Ed. José Olympio, 2016 - 112 páginas: |
Um clássico da literatura feminista. Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade.
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O Papel de Parede Amarelo (José Olympio, 112 páginas) foi escrito em 1892 por Charlotte Perkins Gilman, que se tornou uma importante voz do feminismo. Você pode lê-lo como um conto perturbador (que é), mas pode ir bem além. O livro é uma reflexão acerca do papel feminino, discussão atualíssima e necessária.
A narradora é uma jovem mulher atormentada por uma depressão, confinada em uma mansão para ‘descansar’ e sair do quadro classificado como ‘histeria feminina leve’ pelo marido John, que é médico. A ação decorre em pleno final do século XIX, quando a sociedade patriarcal esperava que as mulheres cumprissem tão somente o papel de boas esposas e mães de família, sem qualquer outra expressão exterior ao ambiente doméstico. Dá para imaginar a opressão?
Enquanto tenta se ‘recuperar’ de seu ‘estado mental debilitado’, passa a maior parte dos dias no quarto do andar superior, com grades nas janelas e o papel de parede que a inquieta:
As frases são curtas, diretas, estamos dentro dos pensamentos da narradora, e a insistente repetição do mesmo assunto – o papel – dá a dimensão da sua crescente perturbação, da sutil e progressiva perda de conexão com a realidade. Percebemos que há um quadro de depressão instalado, mas a época ainda não compreendia as necessidades dos pacientes psiquiátricos.
O que se dá é uma completa submissão da ‘doente’ ao que rege o marido. Ele a proíbe de refletir sobre sua condição, “Não diga bobagens” , recomenda vários períodos de ‘sono reparador’ e desaconselha qualquer terapia ocupacional. Há uma sensação de asfixia, o leitor fica angustiado.
Sob constante vigilância da cunhada e na ausência do marido (que passa os dias na cidade, trabalhando), o que a narradora mais anseia é poder escrever, mas a recomendação é que se abstenha da escrita, que poderia levá-la à exaustão. Secretamente mantém um diário, contrariando a ordem:
O marido se mostra compreensivo e paciente, mas desconsidera as reclamações da mulher, tratando-a de maneira infantil. O papel de parede passa, então, a ser o protagonista dos dias da pobre jovem, que fica obcecada pela ideia de entender o padrão abstrato do desenho e, a partir daí, as ilusões se sobrepõem, os delírios começam a alternar com os momentos de lucidez:
Fiquei pensando em como a exclusão é um gatilho para o agravamento de seu estado: a solidão, a ansiedade e o confinamento. Ela não é só prisioneira da casa e do quarto com papel de parede perturbador, é prisioneira de seus medos, de sua submissão ao marido e de sua condição de mulher em fins do século XIX. O esforço para entender o papel é também a tentativa de manter sua sanidade diante de uma situação terrivelmente angustiante.
A autora é genial na metáfora criada no conto. Falava às mulheres de seu tempo sobre a situação feminina, mas conseguiu atingir um público ainda maior, uma vez que o livro atravessou gerações.
É a vida oprimida da mulher dessa época representada pela claustrofobia do aprisionamento na casa, que é também a prisão do casamento. A rebeldia em seguir as recomendações do marido como fuga e resistência ao machismo dominador. A mulher é tão desconsiderada que na trama nem sabemos seu nome, apenas o do marido! (Sublime! Um beijo para a autora) . A perda da identidade é fruto da violência velada em que está imersa.
Se nos aprofundarmos no drama criado por Gilman, enxergaremos os desejos e idéias do ser feminino em confronto com autoridades diversas: o marido, a sociedade e o papel que caberia às mulheres. A solidão conduz a heroína à percepção de seu mundo interno, a ouvir sua própria voz que clama, entre outras coisas, pela liberdade de escrever, de fazer o que tem vontade. Ela olha para o papel de parede e quer entendê-lo. A escritora olha para o papel feminino e o questiona. Nas entrelinhas há profundidade: o cerceamento da liberdade – pensar, agir, falar e ser! – é que a enlouquece.
O livro contém uma verdade avassaladora, porque a própria autora viveu o mesmo tormento da depressão. E um poderoso recurso que utilizou para o autoconhecimento foi exatamente a escrita, que no conto é negada à protagonista. Ela quer contar ao mundo que à mulher não cabia pensar, mas obedecer.
