Ed. Companhia das Letras, 2012 - 424 páginas |
No quarto e tão aguardado romance de Daniel Galera, um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. O protagonista (cujo nome não conhecemos) se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, ele empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores.
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Do forno onde se gestam lendas
Ao finalizarmos a leitura de um livro como Barba ensopada de sangue (Companhia das Letras, 424 páginas) é inevitável julgarmos o quanto uma leitura pode nos atingir emocional e psicologicamente. Aquele pensar residual que permanece como quando olhamos inadvertidamente para o sol e ao fecharmos os olhos ainda há um flash vigoroso de luz.
A suposta morte do personagem principal, que em momento algum é nomeado, é ponto de partida para o início de uma narrativa densa e intensa que nos arrebata sem piedade, um rolo compressor de palavras, ideias e sentimentos, que nos envolve e nos faz reverenciar o nascimento de uma lenda:
Não se assuste tanto com o título, mas também não deixe de se assustar, porque ele não é irrelevante. Ele é parte do desconforto que Daniel Galera quer impor ao leitor através das ações das personagens que beiram à inconsequência.
A começar pela doença bizarra que aflige o personagem principal – a prosopagnosia – que serve tanto ao enredo, quanto aos diálogos menos cáusticos, já teríamos por si só material suficiente para nos sufocar de curiosidade:
A personagem principal procura um local calmo para que possa reorganizar sua vida após a morte de seu pai e uma dolorida decepção amorosa que envolve também seu irmão. O lugar escolhido é Garopaba, litoral catarinense. Rememora seu último encontro com o pai e há tanta poesia contida neste fato corriqueiro, que no fundo percebemos que um olhar aguçado aos detalhes é que dá sentido à vida:
A partir deste derradeiro encontro entre pai e filho surge um compromisso que envolve a cadela do pai, afinal de contas o animal não pode cuidar de si após a partida de seu companheiro.
Além do compromisso, o pai lhe diz que ele tem o temperamento do avô. Isso altera toda perspectiva de vida de nosso personagem sem nome. Munido de poucos pertences, pouco dinheiro e da cadela do pai ele chega ao balneário de Garopaba. A contemplação da calmaria da paisagem é diametralmente oposta ao que ele carrega dentro si – efervescência e raiva. Um misto de frustração pela perda da mulher que tanto amou somado à negação da morte do pai faz com ele atravesse o limite de quem pode perdoar. E ele não quer perdoar.
Não escolhe Garopaba ao acaso, foi lá que seu avô Gaudério, que tanto se parece com ele, encontrou seu destino. Encontra na investigação do desaparecimento do avô um sentido para sua vida:
Conhecer um pouco mais sobre seu avô, pessoa pouco querida na cidade, o faz conhecer a si mesmo. Ele parece alguém com energia represada, prestes a explodir. É como um rio que flui sereno e mais à frente torna-se cachoeira: violência, peso, explosão, inevitabilidade.
O grande clímax é observar como uma cidade que respira calmaria lida com um forasteiro que quer mexer num passado esquecido. Seria ele a repetição do avô com duas gerações de atraso?
Ele não está em busca de redenção nem de perdão. E mesmo em meio ao caos o amor não dá trégua. E seu olhar sobre um novo ser amado, mesmo certo de que nunca iria amar novamente, é maravilhoso:
É por parágrafos como este que temos certeza de que a leitura vale a pena, que estamos no caminho certo ao escolhermos visitar o lugar onde reside a dor, porque sabemos que no fim do túnel haverá amor, o Amor é luz que a tudo abarca.
Literatura de peso, forçosamente escrita sem grandes saltos estilísticos, que atinge grau elevado de maturidade devido a esta escolha. Se havia aí grandes pretensões literárias, temos a consciência de que a meta foi atingida com louvor. Há redundância em dizer que este livro é imperdível, mas ainda assim o digo: IMPERDÍVEL!
Ao finalizarmos a leitura de um livro como Barba ensopada de sangue (Companhia das Letras, 424 páginas) é inevitável julgarmos o quanto uma leitura pode nos atingir emocional e psicologicamente. Aquele pensar residual que permanece como quando olhamos inadvertidamente para o sol e ao fecharmos os olhos ainda há um flash vigoroso de luz.
