Ed. Autêntica, 2014 - 80 páginas: |
“A Narradora se desespera: ‘O que você, Caroline, gosta no fato de ter filhos?’; ‘Gosto da facilidade de se amar os filhos’. Gosto da facilidade de se compreender este texto. Gosto da tradução da Risa. Da poesia da Jennifer. Do ritmo alucinado de sua calma. Batidas à porta. Mais portas. Menos janelas. Mais saídas reais. Apareça lá em casa. Mesmo. Traga seu pijama. Eu acendo a lareira. Eu não tenho lareira. Mas acendo. Também trago no peito as marcas das minhas listas impossíveis. Também preciso parar. Abrir a porta. Pois trago no peito a memória de nossa humanidade possível. Apareça. Agora estou menos enlouquecida. Agora estou aqui, de verdade.”
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O que me chamou atenção para o livro foi sua protagonista fanática por lista de tarefas. Eu sou uma fanática por lista de tarefas, então senti uma certa cumplicidade e resolvi ler o livro.
Primeiro quero dizer que me identifiquei com a personagem, mesmo que sejamos muito diferentes em diversos aspectos, mas na essência, temos a mesma neurose, uma necessidade de não esquecer as obrigações e cumprir com nossas tarefas, mantendo uma falsa expectativa de que estamos cumprindo com todas as nossas obrigações, apesar de muitas vezes, vários itens serem negligenciados, ficando sempre no fim da lista.
Jennifer Tremblay conta a história de uma mulher sem nome, entre os 30 e 40 anos, que vive com o marido e os três filhos, numa região campestre, provavelmente no Canadá. Ela está atormentada pela culpa, pois acredita que é a responsável pela morte de sua vizinha, Caroline, uma mulher bem humorada e uma mãe devotada aos seus quatros filhos. A protagonista sempre viveu angustiada pela autoimposição de sua rotina em intermináveis listas, não dando muita atenção para as necessidades de sua vizinha, que era provavelmente sua única amiga.
A Lista é um aclamado monólogo feito para o teatro, já traduzido e reproduzido em diversos países, inclusive no Brasil, onde foi protagonizada pela atriz Clarice Niskier, que também faz a apresentação da obra no início do livro.
O livro é bem curtinho, somente 80 páginas, todo em forma de versos e poesia e possui um acabamento primoroso. É dividido em atos (Expiração, Opressão, Dispneia, Síncope, Asfixia, Sufocação e Inspiração) onde a personagem nos reporta seu frustrante cotidiano enquanto narra os acontecimentos que resultaram no falecimento da amiga.
Serviu bastante para reflexão, levando-me a questionar se estou valorizando o que realmente interessa. As pequenas tarefas do dia-a-dia podem consumir toda nossa energia, fazendo-nos negligenciar o que tem valor na vida. O livro nos estimula a rever nossas prioridades, repensar o dia-a-dia, a valorizar os amigos e principalmente a nossa família.
Primeiro quero dizer que me identifiquei com a personagem, mesmo que sejamos muito diferentes em diversos aspectos, mas na essência, temos a mesma neurose, uma necessidade de não esquecer as obrigações e cumprir com nossas tarefas, mantendo uma falsa expectativa de que estamos cumprindo com todas as nossas obrigações, apesar de muitas vezes, vários itens serem negligenciados, ficando sempre no fim da lista.
Jennifer Tremblay conta a história de uma mulher sem nome, entre os 30 e 40 anos, que vive com o marido e os três filhos, numa região campestre, provavelmente no Canadá. Ela está atormentada pela culpa, pois acredita que é a responsável pela morte de sua vizinha, Caroline, uma mulher bem humorada e uma mãe devotada aos seus quatros filhos. A protagonista sempre viveu angustiada pela autoimposição de sua rotina em intermináveis listas, não dando muita atenção para as necessidades de sua vizinha, que era provavelmente sua única amiga.
A Lista é um aclamado monólogo feito para o teatro, já traduzido e reproduzido em diversos países, inclusive no Brasil, onde foi protagonizada pela atriz Clarice Niskier, que também faz a apresentação da obra no início do livro.
O livro é bem curtinho, somente 80 páginas, todo em forma de versos e poesia e possui um acabamento primoroso. É dividido em atos (Expiração, Opressão, Dispneia, Síncope, Asfixia, Sufocação e Inspiração) onde a personagem nos reporta seu frustrante cotidiano enquanto narra os acontecimentos que resultaram no falecimento da amiga.
Ela responde.
Sem hesitação.
Gosto da facilidade de se amar os filhos.
Sem hesitação.
Gosto da facilidade de se amar os filhos.
Serviu bastante para reflexão, levando-me a questionar se estou valorizando o que realmente interessa. As pequenas tarefas do dia-a-dia podem consumir toda nossa energia, fazendo-nos negligenciar o que tem valor na vida. O livro nos estimula a rever nossas prioridades, repensar o dia-a-dia, a valorizar os amigos e principalmente a nossa família.
Cortesia da Editora Autêntica |
Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
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Oie!
ResponderExcluirO livro parece me descrever, vivo com listas de tarefas...
Gostei dmais!
Bjs!
Olá, Gisela.