Deixarei para o leitor o desfecho magnífico do conto, que é outra metáfora que adoraria discutir. Então façamos um trato: leia, assimile e depois me conte suas impressões. Quem sabe sentaremos por uma tarde inteira para falar sobre tudo o que Charlotte Perkins derramou em pouquíssimas páginas?
Fica a reflexão sobre a condição da mulher. Há muitas possibilidades fora da casa... Mas, para sair dela, papéis devem ser questionados. A perturbação (como tema) é a luta desta mulher para soltar as amarras que a aprisionam. Uma luta nossa, diária, incansável, que os homens podem até tentar compreender, mas, inevitavelmente, não podem dimensionar. A loucura aqui representada pode ser o estado de piora quando da submissão feminina, pode ser também a necessidade de ser ‘louca’ para desbravar os espaços além das grades do condicionamento social, a coragem para rasgar os papéis impostos e quebrar o padrão desconexo vigente durante tantos anos, mas que agora está como o papel de parede do quarto da narradora: desbotado, sem sentido, cheinho de fraturas. Precisa ser trocado.
Link do livro: https://www.skoob.com.br/livro/565000ED566966
A narradora é uma jovem mulher atormentada por uma depressão, confinada em uma mansão para ‘descansar’ e sair do quadro classificado como ‘histeria feminina leve’ pelo marido John, que é médico. A ação decorre em pleno final do século XIX, quando a sociedade patriarcal esperava que as mulheres cumprissem tão somente o papel de boas esposas e mães de família, sem qualquer outra expressão exterior ao ambiente doméstico. Dá para imaginar a opressão?
Enquanto tenta se ‘recuperar’ de seu ‘estado mental debilitado’, passa a maior parte dos dias no quarto do andar superior, com grades nas janelas e o papel de parede que a inquieta:
"Nunca na vida vi um papel tão feio. (...) A cor é repulsiva, quase revoltante; um amarelo enfumaçado e sujo, estranhamente desbotado pela luz do sol."
As frases são curtas, diretas, estamos dentro dos pensamentos da narradora, e a insistente repetição do mesmo assunto – o papel – dá a dimensão da sua crescente perturbação, da sutil e progressiva perda de conexão com a realidade. Percebemos que há um quadro de depressão instalado, mas a época ainda não compreendia as necessidades dos pacientes psiquiátricos.
"Tenho a impressão de que não vale a pena esforçar-me por nada, e estou ficando terrivelmente impaciente e lamuriosa. Choro por qualquer coisa, e a maior parte do tempo. Naturalmente, não faço isso quando John ou qualquer outra pessoa está por perto, apenas quando estou sozinha."
O que se dá é uma completa submissão da ‘doente’ ao que rege o marido. Ele a proíbe de refletir sobre sua condição, “Não diga bobagens” , recomenda vários períodos de ‘sono reparador’ e desaconselha qualquer terapia ocupacional. Há uma sensação de asfixia, o leitor fica angustiado.
"Às vezes sinto uma raiva irracional de John. Estou certa de que não era tão sensível antes. Acho que isso tem a ver com meus nervos. Mas John diz que, se me sinto assim, acabarei perdendo o autocontrole - portanto, faço um esforço para me conter, ao menos diante dele, e isso me deixa muito cansada. (...) John é muito atencioso e amável, não permite que eu dê um passo sequer sem instruções especiais.”
Sob constante vigilância da cunhada e na ausência do marido (que passa os dias na cidade, trabalhando), o que a narradora mais anseia é poder escrever, mas a recomendação é que se abstenha da escrita, que poderia levá-la à exaustão. Secretamente mantém um diário, contrariando a ordem:
“Lá vem a irmã de John. Não posso permitir que me veja escrevendo. (...) Mas posso escrever quando ela está fora e a uma grande distância dessas janelas."
O marido se mostra compreensivo e paciente, mas desconsidera as reclamações da mulher, tratando-a de maneira infantil. O papel de parede passa, então, a ser o protagonista dos dias da pobre jovem, que fica obcecada pela ideia de entender o padrão abstrato do desenho e, a partir daí, as ilusões se sobrepõem, os delírios começam a alternar com os momentos de lucidez:
"Esse papel de parede olha para mim como se soubesse da terrível influência que exerce!"
