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26.10.16

Psicose [Robert Bloch]

Robert Bloch
Ed. Darkside Books, 2013 - 240 páginas:
      Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em Psicose, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bates, tornou-se um arquétipo do horror incorporado a cultura pop.

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Desprendendo-se da realidade

Se, por acaso, alguém disser que nunca ouviu falar do clássico filme “Psicose” de Hitchcock, está “fora da casinha”, pode mandar internar com camisa de força, provavelmente sofre de alguma psicopatia. Brincadeiras à parte, este filme é baseado em Psicose (Darkside, 240 páginas) de Robert Bloch, escritor premiado com Hugo Award, Bram Stoker Award e World Fantasy Award, que teve como mentor H.P.Lovecraft. Com estas credenciais ele já valeria uma olhadinha.

Ao ler o romance, Hitchcock não teve dúvidas: comprou os 3 mil exemplares disponíveis e trancou num galpão só para que ninguém desconfiasse do final. E é claro, tornou-se sucesso retumbante. Mas o que há de tão especial neste livro em que uma mãe atormenta o filho o tempo todo? Há muitas coisas – o clima, a atmosfera, a psicopatia, o delírio, o embate entre mãe e filho, as consequências brutais.

Há quem diga que o que há no livro foi inspirado no famoso serial killer Ed Gein (vale à pena procurar pelo nome na internet), que também serviu de inspiração aos filmes “O massacre da serra elétrica” e “O silêncio dos inocentes”, por causa de sua ligação doentia com a mãe dominadora, entre outras bizarrices.

Então vamos ao livro. De cara nos deparamos com Norman Bates, um personagem com características diferentes da que eu me acostumei, muito por influência do filme (para mim Norman sempre terá a cara de Anthony Perkins). Ele está encantado com uma leitura que insiste em fazer, mesmo sendo contrária às regras estabelecidas pela mãe. No momento ele lê a descrição da dança da vitória dos guerreiros do livro “O Reino dos Incas”:

“A percussão era geralmente executada no que fora o corpo de um inimigo; a pele tinha sido esfolada e a barriga era esticada para formar o tambor, e todo o corpo servia de caixa de ressonância para a batida que vibrava através da boca escancarada – grotesco, mas eficiente.”

Desse modo, vamo-nos familiarizando com a estranheza do personagem. Logo após há um corte para outra cena – num instante de desatino, Mary Crane decide surrupiar 40 mil dólares de seu patrão, ao invés de depositá-los no banco. Faz isso para fugir de sua vida miserável e ajudar seu noivo Sam Loomis, que promete desposá-la apenas quando saldar suas dívidas.

Mary vai atrás de seu noivo, que reside em outra cidade, mas acaba se perdendo no caminho e resolve pernoitar em um Motel. É aí que a vida de Norman (que dirige o Motel da família) choca-se com a de Mary.

Resquícios da fala de Norman e alguns flashs fazem com que Mary e o leitor infiram que sua mãe é dominadora, castradora e superprotetora:

“’Não tem importância’. Sua voz era fraca. ‘Nunca me casei. A Mãe tinha ideias – engraçadas – sobre essas coisas. E-Eu nunca nem me sentei à mesa com uma garota antes.’...
‘Parece esquisito, não? Nos tempos de hoje e na minha idade. Eu sei. Mas tem de ser. Eu digo para mim mesmo, ela estaria perdida sem mim – mas a verdade é que eu estaria ainda mais perdido sem ela.’”

Utilizando-se de todo arsenal discursivo – direto, indireto e indireto livre – e dominando totalmente a narrativa alternada entre primeira e terceira pessoas, sem perder a qualidade, Bloch vai nos envolvendo no mundo particular de Norman Bates:

“Talvez nunca mais a visse. Amanhã ela iria embora. Embora para sempre... Poderia se apaixonar por uma moça como aquela... Mas ela riria, provavelmente. Era assim que as garotas eram... elas sempre riam. Porque eram umas vadias. A Mãe tinha razão. Elas eram vadias...”

Lila sente falta de sua irmã Mary Crane e já sabendo do desfalque e acusação que pesam sobre ela, decide procurá-la intempestivamente, tendo a brilhante ideia de ir atrás de Sam (noivo de Mary). Lá chegando, impacienta-se com a lentidão do noivo e do xerife local, forjados numa cidade do interior, onde ninguém quer se indispor com ninguém (quem já morou em cidade pequena sabe o que é isso), todos acham que conhecem a todos desde o nascimento:

“Deveria ter pensado melhor. Sam parecia um bom sujeito, de certo modo era até atraente, mas tinha aquele jeito lerdo, cauteloso e conservador de caipira. Ele e o xerife faziam um bom par. Não se arrisque – era o lema deles.”

