Ed. Aleph, 2015 - 405 páginas: |
Após dez anos de exílio, Sir Sparhawk, cavaleiro da Ordem Pandion, retorna a Elenia e encontra sua terra natal imersa em sombras. O inescrupuloso Annias, primado da Igreja e membro do Conselho Real, manipula o débil príncipe regente para governar de fato, visando seus próprios interesses. A legítima soberana, Ehlana, acometida por uma estranha doença, jaz adormecida em seu trono, protegida por uma barreira de cristal. Graças a um poderoso feitiço, seu coração ainda pulsa, mas ela não resistirá a menos que uma cura seja encontrada antes que transcorra um ano. Sparhawk parte, então, em uma busca obstinada para salvar sua rainha e seu reino, travando uma luta incessante contra o tempo, as autoridades vigentes e toda sorte de perigos - reais e sobrenaturais.
Onde comprar:
Quando a espada era lei e a magia comum como um copo d’água
Eu poderia fazer uma resenha bem curtinha. Mas isso seria um pecado. Não faria jus à complexidade da construção das personagens de O trono de diamante (Aleph, 405 páginas) e não seria de bom tom deixar passar os sentimentos que me percorreram durante a leitura.
O autor David Eddings começou a me fascinar no instante em que resolveu narrar sua saga de fantasia épica durante a Idade Média. Confesso que gostaria de ter vivido nessa época. Consolidação das estruturas sociais, as Cruzadas, a poesia de Dante, as viagens de Marco Polo, a peste negra, o domínio da Igreja, o obscurantismo. Tudo isso confere ao período um ar de dominação pelo medo.
Ao iniciar a leitura me deparei com um mapa. De certa forma isso é bom, elucidativo. Mas comecei a torcer o nariz, porque se parecia com “O senhor dos anéis”. O prólogo, fantasioso demais até para uma obra de fantasia, com deuses se imiscuindo em assuntos humanos foi um balde de água fria. Onde é que estavam os valentes cavaleiros com suas armaduras imponentes?
Não desanimei, havia lido poucas páginas. Minha insistência me presenteou com uma das obras mais espetaculares que já li, sem sombra de dúvidas.
Sir Sparhawk, cavaleiro da Ordem Pandion, retorna ao reino de Elenia, após anos de exílio, e se depara com a rainha acometida por uma estranha doença, protegida por uma barreira de cristal, feitiço que a mantém viva, porém não por muito tempo, é preciso encontrar a cura.
Sparhawk é o Campeão da Rainha, a quem jurou honrar e proteger. Então ele parte rumo ao desconhecido, com o coração estraçalhado, enfrentando inimigos reais e sobrenaturais, além de toda gama de sortilégios. Vai tomando consciência, paulatinamente, de sua importância neste jogo de xadrez mitológico.
Nesta aventura ele contará com a ajuda de amigos, todos eles com características marcantes, tremendamente bem construídos.
Seu fiel escudeiro Kurik:
— Tenho uma má notícia para você, Sparhawk — Kurik murmurou, enquanto os dois passavam pelo acampamento chacoalhando os pandions para acordá-los. — Martel não está liderando a coluna.
— Quem está? — Sparhawk perguntou, enquanto uma onda quente de decepção percorria seu corpo.
— Adus. Ele tem uma mancha de sangue cobrindo todo o queixo. Acho que andou comendo carne crua novamente.
Sparhawk soltou um palavrão.
— Pense por este lado: pelo menos o mundo será um lugar mais limpo sem Adus, e acho que Deus vai querer ter uma longa conversa com ele, de um jeito ou de outro.
— Temos de fazer tudo o que pudermos para providenciar isso.
Seus irmãos de armas, entre eles o grande amigo Kalten, com tiradas sempre hilárias, provocativas e espirituosas:
— Eu conheço um lugar. Não é muito longe. Você consegue andar?
— Consigo ir aonde você for. Sou mais novo, você se lembra?
— Apenas por seis meses.
— Mais novo é mais novo, Sparhawk. Não vamos discutir sobre números.
