Quadrinhos Na Cia, 2016 - 352 páginas: |
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.
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Persépolis foi a primeira HQ que eu li, e posso garantir que foi uma experiência literária incrível! A história é uma autobiografia contada em quadrinhos, e podia ser muito comum até, não fossem as minúcias que fazem a história ser espetacular.
Não sei vocês, mas eu não sabia nada de verdade sobre a história dos conflitos e guerras no oriente médio. Apesar de lembrar de matérias nos noticiários falando sobre a situação dessa região, nunca soube de verdade ou entendi como era a situação político-religiosa do lugar. Se você é tão alienado quanto eu neste sentido, Persépolis será ótimo para entender qual é o contexto dos conflitos, e quais foram as consequências dos mesmos para a população do Irã, além de derrubar uma série de pré-conceitos que nós ocidentais possamos ter em relação à cultura e o cotidiano do lugar.
Mas se você já conhece um pouco mais da cultura persa, e entende um pouco a respeito dos conflitos históricos, não perca a chance de ver todo esse cenário sob o olhar de uma criança, depois de uma adolescente e por fim de uma jovem adulta. Marjane cresceu em uma família politizada, viu desde menina seus pais conversarem sobre política e se interessava muito sobre o assunto… Quando a revolução chegou ao Irã e posteriormente a guerra, vemos o quanto a vida dela foi mudada, o quanto a rotina teve que ser alterada, e o quanto que as relações pessoais foram impactadas por tudo o que estava acontecendo no país. Temos um olhar de dentro da guerra, mas a perspectiva de uma civil, que queria muito ter uma vida normal, mesmo em meio a tragédia, caos e muitas mortes.
Persépolis é aquele tipo de leitura que tem muito, mas muito conteúdo mesmo a passar, e tem também uma carga emocional bem forte, no entanto, a ilustração simples e a maneira divertida de Satrapi narrar sua história nos faz devorar o livro em uma tacada só.
Apesar da leveza dos quadrinhos, é o tipo de livro que recomendaria que todos lessem, e se possível relessem, pois tenho certeza que ao fim da última página, você não será a mesma pessoa do início.
Não sei vocês, mas eu não sabia nada de verdade sobre a história dos conflitos e guerras no oriente médio. Apesar de lembrar de matérias nos noticiários falando sobre a situação dessa região, nunca soube de verdade ou entendi como era a situação político-religiosa do lugar. Se você é tão alienado quanto eu neste sentido, Persépolis será ótimo para entender qual é o contexto dos conflitos, e quais foram as consequências dos mesmos para a população do Irã, além de derrubar uma série de pré-conceitos que nós ocidentais possamos ter em relação à cultura e o cotidiano do lugar.
Mas se você já conhece um pouco mais da cultura persa, e entende um pouco a respeito dos conflitos históricos, não perca a chance de ver todo esse cenário sob o olhar de uma criança, depois de uma adolescente e por fim de uma jovem adulta. Marjane cresceu em uma família politizada, viu desde menina seus pais conversarem sobre política e se interessava muito sobre o assunto… Quando a revolução chegou ao Irã e posteriormente a guerra, vemos o quanto a vida dela foi mudada, o quanto a rotina teve que ser alterada, e o quanto que as relações pessoais foram impactadas por tudo o que estava acontecendo no país. Temos um olhar de dentro da guerra, mas a perspectiva de uma civil, que queria muito ter uma vida normal, mesmo em meio a tragédia, caos e muitas mortes.
Persépolis é aquele tipo de leitura que tem muito, mas muito conteúdo mesmo a passar, e tem também uma carga emocional bem forte, no entanto, a ilustração simples e a maneira divertida de Satrapi narrar sua história nos faz devorar o livro em uma tacada só.
Apesar da leveza dos quadrinhos, é o tipo de livro que recomendaria que todos lessem, e se possível relessem, pois tenho certeza que ao fim da última página, você não será a mesma pessoa do início.
Cortesia da Editora Companhia das Letras |
Laiara Dias
Baiana, criada no Mato Grosso, casada com um mineiro e cai de paraquedas nas terras capixabas. Viciada em Youtube e Netflix, chocólatra assumida, devoradora de chick-lits. Amo um bom romance açucarado e não resisto a um toque de pimenta na literatura, nem a uma colher de farinha no prato.
Choro a toa, rio alto, e não consigo decidir entre ser ogra ou princesa! Muito prazer, essa sou eu!
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Olá, Laiara.
ResponderExcluirA premissa da obra é maravilhosa. Deve ser maravilhoso acompanhar o crescimento de uma menina que convive em uma família tão politizada. Ademais, o fato de se passar no Oriente Médio me chama a atenção.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de setembro. Serão três vencedores, cada um ganhando dois livros.
Oii Laiara! Eu estava curiosa pra ler uma resenha desde q uma amiga me indicou esse livro, enredo mto bom, achei mto interessante, qro tentar ler em breve. Bjs!