A suposta morte do personagem principal, que em momento algum é nomeado, é ponto de partida para o início de uma narrativa densa e intensa que nos arrebata sem piedade, um rolo compressor de palavras, ideias e sentimentos, que nos envolve e nos faz reverenciar o nascimento de uma lenda:
Diziam que ele era capaz de passar dez minutos embaixo d’água sem respirar. Que o cachorro que o seguia por toda parte era imortal. Que tinha enfrentado dez nativos ao mesmo tempo numa briga com as mãos limpas e vencido. Que nadava à noite de praia em praia e era visto saindo do mar em lugares distantes. Que tinha matado gente e por isso era discreto e recolhido. Que oferecia ajuda a qualquer pessoa que fosse procurá-lo. Que tinha habitado aquelas praias desde sempre e para sempre habitaria. Mais do que uma ou duas pessoas disseram não acreditar que ele estivesse realmente morto.
Não se assuste tanto com o título, mas também não deixe de se assustar, porque ele não é irrelevante. Ele é parte do desconforto que Daniel Galera quer impor ao leitor através das ações das personagens que beiram à inconsequência.
A começar pela doença bizarra que aflige o personagem principal – a prosopagnosia – que serve tanto ao enredo, quanto aos diálogos menos cáusticos, já teríamos por si só material suficiente para nos sufocar de curiosidade:
Agora ele poderia dizer que vive distraído ou pedir desculpas uma segunda vez, mas as duas soluções são insatisfatórias, a primeira por ser mentira, a segunda por ser injusta. Até alguns anos atrás vivia pedindo desculpas por não reconhecer as pessoas, fazia parte de sua rotina, mas começou a se sentir ridículo e parou. O esquecimento não era culpa dele. Resta manter o silêncio diante da indignação alheia e esperar o que vem a seguir. Aprendeu que a maioria das pessoas não tolera não ser reconhecida.
A personagem principal procura um local calmo para que possa reorganizar sua vida após a morte de seu pai e uma dolorida decepção amorosa que envolve também seu irmão. O lugar escolhido é Garopaba, litoral catarinense. Rememora seu último encontro com o pai e há tanta poesia contida neste fato corriqueiro, que no fundo percebemos que um olhar aguçado aos detalhes é que dá sentido à vida:
O deslocamento pesado do pai ao largo dessas recordações de uma glória profissional distante, o animal fiel no encalço e a falta de sentido da tarde de domingo despertam nele uma comoção tão inexplicável como familiar, um sentimento que às vezes acompanha a visão de alguém um pouco aflito tentando tomar uma decisão ou solucionar um pequeno problema como se disso dependesse o castelo de cartas do significado da vida. Vê o pai no limite tênue desse esforço, navegando perigosamente próximo da desistência.
A partir deste derradeiro encontro entre pai e filho surge um compromisso que envolve a cadela do pai, afinal de contas o animal não pode cuidar de si após a partida de seu companheiro.
Tu pode deixar pra trás um filho, um irmão, um pai, com certeza uma mulher, há circunstâncias em que tudo isso é justificável, mas não tem o direito de deixar pra trás um cachorro depois de cuidar dele por um certo tempo, disse-lhe uma vez quando ainda era criança... Os cachorros abdicam pra sempre de parte do instinto pra viver com as pessoas e nunca mais podem recuperá-lo por completo. Um cachorro fiel é um animal aleijado. É um pacto que não pode ser desfeito por nós. O cachorro pode desfazê-lo, embora seja raro. Mas o homem não tem esse direito, dizia o pai.
Além do compromisso, o pai lhe diz que ele tem o temperamento do avô. Isso altera toda perspectiva de vida de nosso personagem sem nome. Munido de poucos pertences, pouco dinheiro e da cadela do pai ele chega ao balneário de Garopaba. A contemplação da calmaria da paisagem é diametralmente oposta ao que ele carrega dentro si – efervescência e raiva. Um misto de frustração pela perda da mulher que tanto amou somado à negação da morte do pai faz com ele atravesse o limite de quem pode perdoar. E ele não quer perdoar.
