Ed. Aleph, 2017 - 680 páginas |
- "Uma estonteante mistura de aventura e misticismo, ecologia e política, este romance ganhador dos prêmios Hugo e Nebula deu início a uma das mais épicas histórias de toda a ficção científica. Duna é um triunfo da imaginação, que influenciará a literatura para sempre. Esta edição inédita, com introdução de Neil Gaiman, apresenta ao leitor o universo fantástico criado por Herbert e que será adaptado ao cinema por Denis Villeneuve, diretor de A chegada e de Blade Runner 2."
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Quando um planeta reflete o execrável coração humano
Muito já se falou sobre Duna (Aleph, 680 páginas ) de Frank Herbert, um livro da década de 60, e não quero me ater ao que já foi dito, mas sim tentar passar um pouco do impacto que este clássico me causou.
Com edição e projeto gráfico caprichados, este livro em capa dura com ilustrações do mágico Marc Simonetti tem início com uma introdução de ninguém menos que Neil Gaiman, fã da obra, que diz ser este “o melhor dos grandes romances de ficção científica, e o que mais se manteve relevante.” Difícil não se deixar levar por um início assim.
Diálogos magistrais e repletos de sutilezas, pensamentos espúrios ou benevolentes de cavaleiros medievais de um suposto futuro em que a humanidade se expande através da colonização de outros planetas, vão nos envolvendo de tal forma que não há como não virar as páginas rapidamente. É preciso mais e mais, é viciante.
Então vamos ao livro – desde cedo Paul Atreides é treinado nas armas, na política e nas doutrinas secretas de uma irmandade à qual sua mãe Lady Jéssica pertence, as Bene Gesserit, para suceder seu pai, o Duque Leto Atreides, senhor do planeta Caladan.
Após a passagem de uma mulher misteriosa, a Reverenda Madre, também uma Bene Gesserit, que insiste em aplicar um “teste” para descobrir se Paul é o esperado Kwisatz Haderach (aquele com poderes para unir espaço e tempo). Ele está temeroso.
De um momento pra outro a vida do clã Atreides é virada de cabeça para baixo. Eles são obrigados pelo Imperador Padixá Shaddam IV a deixar o planeta Caladan e se instalar no planeta Arrakis, conhecido como Duna, um lugar árido e inóspito, a fim de controlar a extração de uma especiaria capaz de expandir a vida humana: o mélange.
O maior problema é que este planeta vem sendo controlado, explorado e surrupiado pela Casa Harkonnen, desafeto declarado da Casa Atreides através dos séculos, e o Barão Vladimir não irá entregar tudo assim tão facilmente.
Em um planeta onde nada prospera a não ser a cobiça, Duque Leto juntamente com sua família e seu séquito deverão aprender a lidar com contrabandistas; com medonhas tempestades de areia e clima causticante em que água é artigo de luxo; com os “fremen”, habitantes supersticiosos do deserto avessos a um novo governante e com os “Shai-Hulud”, vermes de areia gigantescos tratados como divindades por estar sempre próximos a mananciais de especiaria. O planeta é um inimigo natural.
O que eles não esperavam é que seus planos sofreriam um revés do destino – está em curso uma conspiração liderada pelo próprio Imperador e seus temidos soldados Sardaukar, que preocupado com o crescimento da popularidade dos Atreides se alia ao inescrupuloso barão Vladimir Harkonnen para dar um golpe violento, traiçoeiro e fatal, acabando de vez com a Casa Atreides.
Paul Atreides é obrigado a fugir com sua mãe pelo deserto, onde pouca gente sobrevive. Ele terá que se submeter ao flagelo que Duna lhe infligi para forçosamente tornar-se um homem – Mahdi, Muad’Dib, o Kwisatz Haderach – o homem esperado inclusive pelos supersticiosos fremen.
Este povo do deserto poderá acolhê-los, desde que eles se mostrem dignos, desde se tornem um deles. E podem apostar – o povo fremen e seu líder serão o fiel da balança nesta luta. Eles conhecem o lugar, vivem pelo sonho de tornar o planeta um lugar rico em água, esperam por alguém que os guiará ao paraíso.
Paul Atreides poderá ser este líder! Ele vai nos ganhando aos poucos, é estupidamente humano, cheio de dúvidas e a aceitação de que ele é aquele que todos esperam não será sem dor. Inclusive sua mãe passa a temê-lo e temer por seu destino.
