Ed. Rocco, 2017 - 448 páginas |
- "Nascida em Gana e criada nos Estados Unidos, a jovem Yaa Gyasi tornou-se um dos nomes mais comentados na cena literária norte-americana em 2016. Seu romance de estreia, O caminho de casa, recebeu resenhas estreladas dos mais importantes jornais e revistas do país, alcançou a disputada lista dos mais vendidos do The New York Times, foi incluído na prestigiosa lista dos 100 livros notáveis do ano do mesmo jornal e arrebanhou o prêmio PEN/Hemingway de melhor romance de estreia. Com uma narrativa poderosa e envolvente que começa no século XVIII, numa tribo africana, e vai até os Estados Unidos dos dias de hoje, Yaa mostra as consequências do comércio de escravos dos dois lados do Atlântico ao acompanhar a trajetória de duas meias-irmãs desconhecidas uma da outra, e das gerações seguintes dessa linhagem separada pela escravidão."
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O Caminho de Casa trás na contracapa uma frase retirada da review do livro publicada pelo New York Times que diz o seguinte:
E essa frase define o livro de forma mais fiel do que qualquer outra sinopse que eu tenha encontrado navegando à deriva na internet. É exatamente isso que ele é. É exatamente disso que ele trata.
Effia e Esi são irmãs por parte de mãe, embora não se conheçam. Duas moças nascidas na costa do ouro africana, onde hoje é Gana. Filhas de homens importantes em suas respectivas aldeias, descendentes de povos orgulhosos. Duas mulheres cujas vidas foram transformadas pela escravidão. Effia é a moça mais bonita da aldeia. Effia, a bela é como a chamavam. Sonhava em se casar com o filho do chefe, mas a vida tinha outros planos e ela foi vendida como esposa para um colonizador inglês e levada para viver no castelo de Cape Coast.
Esi foi vendida como escrava depois que sua aldeia foi atacada por um povo inimigo. Aprisionada por um tempo alguns metros abaixo da irmã, nos calabouços do mesmo castelo, sem nunca saber disso. Depois transportada para ser escrava nas grandes plantações americanas.
Esse livro é sobre Effia, sobre Esi e sobre os descendentes das duas. Sobre as marcas que a escravidão deixou nessas pessoas. Sobre as marcas que o preconceito ainda deixa.
A narrativa de Yaa Gyasi é precisa. Certeira. Quase cirúrgica. Nada é despropositado. Nada é descartável. Tudo que ela conta faz sentido, tudo que ela nos mostra é assustadoramente real.
Embora esse seja o romance de estréia da autora, ela já demonstra muita sensibilidade e muito tato. Cada capítulo narra a história de um personagem e não falta nem sobra nada. O leitor sabe exatamente o que precisa saber. Sem preâmbulos e sem informações desnecessárias.
Ao longo de sete gerações a autora traça de forma ágil e concisa história das famílias dessas mulheres. Tanto da parte que permaneceu na Africa, quando da parte que foi levada pra América.
Os capítulos são alternados entres os descendentes de uma e da outra. Divididos cronológica e geograficamente. Num capítulo as guerras tribais e comércio de escravos em Gana, no outro a exploração nas grandes plantações ao sul dos Estados Unidos e os conflitos abolicionistas. Em quase todos as consequências morais, emocionais e psicológicas da escravidão.
O Caminho de Casa é um livro tocante, pra dizer o mínimo e extremamente bem escrito. A escravidão e seu legado, o preconceito, descritos de forma tangível através das vidas de personagens quase tão reais quanto eu e você.
Recomendo fortemente a leitura. E todas as reflexões desencadeadas à partir daí.
Abraço.
"O grande presente que Yaa Gyasi nos oferece é justamente o que a escravidão negou aos seus descendentes: a possibilidade de imaginar a conexão entre as ramificações partidas de suas origens.”
E essa frase define o livro de forma mais fiel do que qualquer outra sinopse que eu tenha encontrado navegando à deriva na internet. É exatamente isso que ele é. É exatamente disso que ele trata.