A feiticeira Sephrenia, uma espécie de tutora da Ordem Pandion, que venera sua Deusa. Outro ponto para David Eddings, afinal de contas, quem conhece um pouco de história, sabe que o povo Celta foi praticamente dizimado por ir contra o machismo católico. A tentativa de apagar a cultura e os costumes deste povo, que tinha como ponto central a mulher, e por consequência uma deidade feminina, por gerar a vida, foi inócua e sobreviveu a todo banho de sangue.
... — Olhando para ela com curiosidade, ele questionou: — Diga-me, Sephrenia, qual deus pagão você venera?
— Não tenho permissão para dizer — ela respondeu, com seriedade. — O que posso contar, em contrapartida, é que não é um Deus. Sirvo uma Deusa.
— Uma deidade feminina? Mas que ideia absurda.
— Apenas para um homem, Dolmant. As mulheres consideram isso bem natural.
Um jovem ladrão de nome Talen, que viveu nas ruas e conhece todos os seus perigos, além de ministrar como ninguém a arte da mendicância e ter os dedos mais ágeis de Cimmurra:
— Você tem que chamar a atenção deles. “Caridade” costuma funcionar bem. Não se tem tempo para longos discursos e, de qualquer jeito, as pessoas não gostam de conversar com mendigos. Se alguém resolver te dar alguma coisa, quererá se livrar disso o mais rápido possível. Faça com que sua voz soe totalmente sem esperança. Choramingar não é muito bom, mas se conseguir que ela fique embargada... como se você fosse chorar.
— Mendigar é uma arte, não é?
— É vender uma ideia, só isso — Talen deu de ombros. — Mas você tem que vender só com uma ou duas palavras, então coloque seu coração nelas...
E também uma menina misteriosa que parece querer acompanhar o grupo a qualquer preço, impondo sua vontade com magia.
A jornada dos heróis será difícil, muitos pagarão com a própria vida. Mas é aí que reside o grande fascínio de uma saga de magia, capa e espada. Numa época em que o nome, a honra e a palavra empenhada são sinônimos de caráter, é sempre embriagador notar a nobreza dos atos dos cavaleiros.
Porém, não se enganem. Nenhum deles é perfeito. Todos têm seus desvios de conduta e seus fantasmas que arrastam correntes e nunca os deixam em paz.
O ladrãozinho Talen, vai aprender na marra, mesmo tendo a língua ferina:
— Algum dia, essa sua boca vai te meter em sérios problemas, garoto.
— Nada de que meus pés não possam me levar para longe.
O amigo Kalten, talvez não aprenda nunca:
... — Sabe de uma coisa? Eu poderia me acostumar a esse tipo de vida.
— É melhor não — Sparhawk aconselhou.
— Você tem que admitir que é bem mais confortável do que ter o traseiro massacrado em uma sela dura.
— Desconforto é bom para a alma.
— Minha alma vai muito bem, Sparhawk. É o meu posterior que está começando a ficar gasto.
E o fiel escudeiro Kurik irá se deparar com a estupidez do fanatismo religioso, que explora a ignorância e a estupidez do povo:
— Quem inventou essas regras estúpidas? Kurik perguntou com indignação.
— Eshand — Sparhawk respondeu. — Ele era louco, e pessoas loucas sentem-se mais seguras ao seguir rituais.
— Mais alguma coisa?
— Só mais uma. Se você deparar com um carneiro, deve dar passagem a ele.
— Como é que é? — o tom de voz de Kurik estava carregad de incredulidade.
— Isso é muito importante, Kurik.
— Você não está falando sério!
— Seríssimo. Eshand era pastor quando criança e ficava completamente revoltado quando alguém cavalgava por entre seu rebanho. Quando subiu ao poder, anunciou que Deus lhe havia reelado que carneiros eram sagrados e que todos deveriam abrir caminho para esses animais.
— Isso é loucura, Sparhawk — Kurik protestou.
— Claro que é. Mas aqui é lei.
E não poderia faltar o velho e bom duelo, desses que a gente fica louco pra acontecer:
— O senhor tem algum título, capitão? Quero dizer, além de seu posto militar?
— Sou marquês, Sir Bevier.
— Excelente. Se nossa devoção o ofende, ficarei mais do que feliz em lhe dar satisfação. Pode enviar seus padrinhos de duelo para me chamar a qualquer momento. Estarei a seu completo dispor.