Pra piorar ainda mais a situação, um investigador particular, contratado pela empresa que sofreu o desfalque – Arbogast – entra na busca por Mary e acaba se deparando com o Motel atrás de pistase paga caro por isso. Com o desaparecimento da irmã, a falta de notícias de Arbogast, a inércia do xerife e do noivo Sam, Lila decide ir ela mesma ao Motel para tentar descobrir alguma coisa. Sua impulsividade vai colocá-la frente a frente com Norman Bates e isso não vai dar em coisa boa.

E é isso, um enredo simples, mas de profundidade oceânica, devido à doença e os segredos que espreitam a família Bates. Todos os que passam pelo Bates Motel desaparecem. A relação entre mãe e filho vai se tornando dramática e em poucas páginas caçador se torna caça. E o glacê do bolo vem durante a leitura – escrita que beira a um roteiro, sem excessos, tudo o que está escrito está em seu devido lugar (Bloch leva ao pé da letra a 1ª lei de todo escritor – corte o que for desnecessário).

Para quem já conhece o final por ter assistido ao filme, curtirá cada virada de página e cada pensamento de Norman. Para quem não sabe como termina, irá apreciar ainda mais a objetividade sem firulas que fez de Bloch um escritor premiado e procurado pelo grande cast hollywoodiano.

Imperdível é pouco para este grande clássico, que tem tradução impecável de Anabela Paiva e edição caprichadíssima (tanto em brochura quanto em capa dura) da Darkside Books! Deixo pra vocês a imagem icônica da cena que demorou uma semana para ser gravada em sua totalidade (com a inesquecível música-tema de Bernanrd Herrmann ao fundo por conta de vocês).

Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!

43 comentários em "Psicose [Robert Bloch]"

  1. Oi Rodolfo, tudo bem?
    Você dissecou o livro e me deixou completamente envolvida. Enquanto lia sua resenha fui tendo flashes do filme que assistir há muitos anos atrás. Não sei se vou ler o livro, mas realmente essa é uma história eletrizante.
    Abraço.
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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    1. cara Lia, também fui revivendo a cada página tudo o que o filme me causou. não me arrependi e sei que você também não irá. dê uma chance a bloch, ele é muito bom. obrigado pelo comentário.

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  2. Olá Rodolfo!!
    Mais uma resenha supimpa hein!
    Eu li Psicose no começo desse ano e me encante com o livro mesmo sabendo o final.Sim..por que eu dando bobeira na web acabei entrando em um site que falava sobre o filme.E apesar de saber a surpresa não deixei de apreciar a leitura desse livro fantástico.Como você disse é um livro onde só tem o necessário sem embromações.E apesar de ser um filme clássico e muito comentado,só fui assistir depois que li o livro.E mesmo achando que Anthony Perkins arrasou no papel de Norman Bates eu não consegui enxergar ali o Norman do livro.Pelo fato de que como acontece na maioria dos filmes baseados em livros:as características físicas do Norman do livro não tem nada a ver com o Norman do filme.O Norman do livro é meio careca,gordinho,ou seja nada a ver com o ator que o imortalizou nas telas.Acho que por isso( por ter assistido assim que terminei o livro) não consegui juntar os dois Normans na minha imaginação.Mas voltando ao assunto principal o livro é tudo de bom.Pra quem gosta desse tipo de livro é um prato cheio.
    Grande abraço amigão!!

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    1. caro João, então você curtiu o livro de forma inversa à minha. tanto faz não é mesmo? o sabor não se altera, bloch é indiscutivelmente competente naquilo que se propôs a fazer - nos encher de borboletas na barriga, rs. obrigado amigão!

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  3. Rodolfo!
    Detalhes pormenorizados em sua resenha faz com que fiquemos curiosos pela leitura.
    Claro que o filme e a série tem uma dramaticidade maior, até porque tudo cinematográfico nos reporta a emoção, mas o melhor que acho no livro é o desvio psicológico, não tem como não ficar atraída pela origem dos problemas do Norman e a relação com a mãe.
    Totalmente fascinante!!
    “Das coisas que a sabedoria proporciona para tornar a vida inteiramente feliz, a maior de todas é uma amizade”.(Epicuro)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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    1. rudy querida, os veículos são diferentes e você como leitora voraz sabe que a diferença é abissal. quando lemos acabamos fazendo parte, dando sentido e direção, coisa que nos é tirada quando vista pelas mãos de um diretor (é a forma que ele vê, que ele entende cada personagem). por isso gosto mais da leitura, apesar de não abrir mão de um bom filme. se consegui te deixar curiosa então valeu. obrigaduuuuu.