O universo ficcional de Duna é tão rico que ficamos muitas vezes perdidos entre tantas castas. Existem as misteriosas “Bene Gesserit” chamadas de bruxas, que em meio à barbárie da guerra que se avizinha, têm o objetivo da criação de uma raça superior. Os “Mentat”, treinados para realizar cálculos e tomar decisões (no passado os humanos se revoltaram contra as máquinas e não há mais computadores) que geralmente se tornam assassinos de seus líderes. Os “fremen”, povo nômade do deserto que espera pelo messias. Os “sardaukar”, soldados treinados em um ambiente tão hostil que uma pequena parcela consegue sobreviver, desumanos que se utilizam de força suicida contra seus oponentes. Além disso, o planeta é descrito com detalhes tão reais e por que não dizer surreais, que nos sentimos caminhando em meio ao flagelo e vermes gigantes.
É importante que se saiba que o livro possui 4 apêndices que explicam sobre a ecologia de Duna, sobre a religião de Duna, sobre o propósito das misteriosas Bene Gesserit e sobre as Casas Nobres, não estão lá à toa, são fundamentais para o entendimento. Há também um glossário e a cartografia do planeta. Todos os capítulos possuem epígrafes curiosas e bem colocadas, escritas pela filha do Imperador.
Em meio a um tema atual – a discussão ecológica de um sistema sintrópico que não destrua ou esgote os recursos naturais, podemos observar inúmeras outras discussões em pauta na década de 60, que perpassam o enredo.
O cenário americano da época em que o livro foi escrito é pura pólvora. Martin Luther King e Malcon X lutam pela igualdade racial (os fremen são tratados como uma sub-raça). Duras são as críticas à guerra do Vietnã (no livro a guerra entre as Casas não deixa pedra sobre pedra). Os EUA lançam seu primeiro satélite meteorológico (líderes evitam um satélite que poderia trazer menos lucro ao Império). No campo filosófico o livro de Herbert Marcuse, Eros e civilização, é amplamente lido e discute a tese freudiana de que a civilização depende da subjugação de pulsões, que o progresso se daria após o sofrimento, evitando-se a busca pelo prazer.
Nada escapa ao olhar aguçado de Frank Herbert, nem a discussão sobre um Estado laico.
Enfim, tudo o que disseram sobre este livro e todos os estudos já realizados a seu respeito são a mais absoluta verdade: é um livro magnífico! Esqueçam o filme lançado em 1984, dirigido por David Lynch, apesar do elenco de peso (Kyle MacLachlan, Max von Sydow, Sting, Brad Dourif) ele não faz jus à obra e ganhará uma nova versão. O que realmente importa é o quanto esta obra pode nos emocionar. E ela nos emocionou bastante, principalmente por ser tão sutil e atual. Continuamos sem encontrar as palavras certas para descrever e destacar este clássico, escravizados pela emoção. Mas podemos dizer sem engano: É IMPERDÍVEL!
Muito já se falou sobre Duna (Aleph, 680 páginas ) de Frank Herbert, um livro da década de 60, e não quero me ater ao que já foi dito, mas sim tentar passar um pouco do impacto que este clássico me causou.
Com edição e projeto gráfico caprichados, este livro em capa dura com ilustrações do mágico Marc Simonetti tem início com uma introdução de ninguém menos que Neil Gaiman, fã da obra, que diz ser este “o melhor dos grandes romances de ficção científica, e o que mais se manteve relevante.” Difícil não se deixar levar por um início assim.
Diálogos magistrais e repletos de sutilezas, pensamentos espúrios ou benevolentes de cavaleiros medievais de um suposto futuro em que a humanidade se expande através da colonização de outros planetas, vão nos envolvendo de tal forma que não há como não virar as páginas rapidamente. É preciso mais e mais, é viciante.
Então vamos ao livro – desde cedo Paul Atreides é treinado nas armas, na política e nas doutrinas secretas de uma irmandade à qual sua mãe Lady Jéssica pertence, as Bene Gesserit, para suceder seu pai, o Duque Leto Atreides, senhor do planeta Caladan.
Bene
Gesserit
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Após a passagem de uma mulher misteriosa, a Reverenda Madre, também uma Bene Gesserit, que insiste em aplicar um “teste” para descobrir se Paul é o esperado Kwisatz Haderach (aquele com poderes para unir espaço e tempo). Ele está temeroso.
– Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.