O capitão empalideceu visivelmente e se retraiu.
Não vou tecer mais comentários sobre três personagens: Sparhawk, Sephrenia e a menina misteriosa, porque tiraria um pouco o clima de quem irá se encantar com a leitura como eu.
O autor tem a grande vantagem de não se perder em descrições detalhadas, muitas vezes desnecessárias e enfadonhas. Privilegia os diálogos, sempre inteligentes, perspicazes e irônicos. Desenvolvimento impecável e saboroso. Prazer dobrado.
Quando se aventura em descrições, o faz de maneira belíssima. Por exemplo, quando nos presenteia com o assombroso gótico da Idade das Trevas:
A cripta sombria se estendia em uma treva monótona bem além da nave da catedral. Sob o teto abobadado e os contrafortes enfeitados por teias de aranha jaziam os antigos governantes de Elenia, silenciosos, fileira após fileira, cada qual encerrado em uma tumba de mármore desgastado com uma empoeirada efígie de chumbo repousando em seu topo. Dois mil anos de história eleniana jaziam ali, acumulando lentamente bolor e poeira no porão úmido. Os pecadores repousavam ao lado dos virtuosos. Os estúpidos ao lado dos sábios. O nivelador universal trouxera todos ao mesmo local.
Muitos acham que na fantasia vale tudo. Mas não é bem assim. Tem que haver coerência, tem que haver uma explicação plausível, mesmo em um diálogo entre o Campeão da Rainha e um rei morto.
— Tu és gentil, Sparhawk — a voz vazia suspirou —, e tua gentileza despedaça meu coração insubstancial mais do que qualquer reprimenda.
Desculpem-me pela extensão da resenha. É que esta obra merecia isso e muito mais. Já espero ansioso pelo segundo volume da trilogia. Indico a todos aqueles de coração livre e espírito jovem, que torcem pelo bem e vivem para a felicidade. Deliciem-se!
Eu poderia fazer uma resenha bem curtinha. Mas isso seria um pecado. Não faria jus à complexidade da construção das personagens de O trono de diamante (Aleph, 405 páginas) e não seria de bom tom deixar passar os sentimentos que me percorreram durante a leitura.
O autor David Eddings começou a me fascinar no instante em que resolveu narrar sua saga de fantasia épica durante a Idade Média. Confesso que gostaria de ter vivido nessa época. Consolidação das estruturas sociais, as Cruzadas, a poesia de Dante, as viagens de Marco Polo, a peste negra, o domínio da Igreja, o obscurantismo. Tudo isso confere ao período um ar de dominação pelo medo.
Ao iniciar a leitura me deparei com um mapa. De certa forma isso é bom, elucidativo. Mas comecei a torcer o nariz, porque se parecia com “O senhor dos anéis”. O prólogo, fantasioso demais até para uma obra de fantasia, com deuses se imiscuindo em assuntos humanos foi um balde de água fria. Onde é que estavam os valentes cavaleiros com suas armaduras imponentes?
Não desanimei, havia lido poucas páginas. Minha insistência me presenteou com uma das obras mais espetaculares que já li, sem sombra de dúvidas.
Sir Sparhawk, cavaleiro da Ordem Pandion, retorna ao reino de Elenia, após anos de exílio, e se depara com a rainha acometida por uma estranha doença, protegida por uma barreira de cristal, feitiço que a mantém viva, porém não por muito tempo, é preciso encontrar a cura.
Sparhawk é o Campeão da Rainha, a quem jurou honrar e proteger. Então ele parte rumo ao desconhecido, com o coração estraçalhado, enfrentando inimigos reais e sobrenaturais, além de toda gama de sortilégios. Vai tomando consciência, paulatinamente, de sua importância neste jogo de xadrez mitológico.
Nesta aventura ele contará com a ajuda de amigos, todos eles com características marcantes, tremendamente bem construídos.
Seu fiel escudeiro Kurik:
— Tenho uma má notícia para você, Sparhawk — Kurik murmurou, enquanto os dois passavam pelo acampamento chacoalhando os pandions para acordá-los. — Martel não está liderando a coluna.