Fiquei pensando em como a exclusão é um gatilho para o agravamento de seu estado: a solidão, a ansiedade e o confinamento. Ela não é só prisioneira da casa e do quarto com papel de parede perturbador, é prisioneira de seus medos, de sua submissão ao marido e de sua condição de mulher em fins do século XIX. O esforço para entender o papel é também a tentativa de manter sua sanidade diante de uma situação terrivelmente angustiante.
A autora é genial na metáfora criada no conto. Falava às mulheres de seu tempo sobre a situação feminina, mas conseguiu atingir um público ainda maior, uma vez que o livro atravessou gerações.
É a vida oprimida da mulher dessa época representada pela claustrofobia do aprisionamento na casa, que é também a prisão do casamento. A rebeldia em seguir as recomendações do marido como fuga e resistência ao machismo dominador. A mulher é tão desconsiderada que na trama nem sabemos seu nome, apenas o do marido!
Se nos aprofundarmos no drama criado por Gilman, enxergaremos os desejos e idéias do ser feminino em confronto com autoridades diversas: o marido, a sociedade e o papel que caberia às mulheres. A solidão conduz a heroína à percepção de seu mundo interno, a ouvir sua própria voz que clama, entre outras coisas, pela liberdade de escrever, de fazer o que tem vontade. Ela olha para o papel de parede e quer entendê-lo. A escritora olha para o papel feminino e o questiona. Nas entrelinhas há profundidade: o cerceamento da liberdade – pensar, agir, falar e ser! – é que a enlouquece.
O livro contém uma verdade avassaladora, porque a própria autora viveu o mesmo tormento da depressão. E um poderoso recurso que utilizou para o autoconhecimento foi exatamente a escrita, que no conto é negada à protagonista. Ela quer contar ao mundo que à mulher não cabia pensar, mas obedecer.
Deixarei para o leitor o desfecho magnífico do conto, que é outra metáfora que adoraria discutir. Então façamos um trato: leia, assimile e depois me conte suas impressões. Quem sabe sentaremos por uma tarde inteira para falar sobre tudo o que Charlotte Perkins derramou em pouquíssimas páginas?
Fica a reflexão sobre a condição da mulher. Há muitas possibilidades fora da casa... Mas, para sair dela, papéis devem ser questionados. A perturbação (como tema) é a luta desta mulher para soltar as amarras que a aprisionam. Uma luta nossa, diária, incansável, que os homens podem até tentar compreender, mas, inevitavelmente, não podem dimensionar. A loucura aqui representada pode ser o estado de piora quando da submissão feminina, pode ser também a necessidade de ser ‘louca’ para desbravar os espaços além das grades do condicionamento social, a coragem para rasgar os papéis impostos e quebrar o padrão desconexo vigente durante tantos anos, mas que agora está como o papel de parede do quarto da narradora: desbotado, sem sentido, cheinho de fraturas. Precisa ser trocado.
Link do livro: https://www.skoob.com.br/livro/565000ED566966
Cortesia do Grupo Editorial Record |
Manu Hitz
Cearense, fisioterapeuta e mãe. “Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer. Leio com alegria.” Ariano Suassuna.
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Olá, Manu.
ResponderExcluirA premissa da obra é bem interessante. Essa submissão forçada deve ser terrível e agonizante. Acredito que o livro deve gerar uma série de reflexões sobre a condição da mulher na sociedade e a imposição patriarcal.
Certamente vou conferir a obra.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de abril. Serão três vencedores!
Sim, é uma leitura para uma boa discussão. Seria ótima num grupo de leitores. É um tema atual, incrível como ainda estamos discutindo questões de gênero em pleno século XXI.