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  4. Olá!
    Tenho o livro, mas ainda não li. A capa é linda! Assisti o filme já faz bastante tempo e pretendo rever. Adoro esse gênero! E estou com grande expectativa na leitura.
    Sua resenha está muito bem elaborada. Obrigada. Abraços.

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    1. cara Márcia, você tem o livro dormindo em sua estante. acorde o danado e comece a leitura, você não irá parar até chegar ao fim. obrigado querida!

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  5. Olá Rodolfo
    Nunca pensei em ler este livro, mas ao finalizar sua resenha já tenho certeza que quero. Já vi o filme há muitos anos, tenho uma noção do final, mas não lembro de quase nada. Belíssima resenha de um livro imperdível.
    abraços
    Gisela

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    1. querida Gi, ao contrário de ti sempre tive uma curiosidade enorme por este livro de Bloch e pelos desdobramentos da obra na telona. todo sucesso causa isso na gente, uma vontade de entender o que os faz serem o que são. obrigado pelo comentário!

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  6. oi rodolfo, então acho que não serei internado não, rs. Já ouvi falar sim, contudo não vi, será que serei internado agora? rsrsrsrsrs. Livros de relacoes familiares são meu forte, voce sabe disso, já que encontrarei um relacao que foge longe da "casinha" necessito do livro pra ontem. Já venho querendo ele por conta da divulgacao enorme que os booktubers fazem sobre, entretanto não tive a oportunidade de concretizar o desejo. Logo o farei...
    Resenha muito bem feita amigao,tenho certeza que é uma grata leitura que apreciarei muito. Valeu pela dica!

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    1. caro Douglas, você será salvo sim, nada de internação pra ti, rs. a divulgação não é à toa, é fruto de um sucesso perene, que ultrapassou o livro. você lerá rapidinho, porque sei que vai acabar lendo, então poderemos prosear bastante a respeito dos problemas que envolvem os bates. obrigado pelo carinho amigão.

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  7. Oii Rodolfo! Morro d vontade de ler o livro, já tentei ver o filme mas não vaiiii...Talvez pq eu esperava mais, sei lá...Gosto do gênero, mas o filme, não colou...Espero conseguir ler em breve o livro...
    Bjs

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    1. cara Aline, isso é estranho, afinal de contas Hitchcock é um mestre na arte de criar tensão. talvez o que Hitchcock não conseguiu fazer Bloch fará, porque ele sabe como conduzir o leitor. leia e depois me conte. obrigaduuuuu.

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  8. Oieeeeeeeee;..
    Nunca li o livro ;(
    But, já assisti o filme e eu amo.
    Essa resenha ficou maravilhosa. Fiquei realmente com vontade de ler. Eu adoro livros com esse tema mais puxado para sombrio! Quero logo comprar.
    Vamos ver se realmente é bom, já que todos falam bem!
    Bjãooooooooo.

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    1. cara Rita, já está no caminho então, o filme é realmente pura tensão, Hitchcock manda muuuuito. fico feliz por ter despertado esta vontade sua de ler Bloch, que é um cara competente. compre sim e volte pra gente conversar mais a respeito. bjos.

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  9. Boa tarde Rodolfo.

    Lendo sua resenha com detalhes pontuais acaba despertando grande curiosidade em nós leitores do blog. Fiquei tão empolgado com essa história que nem sei por onde começar, se pelo livro ou pelo filme (mas como tenho preferência por livros, irei atrás de um exemplar).

    Ah!! Mais uma excelente resenha, continue nos prendendo no "mundo dos livros".

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    1. caro Bujão, obrigado por estar por aqui nos prestigiando. espero que goste do livro como eu gostei, não dá pra largar. seu comentário nos deixa muito feliz!

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  10. Oi, tudo bom?
    Curti a resenha, já ouvi falar do filme, mas ainda não assisti, mas pelo visto é bem interessante, não curto muito o gênero, mas creio que as vezes vale a pena mudar um pouco.
    Beijos *-*

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    1. cara Camila, creio que o bom de uma leitura diferente do que gostamos ou estamos acostumados nos tira da zona de conforto. é sempre bom experimentar novas emoções. obrigado pelo comentário!