De um momento pra outro a vida do clã Atreides é virada de cabeça para baixo. Eles são obrigados pelo Imperador Padixá Shaddam IV a deixar o planeta Caladan e se instalar no planeta Arrakis, conhecido como Duna, um lugar árido e inóspito, a fim de controlar a extração de uma especiaria capaz de expandir a vida humana: o mélange.
O maior problema é que este planeta vem sendo controlado, explorado e surrupiado pela Casa Harkonnen, desafeto declarado da Casa Atreides através dos séculos, e o Barão Vladimir não irá entregar tudo assim tão facilmente.
Então aqui viveremos nossas vidas, ela pensou, neste planeta infernal. O lugar estará preparado para nós, se conseguirmos escapar dos Harkonnen. E não há dúvida quanto a meu destino: uma égua reprodutora que preservará uma linhagem importante para o Plano das Bene Gesserit.
Em um planeta onde nada prospera a não ser a cobiça, Duque Leto juntamente com sua família e seu séquito deverão aprender a lidar com contrabandistas; com medonhas tempestades de areia e clima causticante em que água é artigo de luxo; com os “fremen”, habitantes supersticiosos do deserto avessos a um novo governante e com os “Shai-Hulud”, vermes de areia gigantescos tratados como divindades por estar sempre próximos a mananciais de especiaria. O planeta é um inimigo natural.
– Feias é pouco. Essas tempestades se formam numa extensão de 6 ou 7 mil quilômetros de planícies, alimentam-se de tudo o que possa lhes dar um empurrão... Os ventos podem chegar a setecentos quilômetros por hora e carregam tudo o que estiver solto por onde passam: areia, pó, tudo. São capazes de arrancar a carne dos ossos e reduzir os ossos a lascas.
O que eles não esperavam é que seus planos sofreriam um revés do destino – está em curso uma conspiração liderada pelo próprio Imperador e seus temidos soldados Sardaukar, que preocupado com o crescimento da popularidade dos Atreides se alia ao inescrupuloso barão Vladimir Harkonnen para dar um golpe violento, traiçoeiro e fatal, acabando de vez com a Casa Atreides.
Paul Atreides é obrigado a fugir com sua mãe pelo deserto, onde pouca gente sobrevive. Ele terá que se submeter ao flagelo que Duna lhe infligi para forçosamente tornar-se um homem – Mahdi, Muad’Dib, o Kwisatz Haderach – o homem esperado inclusive pelos supersticiosos fremen.
Este povo do deserto poderá acolhê-los, desde que eles se mostrem dignos, desde se tornem um deles. E podem apostar – o povo fremen e seu líder serão o fiel da balança nesta luta. Eles conhecem o lugar, vivem pelo sonho de tornar o planeta um lugar rico em água, esperam por alguém que os guiará ao paraíso.
... – Eles compõem poemas para suas facas. Suas mulheres são tão ferozes quanto os homens. Até mesmo as crianças fremen são violentas e perigosas. Receio que não deixarão você se misturar a eles.
Paul Atreides |
Paul Atreides poderá ser este líder! Ele vai nos ganhando aos poucos, é estupidamente humano, cheio de dúvidas e a aceitação de que ele é aquele que todos esperam não será sem dor. Inclusive sua mãe passa a temê-lo e temer por seu destino.
... por ser hábito das Bene Gesserit buscar a resposta para tamanha singularidade no íntimo da alma, ela procurou e encontrou a origem de sua formalidade: Tenho medo de meu filho; temo sua estranheza; temo o que pode ver em nosso futuro, o que pode me contar.
O universo ficcional de Duna é tão rico que ficamos muitas vezes perdidos entre tantas castas. Existem as misteriosas “Bene Gesserit” chamadas de bruxas, que em meio à barbárie da guerra que se avizinha, têm o objetivo da criação de uma raça superior. Os “Mentat”, treinados para realizar cálculos e tomar decisões (no passado os humanos se revoltaram contra as máquinas e não há mais computadores) que geralmente se tornam assassinos de seus líderes. Os “fremen”, povo nômade do deserto que espera pelo messias. Os “sardaukar”, soldados treinados em um ambiente tão hostil que uma pequena parcela consegue sobreviver, desumanos que se utilizam de força suicida contra seus oponentes. Além disso, o planeta é descrito com detalhes tão reais e por que não dizer surreais, que nos sentimos caminhando em meio ao flagelo e vermes gigantes.