ExcluirManuuuuh
ResponderExcluirObrigada por ter me marcado na postagem, pq senão passaria reto essa resenha E OLHA O QUE EU ESTARIA PERDENDO
se só com a sua resenha fiquei incomodada com a vida que a mulher teve nesse conto, imagine ler. sos, mas quero muito ler pra eu conversar com vc sobre o final... tu me deixou mais curiosa akjsdaksd
beeeeeeijos
e obs: eu amo sua escrita, mds, queria ser assim
Ah, Nath linda, sua geração viverá de forma mais plena o que a minha teve que assimilar, e acredito que leituras assim provocam discussões proveitosas. Leia sim, é curtinho e cheio de possibilidades. Beijim *-*
ExcluirManu
ResponderExcluirQuando li a resenha me apaixonei pelo livro. Eu que sou uma leitora voraz de romances de época fiquei muito abalada com o contexto da obra, pois mostra a verdadeira situação da mulher no século XIX, e não aquela visão romantizada, mas infelizmente falsa que tanto leio em meus romances. E também aborda uma doença até então pouco conhecida na época (e sem tratamento), a depressão. Fiquei muito curiosa para conhecer o final da história e conheço bem o seu sentimento de “querer” compartilhar, discutir um final que achamos interessante, mas não poder se utilizar da resenha como um meio para tal.
Como sempre, arrasou na resenha.
abraços
Gisela
Gi, querida, infelizmente ainda temos necessidade de discutir sobre questões femininas... O que achei legal neste conto é que tudo é contado por meio de metáforas. Então podemos perceber que o conto é atualizado de acordo com nossa compreensão e interpretação, por isso foi redescoberto. Vale a pena ler, sim. Beijo! *-*
Excluircara Manuh, que resenha é essa?!?!? maravilhosa, emocionante e um tanto de outros adjetivos que me embalam. o clima claustrofóbico (e olha que tenho um medo terrível de lugares fechados, provavelmente isso vem de outra vida) me atingiu como uma granada, me estilhaçando em vários pedaços pequenos, todos eles sem fôlego.
ResponderExcluirno início de sua resenha me posicionei no final do século XIX, iniciozinho do século XX e o que me veio à mente, foi a revolta da vacina, lembra das aulas de história? oswaldo cruz propôs e o governo bancou a vacinação obrigatória contra a varíola (se não me falha a memória). em minhas aulas de literatura procurava contextualizar, então sempre contava a história da vacina para que os alunos entendessem o que era ser mulher nesta época. explico: nenhum pai, marido, irmão deixava que as mulheres fossem vacinadas. elas usavam vestidos que lhes cobriam todo o corpo. de maneira alguma iriam mostrar as pernas (a vacina era dada na coxa) para um desconhecido. os agentes de saúde adoravam tal obrigação, invadiam as casas à força, mas nem sempre eram recebidos por homens amedrontados. foi preciso a ajuda do exército. aí a coisa mudou de figura, rs. mulheres e mocinhas casadoiras passaram a ver os pracinhas com outros olhos, contestando ordens de pais e maridos. levantavam a saia (nem sempre pudicamente) e sofriam a picada da agulha com certo prazer. mas isso é história, rsrsrsrs. voltemos ao livro.
a condição da mulher da época era no mínimo constrangedor e no máximo enlouquecedor mesmo. histeria era tema popular, havia um tratamento mais humano, graças aos estudos de charcot e freud. ainda bem, pois se na idade média, a mulher apresentasse alguns dos sintomas da histérica, certamente seria tida como bruxa, feiticeira, possuída por demônios e acabaria na fogueira.
o problema é que qualquer alteração de humor da mulher era motivo para chamá-la de histérica. fico imaginando o desconforto (ou prazer, sei lá) de ser assim diagnosticada, já que o tratamento eram massagens genitais feitas pela mão habilidosa do médico. a medicina é mesmo de enlouquecer!
tratemos de trazer para nosso momento na história. a mulher ainda luta pela igualdade de direitos, recebe menos que os homens fazendo o mesmo serviço, tem jornada dupla (serviço no trabalho, serviço em casa), implora pelo direito a seu próprio corpo. é claro que hoje é diferente do século XIX, mas é preciso mais, as mulheres estão engatinhando, andando em um campo minado androcêntrico. hoje não temos mais frente feminista, temos inúmeros feminismos, todos lutando por alguma causa, com o apoio da internet, disseminando ideias, atingindo mais rapidamente a mente das pessoas. e é assim que tem que ser. sem luta não há vitória.