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  11. Oieee!!! Amei a resenha!
    Eu sou apaixonada por este livro ♥ Muito mesmo!!
    A resenha está espetacular!!! Adorei!

    Bjksssss

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    1. Lelê querida, ótimo tê-la por aqui, obrigado pelas palavras carinhosas. bjos.

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  12. Caro R.K., que resenha, meu amigo! Vou te contar uma coisinha: eu gosto de um suspense assim, que é criado a partir de uma situação psicológica conflituosa, e aqui a coisa evolui para o psiquiátrico. Sentirei medo, mas desse naipe eu gosto de enfrentar. É suspense real, possível, e Deus nos livre de encontrar um Norman Bates por aí.
    Vi o filme há muito tempo, nem lembro mais de nada além da cena no banheiro, nada do enredo, então quero me atirar à leitura e ficar chocada, surpresa e apavorada.
    Percebo um tom jornalístico nessa resenha, parece que leio uma análise dessas de revista (revista boa, conceituada), convidativa, inteligente, o leitor que se interessa pela leitura já começa a apreciá-la a partir de sua resenha. Vc dá um ótimo escritor de orelhas de livros, por exemplo, introduz bem um leitor ao que o espera. Isso se não for o próprio autor do livro, ofício para qual vc tb tem talento. Já pensou nisso?
    Dessa vez pode ter a certeza de que quero ler a sua indicação, temos gostos distintos, mas aqui encontramos algo em comum, uma leitura que poderemos discutir e fazer render depois.
    A-d-o-r-e-i!!!!

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    1. Aaaah, a propósito: vc leu Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose? Será que dá liga com este? :)

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    2. cara Manuh, o terror psicológico muitas vezes é pior do que o horror fictício e cheio de sangue. é que justamente o que você falou: a possibilidade de nosso vizinho ser um Norman Bates, isso sim causa medo. se você não lembra do final, então curtirá ainda mais a leitura saborosa do livro de Bloch.
      ahhhh querida, doces palavras as suas. vindas de alguém que escreve com o coração como você, deixam-me orgulhoso e envaidecido. acho até que não temos gostos assim tão distintos (gosto de livros de horror, mas privilegio o que lhe é muito caro - os pensamentos, a psicologia que envolve a personagem, suas motivações), apenas os gêneros nos afastam, rs.
      se ler este livro volte pra gente prosear muito mais, porque assim como "frankenstein", este livro merece discussões acaloradas.
      não li os bastidores não, tenho dificuldades com livros assim, fico querendo a fonte. se leu, conte pra gente.
      obrigado por mais uma vez estar presente em minhas resenhas, é sempre bom beber um pouco de suas palavras. brigaduuuuuuu

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    3. Não li não.
      Vc tem razão, os gêneros é que são distintos. O interesse pelo psicológico é o ponto em comum.
      :-)

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  13. Oi, Rodolfo!
    Acredita que eu conheci a história quando li que estava passando em um cinema gratuito aqui na minha cidade e resolvi ver? Tinha gostado da sinopse e não fazia ideia de que era um clássico! Amei o filme de cara, e desde então já assisti as outras versões e morro de vontade de ler o livro. Meu personagem preferido do filme é o Arbogast, por incrível que pareça. Gostei também de que tenha mostrado um pouco antes da Marion já pegando o dinheiro, é algo que no filme desconhecemos.

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    1. cara Luciana, no filme o grande Hitchcock privilegia a tensão, as tomadas lentas da câmera que nos deixa sem fôlego. o livro tem uma pegada parecida, mas detalha um pouco mais as personagens. se você gostou do filme, fatalmente gostará do livro, mesmo sabendo o seu final. obrigado pelo comentário!

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  14. Oi,Rodolfo ^^
    Quando peguei psicose não pensei que ia adorar tanto,bom ver na resenha que essa obra te conquistou também!
    Gostei do "profundidade oceânica" rs,é exatamente isso,parece um enredo simples,mas faz você sentir os personagens de uma maneira envolvente.
    Preciso da edição em capa dura *.*

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    1. cara Helen, então estamos no mesmo barco. gostei do filme (clássico), amei o livro, edição primorosa. tb estou de olho no capa dura, mas a capa deste é emblemática. o enredo não tem nada de simples, mas a narrativa nos faz pensar assim, porque ela é gostosa de se levar, né?
      obrigado pelo comentário querida.

