Nós Dois [Andy Jones]

Ed. Suma de Letras, 2016 - 288 páginas:

      Durante dezenove dias, Fisher e Ivy vivem uma relação idílica e são praticamente inseparáveis. É claro que os dois sabem que estão destinados a ficar juntos para sempre, e o fato de se conhecerem tão pouco é apenas um detalhe. Nos doze meses seguintes, período em que suas vidas mudam radicalmente, Fisher e Ivy percebem que se apaixonar é uma coisa, mas manter uma relação é algo completamente diferente. “Nós dois” é um romance honesto e emocionante sobre a vida, o amor e a importância de dar valor a ambos.

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Solicitei o livro "Nós Dois" por aparentar ser um livro que faria o leitor se perguntar sobre muitas coisas. Primeiramente livros assim mexem muito comigo, e gosto de pensar sobre assuntos da vida e do cotidiano quando eles são carregados de reflexões. Estava certo sobre tudo isso, então conheçam hoje minha opinião do maravilhoso Nós Dois do inglês Andy Jones.

Fischer e Ivy se conheceram a pouco tempo, e desde então a atração dos dois corpos foi de imediato, passando duas semanas inteiras se amando. Ele trabalha como produtor de comerciais enquanto Ivy trabalha como maquiadora. Ambos sabem que o amor envolve os dois, bem mais do que a atração sexual, então Fischer leva Ivy para conhecer seu pai e irmãos, e meio relutante Ivy acaba indo. Depois da frustração familiar de se conhecerem pessoalmente, Ivy passa a agir de forma estranha, o que preocupa nosso protagonista. Ficam um tempo brigados, quando o motivo vem à tona. Ivy está grávida. A partir daí nos envolvemos numa estória mais dramática e ao mesmo tempo divertida.

Dramática no sentido de mergulharmos na vida do casal e de como a notícia de ser pai e mãe assusta instantaneamente, de como as coisas futuras se desenvolverão, e a responsabilidade que nascerá junto com a criança. O medo dos próximos anos se tornam evidentes, assim como aflições por parte do casal, o que evidencia ainda mais a angústia passada pelo o que é descrito ao leito. E alegre quando se trata de que em meio a isso tudo ainda há uma certa ironia por Fishcer que brinca com situações, e acontecimentos engraçados que vão ocorrendo em seu dia a dia. Isso tornou a leitura equilibrada e muita boa de se ler.

A premissa simples acaba não entregando muito ao que encontraremos nas páginas, entretanto foi até melhor em se tratando de que nos surpreendemos com diversas coisas e rimos bastante. Os personagens que Andy criou foram maravilhosamente bem construídos, por que sentimos o desespero, o nervosismo, o amor sempre presente assim como a essência de cada um, que foi elucidado no decorrer da leitura e nos apegamos muito a eles.

Não só este livro é sobre pais de primeira viagem, mas também sobre como a vida é. São assuntos comuns que são apresentados de forma a divertir levando ensinamentos para uma vida toda. Em outro núcleo da trama conhecemos o amigo de Fischer, o El, que sofre de uma doença chamada Mal de Huntington. Esse núcleo enfatizou mais ainda que está estória poderia ser real. Gostei muito desse tema ser abordado. Minha única ressalva era que o autor poderia ter dado um destaque maior ao El.

Temos diversas surpresas ao longo do livro, uma delas bem agradável e ficamos torcendo pelos personagens, e que tudo dê certo. O autor soube administrar perfeitamente bem sem se perder, e nos proporcionou um final muito envolvente e tocante. Gostei muito como acabou. Indico fortemente o livro. Você irá se divertir e se apaixonar pelo o enredo.

Cortesia do Grupo Companhia das Letras

Douglas Brandão

Geminiano, formado em Magistério e futuro professor de História. Mora na Bahia e louco por livros. Um pouco ciumento e orgulho. Fanático por Harry Potter e chegou a receber o apelido de "Vírgula" por sempre dar uma opinião ou comentário, porque sempre usa "Entretanto", "Contudo" e "Todavia" por ser sempre "Do Contra". Sincero ao extremo e venho para compartilhar meu gosto de leitura com vocês.

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