Ed. Planeta, 2015 - 320 páginas: |
Um conde russo, a herdeira de um barão do café do Vale do Paraíba e uma ex-escrava. Unindo as pontas do triângulo, paixões, tragédias, a moral hipócrita de uma época, grandes fortunas, falências, derrocadas... Neste romance que parte de fatos e personagens verídicos, Mary del Priore cria uma narrativa que prende o leitor desde a primeira página. O olhar da historiadora faz um retrato vivo do tempo e dos acontecimentos que o marcaram, mas é a história de amor de Maurice Haritoff, Nicota Breves e Regina Angelorum (nomes reais que parecem inventados) que nos arrebata. Com descrições de uma riqueza impressionante, Mary del Priore nos faz mergulhar na narrativa, nos carrega para dentro da história.
Veja o preço:
Entendendo o Brasil por um triângulo amoroso no século XIX
Leio livros históricos para compreender meu país, saber de onde vim e quem eu sou. E geralmente, isso não se encontra em livros de história e sim em livros de “alcova”.
Tenho alguns livros de história de Mary del Priore ainda não lidos, mas como fui presenteado com seu primeiro romance Beije-me onde o sol não alcança (Planeta, 320 páginas), resolvi embarcar cheio de curiosidade.
O livro trata de um triângulo amoroso entre um conde russo – Maurice (falido, em busca de um casamento que lhe devolva o prestígio); uma baronesa do café – Nicota (no Brasil o título é questão de poder e dinheiro) e uma ex-escrava – Regina (uma garota que segue a sina daqueles que mesmo alforriados não tinham como mudar de vida).
A premissa é por demais apetitosa, então como não ler um livro assim, baseado em fatos reais (uma bibliografia imensa comprova tal argumento)? Além das personagens principais, há um jornalista, mulato, com desejo de ser escritor – alguém aí conseguiu enxergar nosso grande Machado de Assis? Pois esqueça, porque ao contrário da fina ironia do bruxo do Cosme Velho em relação à escravidão, o jornalista em questão era à favor da restrição da liberdade de negros e suas benesses. O personagem tem uma visão lateral deste enlace amoroso e uma queda por Nicota.
Cartas na mesa, parti para a leitura e tive uma dificuldade imensa até pela metade do livro. Não me adaptei ao ritmo e à maneira essencialmente descritiva, cheia de missivas e diários. Quem me conhece sabe que livros com descrições pormenorizadas não me amedrontam, mas achei excessivo. “Drácula”, que é um romance que me encanta, é engendrado desta forma, com estrutura narrativa similar, embora com “ganchos” que aceleram a leitura. Por outro lado a escrita é de primeira, intimista, poética, cheia de sentimentos, como os de Nicota, que sofre por um amor não correspondido:
O porquê deste sofrimento resume-se à pessoa de Maurice Haritoff. Um conde que perdeu a pompa com a queda dos Romanov e precisa de um novo sustentáculo, um novo provedor:
Num Brasil em construção, ainda monárquico e escravagista, Maurice consegue traduzir muito bem a falsa aristocracia nacional. Como bem escreveu Pedro Calmon: "Em Portugal, para fazer-se um conde se pediam quinhentos anos; no Brasil, quinhentos contos!"