Não escolhe Garopaba ao acaso, foi lá que seu avô Gaudério, que tanto se parece com ele, encontrou seu destino. Encontra na investigação do desaparecimento do avô um sentido para sua vida:
Percebi entre uma visita e outra ele tinha se tornado uma figura malvista. Quer dizer, ninguém quer ter por perto um gaúcho grosso que acha bonito mostrar faca por causa de qualquer besteira. Eu disse pra ele parar com aquilo, mas pro teu vô era uma coisa à toa, ele nem se dava conta da própria estupidez. As pessoas aqui tão com medo de ti, eu disse pra ele, isso não é bom, tu vai arranjar problema sério.
Conhecer um pouco mais sobre seu avô, pessoa pouco querida na cidade, o faz conhecer a si mesmo. Ele parece alguém com energia represada, prestes a explodir. É como um rio que flui sereno e mais à frente torna-se cachoeira: violência, peso, explosão, inevitabilidade.
O grande clímax é observar como uma cidade que respira calmaria lida com um forasteiro que quer mexer num passado esquecido. Seria ele a repetição do avô com duas gerações de atraso?
De repente não há nada para fazer nem pensar e nesse hiato ele tem um vislumbre de como e onde irá morrer. A visão não surge em detalhes. É menos uma cena e mais uma combinação de circunstâncias indistintas que se encaixam num padrão nítido. Não é a primeira vez que fantasia a própria morte. Vive fazendo isso e está bastante seguro de que todo mundo o faz.
Ele não está em busca de redenção nem de perdão. E mesmo em meio ao caos o amor não dá trégua. E seu olhar sobre um novo ser amado, mesmo certo de que nunca iria amar novamente, é maravilhoso:
Não é uma mulher pequena mas seu corpo parece ser teatro insuficiente para todas as sensações que abriga. Quando finalmente dorme a narrativa íntima do sonho a liberta dos estímulos externos. O corpo sossega mas quando menos se espera ela troca de posição de novo. Às vezes ela fala e não dá para dizer se é consciente... O quartinho fica impregnado com seu cheiro terroso e cítrico na mesma hora em que ela tira a roupa, um cheiro que encharca a cama em instantes e toma conta de tudo mas que não sobrevive longe dela e vai no seu encalço quando ela levanta para ir ao banheiro ou passar café. Não deixa traço ao se retirar e sua ausência é concreta e instantânea... Ele dorme fácil mas tenta ficar acordado para poder vê-la dormindo, um animal do deserto em lençóis mofados... Achava que nunca mais se apaixonaria e estava de bem com isso, acreditava que uma vez basta para uma vida inteira, mas está acontecendo de novo, essa sensação que se aproxima de uma depressão leve e tinge de desimportância tudo que não tenha a ver com a mulher que abraça.
É por parágrafos como este que temos certeza de que a leitura vale a pena, que estamos no caminho certo ao escolhermos visitar o lugar onde reside a dor, porque sabemos que no fim do túnel haverá amor, o Amor é luz que a tudo abarca.
Literatura de peso, forçosamente escrita sem grandes saltos estilísticos, que atinge grau elevado de maturidade devido a esta escolha. Se havia aí grandes pretensões literárias, temos a consciência de que a meta foi atingida com louvor. Há redundância em dizer que este livro é imperdível, mas ainda assim o digo: IMPERDÍVEL!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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Ah, meu amigo, eis uma sensação que vale cada segundo investido numa leitura: esse "pensar residual", aquela reflexão valiosa. Ou aquela inquietação que não larga a gente. Aquele gotejamento de pedaços do livro que insistem em morar em nós. Ah, quando isso acontece, vira queridinho e ganha coração no Skoob.
ResponderExcluirPelas suas 5 estrelas já fico feliz e curiosa, há sempre esperança em encontrar algo nosso numa trama, algo que já está dentro ou que se perdeu e ali achamos. Quando li o título já me deixou cheia de indagações, achei logo parecido contigo (o enredo).
