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3.11.16

A Guerra dos Mundos [H.G.Wells]

H.G.Wells
Ed. Suma de Letras, 2016 - 312 páginas:
      Eles vieram do espaço. Eles vieram de Marte. Com tripés biomecânicos gigantes, querem conquistar a Terra e manter os humanos como escravos. Nenhuma tecnologia terrestre parece ser capaz de conter a expansão do terror pelo planeta. É o começo da guerra mais importante da história. Como a humanidade poderá resistir à investida de um potencial bélico tão superior? Publicado pela primeira vez em 1898, A guerra dos mundos aterrorizou e divertiu muitas gerações de leitores. Esta edição especial contém as ilustrações originais criadas em 1906 por Henrique Alvim Corrêa, brasileiro radicado na Bélgica. Conta também com um prefácio escrito por Braulio Tavares, uma introdução de Brian Aldiss, membro da H. G. Wells Society, e uma entrevista com H. G. Wells e o famoso cineasta Orson Welles — responsável pelo sucesso radiofônico de A guerra dos mundos em 1938 —, que fazem desta a edição definitiva para fãs de Wells.

Onde comprar:

Encontrando forças para sobreviver em uma guerra perdida

Quando me deparo com um clássico fico salivando. É verdade, aquela vontade enorme de ler, de saber o por que de tanto sucesso. Não foi diferente com A guerra dos mundos (Suma de Letras, 312 páginas). Eu não era totalmente virgem com relação à escrita de H.G. Wells, já havia lido “A ilha do dr.Moreau”, que amei de paixão e também “Os dias do cometa”, que gostei um pouco menos.

Tinha em mente apenas a história cantada e decantada da novelização radiofônica deste livro na década de 40 por ninguém menos do que Orson Welles (sim, o mesmo de “Cidadão Kane”), que causou alvoroço nos ouvintes, a ponto de acreditarem estar realmente sendo invadidos por alienígenas. Que loucura!

Então aguardei a chegada do livro e confesso que o mesmo chegou chegando. Uma edição maravilhosa com capa aveludada/emborrachada (não sei ao certo como dizer, só sei que está virando febre entre as editoras), alto-relevo, prefácio de Braulio Tavares, um mestre da ficção científica, introdução de Brian Aldiss, que dá uma aula de como funcionavam as coisas na época em que o livro foi escrito, final do século XIX, e ainda uma entrevista com Wells e Welles, criador e roteirista, juntos.

Aldiss de cara nos brinda com informações sobre a utilização do microscópio pelo holandês Antonie von Leeuwenhoek, em meados do século XVII. Pesquisando um pouco mais descobri seu entusiasmo por tal descoberta: “Não há prazer maior, quando meu olhar encontra milhares de criaturas vivas em apenas uma gota de água.”

Claro está que, estudando posteriormente tal descoberta, Wells havia internalizado tal estudo e assim se inicia o livro:

“Ninguém teria acreditado, nos últimos anos do século XIX, que este mundo era atenta e minuciosamente observado por inteligências superiores à do homem e, no entanto, igualmente mortais; que, enquanto os homens se ocupavam de seus vários interesses, eram examinados e estudados, talvez com o mesmo zelo com que alguém munido de um microscópio examina as efêmeras criaturas que fervilham e se multiplicam numa gota d’água... No entanto, através do abismo do espaço, mentes que em relação à nossa são como a nossa em relação às dos animais que perecem, intelectos vastos, frios e insensíveis, lançavam sobre este planeta olhares invejosos e, lenta e inexoravelmente, traçavam planos contra nós...”

Por si só isso já me deixaria ligado, mas junta-se a este trecho um outro sobre uma possível extinção da humanidade, comparando os seres humanos a dodôs, animais extintos que não temiam o homem e pronto, já não consigo largar a leitura:

“Da mesma forma, algum respeitável dodô nas Ilhas Maurício deve ter se gabado em seu ninho, discutindo a chegada de um navio cheio de marinheiros implacáveis em busca de alimento animal. ‘Amanhã vamos bicá-los até a morte, querida.’”

Wells não era nenhum cientista, como Asimov ou Clarke, era um escritor, leitor voraz, enfim, um curioso. Apesar disso tinha sacadas geniais e uma imaginação pra lá de abundante. Confirme pela descrição do primeiro contato do narrador (livro é em primeira pessoa) com um marciano:

“Quem nunca viu um marciano vivo não pode imaginar a estranheza e o horror de sua aparência. A singular boca em forma de V com o lábio superior pontudo, a ausência de sobrancelhas, a falta de queixo sob o lábio inferior em forma de cunha, o incessante frêmito da boca, o monstruoso grupo de tentáculos, como os de uma górgone... acima de tudo, a extraordinária intensidade dos olhos imensos... Mesmo nesse primeiro encontro, nesse primeiro olhar, o nojo e o pavor me dominaram.”