O livro vai se desenrolando e desacobertando um país em eterna formação, o país do futuro, às turras com a escravidão, a pressão europeia, as propinas, a triste condição da mulher da época e a enorme passividade de nosso povo. Infelizmente não mudou muito durante todos esses anos:
Não é um panorama muito elogiável, mas é nossa história. Então deixando estes dissabores de lado, voltemos à poesia. Nicota, além do amor não correspondido não consegue gerar um filho e essa maldição feminina, sensação de incompletude e insuficiência a martiriza profundamente:
Nicota é peça chave até que entra em cena uma criança – Regina Angelorum, ex-escrava. Em sua ânsia por ser mãe, Nicota adota a criança órfã sem pestanejar, educando e ensinando a escrita:
A menina foi crescendo, ganhando formas, ideias e medos. Materializava-se aí, a crônica de uma tragédia anunciada, principalmente porque Regina consegue raciocinar sobre sua condição:
Ninguém se alimenta de silêncios, morre-se de inanição, engasga-se com o oxigênio misturado ao pranto. O contrário do amor não é o ódio, como muita gente pensa, mas a indiferença. Este é o reino de Nicota, principalmente ao saber que a criança cuidada com tanto zelo é sua algoz. Palavras sofridas, doídas e fortes perpassam cada pensamento:
Num tempo em que se vivia de ideais e sonhos, muitas vezes premonitórios, relativos à pessoa ou ao cafezal, Maurice desconfia que seus passos não estão ocultos:
Há que se louvar o arrependimento, ou meio-arrependimento, que seja, das personagens envolvidas, principalmente Maurice em frase corajosa para a época. Mesmo que tardio, acabou por lavar minha alma que se manteve insone e inconformada durante a leitura:
A confecção do livro é caprichada e o acabamento, perfeito. Ponto para Editora Planeta, pelo esmero com que nos trouxe esta obra à luz.
Para finalizar, deixo aqui um trecho do livro que faz com que observemos o preconceito por um ângulo diferente, principalmente por sermos um país feito pela miscigenação:
É preciso entender e ensinar às crianças desde sempre que não há divisão de raças, somos todos da “raça humana”!
Leio livros históricos para compreender meu país, saber de onde vim e quem eu sou. E geralmente, isso não se encontra em livros de história e sim em livros de “alcova”.
Tenho alguns livros de história de Mary del Priore ainda não lidos, mas como fui presenteado com seu primeiro romance Beije-me onde o sol não alcança (Planeta, 320 páginas), resolvi embarcar cheio de curiosidade.
O livro trata de um triângulo amoroso entre um conde russo – Maurice (falido, em busca de um casamento que lhe devolva o prestígio); uma baronesa do café – Nicota (no Brasil o título é questão de poder e dinheiro) e uma ex-escrava – Regina (uma garota que segue a sina daqueles que mesmo alforriados não tinham como mudar de vida).
A premissa é por demais apetitosa, então como não ler um livro assim, baseado em fatos reais (uma bibliografia imensa comprova tal argumento)? Além das personagens principais, há um jornalista, mulato, com desejo de ser escritor – alguém aí conseguiu enxergar nosso grande Machado de Assis? Pois esqueça, porque ao contrário da fina ironia do bruxo do Cosme Velho em relação à escravidão, o jornalista em questão era à favor da restrição da liberdade de negros e suas benesses. O personagem tem uma visão lateral deste enlace amoroso e uma queda por Nicota.
Cartas na mesa, parti para a leitura e tive uma dificuldade imensa até pela metade do livro. Não me adaptei ao ritmo e à maneira essencialmente descritiva, cheia de missivas e diários. Quem me conhece sabe que livros com descrições pormenorizadas não me amedrontam, mas achei excessivo. “Drácula”, que é um romance que me encanta, é engendrado desta forma, com estrutura narrativa similar, embora com “ganchos” que aceleram a leitura. Por outro lado a escrita é de primeira, intimista, poética, cheia de sentimentos, como os de Nicota, que sofre por um amor não correspondido:
“Deslizo num abismo. Uma boca invisível aspira minhas últimas forças. Sinto que afogo, mas dizem que sofro por nada. Que não há causa específica para minha dor... Vivo um sofrimento lancinante, e não é físico. Sofrimento sem natureza ou causa conhecida. É a neurastenia, estrada noturna e sem fim. Estrada sem ponto de chegada e solitária. Morro de dor, coberta de manchas azuis que marcam meus braços. São as manchas de melancolia. Bebo um resto de vida sem sede.”