— Quem está? — Sparhawk perguntou, enquanto uma onda quente de decepção percorria seu corpo.
— Adus. Ele tem uma mancha de sangue cobrindo todo o queixo. Acho que andou comendo carne crua novamente.
Sparhawk soltou um palavrão.
— Pense por este lado: pelo menos o mundo será um lugar mais limpo sem Adus, e acho que Deus vai querer ter uma longa conversa com ele, de um jeito ou de outro.
— Temos de fazer tudo o que pudermos para providenciar isso.
Seus irmãos de armas, entre eles o grande amigo Kalten, com tiradas sempre hilárias, provocativas e espirituosas:
— Eu conheço um lugar. Não é muito longe. Você consegue andar?
— Consigo ir aonde você for. Sou mais novo, você se lembra?
— Apenas por seis meses.
— Mais novo é mais novo, Sparhawk. Não vamos discutir sobre números.
A feiticeira Sephrenia, uma espécie de tutora da Ordem Pandion, que venera sua Deusa. Outro ponto para David Eddings, afinal de contas, quem conhece um pouco de história, sabe que o povo Celta foi praticamente dizimado por ir contra o machismo católico. A tentativa de apagar a cultura e os costumes deste povo, que tinha como ponto central a mulher, e por consequência uma deidade feminina, por gerar a vida, foi inócua e sobreviveu a todo banho de sangue.
... — Olhando para ela com curiosidade, ele questionou: — Diga-me, Sephrenia, qual deus pagão você venera?
— Não tenho permissão para dizer — ela respondeu, com seriedade. — O que posso contar, em contrapartida, é que não é um Deus. Sirvo uma Deusa.
— Uma deidade feminina? Mas que ideia absurda.
— Apenas para um homem, Dolmant. As mulheres consideram isso bem natural.
Um jovem ladrão de nome Talen, que viveu nas ruas e conhece todos os seus perigos, além de ministrar como ninguém a arte da mendicância e ter os dedos mais ágeis de Cimmurra:
— Você tem que chamar a atenção deles. “Caridade” costuma funcionar bem. Não se tem tempo para longos discursos e, de qualquer jeito, as pessoas não gostam de conversar com mendigos. Se alguém resolver te dar alguma coisa, quererá se livrar disso o mais rápido possível. Faça com que sua voz soe totalmente sem esperança. Choramingar não é muito bom, mas se conseguir que ela fique embargada... como se você fosse chorar.
— Mendigar é uma arte, não é?
— É vender uma ideia, só isso — Talen deu de ombros. — Mas você tem que vender só com uma ou duas palavras, então coloque seu coração nelas...
E também uma menina misteriosa que parece querer acompanhar o grupo a qualquer preço, impondo sua vontade com magia.
A jornada dos heróis será difícil, muitos pagarão com a própria vida. Mas é aí que reside o grande fascínio de uma saga de magia, capa e espada. Numa época em que o nome, a honra e a palavra empenhada são sinônimos de caráter, é sempre embriagador notar a nobreza dos atos dos cavaleiros.
Porém, não se enganem. Nenhum deles é perfeito. Todos têm seus desvios de conduta e seus fantasmas que arrastam correntes e nunca os deixam em paz.
O ladrãozinho Talen, vai aprender na marra, mesmo tendo a língua ferina:
— Algum dia, essa sua boca vai te meter em sérios problemas, garoto.
— Nada de que meus pés não possam me levar para longe.
O amigo Kalten, talvez não aprenda nunca:
... — Sabe de uma coisa? Eu poderia me acostumar a esse tipo de vida.
— É melhor não — Sparhawk aconselhou.
— Você tem que admitir que é bem mais confortável do que ter o traseiro massacrado em uma sela dura.
— Desconforto é bom para a alma.
— Minha alma vai muito bem, Sparhawk. É o meu posterior que está começando a ficar gasto.
E o fiel escudeiro Kurik irá se deparar com a estupidez do fanatismo religioso, que explora a ignorância e a estupidez do povo:
— Quem inventou essas regras estúpidas? Kurik perguntou com indignação.
— Eshand — Sparhawk respondeu. — Ele era louco, e pessoas loucas sentem-se mais seguras ao seguir rituais.
— Mais alguma coisa?