Effia e Esi são irmãs por parte de mãe, embora não se conheçam. Duas moças nascidas na costa do ouro africana, onde hoje é Gana. Filhas de homens importantes em suas respectivas aldeias, descendentes de povos orgulhosos. Duas mulheres cujas vidas foram transformadas pela escravidão. Effia é a moça mais bonita da aldeia. Effia, a bela é como a chamavam. Sonhava em se casar com o filho do chefe, mas a vida tinha outros planos e ela foi vendida como esposa para um colonizador inglês e levada para viver no castelo de Cape Coast.
Esi foi vendida como escrava depois que sua aldeia foi atacada por um povo inimigo. Aprisionada por um tempo alguns metros abaixo da irmã, nos calabouços do mesmo castelo, sem nunca saber disso. Depois transportada para ser escrava nas grandes plantações americanas.
Esse livro é sobre Effia, sobre Esi e sobre os descendentes das duas. Sobre as marcas que a escravidão deixou nessas pessoas. Sobre as marcas que o preconceito ainda deixa.
A narrativa de Yaa Gyasi é precisa. Certeira. Quase cirúrgica. Nada é despropositado. Nada é descartável. Tudo que ela conta faz sentido, tudo que ela nos mostra é assustadoramente real.
“ Os brancos também escolhem pelos negros. Antes eles os vendiam, Agora simplesmente mandam pra cadeia, como fizeram com meu pai, pros negros não poderem estar com os filhos.”
Embora esse seja o romance de estréia da autora, ela já demonstra muita sensibilidade e muito tato. Cada capítulo narra a história de um personagem e não falta nem sobra nada. O leitor sabe exatamente o que precisa saber. Sem preâmbulos e sem informações desnecessárias.
Ao longo de sete gerações a autora traça de forma ágil e concisa história das famílias dessas mulheres. Tanto da parte que permaneceu na Africa, quando da parte que foi levada pra América.
Os capítulos são alternados entres os descendentes de uma e da outra. Divididos cronológica e geograficamente. Num capítulo as guerras tribais e comércio de escravos em Gana, no outro a exploração nas grandes plantações ao sul dos Estados Unidos e os conflitos abolicionistas. Em quase todos as consequências morais, emocionais e psicológicas da escravidão.
O Caminho de Casa é um livro tocante, pra dizer o mínimo e extremamente bem escrito. A escravidão e seu legado, o preconceito, descritos de forma tangível através das vidas de personagens quase tão reais quanto eu e você.
Recomendo fortemente a leitura. E todas as reflexões desencadeadas à partir daí.
Abraço.
Andressa Freitas
Mineira, aspirante à escritora e estudante de cinema. Se pudesse moraria em uma biblioteca, como não posso, estou empenhada em transformar minha casa no mais próximo disso possível. Viciada em séries e filmes, adoro ler, comer e viajar. Nerd assumida, fotógrafa de profissão, amo aprender coisas novas e imaginar histórias alternativas pra absolutamente tudo.
Cortesia da Editora Rocco
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Oi Andressa! Tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a premissa e talvez a frase que você diz definir o livro, mas não o leria talvez porque não me interessei pela capa e tampouco é um tema que está na minha zona de conforto. Quero me aventurar algum dia por este.
Grande abraço,
www.cafeidilico.com
Oi Andressa.
ResponderExcluirEssa é a primeira vez que vejo falar do livro, porém já estou encantada apesar do livro ter uma temática bem forte eu sei que irei adorar, porque gosto de ser tirada da minha zona de conforto, e o fato de que a narrativa é boa é ainda mais estupendo, enfim pretendo ler com toda certeza.
Bjs.
Já li alguns livros com a mesma temática e é sempre muito tocante e de uma sensibilidade enorme. Gostei da premissa dele e espero ter a chance de lê-lo em breve.