É pra apavorar mesmo. O começo do fim. Impossível não pensar em como seria a cena.

“— Eles estão vindo! — uma mulher gritou, e no mesmo instante todos deram meia-volta, empurrando quem estava atrás... Fugiram tão cegamente como um bando de ovelhas. Onde a pista se torna mais estreita e escura entre as margens altas do rio, houve um congestionamento e uma luta desesperada. Nem todos escaparam: no mínimo três pessoas, duas mulheres e um menino, foram esmagados e pisoteados e morreram em meio ao terror e à escuridão.”

Tudo isso acontecendo rapidamente. Os alienígenas chegando em cilindros inofensivos e de repente tomando conta do mundo:

“... No centro, cravado na pele de nosso velho planeta Terra como um dardo envenenado, estava o cilindro. Mas o veneno ainda mal começara a agir... Para além havia uma orla de inquietação, e além dessa orla a conflagração ainda não chegara. No resto do mundo o rio da vida ainda corria, como desde tempos imemoriais. A febre da guerra, que em breve obstruiria veias e artérias, que debilitaria nervos e destruiria mentes, ainda estava em desenvolvimento.”

São frases fortes, cheias de um sentimento que ia tomando conta de minha leitura. Eu me pegava pensando/filosofando – quando (e se) a sociedade deixar de existir como tal, sem controle, sem lei, o que nos tornaremos? Animais de estimação em busca da sobrevivência? Criaturas para o abate a fim de servir de alimento para uma raça superior?Nossa ciência, a religião e a fé dariam conta de nos proteger de todo o mal? Ou isso nos abriria os olhos para nossa humilde condição de carência?

“— Seja homem! — disse eu. — Está enlouquecendo de medo! De que adianta a religião se ela desmorona diante da calamidade? Pense no que terremotos e enchentes, guerras e vulcões já fizeram antes à humanidade! Achou que Deus havia isentado Weybridge? Ele não é um corretor de seguros, homem.”

Este livro foi escrito em 1898, portanto o desejo de voar era satisfeito apenas com balões e imagino que o risco seria considerável (o 14-Bis seria concluído apenas em 1906). O que dizer então do homem da época ao se deparar com um aparelho voador construído por marcianos:

“— Voar!
— Sim, voar — ele disse.
Fui até um pequeno caramanchão e me sentei.
— É o fim da humanidade — disse eu. —Se conseguem fazer isso, vão dominar o mundo inteiro.”

Ironicamente, o destino quis que tal veículo fosse utilizado na Primeira Grande Guerra, mas isso é uma outra história e já sabemos o desfecho.

Depois do choque inicial da invasão é gratificante observar que o ser humano não se deixa abater por completo. Todo homem precisa de um propósito para viver e o narrador encontra o seu, mas paro por aqui para não dar spoiler.

Algumas coisas me incomodaram na leitura, porque eu sabia que os invasores não poderiam ser derrotados, eram mais fortes, mais inteligentes. A seleção natural se encarregaria de colocá-los no topo da cadeia alimentar. Ainda assim ficava matutando – poderia nosso planeta ser tão inóspito para a estrutura de uma raça alienígena? (não assisti ao filme então não sei como se deu a batalha para Tom Cruise, rs).

Ao final do livro fiquei pensando na fragilidade/fugacidade de nossa vida. Se algo vindo do espaço (grande e monstruoso) se chocasse com a Terra, seria nosso fim. Assim como chegamos, seríamos exterminados. Simples e fácil assim, ninguém choraria por nós. Nestes casos encontro conforto na espiritualidade (ou seria ela apenas muleta para minha ignorância?). Somos seres carentes em busca de explicações que nos acalme a alma (partindo do princípio que exista uma “alma”).

Por tudo isso, A guerra dos mundos se tornou um clássico – sua atemporalidade aos questionamentos de todo ser humano em relação à vida. Não há como não ler um livro assim.

 Cortesia da Editora Companhia das Letras
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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22 comentários em "A Guerra dos Mundos [H.G.Wells]"

  1. Oi.
    Gostei bastante da premissa do livro, mas infelizmente esse não faz muito meu gênero literário, gostei que o autor passa várias mensagens diferentes durante o livro, mas no momento nesse não é o livro para mim.
    Boa tarde.

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  2. Oláááááá!
    Nunca tinha ouvido falar dele!
    Ameii a sinopse dele, amo livros com guerra.
    Acho bem trabalhadas.
    Vou dá uma olhada nele.
    ótima resenha!!!
    Bjãoooo.