não me considero feminista, nem machista, mas tenho um senso de justiça forjado desde minha infância, pois fui criado em meio a primas, sem irmãos homens. percebi o sofrimento delas, tratei de me colocar no lugar delas, a empatia nos ensina a ser menos arrogante e mais tolerante. dessa maneira acredito que os livros podem nos ajudar a entender o sentimento feminino, suas dores, suas lutas. vivi o sofrimento da protagonista através de sua resenha, suas palavras não me tomaram lentamente, elas arrombaram a porta como um tornado, deixou tudo no chão, estou catando os pedaços, juntando tudo, me organizando. se agora sou um novo homem, muito disso é por causa de mulheres como a protagonista deste livro, por causa de mulheres como você Manuh, que não nos deixa cair na ignorância de acharmos que a mulher apenas completa o homem, afinal de contas somos todos completos, nascemos completos e a mulher deve andar ao lado e nunca atrás. adorei a resenha, adorei o livro. parabéns!
Rodolfo, seri tão bom que esse livro chegasse às mãos dos jovens leitores, porque eles têm uma impressão nova da vida e da sociedade, podem interpretar com frescor o que não captei e ressignificar alguns conceitos importantes para a nossa geração e que são diferentes para eles.
ExcluirObrigada pela presença e pela luz lançada aqui. *-*
Oii Manu!
ResponderExcluirUal! Esse livro é de tirar o fôlego, de arrepiar...
Que história!
Qro mto ler pra saber mais sobre os detalhes...Eu amei!
Bjs!
Sim, Aline, para uns só um conto de terror/suspense, mas um olhar mais atento saberá ler o recado. Bj
ExcluirFiquei muito curiosa pela leitura desse livro, parece ser muito interessante. Gosto de livros que falam do papel da mulher na sociedade, que era muito pior décadas atrás. Quero saber o que acontece no desfecho da história e pretendo ler com toda certeza.
ResponderExcluirAbraços :)
Que bom, Bia. É uma trama muito interessante. Espero que vc goste. Bj
ExcluirOi Manuh, achei o livro incrível, muita coisa entrelinhas e eu não consegui captar tudo, demorei a ler o livro pois me foi passado que era um livro de terror, mas depois de lê-lo achei somente um suspense psicológico e pra te falar sinceramente, repito, terei que reler para poder entender tudo que a autora quis passar, recomendo muito a leitura, é um belo presente, literatura muito atual.
ResponderExcluirBeijos queridos.
Sylvinha, realmente pode passar muita coisa, pq o conto é uma viagem na loucura da personagem. Fui pesquisar a vida da autora e o momento que ela viveu, e ela foi uma guerreira feminista que venceu a depressão e se libertou de um casamento sufocante. Isso em pleno passagem de século XIX-XX. Admirável.
ExcluirComo é bem breve, o texto pode e deve ser relido. É muita reflexão para o nosso contexto.
Obrigada! Sua opinião é valiosa. *-*
Manuh,
ResponderExcluirSua resenha despertou a minha curiosidade. Cheguei a sentir a agonia e o desespero da personagem. Mais uma das suas valiosas dicas de leitura que vai para minha de desejados. Obrigada, Manuh!!
Katia, queridíssima, vc lê rápido e vai digerir bem fácil este conto. Me conte depois o que vc descobriu e que vai acrescentar muito à minha compreensão.
ExcluirBj *-*
Nossa,confesso Que se visse esse livro em alguma livraria passaria sem nem olhar, por que essa capa e esse nome não me conquistou.
ResponderExcluirPorém a narrativa sim, eu durante a resenha sentir a opressão que essa mulher sofre, é como se o leitor estivesse no seu lugar.
A narrativa parece ser muito boa, essa obra ja me conquistou, vou com certeza garantir meu exemplar.
Boa Tarde.
Sim, Marlene, tb passaria fácil por ele, com esse título tão sutil... E veja quanta munição em tão pequeno volume... Bj
ExcluirEu já queria ler esse livro. Agora então, desejo pra ontem! Foi realmente genial essa forma que a autora encontrou de falar sobre a condição da mulher na época. Atingiu um público enorme com um "conto de terror", que aliás a condição feminina da época, toda a opressão não deixam de ser um terror. Simplesmente amei a sua resenha, Manu. :)
ResponderExcluirVerdade, Andreza! Por isso o livro se atualiza, as metáforas podem ser interpretadas de acordo com o momento histórico. E como cabe bem para o nosso, as redes sociais abrindo espaço (e mentes) para essa discussão que ainda se faz necessária. Obrigada pela observação. ;-)
ExcluirGostei da resenha do Papel de Parede Amarelo,aborda temas interessantes,traz boas reflexões.Tão curto,como não conhecia esse clássico?!