O porquê deste sofrimento resume-se à pessoa de Maurice Haritoff. Um conde que perdeu a pompa com a queda dos Romanov e precisa de um novo sustentáculo, um novo provedor:
“... vai nos apresentar à família. Tudo indica que se trata de gente muito abastada: barões do café. Só não acredito em antecedentes aristocráticos. Os brasileiros gostam de inventar que têm sangue azul. Uma noiva é tudo de que preciso. Alguém que me abra portas... Sangue, patrimônio, propriedades...”
Num Brasil em construção, ainda monárquico e escravagista, Maurice consegue traduzir muito bem a falsa aristocracia nacional. Como bem escreveu Pedro Calmon: "Em Portugal, para fazer-se um conde se pediam quinhentos anos; no Brasil, quinhentos contos!"
O livro vai se desenrolando e desacobertando um país em eterna formação, o país do futuro, às turras com a escravidão, a pressão europeia, as propinas, a triste condição da mulher da época e a enorme passividade de nosso povo. Infelizmente não mudou muito durante todos esses anos:
“... em contato com um ex-cônsul americano, ouvi conselhos: o país é o melhor lugar do mundo para esfriar ânimos. Aqui ninguém toma parte em conspirações nem em meetings de protesto. Nada se ouve sobre eleições nem se lê cartazes convocando o povo a levantar-se contra a opressão. Não se acompanha a cavalo ou a pé um cortejo político. Em suma: vive-se sem política. O que é delicioso para quem tem propensão ao repouso. De um modo geral, disse-me ele, os brasileiros pensam que o mundo gira sobre os eixos, sem sua interferência.”
Não é um panorama muito elogiável, mas é nossa história. Então deixando estes dissabores de lado, voltemos à poesia. Nicota, além do amor não correspondido não consegue gerar um filho e essa maldição feminina, sensação de incompletude e insuficiência a martiriza profundamente:
“Não vêm porque sangro todos os meses. Minha ferida se renova. Sinto-me fraca, lânguida e doente. Maurice conhece as datas, os segredos, ele é o único senhor dessa história e o único capaz de mudar seu curso. Meu corpo chora os filhos que não faço. A maternidade conjuraria qualquer malefício e asseguraria a meu esposo o domínio do mundo. Afinal só ele é ciência, Lei, conhecimento. Sou apenas natureza, condenada a escorrer lágrimas, águas, suor e sangue...”
Nicota é peça chave até que entra em cena uma criança – Regina Angelorum, ex-escrava. Em sua ânsia por ser mãe, Nicota adota a criança órfã sem pestanejar, educando e ensinando a escrita:
“A menina possuía... enormes pálpebras, verdadeiras cortinas, desciam sobre dois olhos muito grandes... Tinha gestos vivos e vigilantes, como se fugisse de golpes. Os braços esqueléticos terminados em mãozinhas finas e pequenas lembravam as pernas de uma aranha. Pareceu-me dissimulada... Não queria costurar nem bordar, mas cedo se mostrou disposta a sair pelos campos... Por não ser escrava da casa, a menina fazia o que queria. Isso era perturbador.”
A menina foi crescendo, ganhando formas, ideias e medos. Materializava-se aí, a crônica de uma tragédia anunciada, principalmente porque Regina consegue raciocinar sobre sua condição:
“Vejo a pobreza em que a negrada vai ficar sem ter onde plantar. No início, feliz, batendo tambores. Depois, mendigando pelas estradas. O que fazer para afastar os pensamentos tristes, as visagens que me acodem e apertam meu coração a ponto de sentir que vou desmaiar? Sinto-me tão humilde, tão insignificante diante de tudo que me cerca aqui. Não sei até quando vão tolerar minha estadia na fazenda. E o mundo lá fora...? O mundo lá fora só espera para me despedaçar.”
Ninguém se alimenta de silêncios, morre-se de inanição, engasga-se com o oxigênio misturado ao pranto. O contrário do amor não é o ódio, como muita gente pensa, mas a indiferença. Este é o reino de Nicota, principalmente ao saber que a criança cuidada com tanto zelo é sua algoz. Palavras sofridas, doídas e fortes perpassam cada pensamento:
“Maurice deve estar louco ou enfeitiçado. “Ligado”, talvez, por aquelas orações antigas de pegar homem ou algum filtro que essa mulher tenha preparado. Com essa escolha, ele me estendeu uma esponja embebida em fel.”