— Só mais uma. Se você deparar com um carneiro, deve dar passagem a ele.
— Como é que é? — o tom de voz de Kurik estava carregad de incredulidade.
— Isso é muito importante, Kurik.
— Você não está falando sério!
— Seríssimo. Eshand era pastor quando criança e ficava completamente revoltado quando alguém cavalgava por entre seu rebanho. Quando subiu ao poder, anunciou que Deus lhe havia reelado que carneiros eram sagrados e que todos deveriam abrir caminho para esses animais.
— Isso é loucura, Sparhawk — Kurik protestou.
— Claro que é. Mas aqui é lei.
E não poderia faltar o velho e bom duelo, desses que a gente fica louco pra acontecer:
— O senhor tem algum título, capitão? Quero dizer, além de seu posto militar?
— Sou marquês, Sir Bevier.
— Excelente. Se nossa devoção o ofende, ficarei mais do que feliz em lhe dar satisfação. Pode enviar seus padrinhos de duelo para me chamar a qualquer momento. Estarei a seu completo dispor.
O capitão empalideceu visivelmente e se retraiu.
Não vou tecer mais comentários sobre três personagens: Sparhawk, Sephrenia e a menina misteriosa, porque tiraria um pouco o clima de quem irá se encantar com a leitura como eu.
O autor tem a grande vantagem de não se perder em descrições detalhadas, muitas vezes desnecessárias e enfadonhas. Privilegia os diálogos, sempre inteligentes, perspicazes e irônicos. Desenvolvimento impecável e saboroso. Prazer dobrado.
Quando se aventura em descrições, o faz de maneira belíssima. Por exemplo, quando nos presenteia com o assombroso gótico da Idade das Trevas:
A cripta sombria se estendia em uma treva monótona bem além da nave da catedral. Sob o teto abobadado e os contrafortes enfeitados por teias de aranha jaziam os antigos governantes de Elenia, silenciosos, fileira após fileira, cada qual encerrado em uma tumba de mármore desgastado com uma empoeirada efígie de chumbo repousando em seu topo. Dois mil anos de história eleniana jaziam ali, acumulando lentamente bolor e poeira no porão úmido. Os pecadores repousavam ao lado dos virtuosos. Os estúpidos ao lado dos sábios. O nivelador universal trouxera todos ao mesmo local.
Muitos acham que na fantasia vale tudo. Mas não é bem assim. Tem que haver coerência, tem que haver uma explicação plausível, mesmo em um diálogo entre o Campeão da Rainha e um rei morto.
— Tu és gentil, Sparhawk — a voz vazia suspirou —, e tua gentileza despedaça meu coração insubstancial mais do que qualquer reprimenda.
Desculpem-me pela extensão da resenha. É que esta obra merecia isso e muito mais. Já espero ansioso pelo segundo volume da trilogia. Indico a todos aqueles de coração livre e espírito jovem, que torcem pelo bem e vivem para a felicidade. Deliciem-se!
Cortesia da Editora Aleph |
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
Fantasia é um gênero que antes eu diria que não daria chance, pois nunca me envolveu muito, mas este ano as coisas mudaram e assim como me interessei mais pela literatura nacional, esse gênero passou a ser visto sob outra luz pelos meus olhos e estou começando a me interessar por muitas obras.
ResponderExcluirJá conhecia esse livro por outra resenha d tanto a sua quanto a outra foram extremamente positivas, me deixando muito curiosa para conferir de perto essa obra, pois não só me desafio a mergulhar mais na fantasia, como sempre me interesso por livros com personagens complexos, onde nada é exatamente perfeito e há sempre fantasmas do passado por perto. Se um autor constrói personagens assim, ele dá meio passo para me conquistar.
Gostei muito dos quotes que selecionou e pude pegar um pouquinho dos personagens e acho que vou gostar muito deles, ainda mais ao ter entre eles uma mulher que possui como divindade uma deusa em uma época tão turbulenta da história e ao mesmo tempo tão fascinante. Ver assuntos como o fanatismo religioso entre outros sendo abordados é, de fato, muito interessante.
A parte física não deixa a desejar por fotos que tive o prazer de ver e espero que o próximo volume dessa trilogia seja tão bom quanto esse ou até melhor.
