Engenharia Reversa
Parte XX - A Terra Maldita
A quilômetros de distância de Vix, o comboio de strikers acelera e ganha tração enquanto sobe um morro através do que antes era uma rodovia federal. Seguindo em fila indiana, as máquinas mal cabem no que resta do asfalto, levantando uma nuvem de poeira quando tocam na terra seca e morta que ladeia a estrada. Nos arredores, troncos retorcidos e algumas poucas ruínas formam uma paisagem esmarrida e castigada pelo calor do meio-dia.
Liderando o comboio segue o veículo batizado como "Flecha Vermelha", menor que o Lobo do Deserto, ele é bem mais rápido e um pouco mais avançado, sendo o único que possui sensores de longa distância. Na cabine de comando do Flecha, Karl Prome, o piloto, abre um canal de áudio com o restante do grupo:
- Zeta. Fox. Obstrução. Delta menos quatro, câmbio?
- Câmbio! - Responde Samuel, que imediatamente ativa o sistema interno de comunicação. - Pessoal, todos nos seus lugares, coloquem os cintos de segurança e preparem-se que vamos pegar um atalho.
O Flecha Vermelha empreende uma virada brusca para a direita, acelera, e então adentra com velocidade o terreno seco produzindo uma imensa nuvem de poeira. O Lobo do Deserto repete o movimento, para logo em seguida o último striker do comboio, o Guaraní, fazer a mesma manobra.
O sacolejar no interior do Lobo aumenta muito; atônitos, os passageiros olham para os monitores tentando entender o que está acontecendo. O metal range, um forte solavanco é sentido e então o veículo se inclina para cima, indicando o começo de uma subida.
- Mas que droga! Não dá para ver nada, só tem poeira! - Protesta Thiago, olhar fixo na tela à sua direita.
- Como é que a gente faz para falar com o Samuel? - Questiona Davi.
- Falar o quê? Não ouviu o homem? Estamos pegando um atalho! - Grita Marcela
- Não sei se é impressão minha, mas tá esquentando muito aqui dentro! - Diz Bel.
A velocidade do veículo aumenta, e nos painéis os indicadores marcam números cada vez maiores.
- O reator está trabalhando quase no limite. - Comprova Maestro debruçado sobre um console.
- Reator? - A voz de Marcela se ergue sobre os sons do motor, acompanhada pelos olhares dos outros - Que tipo de reator?
- Nuclear. Esses veículos são movidos por energia nuclear. - Responde Maestro
- Mas era só o que faltava! Provavelmente já devemos estar mortos devido à radiação! Maestro, porque você não disse isso antes?
- Mas que diferença iria fazer, Davi? Isso aqui era um veículo militar, feito para aguentar ataques de artilharia, é perfeitamente seguro!
- Quantos anos tem essa coisa? - Inquere Marcela, ansiosa. - A manutenção está em dia?
Maestro olha para a loira e sorri com os lábios fechados.
- Pode ficar tranquila, acha que eu arriscaria nossas vidas faltando tão pouco para escaparmos da VNR?
- Mas é exatamente isso que você gosta de fazer, Maestro, arriscar nossas vidas!
- Davi...
Uma forte pancada contra a parte de baixo do veículo faz com que a resposta de Maestro fique no ar. O Lobo do Deserto se inclina fortemente para baixo, sinalizando que ocorreu uma mudança de direção; então ele acelera ainda mais e as poltronas giram nos eixos, forçando os passageiros a se segurarem nos apoios dos braços. Os alto-falantes começam a berrar:
- Desculpa, pessoal! É que tivemos que passar por um morrinho. Se olharem para as câmeras verão que a fumaça já está se dissipando, estamos voltando para a "rodovia". Até daqui a pouco!
Um leve bip indica o final da transmissão de Samuel. O grupo volta a olhar para os monitores, vendo que agora a estrada é bem mais larga. Davi observa a tela que exibe a imagem bidimensional do striker, onde um indicador digital de velocidade marca duzentos e oitenta quilômetros por hora.
- Caramba, achei que esse troço iria explodir.
- Davi, vamos mudar de assunto? - Responde Marcela com uma careta.
***
O homem vestido em trapos corre desesperado por um corredor de tonéis enferrujados. Em poucos segundos ele pula sobre uma barricada de madeira e cruza a estrada, chegando a um barraco do outro lado. Passa por um pano encardido, dando de cara com um pequeno veículo de cor vermelha desbotada, uma especie de bugre com rodas rebaixadas na frente.
- Eles sacaram! Subiram o morro e agora tão do outro lado! - Grita o homem.