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  3. Ai Rodolfo!
    Como sua paixão transparece em suas resenhas.
    O autor é um precursor no assunto e como sou fascinada por Sify, já assisti o filme, mas ainda não tive oportunidade de ler o livro, ando maluquinha.
    “A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem.” (Immanuel Kant)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de NOVEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  4. Eu assisti apenas ao remake estrelado por Tom Cruise, mas mesmo fugindo do enredo principal do livro, eu gostei, e quando descobri que era a adaptação de um livro fiquei bem interessada em conferir. Gostei muito da sua resenha, e concordo com tudo, eu sempre comento com as pessoas sobre a inferioridade da espécie humana, sobre como somos frágeis, mas nos achamos superiores a tudo. Adorei seus argumentos sobre a obra, me deixou com ainda mais vontade de conferir.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  5. Depois que assisti o filme com a incrível atuação de tom Cruise eu simplesmente adorei! (Claro que eles tiveram que roteirizar para os dias atuais) Nem por isso perdeu seu encanto, foi um filme tenso e intenso. Dai, vi na internet anos depois o lançamento desta obra magnifica. Pensei: Se o filme foi arrasador, imagina o livro!!
    Desejo muito t~e-lo e lê-lo, mas esta tão carinho... Aguardando alguma promoção no Black Friday. ^^

    Ô homem bom de resenha Sô! Adorei saber de mais detalhes a respeito de um livro escrito há tanto tempo, mas com a mesma magia de todas as épocas.
    Bjocas
    Ni
    Cia do Leitor

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  6. Ah, Rodolfo, essas edições cada vez mais lindas, capas emborrachadas, tb fiquei acariciando uns livros caprichados assim, dá gosto ter nas mãos e na estante!
    Vi o filme com o Tom Cruise, apesar de não gostar muito do gênero, mas a premissa é muito legal. A humanidade vem sendo atormentada por essa possibilidade há quanto tempo mesmo, hein? Não pude deixar de lembrar do livro Eram os deuses astrnautas?, do Daniken, porque meu marido tem paixão pelo tema ufologia, alienígenas, vida em outros planetas. E por que estaríamos sozinhos aqui, não é?
    Tenho minhas ideias a respeito, mas não costumo pensar nisso. O ser humano já dá muito trabalho, rs.
    Imagino que a leitura tenha sido bem interessante, mas percebi as 3 estrelas e acho que para um leitor de tantas ficções incríveis e modernas, o livro pode ir soando obsoleto, como (alguns) velhos filmes vão ficando depois das tecnologias aprimoradas. Aqui cabe uma ressalva para esses exageros do cinema atual, mas em outra oportunidade falaremos nisso. Seria por isso o seu contentamento parcial?
    Um clássico é sempre um convite, tb gosto muito e tenho curiosidade sempre que pego um, vamos dar os descontos devidos pela época em que foram escritos e a distância do nosso tempo. O importante é que a essência provoque essas indagações que fizeram vc parar a leitura, imagino que após a última página os ecos permaneceram por algum tempo ainda.
    Adoro suas resenhas, repito. E ainda mais especialmente por não enveredar pelo gênero que vc prefere, me sinto inserida nas histórias que vc tão bem vem recontar aqui, posso até arriscar falar sobre alguma delas numa roda de leitura, hahaha, tantos elementos que vc deixa comigo.
    Parabéns. Bjão.

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  7. Olá Rodolfo! Belissima resenha, de encher os olhos rs! Achei essa capa linda, maravilhoso o acabamento, um livro assim da vontade de ler nao é mesmo? Em se tratando de um clássico imagino que marcou gerações e foi referência para tudo que veio depois. Concordo com o que você disse no final da resenha que esse livro mexe com a gente, faz a gente imaginar como seria se seres de outros lugares chegassem aqui...nos faz perceber a fragilidade da vida, nos deixa bem reflexivos. Parabens! Um grande abraço!

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  8. Oii Rodolfo!
    Adorei a resenha, tenho mta vontade de ler essa obra, o filme eu já vi, é perfeito na minha opinião...
    Bjs

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  9. Nossa, você separou bastante quotes, hein? Gostei bastante de todos, e durante a sua resenha, fiquei bem curiosa pra saber porque a sua nota foi tão baixa. Não vi o filme e iquei sabendo do livro apenas a pouco tempo. Acho que o que mais me atraiu nesse livro foi o fato de ficar refletindo nas frases, amo quando leio algo e isso me toca de uma forma que não dá pra fugir. Adorei a resenha.
    Um abraço!

    http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/

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  10. Olá, Rodolfo...
    Apesar de ter adorado sua resenha, saber que é um clássico e ter assistido à adaptação, esses livros com seres que vêm do espaço para tentarem dominar o planeta Terra não chamam muito minha atenção não. A primeira vez que ouvi falar desse livro foi no início dos anos 90 em um episódio do Mundo da Lua (não sei se você se lembra). Quem sabe um dia dê uma chance a essa leitura.
    Abraços...