Adorei a resenha e mesmo ela tendo sido longa, acredito que você poderia escrever ainda mais sobre essa obra que tanto te surpreendeu.
Abraços
Caro Rodolfo adorei sua resenha, ela ficou longa como voce mesmo disse porém chamativa e nao repetitiva o que me mostrou que é um livro com uma historia bem envolvente e fluída, com vários personagens marcantes, magia e fantasia. Me lembrou um trecho do Temor do Sábio onde eles fazem uma viagem e Kvothe se encontra com vários personagens intrigantes e cada um mais interessante que o outro. Gosto de livros assim sem ter somente o mocinho e a mocinha...rs e tudo tão previsível. Adorei a capa do livro é muito linda! Um livro com tantos personagens cativantes e caracteristicos deve ser mesmo bom demais, já me convenceu a ler esta trilogia. Parabéns pela resenha, você sempre nos presenteando com ótimos livros!
ResponderExcluirNão conhecia essa trilogia, mas lendo a sinopse e sua resenha sobre O Trono de Diamante fiquei bem curiosa, pois é o estilo de história que eu gosto, e acredito que irei gostar de ler os livros, e depois de ter lido sua resenha super positiva não tive como não ter adicionado em minha lista de leituras, pretendo começar a ler a série em breve.
ResponderExcluirNão tenho costume de ler esse tipo de livro, mas sua resenha me fez querer dar uma chance. Vou adicionar a minha lista e espero ler em breve.
ResponderExcluirDeixa eu te confessar um segredo...
ResponderExcluirEu adooooro histórias medievais, mas não tenho nenhuma paciência pra ler, porque os livros são sempre extremamente grandes, com vários volumes enormes, isso me faz recuar e sonhar que este mesmo livro transforme-se em um grandioso filme. ^^
Adorei conhece-lo através de sua resenha, é um tipo de livro que eu compraria no formato áudio livro, só pra não me cansar e fugir da leitura por causa das 700 páginas expostas. ^^ Sério!
Quem sabe ele não seja gravado exclusivamente pra mim.
Bjocas
Ni
Cia do Leitor
Olá Rodolfo!!
ResponderExcluirEu gosto de livros com esse tema,apesar de ter lido poucos.
O livro parece ser interessante e eu gostei da escrita do autor pelos trechos que você citou.Parece que os personagens tem um humor meio sarcástico o que torna a leitura de livros assim mais leves.
Mas não gostei de você ter falado que é uma trilogia!!kkkkkkk..por que tudo tem que ser trilogia hoje em dia?Anotado aqui mas só vou querer ler depois que sair o último volume.kkkkkkk
Resenha supimpa Rodolfo!
Grande abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu amigo, caro Rodolfo, a julgar pela resenha o livro é mesmo uma deliciosa viagem a lugares distantes, tempos remotos e personagens curiosos e apaixonantes. Acho que criar personagens assim humanizados é o grande diferencial, o que faz valer ainda mais essa insistência (e a esperança) na leitura. Que bom que vc seguiu seu coração (bravo guerreiro que é) e descortinou um painel digno dos melhores filmes. E quem disse que vc não esteve lá? Rs... vc sabe do que falo. Se aprecia a época e capta o medo que rondava uma sociedade ainda atormentada pela barbárie (mas isso é muito atual!!! rs) e em luta para encontrar novos caminhos, se sente esta empolgação... então posso supor que lutou tb, teve medo, mas não desistiu, enfrentou como cavaleiro da rainha (quem sabe?), viu o sangue derramado em nome da honra...
ResponderExcluirAchei a proposta desafiadora. Tenho esse coração jovem, apesar de medroso, mas aceito o convite: se me chegar às mãos, arrisco. Acredito na sua palavra de guerreiro.
Bela resenha!
Beijo.
O livro já me pegou pela capa e você terminou o serviço. Sem dúvidas esse é o meu gênero favorito e já cliquei nos links das lojas para verificar o valor. Já vou adicionar também no meu skoob hahahaha.
ResponderExcluirDesse jeito você me leva à falência.E eu não liguei para o tamanho da resenha, valeu a pena.
Bjs e parabéns.