- Sobe. Avise os outros. - Responde um sujeito ao volante dentro do bugre.
O homem em trapos agilmente pula para dentro do veículo e pega um comunicador fixado no painel. Ele aciona o dispositivo enquanto seu companheiro liga o motor. Ambos colocam óculos espelhados que se fecham sobre os olhos, impedindo qualquer contato com a poeira.
O bugre sai da inércia, passando nervoso pelo pano velho que ocultava sua presença, em segundos está comendo a estrada. O carona se joga para o banco de trás, ficando de pé e colocando as mãos em uma arma rudimentar fixada na estrutura de ferro. Ele começa a girar uma manivela na lateral do artefato bélico, produzindo um som estridente.
Em instantes, outros cinco bugres surgem atrás do vermelho, que por sua vez acelera indicando para os companheiros fazerem o mesmo. Como uma alcateia, as máquinas assumem uma formação em fila indiana e ganham uma velocidade absurda. Então, das colinas próximas à estrada surgem dezenas de motos e alguns veículos de maior porte. As motos se juntam ao grupo de bugres, bandeiras vermelhas cortam o vento, homens elevam suas armas no ar, gritando ensandecidamente e empolgando toda a horda, que avança em direção ao comboio de strikers.
***
- Legal esse lugar, gostei da vista. - Diz Bel, olhando pelas janelas.
- Você ainda não viu nada! Quer beber alguma coisa? - Marcela esboça um sorriso amarelo - Opa, quero dizer... você pode beber, né?
- Claro que posso! Não sou um robô!
A loira sorri meio sem jeito, então vai até o bar e pega uma garrafa; tenta ler o rótulo mas só entende a palavra soda.
- É, vai ser essa mesmo. Ei, Bel, quer conhecer o Mike?
- Quem?
- Esse aqui. - Marcela gesticula com as mãos. - Veja, o antigo piloto do Lobo do Deserto! - Aponta para o crânio cromado sobre a bancada.
Bel olha curiosa para o artefato, se aproxima e toca em sua superfície cromada. Passa as mãos pelos sulcos no cromo, hipnotizada, admirada.
- Quê isso, Bel? Vai dizer que gostou desse troço?
- Gostei? Não, Marcela, eu adorei!
- Sério? Garota, você tem problemas! - Marcela ri, divertida. - Isso aí era um homem!
- Disse bem: era! Agora é uma obra de arte!
- Vou te confessar, no início achei estranho, mas até que gosto do Mike!
Então a voz de Davi se faz ouvir meio abafada, vindo do outro compartimento.
- Ei, meninas, venham aqui em baixo!
- Deixa o Mike em paz, Bel, vamos lá ver o que o chato do Davi quer. - A loira puxa a morena pelo braço.
As duas descem a escada em caracol para encontrar os rapazes olhando para os monitores.
O grupo observa com atenção um amontoado de gente se acumulando na beira da estrada, de ambos os lados. Em sua maioria mulheres e crianças, imundas, algumas sem roupa, outras usando trapos que mal cobrem os corpos calejados; todas usam estranhas bandanas envolvendo a cabeça e deixando apenas os olhos à mostra; os poucos homens aparecem mais distantes, dão a impressão que estão vigiando as mulheres e crianças.
- São pessoas? - Questiona Marcela, abismada.
- Expurgados. - Responde tristemente Thiago.
A maioria das mulheres está ajoelhada, com os braços levantados, algumas segurando pratos rudimentares e os balançando no ar.
- Elas estão famintas! - Diz Bel.
- Mas como conseguem viver assim? - Questiona Marcela.
- São a escória do deserto, loira. - Grita Samuel, entrando na sala e removendo suas luvas. Ele puxa uma cadeira e se senta, colocando os pés em cima do console.
- Samuel, não podemos ajudar essas pessoas? Olha a situação delas!
- Não, moreninha. Eles nos matariam imediatamente. Pode acreditar, são canibais! Vão nos fazer em pedações e nos comer no jantar. - Responde Samuel, soturno.
- Eles mal se aguentam em pé! Como é que vão nos matar? - Diz Bel, aumentando o tom de voz.
- Melhor não arriscar. - Responde Davi.
Samuel solta uma gargalhada.
- Vocês não sabem de nada, crianças! Viveram a maior parte do tempo dentro da redoma que é Vix. Aqui... aqui a história é outra. Lá fora não tem ninguém para te proteger, se piscar, vira comida de mutante ou de expurgado - ele se levanta da cadeira - Aqueles ali te cortam em pedaços tão rápido que quando perceber já vai estar servindo de café da manhã para aquelas crianças demoníacas, compreenderam? Aqui é a Terra Maldita, porra! Olho por olho e dente por dente e a lei! Tá ligada, robozinha ? - Ele encara Bel - Não tô certo, Maestro?