O trecho do cão é lindo. E o que dizer de "tinge de desimportância tudo que não tenha a ver com a mulher que abraça"? Creio que Galera não tenha tido pretensões poéticas, mas há na força de sua escrita todo esse arrebatamento que citações assim criam em românticas como eu. Mais pontos pra ele. Adoro quando um livro me pede: para tudo e anota esse trecho.
Ainda quero ler esta história, ainda quero acompanhar essa dor, e descobrir que "no final do tunel haverá amor". Vc tirou da cartola o coelho mais bonito, conquistou sua leitora e vai, fatalmente, me levar ao livro. Obrigada por isso!
cara Manuh, é isso mesmo. o livro vai se desfazendo, mas páginas e mais páginas insistem em permanecer com a gente, como se fora um complemento para sentimentos solteiros e plantônicos. você percebeu que seu presente criou morada em meu coração e mereceu coração do skoob. existem tantos trechos que mereceriam destaque, porém precisei escolher pra resenha não ser uma reescrita do livro, rs. agora espero ansiosamente por sua leitura e visão madura, inquieta e sentimental, saber sua opinião agora também me consome. leia depressinha! obrigado pelas palavras e pelo livro, pontaria certeira!
ExcluirOi Rodolfo, é ótimo quando encontramos na leitura histórias envolventes, encantadoras, que consideramos imperdível e nos levam a desenvolver sensações de familiaridade com a história. Gostei de sentir a tua empolgação através da resenha, e achei o penúltimo parágrafo intenso e a afirmação de que todos fantasiam a própria morte curiosa. Parabéns pela resenha e pela escolha das citações que nos mostram qualidade na escrita do autor :D
ResponderExcluircara Lili, a história do livro acabou me contando e não o contrário. o protagonista é uma gama sinestésica em forma de gente. tão emocional que sua racionalidade é sinal de instabilidade. ahhhh é difícil demais falar de um livro que a gente gosta né? obrigado querida.
ExcluirOI Rodolfo.
ResponderExcluirEu adorei a premissa desse livro, e adoro quando as histórias me prendem do começo ao fim.
Eu fiquei muito curiosa para ler principalmente para descobre qual foi a decepção amorosa dele que também seu irmão (drama kkkkkkk), mas enfim adorei e preciso ler com toda certeza.
Bjs.
cara Marlene, este livro é destes mesmo. prende a gente, comprime o coração e depois nos devolve ao mundo mudados, amando cada pétala de flor tocada pelo sol. coisa de gente emotiva. leia também! obrigado!
ExcluirCaraca Rodolfo, essa foi uma das melhores resenhas que já li, não por nada em especial, mas sim porque o tema do livro parece um tema sugestivo a confuso, assim como "Mentirosos, da E. Lockhart. Com toda certeza este livro vou comprar pra ter esta experiência que me parece interessantíssima!
ResponderExcluirGrande abraço,
Victor N Souza
www.cafeidilico.com
caro Victor, obrigado pelas palavras. quanto ao confuso, acho que eu mesmo no afã de colocar tudo o que senti numa pequena resenha acabei tornando-a um pouco confusa mesmo, rs. agora, não deixe de ler, você irá saborear um livro maravilhoso, vai se tornar fã. abraços!
ResponderExcluirAo mesmo tempo em que tenho vontade de ler esse livro, tenho uma certa repulsão por ele… Isso é possível? Sinto que, se tiver oportunidade de comprá-lo, não o farei, mas se por qualquer motivo ele cair na minha mão com certeza irei ler imediatamente…! Ainda não entendi o porquê (vai entender né) mas essa resenha me ajudou a desbalancear um pouco a indecisão, parece ser uma boa leitura.
ResponderExcluircara Ludmila, não seria por causa do título ou da capa? ela não consegue refletir a quantidade de sentimentos que nos perpassa, pode ter certeza. espero que leia pra gente prosear mais sobre este belo livro. bjos
ExcluirOi Rodolfo, eu acho que só pelo título a gente percebe que é um livro não tão comum! Parece ser do tipo que vai me tirar da zona de conforto! Adorei a indicação.