Num tempo em que se vivia de ideais e sonhos, muitas vezes premonitórios, relativos à pessoa ou ao cafezal, Maurice desconfia que seus passos não estão ocultos:
“Adormeci e acordei sobressaltado. Sonhei que Nicotáh, muito magra, com um longo véu de luto, se inclinava sobre mim, e com uma graça tão feminina, tentava beijar-me a boca. Seu véu, porém, me entrava pela boca. Eu não conseguia respirar... um céu negro como o véu de luto de minha esposa velava sobre o cafezal... Fiz o sinal da cruz...”
Há que se louvar o arrependimento, ou meio-arrependimento, que seja, das personagens envolvidas, principalmente Maurice em frase corajosa para a época. Mesmo que tardio, acabou por lavar minha alma que se manteve insone e inconformada durante a leitura:
“O mundo pode desprezar uma mulher que se perdeu por fraqueza, mas o homem que se aproveitou desta fraqueza e que não a trata com respeito é o último dos miseráveis.”
A confecção do livro é caprichada e o acabamento, perfeito. Ponto para Editora Planeta, pelo esmero com que nos trouxe esta obra à luz.
Para finalizar, deixo aqui um trecho do livro que faz com que observemos o preconceito por um ângulo diferente, principalmente por sermos um país feito pela miscigenação:
“Teu cavalo de batalha é a origem da pobre Regina, mas não se deve remexer muito nos ancestrais em um país onde existiu a escravidão. Após vinte e cinco anos de permanência no Brasil, todo brasileiro me confessou em particular que ele, sim, era branco. Mas seus vizinhos eram duvidosos. Todos usaram as mesmas expressões. De modo que não fiquei sabendo se todos são brancos ou negros.”
É preciso entender e ensinar às crianças desde sempre que não há divisão de raças, somos todos da “raça humana”!
Cortesia da Editora Planeta |
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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Caramba! Gostei muito, já quero ler.
ResponderExcluirCaramba! Gostei muito, já quero ler.
ResponderExcluirGosto muito de romances históricos sejam eles ambientados em países estranheiros quanto no nosso querido Brasil por justamente mostrarem uma sociedade falida ou em construção entre trancos e barrancos. Eu não conhecia este livro até então e gosto muito de um triângulo amoroso de época porque sempre são melhores do que os modernos hahahaha.
ResponderExcluirBjos *_*
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Gostei muito da premissa, super interessante. O livro parece ter um enredo estupenda e arrebatadora e, ao mesmo tempo, nos ensina mais sobre como era o Brasil nesse tempo onde o preconceito rondava à solta! Adorei sua resenha, abraços.
ResponderExcluirbookdan.blogspot.com
Oi Rodolfo! Sou fascinado pela História do Brasil, gosto de aprender tudo o que puder sobre, principalmente sobre as épocas colonial e imperial, acho interessantíssimo. Bem bacana a premissa desse livro, pretendo lê-lo em breve. Abraço!
ResponderExcluirRomances históricos são incríveis e são ainda melhores quando falam da história do nosso país, que é também a nossa história. Achei o enredo do livro um pouco cliché, mas, o fato dele se passar "pertinho" da gente dá uma cara totalmente diferente à história. Amei sua resenha
ResponderExcluirO livro possui uma premissa bem interessante e acho que uma forma até um pouco inusitada para abordar parte da história de nosso país. Como você mesmo disse, normalmente não esperamos ou encontramos isso em livros como esse.
ResponderExcluirA forma como demonstra o preconceito existente na época é intrigante, apesar de ser uma coisa horrível, faz parte da nossa história e ver um livro que mostra isso sobre uma perspectiva um tanto que diferente da nossa - como o trecho que destacou -, acaba aguçando nossa curiosidade, mesmo que nem todos sejam muito fascinados pela história de nosso país.