Bel e os outros olham para Maestro, que abaixa o olhar.
- Infelizmente, sim, você está certo, Samuel.
- E nós vamos ficar aqui sem fazer nada? Olhe para eles, Maestro, como essas crianças podem nos fazer algum mal?
- Você pode mudar isso, Bel. Não aqui, não agora.
- Como ela pode fazer alguma coisa, cara? Não tem o que fazer, vocês todos ouviram o cara! - Diz Davi.
Então um bip estridente invade a sala. Samuel corre para um console e aperta alguns botões. Do lado de fora, as câmeras giram e apontam para a retaguarda, mais sinais de alerta explodem nos consoles.
- Ei, olhem, eles estão indo embora! - Grita Marcela apontando para as telas que ainda filmam os expurgados.
Um forte impacto atinge o Lobo do Deserto. Pelos monitores, o grupo observa pequenos veículos emparelhados com o striker, metralhadoras são apontadas para eles, homens em trapos com óculos espelhados gritam frases de ódio dentro dos veículos atacantes.
- Falange das Montanhas! Finalmente vamos ter alguma diversão por aqui! - Diz empolgado Samuel, para em seguida sair correndo da sala.
Liderando o comboio segue o veículo batizado como "Flecha Vermelha", menor que o Lobo do Deserto, ele é bem mais rápido e um pouco mais avançado, sendo o único que possui sensores de longa distância. Na cabine de comando do Flecha, Karl Prome, o piloto, abre um canal de áudio com o restante do grupo:
- Zeta. Fox. Obstrução. Delta menos quatro, câmbio?
- Câmbio! - Responde Samuel, que imediatamente ativa o sistema interno de comunicação. - Pessoal, todos nos seus lugares, coloquem os cintos de segurança e preparem-se que vamos pegar um atalho.
O Flecha Vermelha empreende uma virada brusca para a direita, acelera, e então adentra com velocidade o terreno seco produzindo uma imensa nuvem de poeira. O Lobo do Deserto repete o movimento, para logo em seguida o último striker do comboio, o Guaraní, fazer a mesma manobra.
O sacolejar no interior do Lobo aumenta muito; atônitos, os passageiros olham para os monitores tentando entender o que está acontecendo. O metal range, um forte solavanco é sentido e então o veículo se inclina para cima, indicando o começo de uma subida.
- Mas que droga! Não dá para ver nada, só tem poeira! - Protesta Thiago, olhar fixo na tela à sua direita.
- Como é que a gente faz para falar com o Samuel? - Questiona Davi.
- Falar o quê? Não ouviu o homem? Estamos pegando um atalho! - Grita Marcela
- Não sei se é impressão minha, mas tá esquentando muito aqui dentro! - Diz Bel.
A velocidade do veículo aumenta, e nos painéis os indicadores marcam números cada vez maiores.
- O reator está trabalhando quase no limite. - Comprova Maestro debruçado sobre um console.
- Reator? - A voz de Marcela se ergue sobre os sons do motor, acompanhada pelos olhares dos outros - Que tipo de reator?
- Nuclear. Esses veículos são movidos por energia nuclear. - Responde Maestro
- Mas era só o que faltava! Provavelmente já devemos estar mortos devido à radiação! Maestro, porque você não disse isso antes?
- Mas que diferença iria fazer, Davi? Isso aqui era um veículo militar, feito para aguentar ataques de artilharia, é perfeitamente seguro!
- Quantos anos tem essa coisa? - Inquere Marcela, ansiosa. - A manutenção está em dia?
Maestro olha para a loira e sorri com os lábios fechados.
- Pode ficar tranquila, acha que eu arriscaria nossas vidas faltando tão pouco para escaparmos da VNR?
- Mas é exatamente isso que você gosta de fazer, Maestro, arriscar nossas vidas!
- Davi...
Uma forte pancada contra a parte de baixo do veículo faz com que a resposta de Maestro fique no ar. O Lobo do Deserto se inclina fortemente para baixo, sinalizando que ocorreu uma mudança de direção; então ele acelera ainda mais e as poltronas giram nos eixos, forçando os passageiros a se segurarem nos apoios dos braços. Os alto-falantes começam a berrar:
- Desculpa, pessoal! É que tivemos que passar por um morrinho. Se olharem para as câmeras verão que a fumaça já está se dissipando, estamos voltando para a "rodovia". Até daqui a pouco!