– Aaaah, mas é claro. Tenho um bibliofilme a respeito de um espécime pequeno, só 110 metros de comprimento e 22 de diâmetro. Foi capturado nas latitudes setentrionais. Testemunhas confiáveis já registraram vermes de mais de quatrocentos metros de comprimento e há motivos para se acreditar que existam alguns ainda maiores.
Shai-Hulud |
Fremen |
É importante que se saiba que o livro possui 4 apêndices que explicam sobre a ecologia de Duna, sobre a religião de Duna, sobre o propósito das misteriosas Bene Gesserit e sobre as Casas Nobres, não estão lá à toa, são fundamentais para o entendimento. Há também um glossário e a cartografia do planeta. Todos os capítulos possuem epígrafes curiosas e bem colocadas, escritas pela filha do Imperador.
Em meio a um tema atual – a discussão ecológica de um sistema sintrópico que não destrua ou esgote os recursos naturais, podemos observar inúmeras outras discussões em pauta na década de 60, que perpassam o enredo.
O cenário americano da época em que o livro foi escrito é pura pólvora. Martin Luther King e Malcon X lutam pela igualdade racial (os fremen são tratados como uma sub-raça). Duras são as críticas à guerra do Vietnã (no livro a guerra entre as Casas não deixa pedra sobre pedra). Os EUA lançam seu primeiro satélite meteorológico (líderes evitam um satélite que poderia trazer menos lucro ao Império). No campo filosófico o livro de Herbert Marcuse, Eros e civilização, é amplamente lido e discute a tese freudiana de que a civilização depende da subjugação de pulsões, que o progresso se daria após o sofrimento, evitando-se a busca pelo prazer.
Sardaukar |
... não se obtém alimento-segurança-liberdade somente por instinto... a consciência animal não vai além do imediato nem penetra a ideia de que suas vítimas podem ser extintas... o animal destrói e não produz... os prazeres animalescos não se afastam dos níveis sensuais e fogem aos perceptuais... o ser humano exige uma rede de contextos para enxergar seu universo... a consciência focalizada por escolha própria, é isso que dá forma à rede... a integridade do corpo segue o fluxo de sangue-nervos de acordo com a percepção mais profunda das necessidades da célula... todas as coisas/células/criaturas são impermanentes... lutam por uma permanência-fluência interior...
As palavras de Halleck retornaram: “As vontades são para o gado, ou para fazer amor. Você luta quando surge a necessidade, não importa se está ou não com vontade”.
As palavras de Halleck retornaram: “As vontades são para o gado, ou para fazer amor. Você luta quando surge a necessidade, não importa se está ou não com vontade”.
Nada escapa ao olhar aguçado de Frank Herbert, nem a discussão sobre um Estado laico.
– “Quando a religião e a política viajam no mesmo carro, os condutores acreditam que nada é capaz de ficar em seu caminho. Seu movimento torna-se impetuoso, cada vez mais rápido. Deixam de pensar nos obstáculos e esquecem que o precipício só se mostra ao homem em desabalada carreira quando já é tarde demais.”
Enfim, tudo o que disseram sobre este livro e todos os estudos já realizados a seu respeito são a mais absoluta verdade: é um livro magnífico! Esqueçam o filme lançado em 1984, dirigido por David Lynch, apesar do elenco de peso (Kyle MacLachlan, Max von Sydow, Sting, Brad Dourif) ele não faz jus à obra e ganhará uma nova versão. O que realmente importa é o quanto esta obra pode nos emocionar. E ela nos emocionou bastante, principalmente por ser tão sutil e atual. Continuamos sem encontrar as palavras certas para descrever e destacar este clássico, escravizados pela emoção. Mas podemos dizer sem engano: É IMPERDÍVEL!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
Cortesia da Editora Aleph
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E ai Rodolfo! Tudo beleza?
ResponderExcluirJá ouvi falar deste livro, mas as críticas nunca havia parado para lê-las. Gostei de fato da capa e da premissa, que por sua vez chamam bastante atenção, mas não to com pique verdadeiro para ler esses gêneros. Suas resenhas são sempre ótimas, parabéns!
Passa no meu site pra conferir a indicação do "Ler para Divertir" que fiz lá. Acho que a Gisela vai amar.