Acho que para os amantes de história é uma leitura mais que válida.
Abraços
Adorei a premissa do livro, baseado em fatos reais e mostra o Brasil do século XIX, gostei do triangulo amoroso e fiquei curiosa para saber mais sobre a história. Você disse que no início do livro demorou para se adaptar, mas espero que seja uma leitura boa e que valha a pena ser lida!
ResponderExcluirAmei a resenha, realmente como não se interessar e se apaixonar pela leitura, o pouco que foi passado já é o suficiente para despertar a curiosidade e o desejo de ler, já está na minha lista!
ResponderExcluirRodolfo, como sempre ao ler sua resenha fico com vontade de ler o livro, pois suas palavras me instigam. Muitos dos pontos levantados me chamam a atenção: a situação precária feminina, o preconceito racial, o casamento por interesse e principalmente por ser histórico brasileiro. Mesmo sendo de leitura difícil, quando puder vou ler.
ResponderExcluirabraços
Gisela
Não conhecia Beije-me Onde o Sol Não Alcança,duas coisas chamaram minha atenção:o cenário do Brasil no século XIX e ser baseado em fatos reais.
ResponderExcluirConcordo,não encontramos muito em livros história,para realmente entender é preciso ir atrás de outras perspectivas e juntar as peças.
Não sou muito fã desse tipo de livro, mas a resenha me deixou curiosa. Espero ler e gostar.
ResponderExcluirComo o Rodolfo falou, esse enredo é construído em cima de documentos, de fatos... Mary Del Priore é uma Historiadora e não Romancista, então não esperem dela algo parecido com esses romances atuais, este livro é muito mais uma fonte histórica do que uma historinha. Esse livro é pra quem gosta de 'História' e não apenas 'história'. Estou me graduando em História e nós jovens historiadores gostamos muito da escrita de Mary Del Priore porque ela quebra esse paradigma de que a História deve ter mais técnica, factual, tanto porque isso é positivismo e o estudo da História atual é mais SocioCultural... Enfim, visão de uma historiadora... rsrs
ResponderExcluirNão conheço as obras de Mary Del, mas achei a premissa deste livro interessante, porém não sei se eu leria, porque não curto muito história haha.
ResponderExcluirRodolfo!
ResponderExcluirVocê e suas conjecturas que mais parecem de um escritor filósofo.
Gosto muito dos livros do gênero pelos mesmos motivos que você: buscar nossas origens e aprender um pouco mais sobre a história de nosso Brasil através das alcovas da época, onde todos os planos eram traçados.
Bom demais!
“Se não queres que ninguém saiba, não o faças.” (Provérbio Chinês)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participe do TOP COMENTARISTA de Janeiro, são 4 livros e 3 ganhadores!
Eu tenho os livros de História da Mary Del Priore ao alcance da minha mão, pois valorizo demais seus estudos e os usei muito na construção dos meus romances históricos (vi vários comentários falando que não há livros assim ambientados no Brasil, mas eu os escrevo desde 2007).
ResponderExcluirEu simplesmente amo suas resenhas! E é sempre possível sentir a poesia fluir de suas palavras e, pelo que vi, há bastante poesia na obra, mas realmente me assustam os exageros descritivos.
Confesso que peguei esse livro várias vezes na mão em livrarias, mas não me senti motivada a lê-lo. Quem sabe ainda arrisco...
=)
Rodolfo, meu querido, me senti atraída para o livro logo pela bela capa e lindo título. E depois pela sinopse promissora.
ResponderExcluirGosto de romances históricos, excelentes fontes de informação enquanto divertem.
Não sei o que não funcionou nesta leitura para você, mas ainda assim extraiu o que de melhor encontrou e me presenteou com esta análise deliciosa, recheada de trechos curiosos e situando o leitor na época, costumes e dificuldades. Facilita muito entender o pensamento dos personagens ao saber exatamente em que período estão vivendo.