ResponderExcluirOi Andressa, o livro parece ter uma história bem rica e acho importante lermos livros que nos levam a refletir também. Falar de escravidão não é fácil e ler muito menos, é doloroso e real, e bem revoltante, mas aconteceu e os elogios que tenho visto a essa obra me levam a crer que o livro é muito bom e a autora em sua estreia consegue entregar um ótimo livro. Gostei da resenha e se tiver a oportunidade futuramente irei querer ler com certeza ;)
ResponderExcluirAndressa!
ResponderExcluirFalar sobre escravidão é tarefa árdua e falar sobre sete gerações que sofreram com esse tipo de preconceito, é bem delicado, e fico feliz em ver que mesmo sendo seu romance de estreia, a autora conseguiu demonstrar fidedignamente os sentimentos de cada personagem, conquistando o leitor.
Desejo uma semana de muita luz e paz!
“Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessárias. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade.” (Dalai Lama)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE AGOSTO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Oi Andressa,
ResponderExcluirO caminho de casa será uma viajem através do tempo pelas dificuldades, preconceito e luta e, acredito, a autora sabia, exatamente, onde queria chegar com este livro. De uma forma complexa ela leva o leitor pela história não só de duas personagens, mas de tudo que elas representam e das gerações que vieram. Acho que se eu fosse só pela sinopse meu interesse em conhecer a trama não seria tão grande como foi após entender um pouco o que Yaa quis mostrar com este romance e é por isso que vou adiciona-lo a minha lista de leitura e espero que logo possa adquirir um exemplar.
Oi, Andressa
ResponderExcluirJá pela frase citada do New York Times dá pra sentir o impacto desse livro.
Há muito para se refletir,é interessante ver que a história aborda as consequências morais, emocionais e psicológicas da escravidão.
Gostaria de ler, é muito interessante abordar esse tema, que é muito sofrido, cruel e triste, mas parece ser uma historia que nos ensina, nos deixa refletindo e os comove muito, mexendo com nossos sentimentos.
ResponderExcluirOlá! Esse é um livro bem poderoso, trata de uma realidade que muitos viveram, e ainda vivem, emocionante acompanhar as histórias dos descentes das personagens principais, e perceber que apesar do tempo que passou, algumas pessoas ainda tem as mesmas atitudes e comportamentos, e como é difícil mudar a realidade de um povo.
ResponderExcluirOi, tudo bom?
ResponderExcluirGostei muito da resenha, o livro pelo visto é muito bom, não li muitos livros que tratassem a escravidão, imagino como a historia das duas deve ter sido difícil, e estou curiosa para conhecer essas duas irmãs e suas descendência.
Beijos *-*
Olá!
ResponderExcluirNossa, gostei bastante desse livro, tem temas que ainda existe em nossa sociedade. Fiquei com tristeza no coração ao ver que as duas irmas foram separada mais ao mesmo tempo ficaram perto uma da outra sem saber e ainda mais uma de vida maravilhosa enquanto a outra sendo escrava, isso foi injusto. Apesar do livro trata de temas super debatido o livro tem uma historia muito interessante.
Não conhecia o livro, mas gostei da dica.
ResponderExcluirNão é uma leitura que estou acostumada, mas parece conter muitas emoções sobre época da triste escravidão.
É bom para sairmos da zona de conforto e refletir um pouco!
beijinhos
She is a Bookaholic
Oi, Andressa!!
ResponderExcluirO livro sem dúvida é muito interessante a estória desses duas irmãs que não sabem da existência uma da outra mas tem o mesmo destino traçado na vida : a escravidão. Certamente um livro bem diferente de tudo que já li, mas como estou no momento de descobrir outros estilos literários vou adorar ler esse livro.
Bjoss
Faz tempo que li algum livro que gira em torno da escravidão e confesso que no momento não estou no clima de ler livros sobre esse assunto, por isso no momento O Caminho de Casa não vai para a minha lista de leitura, mas quem sabe futuramente me dê vontade de conhecer a história de Effia e Esi?!...
ResponderExcluirAbraços!