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
eiii Mi, você está coberta de razão, este livro nos faz refletir, nos coloca contra a parede, por isso mesmo acho indispensável sua leitura. espero que sinceramente que leia, dê uma chance ao livro. bjos
ExcluirOi Rodolfo, como vai?
ResponderExcluirEu não costumo ler livros com esta temática mais densa e de grande carga dramática, mas você falou dele com tanta paixão, que me deixou curiosa. Vou colocar na lista, quem sabe uma hora dessas resolvo ler e ver se ele irá me tocar da mesma maneira. Ótima resenha.
Abraço.
www.docesletras.com.br
cara Lia, coloque na lista sim, espero o momento certo, a vibração correta pra você iniciar esta leitura que é cheia de sentimentos. ela me tocou profundamente, pode tocá-la também. bjos
ExcluirRodolfo!
ResponderExcluirQuando um livro nos arrebata de tal forma que mesmo após seu término, ficamos tão abalados ao ponto de ficar pensando e repensando nele, é porque deve seer um ótimo livro.
Prosopagnosia é uma doença bem rara e deve ser complicado para quem a tem, porque afinal, não poder reconhecer as pessoas é algo inimaginável, concorda?
Amei mais uma das suas resenhas e leitura.
Bom feriado!
“Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida.” (Henri Amiel)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
eiiiiiii Rudynha, este livro tem tanto a nos ensinar sobre a vida que ainda estou remoendo passagens que me tocaram. a doença, a vontade de encontrar um caminho, o apego pelo animal, nossa... eu ficaria aqui um dia inteiro falando. espero que você leia e que a gente possa conversar depois. bjos
ExcluirOlá!
ResponderExcluirJá tinha visto esse livro por ai, mas ele nunca tinha me chamado atenção e só agora parei para ler a resenha. Você conseguiu transmitir muito bem tudo o que esse livro conseguiu te passar e o quanto você gostou dele. Me interessei muito por ele agora. Vou adicionar na listinha de desejados <3
Beijos
cara Natalí, quando a gente gosta muito de um livro há dificuldades mil em se fazer a resenha, achamos que nunca está legal, que nunca conseguiremos passar o que realmente aconteceu, quais sensações nos perpassaram. fico feliz que tenha conseguido captar a carga sinestésica que passou por mim como um rolo compressor. depois que ler volte pra gente prosear e pra eu saber o que você também sentiu. bjos e obrigado pelas palavras.
ExcluirRodolfo!!!
ResponderExcluirEsse livro bem diferente hein, retratando tantos acontecimentos e reviravoltas, achei a resenha tão completinha que não tenho duvida nenhuma e é tão bom quando encontramos aquele livro que faz toda diferença em nossa vida gostei demais em saber desse livro.
Abraços!!!
cara Marília, obrigado pelas palavras carinhosas. espero que você leia também e que este a toque como aconteceu comigo. bjos querida e boas leituras.
ExcluirAcho que é uma leitura difícil, que tem que ler com atenção, confesso que fiquei um pouco confusa e fui ler a resenha novamente rs. Parece que mexe com a gente o que o personagem esta passando e seus conflitos interno, parece estar um pouco perdido e querendo reencontrar um pouco de paz e entendimento.
ResponderExcluircara Maria, talvez minha resenha tenha ficado um pouco confusa, rs. são muitos detalhes que fazem a diferença. não é leitura difícil, mas é uma leitura que precisa ser sentida. é um livro maravilhoso!
ExcluirEsse título foi o que mais me chamou atenção. Achava que era uma história totalmente diferente.
ResponderExcluirLendo a sinopse eu tive uma ideia, mas a sua resenha mostrou muito mais (romance,superação).
É muito bom quando a gente gosta assim de um livro.
Ótima resenha!
cara Malu, o título é mesmo impactante. fiquei completamente tomado pelos desafios do personagem. é um livro que marca a gente de alguma maneira. leia também! obrigado pelas palavras carinhosas.