Um leve bip indica o final da transmissão de Samuel. O grupo volta a olhar para os monitores, vendo que agora a estrada é bem mais larga. Davi observa a tela que exibe a imagem bidimensional do striker, onde um indicador digital de velocidade marca duzentos e oitenta quilômetros por hora.
- Caramba, achei que esse troço iria explodir.
- Davi, vamos mudar de assunto? - Responde Marcela com uma careta.
***
O homem vestido em trapos corre desesperado por um corredor de tonéis enferrujados. Em poucos segundos ele pula sobre uma barricada de madeira e cruza a estrada, chegando a um barraco do outro lado. Passa por um pano encardido, dando de cara com um pequeno veículo de cor vermelha desbotada, uma especie de bugre com rodas rebaixadas na frente.
- Eles sacaram! Subiram o morro e agora tão do outro lado! - Grita o homem.
- Sobe. Avise os outros. - Responde um sujeito ao volante dentro do bugre.
O homem em trapos agilmente pula para dentro do veículo e pega um comunicador fixado no painel. Ele aciona o dispositivo enquanto seu companheiro liga o motor. Ambos colocam óculos espelhados que se fecham sobre os olhos, impedindo qualquer contato com a poeira.
O bugre sai da inércia, passando nervoso pelo pano velho que ocultava sua presença, em segundos está comendo a estrada. O carona se joga para o banco de trás, ficando de pé e colocando as mãos em uma arma rudimentar fixada na estrutura de ferro. Ele começa a girar uma manivela na lateral do artefato bélico, produzindo um som estridente.
Em instantes, outros cinco bugres surgem atrás do vermelho, que por sua vez acelera indicando para os companheiros fazerem o mesmo. Como uma alcateia, as máquinas assumem uma formação em fila indiana e ganham uma velocidade absurda. Então, das colinas próximas à estrada surgem dezenas de motos e alguns veículos de maior porte. As motos se juntam ao grupo de bugres, bandeiras vermelhas cortam o vento, homens elevam suas armas no ar, gritando ensandecidamente e empolgando toda a horda, que avança em direção ao comboio de strikers.
***
- Legal esse lugar, gostei da vista. - Diz Bel, olhando pelas janelas.
- Você ainda não viu nada! Quer beber alguma coisa? - Marcela esboça um sorriso amarelo - Opa, quero dizer... você pode beber, né?
- Claro que posso! Não sou um robô!
A loira sorri meio sem jeito, então vai até o bar e pega uma garrafa; tenta ler o rótulo mas só entende a palavra soda.
- É, vai ser essa mesmo. Ei, Bel, quer conhecer o Mike?
- Quem?
- Esse aqui. - Marcela gesticula com as mãos. - Veja, o antigo piloto do Lobo do Deserto! - Aponta para o crânio cromado sobre a bancada.
Bel olha curiosa para o artefato, se aproxima e toca em sua superfície cromada. Passa as mãos pelos sulcos no cromo, hipnotizada, admirada.
- Quê isso, Bel? Vai dizer que gostou desse troço?
- Gostei? Não, Marcela, eu adorei!
- Sério? Garota, você tem problemas! - Marcela ri, divertida. - Isso aí era um homem!
- Disse bem: era! Agora é uma obra de arte!
- Vou te confessar, no início achei estranho, mas até que gosto do Mike!
Então a voz de Davi se faz ouvir meio abafada, vindo do outro compartimento.
- Ei, meninas, venham aqui em baixo!
- Deixa o Mike em paz, Bel, vamos lá ver o que o chato do Davi quer. - A loira puxa a morena pelo braço.
As duas descem a escada em caracol para encontrar os rapazes olhando para os monitores.
O grupo observa com atenção um amontoado de gente se acumulando na beira da estrada, de ambos os lados. Em sua maioria mulheres e crianças, imundas, algumas sem roupa, outras usando trapos que mal cobrem os corpos calejados; todas usam estranhas bandanas envolvendo a cabeça e deixando apenas os olhos à mostra; os poucos homens aparecem mais distantes, dão a impressão que estão vigiando as mulheres e crianças.
- São pessoas? - Questiona Marcela, abismada.
- Expurgados. - Responde tristemente Thiago.
A maioria das mulheres está ajoelhada, com os braços levantados, algumas segurando pratos rudimentares e os balançando no ar.
- Elas estão famintas! - Diz Bel.
- Mas como conseguem viver assim? - Questiona Marcela.
- São a escória do deserto, loira. - Grita Samuel, entrando na sala e removendo suas luvas. Ele puxa uma cadeira e se senta, colocando os pés em cima do console.
- Samuel, não podemos ajudar essas pessoas? Olha a situação delas!