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  15. Olá, Luiz!
    O aspecto enxuto dessa obra é, justamente, aquilo que faz dela fascinante. O inconsciente é um território de sombras, e só conseguimos ver os reflexos das verdades que o mesmo carrega. O resto fica para os pesquisadores e para leitores de imaginação fértil que tiveram suas mentes regadas pelo enredo cru de Bloch e pela tensa relação entre Bates e sua mãe.
    A resenha não poderia ter sido mais fiel!
    Abração!

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    1. caro Igor, quando me deparo com comentários iguais aos seus fico tremendamente feliz. você conseguiu destrinchar com facilidade o que Bloch quer transmitir através da relação mãe e filho da família Bates. muitas palmas pra ti e obrigado pelo comentário maduro estimulante.

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  16. Ola Rodolfo! Adorei sua resenha! Não vi o filme por medo rs mas sua resenha me fez se interessar pela historia cheia de conflitos psicologicos e suspense, fiquei curiosa para saber o final dessa historia e vou me arriscar nesse livro sim e quem sabe depois consigo ver o filme ne? Você sabe como atiçar a curiosidade do leitor....obrigada pela dica.. adoreiiiiiiiiiiii!

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    1. cara Sophia, este friozinho na barriga que sentimos em filmes como "psicose" é próprio dos filmes carregados de tensão do mestre hitchcock. agora, o livro tem este potencial, com a diferença de que a gente não conseguir largá-lo de forma alguma até sabermos o final. leia e depois parta para o filme para observar as soluções encontradas por hitchcock. obrigado pelas palavras cativantes!

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Oi Rodolfo.
    Normalmente não curto livros que brincam com meu psicológico não, acabo na maioria das vezes não gostando da história, mas enfim eu adorei a Premissa desse livro, a coisa toda envolvendo o desaparecimento da Mary me cativou, mas enfim irei ler com certeza.
    Boa Tarde.

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    1. cara Marlene, na verdade este livro não nos bagunça o psicológico de forma alguma, talvez o psicológico das personagens é que não estejam em seu devido lugar, rs. se o desaparecimento de Mary te deixou curiosa, então este livro é a sua cara, corra pra ler, não irá se arrepender. obrigado pelo comentário!

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  18. Noooooooossa. Eu era uma criança quando assisti esse filme na tv em preto e branco. Lembro-me que gostei muito e fiquei impressionada (puder, eu era quase um bebe!) rsrs
    Confesso que não me lembro mais dos detalhes, é fato que pra relembrar vou preferir faze-lo no formato literário. Conforme fui lendo sua resenha, fui mergulhando nos devaneios de Norman Bates, como fiz milênios atrás. kkk
    Amei a resenha!
    Bjocas
    ni
    Cia do Leitor

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    1. Cara Nizete, este filme foi rodado todo em preto e branco, porque Hitchcock achava que ficaria muito pesado (por causa do sangue). E cá entre nós, a fotografia ficou maravilhosa. É bom que você não se lembre dos detalhes, assim poderá curtir e reviver passagens carregadas de tensão. Bora ler o livro querida. Obrigaduuuuuu!

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  19. Oi!
    Já tinha ouvindo falar muito de Psicose, principalmente pelo filme, mas ainda não conhecia a historia e achei bem legal essa curiosidade sobre o livro, e lendo a resenha a historia e bem diferente do que imaginava, mas achei interessante, e fiquei curiosa para ler, com certeza por acompanhamos os pensamentos do personagem parece ser uma historia bem intensa e muito assustadora !!

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    1. cara Suzana, a curiosidade é a alma do negócio para Hitchcock, além da tensão em seus filmes, é claro. Bloch sabe como trabalhar os dois elementos de forma equilibrada em seu livro. corra pra ler!

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  20. Eu ainda não tive o prazer de ler este livro, no entanto já assisti ao filme. Ao ler sua resenha as cenas do filme foram aparecendo em minha cabeça. Essa história é muito boa, hoje em dia pode até parecer meio clichê, mas temos que ter em mente que essa foi a pioneira. Amei sua resenha, excelente dica.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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    1. cara Mayla, não se furte deste prazer, este livro faz a gente viajar ao passado (bom... no meu caso foi, porque assisti ao filme há tempos). obrigado pelas palavras carinhosas!

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