Quando vi Trono no título,lembrei do Trono de Vidro,que estou louca pra ler.
ResponderExcluirA resenha tem vários trechos,isso é legal,dá para sentir melhor o clima/ambientação do livro.Achei divertida essa:
"— Algum dia, essa sua boca vai te meter em sérios problemas, garoto.
— Nada de que meus pés não possam me levar para longe."
Fiquei curiosa especialmente com os personagens da feiticeira Sephrenia e da menina misteriosa.As descrições parecem muito bonitas também.É uma trilogia de fantasia que não conhecia,ficarei atenta com ela,gostei.
Nunca tinha ouvi falar antes dessa trilogia, parece ser muito boa, e muito envolvente, porém nunca li nada do gênero, e por isso tenho receio em ler e não gostar, mas quem sabe mais para frente não resolvo ler.
ResponderExcluirRodolfo, no final da resenha já estava apaixonada pelo livro. Gosto de romance ambientalizado no passado e sendo o livro mesclado com fantasia, então tinha mesmo que me conquistar. Sua resenha ficou perfeita com a descrição dos personagens mostrada através dos cotes escolhidos, além do mais só pelos tipos de diálogos, sei que vou gostar. Aguardo resenha do próximo.
ResponderExcluirabraços
Gisela
Caro Rodolfo!
ResponderExcluirLivros de fantasia os fazem devanear por universos inimagináveis e a meu ver, tudo pode sim acontecer, basta que deixemos a mente aberta e assimilemos os fatos como descritos, levando a imaginação a patamares inigualáveis.
Como sempre sua resenha é a própria fantasia que aguça e nos faz desejar a leitura do livro.
“Temos a arte para não morrer da verdade.”(Friedrich Nietzsche)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!
Curto bastante o período da Idade Média, quando descubro que um livro se passa nesse período quero ler para ontem!!
ResponderExcluirAmei os amigos do Sparhawk que o ajudarão em sua jornada, principalmente o Kalten, gosto de personagens divertidos com tiradas hilárias. E amei saber que o autor não se prende em descrições detalhadas, é uma qualidade que prezo.
Curti bastante a resenha, e quando dei por mim já estava chegando no final.
Valeu pela dica!
Abraços!
Eu adoro fantasia... e sou daquelas que gosta de coisas bem malucas mesmo, mas não diria que pra mim vale tudo. Gosto de uma boa explicação.
ResponderExcluirGostei de saber que o autor não se perde nos detalhes; muitas obras perdem o encanto pra mim por isso... pra que dizer cada peça de roupa que o cara tá vestindo nos mínimos detalhes?
Adorei a resenha e este livro vai pra minha lista.
Achei longa sua resenha, mas te entendo e te desculpo, hahaha.
Rodolfo, O Trono de Diamante me agradou por passar na Idade Média - época que gosto muito também -, pelas apresentações mitológicas, reinos e construções de história e personagens. A fantasia presente em O Trono de Diamante conseguiu chamar toda a minha atenção para o livro, e ao iniciar os episódios de batalhas com criaturas reais e irreais a leitura parece ficar ainda melhor. O autor conseguiu mais um leitor.
ResponderExcluirAmigo, quando o livro é bom, não tem essa de resenha pequena não. Ficamos nos coçando pra conseguir colocar em palavras tudo o que sentimos. E sei que você, mais uma vez, conseguiu. Fiquei muito curioso pra ler, pois esse é bem no estilo que gosto. Só espero ter a oportunidade de ler em breve.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Eu gosto de histórias de fantasia e gostei do enredo dessa. Espero que essa não se perca no meio do caminho como outras que li. Mas acho que vou esperar serem publicados todos aqui para eu ler.
ResponderExcluirOi Rodolfo! Que resenha magnífica! você é incrível mesmo, acho que as suas resenhas estão entre as melhores da blogsfera atualmente. Passo aqui sempre para ler o que você escreve (prometo que vou comentar mais, rsrs). Eu amei esse livro, achei a história muito, o enredo é bem original e também adorei o fato do autor ser mais direto e enfatizar mais os diálogos, deixou o ritmo da história muito bom, né ;)
ResponderExcluirBeijos e até mais
Aline Lima