ResponderExcluirAs metáforas psicológicas na obra chamam minha atenção,quero ler.
Eu tb não conhecia, Helen! E me encantei! Espero que vc curta. Bj
ExcluirCombato a depressão a anos e sempre tive o apoio da minha família, não sei o que seria de mim sem esse apoio... Me deu até pena da protagonista, aliás, também achei genial a autora não dá nome a protagonista.
ResponderExcluirAny, tb achei a sacada da autora genial! Obrigada pela presença. Bj
ExcluirManu, uau! sua resenha me "tirou o fôlego", rs . Gosto de leituras que nos levam a profundas reflexões, nota-se pelo seu relato, que a crítica sobre a opressão e desigualdade de gênero vivida pela personagem apresenta-se sutilmente e nas entrelinhas, o que nos levam a refletir que mesmo com muitas mudanças e conquistas, ainda há um longo caminho a percorrer. Mesmo distante do século XIX, época em que o livro foi escrito, o assunto é, infelizmente, atual. Existem muitos homens que acreditam saber e entender o que é melhor para as mulheres e, infelizmente, ainda existem muitas mulheres oprimidas que aceitam esse tipo de controle. Considero importante leituras de livros como esse, porque acredito que são caminhos possíveis para fomentar reflexões, debates, discussões, acerca de um tema tão atual e importante em nossa sociedade. Mais uma dica valiosa que vai para minha lista. Obrigada por compartilhar uma resenha tão bem construída. Um forte abraço! tenha uma semana de luz! :*
ResponderExcluirKeila, minha amiga, este vale a pena, vale a indicação e depois uma rodinha de discussão. Vale para pais e filhos, escolas. Há muito ainda a conquistar, se o respeito chegasse logo à frente em qualquer situação não passaríamos por tantas coisas. Lutemos!
ExcluirObrigada por trazer estrelas para esta resenha. *-* Bjim.
O livro parece ter um tema bem forte e a resenha me deixou bem curiosa em saber mais sobre o livro. Quero ler espero tirar proveio de alguma forma e tirar minhas próprias conclusões
ResponderExcluirEsse é o maior barato de leituras assim, Gi, cada um interpreta e contribui com o enriquecimento da discussão. Obrigada! ;*
ExcluirEssa humilhação e submissão psicológica que um ser humano é capaz de impor a outro ser humano é muito cruel e desumano. Não gosto de ler histórias desse tipo. Me sinto mal em saber que isso acontece, mesmo que a história não seja baseada em uma história real. Passo.
ResponderExcluirAndré Gama, do Garotos Perdidos
Compreendo vc, André. Há temas que me incomodam tb, e outros que me inquietam, mas me encorajam a encarar. Este foi esclarecedor.
ExcluirObrigada pelo comentário.
Oi!
ResponderExcluirConheci o livro da Charlotte Perkins recentemente mas gostei muito, principalmente dos temas que a autora aborda ainda mais naquela época e das reflexões que a historia acaba gerando no leitor e mesmo não gostando de ler historia mais denso, fiquei bem interessada nesse livro pois com certeza foi um marco !!
Manu querida!
ResponderExcluirO livro me parece um daqueles onde devemos agradecer por viver no século XXI, porque não sei como lidaria com essa história de nem poder expor meus pensamentos porque o homem é quem manda...kkkk
Adoro suas análises sempre bem concisas e conscientes.
“Muitas palavras não indicam necessariamente muita sabedoria.” (Tales de Mileto)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Oi! Acho que ninguém é obrigado a comentar algo que não quer para agradar. Infelizmente, nao tenho interesse em ler esse livro, nao concordo com a forma que as feministas agem e suas motivações. Essa é minha opinião. Prefiro ler algo que me faça bem, sem ir contra a minha ideologia, mas cada um lê o que achar melhor!
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