ExcluirJá ouvi falar sobre a prosopagnosia,trabalhar num personagem com essa característica atiça minha curiosidade,juntando com o cenário e esse Título diferente, parece uma obra interessante
ResponderExcluirGostei da resenha, Rodolfo.
cara Helen, se você já ouviu falar da doença então você já começa com uma bagagem legal, certamente está bem mais curiosa que eu ao iniciar. bora ler também. obrigado pelas palavras carinhosas! bjos
ExcluirOlá! Parabéns pela resenha, muito bacana que você conseguiu transmitir toda a intensidade que o livro aparenta ter, parece ser uma história bem densa, com mistério, romance e acho que, a cima de tudo, será possível acompanhar o desenvolvimento e crescimento do personagem principal (que não saberemos o nome!), dica super anotada, valeu.
ResponderExcluireiiiiiiii Elizete, que legal ler seu comentário, menina. não sei se consegui passar tudo o que esta obra me causou, mas tentei, refazendo várias vezes. espero que você também leia e volte pra gente comentar mais a respeito deste livro maravilhoso. bjos
ExcluirEu não conhecia este livro, mas após ler sua resenha adicionei ele em minha lista de leituras, gosto muito de livros com histórias que mechem com o sentimento do leitor, que a leitura vale a pena, fiquei bem ansiosa para ler este livro, pois acredito que irei gostar muito da história.
ResponderExcluirque bom cara Mariele, realmente o livro vale muito a pena, é tremendamente emocional, daquelas histórias que ficam ecoando um tempão na mente. leia e me diga o que achou. bjos
ExcluirOlá,
ResponderExcluirQuando li o título do livro pensei que teria algo de terror ou coisa do tipo mas é sempre bom se engana por isso. Ao ler a resenha fiquei bem impressionada com a premissa do livro, e bem interessante a forma de como e contando a história é algo incrível. Gostei bastante do livro por mas a história não ter nada haver com o título ou se tem não sei mas mesmo assim é um livro bem interessante.
cara Lily, é um título um tanto quanto chocante. tem a ver sim, mas não quero adiantar nada pra não tirar sua vontade de lê-lo. é um livro maravilhoso, pode ter certeza. leia e depois me conte o que achou. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirPoderia ser um livro pesado se a narrativa não fosse tão poética, se assim posso definir. Barba ensopada de sangue tem uma premissa diferente, que chama atenção e trás muitos questionamentos sobre este personagem. O interessante da narrativa proposta pelo autor é que ao invés de fazer o leitor não sentir afinidade com o protagonista (já que não se sabe nem seu nome) ocorre, exatamente, o oposto e o leitor se vê imerso em uma história profunda de autoconhecimento e a busca por respostas a perguntas que ele nem sabia que tinha. Me parece que a doença não é tão explorada, neste caso entendo então que o foco da história não está em sua condição física, mas sim na jornada enfrentada pelo personagem. Daniel Galera foi ousado e criou uma história instigante, com um grande potencial e que, não tenho dúvidas, será uma leitura interessante de se realizar.
cara Gislaine, você conseguiu traduzir o livro com perfeição. a narrativa é sim pesada, mas seu peso é também poesia. o infortúnio, a busca pelo amor, o autoconhecimento, tudo é transcrito poeticamente. sou suspeito pra falar deste livro, porque ele mexeu muito comigo como leitor e principalmente como ser humano. Galera tem linguagem própria, com linguagem popular, porém é os questionamentos são profundos e universais. adorei seu comentário. bjos querida!
ExcluirConfesso que lendo o Titulo do Livro me perguntava do que se tratava.Ao ler resenha fiquei impressionada por demais.A forma quase que poetica como e narrada ou acho que mesmo contada a historia e incrível.Aguça a curiosidade em ler.Desperta ansiedade e a curiosidade em ler...
ResponderExcluircara Ana Lucia, este livro entrou para meus preferidos fácil fácil. seja pela carga dramática, seja pela luta da personagem principal. ele está em busca de algo que muitos nunca irão encontrar: felicidade - um motivo para dar sentido à vida. leia também e volte pra gente prosear mais. bjos
ExcluirOi Rodolfo!
ResponderExcluirArrasou na resenha, parabéns!
O titulo me confundiu, mas ao ler a resenha já tive outra visão do enredo, imaginei um serial killer ou algo assim...
