A Traidora do Trono, Vol. 02 - Série A Rebelde do Deserto [Alwyn Hamilton]

Ed. Seguinte, 2017 - 496 páginas

- "Amani Al’Hiza mal pôde acreditar quando finalmente conseguiu fugir de sua cidade natal, montada num cavalo mágico junto com Jin, um forasteiro misterioso. Depois de pouco tempo, porém, sua maior preocupação deixou de ser a própria liberdade: a garota descobriu ter muito mais poder do que imaginava e acabou se juntando à rebelião, que quer livrar o país inteiro do domínio do sultão. Em meio às perigosas batalhas ao lado dos rebeldes, Amani é traída quando menos espera e se vê prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, ela começa a espionar o sultão. Mas quanto mais tempo passa ali, mais Amani questiona se o governante de fato é o vilão que todos acreditam."

Onde comprar:

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Atenção: por se tratar de continuação de uma série, esta resenha pode conter spoiler dos volumes anteriores.

No final de “A Rebelde do Deserto” vimos Amani realmente se juntar à revolução e lutar juntamente com os rebeldes após a revelação de que ela é uma demdji e não apenas uma garota qualquer da Vila da Poeira.

A Traidora do Trono começa então algum tempo depois do fim do primeiro volume da série. A essa altura a rebelião já avançou e ganhou fama, mas com isso cresceram também os inimigos, já que agora vários são os exércitos a combater, inclusive de “falsos rebeldes”. Agora que a rebelião e o príncipe rebelde não são apenas um rumor, a oposição ficou mais forte também.

Em meio a isso tudo Amani ainda está aprendendo a lidar com seus poderes de demdji e usá-los como arma de batalha, a rebelião realmente se tornou importante para ela, o objetivo que ela tinha antes de partir para Izman e começar uma nova vida se foi, agora ela vive pela rebelião, embora ainda exista muita coisa que acontece por trás de toda essa disputa de poder que pode não ser da forma como Amani ou como nós imaginamos.

Logo no início do livro vemos que a relação entre a Bandida de Olhos Azuis e Jin pode estar um pouco balançada, mas vale lembrar que neste livro o relacionamento amoroso dos dois está longe de ser o foco dessa vez.

Fiquei muito contente ao ver que nesse livro a trama política se tornou bem mais complexa e muito mais significativa que no primeiro volume da série. Ao longo da narrativa teremos vários plot twists que trarão mudanças drásticas para o cenário e para os personagens e que inclusive nos darão oportunidade de ver o outro lado da guerra e não só o ponto de vista dos rebeldes. Particularmente eu gostei mais do outro lado da história do que da rebelião e do príncipe rebelde, mas eu sempre tenho gostos controversos.

Outro ponto interessante a ressaltar é que nesse livro Alwyn Hamilton construiu uma relação de amizade muito legal entre Amani e outra personagem, o que me deixou bem satisfeita. Essa decisão da autora corrobora meu argumento de que: não precisa focar em romance pra que o livro seja bom. Existem outras relações humanas que podem e devem ser mais exploradas pelos autores.

De uma forma geral a história cresceu e amadureceu bastante, e isso vale também para Amani, o que pra mim foi a grande surpresa e também maior qualidade do livro, já que eu esperava algo mais no clima de Rebelde do Deserto e recebi uma narrativa mais madura e bem trabalhada.

Uma continuação que vale a pena e que já quero saber onde vai dar.

Clique na capa para ler a resenha do livro anterior:

Top Comentarista de Julho

Laiara Dias

Baiana, criada no Mato Grosso, casada com um mineiro e cai de paraquedas nas terras capixabas. Viciada em Youtube e Netflix, chocólatra assumida, devoradora de chick-lits. Amo um bom romance açucarado e não resisto a um toque de pimenta na literatura, nem a uma colher de farinha no prato. Choro a toa, rio alto, e não consigo decidir entre ser ogra ou princesa! Muito prazer, essa sou eu!

Cortesia do Grupo Companhia das Letras
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