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  11. Olá Rodolfo!
    Esse livro está na minha lista faz tempo amigão.
    Já vi muitos comentários sobre ele,mas também não vi o filme.
    E conheço um pouco mais sobre esse livro por ter lido um gibi em que o Mickey Mouse é o protagonista de uma paródia desse livro.Foi meu contato mais amplo com essa história e se os autores da HQ foram fiéis ao livro eu sei como termina ehhehe.Mas isso não tira minha curiosidade de ler esse clássico,ainda mais agora depois de ter lido a sua resenha.
    Grande abraço!

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  12. Olá,Rodolfo
    Gostei da resenha,vários pontos para refletir,ótima contextualização,já a sinopse do livro em si não fez tanto meu estilo.
    Lembro de ter visto o filme,mas só me recordo de alguns pedaços.. :P

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  13. Do autor só li O homem invisível,mas gostei muito da escrita dele e pretendo ler outros livros. Apesar de ficção científica não ser um dos meus gêneros preferidos,o autor sabe como prender o leitor. A ideia desse livro, de a humanidade estar sendo observada por outras vidas em outros planetas é mesmo atual e se compara a busca por vida fora da Terra. E concordo com a sua reflexão sobre a fragilidade do homem. Bela resenha! :)

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  14. Olá, Rodolfo.
    O livro chama atenção, primeiramente, pela edição. Fiquei encantado com a edição dessa obra e ela foi parar na minha estante. Durante a leitura, fiquei encantado com as sacadas do autor. Como você bem disse, mesmo ele não sendo cientista, ele tinha umas ideias bem inteligente.
    Em questão de narração, não é um livro que me prendeu tanto. Contudo, se formos levar em consideração a época em que foi escrito, merece um destaque enorme.
    Excelente resenha, como sempre.

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  15. Conheço o autor por nome, mas nunca li nenhuma obra dele. Sobre A Guerra dos Mundos, já assisti o filme, muitas e muitas vezes quando eu era criança. E adorava. Eu imagino que o livro não seja tão parecido, pois as adaptações para o cinema raramente são iguais ao original. Enfim, quero muito ler esse livro, tenho certeza que a história é interessante, e sua resenha me deixou ainda mais curiosa do que eu já estava.

    Abraços :)

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  16. Oi, tudo bom?
    Gostei da resenha e da dica, pretendo dar uma chance ao livro, alguns professores citaram o livro, por causa da repercussão que teve ao ser lido um trecho na rádio, não tenho o costume de ler clássicos, mas as vezes é bom, e realmente fico pensando se algo monstruoso viesse do espaço o que aconteceria.
    Beijos *-*

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  17. Uau! Que resenha estupenda Rodolfo, parabéns!
    Faz tempo que quero ler esse livro, assisti ao filme e gostei muito, e na época não sabia que era uma adaptação de um livro. Por ser um clássico acredito que a leitura seja um pouco difícil e até arrisco em dizer que um pouco cansativa em alguns momentos, ainda mais com um enredo desses, mas mesmo assim é uma leitura e tanto, por todos esses questionamentos e reflexões geradas na história. Essa edição é belíssima, com certeza vou querer na minha estante.
    Beijos

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  18. Hello my dear!
    Gostei muito da sua resenha, e concordo com tudo, eu sempre comento com as pessoas sobre a inferioridade da espécie humana, sobre como somos frágeis, mas nos achamos superiores a tudo.
    Adorei seus argumentos sobre a obra, me deixou com ainda mais vontade de conferir.

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  19. Oi!!
    Gostei bastante da sua resenha e fiquei com aquele gostinho de quero mais!! Assisti o filme e gostei muito espero que isso também ocorra com o livro quando o ler.
    Beijoss

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  20. Tinha visto esse livro muito tempo atras na biblioteca da cidade, com uma capa bem velha por sinal. Na epoca eu era um ignorante e não sabia de nada disso, quanto mais o autor. hoje reconheco seu potencial e quero muito ler essa obra. Esta na minha lsita já e espero apreciar tanto quanto vocÊ!

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  21. A edição do livro esta maravilhosa, as editora realmente caprichou. Não é o gênero de livro que leio normalmente, mas um clássico sempre tem seu atrativo. Assisti ao filme e gostei. Fiquei curiosa para conferir o livro.

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  22. Oi!
    Ainda não li nada do H.G. Wells, mas depois dessa resenha fiquei muito curiosa para pegar algo do autor para ler, gostei muito desse livro, a premissa dele logo me chamou atenção e lendo a resenha fiquei ainda mais interessada, estou curiosa sobre essa edição parece que a editora caprichou mesmo !!

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