Gostei mto, vai pra listinha!
Bjs!
cara Aline, realmente é um título de impacto, mas pode ter certeza, este livro tem alma e essa alma é repleta de sentimentos. estou encantado com este livro. leia também e venha pra gente prosear mais a respeito. bjos e brigaduuuu
Excluir
ResponderExcluir"É por parágrafos como este que temos certeza de que a leitura vale a pena, que estamos no caminho certo ao escolhermos visitar o lugar onde reside a dor, porque sabemos que no fim do túnel haverá amor, o Amor é luz que a tudo abarca. "
Cara, lendo a resenha e vendo seus elogios a escrita, posso até comprar com a do Gustavo Avila, em O Sorriso da Hiena, outro livrásso que ti indico muito. Ele também possui esse dom, de apenas em uma frase fechar com o que queria dizer, deixando o leitor de queixo caido. Quero muito ler esse livro, a muito digo que vou comprar e acabo prorrogando o feito. Não irei prometer, mas logo logo quero poder ler essse livro e gostar tanto quanto voce.
caro Douglas, o livro de Gustavo está entre minhas prioridades prioritárias (você por acaso tem bola de cristal?), a capa e o título já haviam me fisgado. agora numa grande editora será sucesso certo. quanto ao Galera, nem preciso dizer mais nada, acho que já me desmanchei resenha afora, o cara é excepcional, todo talentoso, senhor de frases tocantes e reflexivas. aconselho sua leitura urgentemente. obrigado amigão!
ExcluirOlá Rodolfo ;)
ResponderExcluirConcordo totalmente com você, um livro realmente pode nos atingir emocional e psicologicamente!
Não conhecia o livro ainda, mas deve ser bem estranho não saber o nome do personagem principal. Senti sua emoção através da resenha, e fiquei animada para ler também!
Adoro conhecer novos autores brasileiros, e acho que vai ser ótimo ler um livro do Daniel ;)
Abç
cara Isabela, é um livro forte, tremendamente emotivo. Galera tem estilo próprio e a gente acaba absorvendo todo drama do protagonista. belíssimo livro. bjos
ExcluirOlá Rodolfo,
ResponderExcluirNunca vi esse livro e confesso que se dependesse da capa e, especialmente do título, eu jamais daria a devida atenção. Ainda bem que você nos trouxe essa resenha, pois esse livro é imperdível mesmo! Que trama mais elaborada, complexa e intensa, é o tipo de leitura que adoro, pois prende o leitor desde o início e traz uma história completamente reflexiva ao acompanhar a trajetória e conflitos internos do personagem.
O fato do personagem não ter nome por si só já é intrigante, mas a personalidade peculiar aguça ainda mais a curiosidade.
Adorei os trechos que você escolheu me deixou bem empolgada para ler esse livro.
Beijos
cara Micheli, eu ainda guardo trechos depois de lido há tempos este livro, ele é mesmo imperdível. você disse tudo... se fosse para traduzir o livro em uma palavra seria - "intenso". fico extremamente feliz com comentários como o seu, prova que a gente pode fazer com que o leitor (aquele que se envolve pela leitura e personagens) volto o olhar para algo que num primeiro momento seria impossível.
Excluirleia também e volte pra gente discutir mais sobre este livro maravilhoso. bjos e sucesso procê.
Nossa, esperava uma coisa completamente diferente pelo nome do livro mas é uma surpresa boa... Além disso, todas as passagens do livro que você citou demonstram uma escrita impecável, gostei muito do jeito que o autor escreve, deve ser um livro bem intenso mesmo. Vou deixar o nome anotado pra uma futura oportunidade.
ResponderExcluircara Luíza, que bom que foi surpreendida, este livro é belíssimo mesmo. intenso sim e com um caminho cheio de força e luz, ele nos deixa extasiados. leia sim, querida. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!!
ResponderExcluirGostei muito da resenha achei muito interessante a premissa do livro. Adoro ler livros que me empolgam!!
Bjoss
cara Marta, este livro vai mais que te empolgar, fará você repensar sua vida. vá por mim. bjos
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