haha Também gostei dele só pela forma como você o descreveu, ele querendo ser invisível. haha Gosto de personagens assim. Só me interessei mesmo pelo livro quando vi sobre a adaptação cinematográfica. Então é claro que quero ler o livro.
ResponderExcluirEnquanto lia a resenha pensei muito no livro "A culpa é das estrelas", que trata de câncer de uma forma leve e divertida.
ResponderExcluirAo mesmo tempo torci o nariz porque tem vários livros com esta temática...
masss pelo visto o livro é surpreendente e por isso darei uma chance!
Não sabia do filme também... vou procurar saber mais!
Curti a resenha e deu para perceber o qto vc gostou da leitura, isso é muito bacana.
Oi Dom.
ResponderExcluirEste livro já tinha me chamado atenção só pela capa; eu ainda não tinha lido nenhuma resenha dele, gostei bastante. Fiquei imaginando o quão bobos eram os 2, ainda bem que existe a Rachel para dar uma equilibrada nos dois. é claro que vou ler.
Bjss
Não sabia que esse livro tem filme. Achei a capa linda, mas sinceramente não senti vontade de ler. Tenso quando mudam as características de personagens nos filmes.
ResponderExcluirobrigada pela resenha tão simpática, Nardônio! até publiquei no meu perfil do Facebook :) achei bem detalhista e gostei muito mesmo dos seus comentários, sobretudo, quanto à revisão --- traduzir não é um ato isolado e é bom saber que temos anjos da guarda, chamados revisores, pra deixar o trabalho ainda mais bonito. quanto aos palavrões, bom, eu parto do princípio da honestidade do tradutor: se tá escrito "fuck" não dá pra dizer "meleca", né? :)
ResponderExcluirlivro interessante!!
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