ResponderExcluirEssa adaptação de monólogo para livro deve ser bem interessante. Ademais, para ser tão famoso, mesmo em um espaço tão pequeno (o livro não possui nem 100 páginas!), deve ser realmente bom.
Assim que possível, darei uma chance para a obra.
Obs.: fiquei curioso para saber o motivo da mulher se culpar pela morte.
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Gi, que delícia me pareceu esta leitura... Na era digital, acabei abolindo minha agenda de papel e uso tudo no celular... o que me deixa insegura, pq celulares dão pane, são roubados (Deus me livre!). E o que acho bem grave hoje: deixamos de escrever à mão. Aquele exercício de anotar, pensar antes de escrever, o que até acalma e traz tb reflexão... Esta sua leitura me serviu como um puxão de orelha. Saudade da minha agenda. Todo ano uma nova que permanece em branco...
ResponderExcluirNão tenho muita neura em cumprir listas, preciso até me organizar mais em relação a isso e, principalmente, depender menos de eletrônicos para gravar os compromissos.
Adorei.
Beijo!
Bom eu também tenho essa mania de fazer lista.
ResponderExcluirÉ para mim esse é um dos meus piores defeitos, por que quando não consigo cumprir o que me foi imposto por mim a fazer, sinto-me muito mal como se nem para seguir algo a risca eu sirvo, meu dia parece não ter utilidade.
Quero esse livro com certeza, quem sabe ele me ajude com algo não sei, espero gostar da leitura parece muito bom.
Boa Tarde.
Bjs
cara Gi, provavelmente este livro confirma a máxima de que "é nos pequenos frascos que encontram os grandes perfumes". também tenho o vício de anotar tudo o que devo fazer, pode-se chamar de toc ou sei lá o quê. mas minha memória de curto prazo é a pior. então lembro-me de algo e se não tenho papel o folha pra anotar vou cantando o que tenho que fazer. isso mesmo, coloco as palavras do que tenho que fazer na canção. pego uma canção qualquer, pode ser "samurai" e se tenho algo pra não me esquecer, como levar algo aos correios, então canto: "ahhhh tenho q levar a carta aos correios"... ao invés de "ahhhh quanto querer cabe em meu coração". não tem nada a ver, mas resolve. daí quando chego ao local que tem caneta e papel, eu anoto. loucura né?
ResponderExcluirprovavelmente por isso me identifiquei também com a personagem. chego ao cúmulo de anotar para lembrar de uma anotação antiga. coisa de gente maluca que gosta de rotina.
adorei a resenha porque foi toda sentimentos, é difícil escrever assim, e neste caso você foi mestra e minha algoz. parabéns, me capturou direitinho!
Livros profundos e reflexivos geralmente não me instigam, e acho que com esse monólogo não seria diferente. Achei a interessante a ideia da personagem neurótico e da obra passar algumas lições importantes sobre o valor das pessoas, mas, enfim, não é um livro que eu leria hoje em dia. Abraços :D
ResponderExcluirO que mais chamou minha atenção na resenha foi a descrição da estrutura do livro,um monólogo,dividido em atos com nomes bem curiosos.Gostei do toque do mistério psicológico,ela se sente culpada pela morte da vizinha por quê?!
ResponderExcluirAchei interessante.
Gostei de saber que o livro é um monólogo escrito para o teatro. Fiz teatro por um bom tempo, e me interesso pelo tema.
ResponderExcluirAndré Gama, do Garotos Perdidos
Eu provavelmente não leria só por ser escrito por meio de versos e poesia, não gosto de livros assim. Mas achei a história legal, e por ser curtinha, talvez a forma como foi escrito não me incomodasse tanto assim.
ResponderExcluirAbraços :)
Não curto muito livros assim. Acho bem chato e não me vejo lendo ele.
ResponderExcluirTambém adoro fazer listas e sou bastante dependente delas. rs Gosto bastante de livros assim, em forma de teatro, então eu iria curtir a leitura. Gostei também dessa reflexão a que o livro nos leva, do que é de fato importante e se estamos priorizando isso. Não conhecia esse livro e também não tinha ouvido falar da peça. Fiquei bem curiosa para conhecer.
ResponderExcluirTb amoo fazer lista de taferas, nao costumo ler livros em forma de teatro, mas querooo ler esse apesar de ficar agoniada qnd nao sei o nome da protagonista haha :D
ResponderExcluirEu tinha essa mania de fazer lista, mas com um tempo deixei, e apesar de gostar de livros nesse estilo - que nos faz pensar em quais realmente são nossas prioridades - , confesso que não achei interessante a trama de A Lista, portanto, esse é um livro que eu não leria.
ResponderExcluirAbraços!
Oi!
ResponderExcluirAchei esse livro bem interessante, principalmente por essa forma de lista que ele ganha, também achei interessante as reflexões que a historia caba nos fazendo através de uma personagem sem nome, mas não é o tipo de leitura que gosto de fazer mas para quem gosta parece ser uma ótima leitura !!
Gi!
ResponderExcluirOs livros que nos fazem repensar a rotina e as prioridades que temos no dia a dia são tão interessantes.
Fiquei curiosa.
“Muitas palavras não indicam necessariamente muita sabedoria.” (Tales de Mileto)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/