- Não, moreninha. Eles nos matariam imediatamente. Pode acreditar, são canibais! Vão nos fazer em pedações e nos comer no jantar. - Responde Samuel, soturno.
- Eles mal se aguentam em pé! Como é que vão nos matar? - Diz Bel, aumentando o tom de voz.
- Melhor não arriscar. - Responde Davi.
Samuel solta uma gargalhada.
- Vocês não sabem de nada, crianças! Viveram a maior parte do tempo dentro da redoma que é Vix. Aqui... aqui a história é outra. Lá fora não tem ninguém para te proteger, se piscar, vira comida de mutante ou de expurgado - ele se levanta da cadeira - Aqueles ali te cortam em pedaços tão rápido que quando perceber já vai estar servindo de café da manhã para aquelas crianças demoníacas, compreenderam? Aqui é a Terra Maldita, porra! Olho por olho e dente por dente e a lei! Tá ligada, robozinha ? - Ele encara Bel - Não tô certo, Maestro?
Bel e os outros olham para Maestro, que abaixa o olhar.
- Infelizmente, sim, você está certo, Samuel.
- E nós vamos ficar aqui sem fazer nada? Olhe para eles, Maestro, como essas crianças podem nos fazer algum mal?
- Você pode mudar isso, Bel. Não aqui, não agora.
- Como ela pode fazer alguma coisa, cara? Não tem o que fazer, vocês todos ouviram o cara! - Diz Davi.
Então um bip estridente invade a sala. Samuel corre para um console e aperta alguns botões. Do lado de fora, as câmeras giram e apontam para a retaguarda, mais sinais de alerta explodem nos consoles.
- Ei, olhem, eles estão indo embora! - Grita Marcela apontando para as telas que ainda filmam os expurgados.
Um forte impacto atinge o Lobo do Deserto. Pelos monitores, o grupo observa pequenos veículos emparelhados com o striker, metralhadoras são apontadas para eles, homens em trapos com óculos espelhados gritam frases de ódio dentro dos veículos atacantes.
- Falange das Montanhas! Finalmente vamos ter alguma diversão por aqui! - Diz empolgado Samuel, para em seguida sair correndo da sala.
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André Luis Almeida Barreto
Aspirante a escritor, inquieto por natureza, ainda tenho vontade de mudar o mundo ou pelo menos colocar um monte de gente para pensar. Viciado em livros, games, idéias loucas e sempre procurando coisas que desafiem minha imaginação.
Nossa, eu juro que comecei a ler o texto, e no meio a minha cabeça tomou a forma de um grande interrogação. Você escreve muito bem, mas fiquei bem perdida, então parei de ler. Você posta no Wattpad? Adoraria acompanhar desde o começo.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Olá, Eduarda, posto sim, mas também toda a serie aqui no blog, desde o começo.
ExcluirInfelizmente dei uma parada na leitura da série, mas assim que tiver tempo quero voltar a ler desde o começo.
ResponderExcluirFiquei curiosa em relação a Terra Maldita e os Expurgados... esse assunto vai ser mais abordado nos próximos capítulos?
ResponderExcluirAbraços!
Sim, um pouco mais, Any
ExcluirEu tinha começado a ler a Bookserie do começo, mas fiquei sem tempo e parei de ler. Mas agora vou voltar, a história é bem interessante.
ResponderExcluirAbraços :)
Oi André!
ResponderExcluirPreciso começar a ler essa série do começo e fazer logo uma maratona <3
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Olá!
ResponderExcluirA série é muito interessante, parabéns! Preciso rever tudo novamente, para relembrar e entender bem. Desejo sucesso. Abraços.
Oii André! Arrasando em cada capítulo heim! Tá excelente! Qro conferir em breve ! Bjs
ResponderExcluirAndré!
ResponderExcluirTotalmente perdida na série, passei o maior tempão sem acompanhar e agora vou ter de voltar para ler as anteriores...
“Demore na dúvida...E descubra a sabedoria que insiste em se esconder na ausência de palavras.”(Padre Fábio de Melo)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de SETEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Oi..
ResponderExcluirParabens é bem interessante,gostei bastante,esse é o primeiro capitulo que leio e fiquei muito curiosa pra ler do inicio e saber todo o desenrolar do livro..
Um abraço e muito sucesso :)
Primeira vez que leio. Adorei a narrativa, amo historias com muitos diálogos :)
ResponderExcluirQuero ler o começo.
Parabéns!!
Oi.
ResponderExcluirInfelizmente eu não consegue acompanhar a Série toda não, mas adorei o capítulo de hoje, espero em breve conseguir colocar tudo em dia.
Boa Tarde.