ResponderExcluirNormalmente eu não leria esse livro, não por ser uma HQ, mas por que não costumo ler livros com histórias mais pesadas. Mas sua resenha me deixou bem curiosa, e mesmo com uma grande carga emocional, creio que seja um bom livro, vai pra minha lista de desejados.
ResponderExcluirAbraços :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi, adoro livros que no fim nos mudam e acrescenta algo na nossa vida. Com certeza quero ter a chance de lê-lo e quem sabe reler. Bjos e parabéns pela resenha!
ResponderExcluirhttp://blogliterariodois.blogspot.com.br/2016/09/entrevista-e-parceria-nahra-mestre.html
Deve ser um livro muito interessante. Eu não sei muito sobre os conflitos do Oriente Médio, e me interessei pelo livro.
ResponderExcluirBeijos, Aline
Verso Aleatório
Oi Laiara!
ResponderExcluirPersépolis é incrível! É um quadrinho tão inteligente que eu super concordo com vc, todo mundo deveria ler mesmo!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Olha, eu até li muito sobre os conflitos pelo oriente médio, principalmente no inicio desse ano já que tive que fazer um trabalho sobre. Mas ainda entendo pouco e é algo que sempre fui totalmente alheia. Seria ótimo aprender mais sobre essa cultura de uma forma diferente, principalmente pelos olhos de uma criança. É como se fosse uma literatura educativa, mas que ao mesmo tempo que diverte pelo entretenimento. Fiquei muito interessada.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Olha, eu ouvi falar de Persépolis quando lançaram o filme baseado nesses quadrinhos e achei super interessante mostrar o ponto de vista de alguém que viveu e passou por esses problemas no Oriente Médio. Costumo saber dos conflitos em jornais, em série (Homeland), mas na literatura só li o "Cidade do Sol", que aliás mostra bem os costumes dos lugares marcados pelo extremismo religioso, em que as mulheres tem que usar burqas e as pessoas vivem esse ambiente de guerra constante. Mas o ponto interessante em Persépolis talvez seja isso de ao mesmo tempo narrar assuntos sérios, mostrá-los sob a forma quadrinhos, o que quebra um pouco a crueldade dos fatos. Também nunca li nada em quadrinhos, gostei da dica diferente.
ResponderExcluirGostei da proposta do livro e sua resenha me deixou bem curiosa. Espero ler e gostar.
ResponderExcluirAssim como você também não sei nada de verdade sobre a história dos conflitos e guerras no oriente médio, claro que já ouvi falar mas nunca entendi o porque... Também nunca li nenhum HQ mas sempre tive vontade de ler esse gênero, quem sabe eu comece a ler por Persépolis igual a você!?...
ResponderExcluirValeu pela dica!
Olá, Laiara! Quero mto poder fazer a leitura dessa HQ. A obra traz uma visão realista dos acontecimentos e achei mto interessante a forma como é contada a história, através de quadrinhos, com uma linguagem acessível a todos os tipos de leitores. É uma obra riquíssima, sem dúvida, e fiquei mto curiosa para conhecer a relação de Marjane com sua família.
ResponderExcluirAdoro HQs,essa tem um toque diferente,já li,é realmente ótima!
ResponderExcluirTraz uma nova perspectiva,não conhecia o contexto citado na história,toda aprendi sobre a revolução do Irã e me envolvi na vida da autora.
A Marjane fez um ótimo trabalho ao passar seu ponto de vista em diferentes idades para os quadrinhos,também recomendo a leitura!
Olá!
ResponderExcluirÉ a primeira vez que encontro uma resenha dessa HQ e já fiquei louca para ler. Por tudo que você comentou a respeito da obra, parece uma leitura bem inteligente e com uma ótima mensagem. Já adicionado a minha lista! Sua resenha está ótima. Obrigada pela dica. Beijos.
Laiara!
ResponderExcluirMesmo para quem não teve contato com a cultura Persa, acredito que um livro figurado ajuda muito a acompanhar a história, ainda mais com a visão mais infantil da protagonista.
“Demore na dúvida...E descubra a sabedoria que insiste em se esconder na ausência de palavras.”(Padre Fábio de Melo)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de SETEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Oi.
ResponderExcluirApesar de nao gostar nem de HQs nem de autobiografias ,a premissa do livro parece ser bem interessante e a sua resenha me deixou muito curiosa,principalmente porque gosto muito de livro que te marcam de um maneira positiva e aprender sobre as guerras no oriente medio que nunca li nada relacionado.. muito boa resenha..
Um abraço e muito sucesso :)
Amo HQs. Acredito ser um jeito leve de contar historias importantes como esta envolvendo conflitos do Oriente Médio. Com certeza é um livro que quero conferir a historia.
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirEu não sou muito chegada a HQs não, confesso que acho que essa não seria uma leitura para mim não, adorei a resenha, gosto dessa carga emocional mas acho que não funcionária para mim não.
Boa Tarde.