Olha, eu adorei sua resenha e comprei a promessa de leitura. Não temo o que possa desagradar, o contexto social e histórico me atrai demais, a condição feminina e a questão dos escravos. Além da visão que temos do nosso país, a citação "vive-se sem política" é pausa para reflexão. Quanto tempo passou e quantas mudanças, mas quanto ranço do colonialismo também!
Agora me explique, por gentileza, a razão do título... que coisa mais insinuante!
É sempre um grande prazer e uma enorme alegria ler suas resenhas e colher uma flor do seu pensamento, sinto-me um pouquinho mais perto de você. :)
Como não gosto de descrições pormenorizadas e detesto triângulo amoroso Beije-me onde o sol não alcança é um livro que eu não leria, mas amei sua resenha.
ResponderExcluirAbraços!
Olá Rodolfo!
ResponderExcluirJá li muitos romances históricos mas poucos passados no Brasil.
Acho interessante esse tipo de leitura e é claro que vou ler.
Só fiquei com um pé atrás quando você falou das descrições excessivas.Não tenho muita paciência...mas vamos arriscar a leitura né..vai que agrada!!
Grande abraço!
É sério que é baseado em fatos reais? Se for mesmo, eu gostaria muito de ler esse livro, apesar de a narrativa se arrastar tanto. Sempre lemos tanto sobre a história de outros países através dos livros que tanto amamos e acabamos nos esquecendo da história do nosso própria país. E é claro, não podemos ignorar a história da escravidão, pois um passado esquecido corre o risco de ser repetido.
ResponderExcluirEu fiquei curiosa em relação ao ano em que a obra foi escrita, ela apenas remonta o passado ou foi realmente escrita há mais tempo?
Como sempre, sua resenha foi impecável e expandiu mais uma vez os meus horizontes literários. Parabéns.
Bjs.
Concordo contigo Rodolfo, a premissa é no mínimo atraente. Livros históricos são ricos de informações da época, tem uma escrita mais minuciosa e igualmente rica.
ResponderExcluirMe senti presa a sua resenha como se já estivesse mergulhada nas páginas do livro.
Adorei!
Bjocas
Ni
Eu curti a aura do livro, o foco da narrativa, a ideia da autora em tratar deste assunto da nossa história, mas confesso que fiquei com um pé atrás quanto à escrita lenta e extremamente descritiva da autora, não estou acostumado a ler extremamente rápido, ainda mais com narrações rebuscadas. Enfim, a proposta central do livro é ótima.
ResponderExcluirAmo romances antigos, pra mim são os melhores. Uma história de tirar o fôlego com toda ctz.
ResponderExcluirRodolfo, achei genial a ideia da autora em misturar vários tipos de pessoas da época em um romance, o conde, a baronesa e a escrava, sem contar de outros personagens também destaques da trama e um pouco envolventes. Eu gosto muito de ler sobre as histórias do mundo e, principalmente, do nosso Brasil. Estou super animada com esta leitura.
ResponderExcluirEste é o tipo de livro que tenho procurado ler.
ResponderExcluirQue nos acrescente algo, que ensine.
Adoro ler e aprender algo sobre uma época, uma nação...
E se for a brasileira passada melhor.
É assim que crescemos.
Adorei a premissa e acho que mesmo sendo muito detalhista, algo que me incomoda vou adorar este livro.
Pela poesia, pela história, pelo conhecimento.
Este tipo de triângulo amoroso eu gosto.
Parabéns pela ótima resenha.
Beijos
O triângulo amoroso se tornou, finalmente, interessante em uma história. Gostei muito como a Mary del Priore reuniu várias personalidades e construiu um relacionamento inimaginável. O acréscimo de outro personagem, o jornalista/escritor, também foi bem importante para o desenvolvimento da história. Outro ponto muito bom é o baseio em fatos reais, super interessante.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro mas gostei bastante da historia principalmente pelo seu fator historia e os personagens, adorei a proposta do autor com esse livro e achei a historia bem interessante, só uma coisa que não gostei é que o livro e bem descritivo algo que para mim deixa a leitura lenta !!