Grande abraço!
www.cafeidilico.com
caro Victor, também demorei uma vida pra iniciar a leitura de Duna e assim que comecei foi impossível parar, tanto que já estou de olho nas continuações salivando. sei que é preciso estar na vibe certa pra um livro de fôlego como este, então torço para que este dia chegue logo pra ti. obrigado pelas palavras carinhosas, pelo astral lá em cima e pela indicação, sei que a Gi irá amar assim como eu.
ExcluirOi Rodolfo, um clássico é um clássico rsrs e curti muito a resenha deste que parece ter um protagonista bem forte e um cenário rico e bem explorado, onde o leitor sente como se estivesse dentro da história e isso é super positivo. As imagens imagino que façam parte da edição da Aleph e estão belíssimas assim como imagino que esteja toda a edição. Ótima resenha *__* Fiquei curiosa sobre o livro e sobre o filme antigo baseado nele ;)
ResponderExcluircara Lili, sempre corro aqui pra ver os comentários e dentro deles sempre procuro por ti que é leitora assídua. as imagens não são do livro (a não ser a capa), é que procurei pela net por imagens que demonstrassem um pouco das personagens, do impacto causado por elas, espero ter conseguido. a Aleph sempre arrasa, além do mais o livro é em capa dura com ilustrações do mágico Marc Simonetti (como já havia dito). enfim, é imperdível. leia e assista a tudo que envolver o universo de Duna, você irá adorar. brigaduuuuu
ExcluirConseguiu sim, as imagens estão ótimas, tanto que pensei que estivessem na edição rsrs.
ExcluirRodolfo querido!
ResponderExcluirPaa quem não queria especular sobre o conteúdo do livro e apenas colocar o que sentiu, falou até demais, não foi?kkkkkk
O livro é bem antigo e muito conhecido, principalmente por causa do filme.
Não li ainda e gosto muito desse mundo ficcional onde há motivação para sobrevivência e toda horda de conspirações e furtos por traz da dita 'busca da melhoria'.
Quando tem muitos povos e castas, acabo me confundindo um pouco, porém acredito quando lemos com parcimônia, dá para entender tudo direitinho e participar de toda aventura e trama envolvido.
Adorei sua resenha.
Que outubro venha carregado de boas energias!
“A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem.” (Immanuel Kant)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
cara Rudynhaaaaa, esta minha mania de ser prolixo quando quero ser sucinto é que me derruba, rs. é um livro antigo sim, um clássico que fiquei protelando até não poder mais. querida este livro é uma delícia e com os apêndices/glossário a gente acaba entendendo tudinho (basta ter paciência pra verificá-los quando necessário, como um mapa). é leitura obrigatória, senão pela história pelo menos pela defesa ecológica. bjos
ExcluirOi Rodolfo.
ResponderExcluirNão me julgue. Mas essa é a primeira vez que vejo falar desse livro, já vou confessando que clássicos não é muito meu forte. porque a escrita na mairia das vezes me deixa muito confusa o que faz com que eu tenho que pesquisar alguns termos e palavras e isso nem sempre é muito bom, enfim, eu estou apaixonada pela premissa desse livro o fato de que tem muitas castas seria algo que não me agradaria muito, mas acho que consigo me adaptar, essa capa é belíssima, e eu adorei as imagens que trouxe para representar a história.
Bjs.
querida Marlene, quem sou eu pra julgá-la, rs. é um clássico da ficção científica, então provavelmente você não terá dificuldades com a linguagem que é o que mais afugenta leitores. é realmente um livro apaixonante, não deixe de lê-lo e volte pra gente prosear a respeito. obrigadooo pelas palavras carinhosas de sempre. bjos.
ExcluirOi Rodolfo, é um clássico da ficção que está na minha lista de leituras e gosto das edições da Aleph! Acho que é um livro pra ler e apreciar bastante.
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
cara Mi, você está coberta de razão... a gente degusta e não quer lagargar mais. livro incrível. bjossss
ExcluirCaramba! Assisti o filme quando era uma jovem gafanhoto. Nem lembro mais dos detalhes. Mas, acredito quando dizes que o livro é magnífico, rico e único. (foram as minhas palavras e não as suas, minha interpretação de sua resenha. Qué dexá! Kkkkk)
ResponderExcluirFiquei ansiosa pra ler essa obra. CULPA SUA! Agora vou ter que assaltar um banco. Adorei a resenha, amei saber que teremos uma nova adaptação. Espero que sigam ao pé-da-letra.
Bjos
Ni
Cia do Leitor
caríssima Niiiiii, adorei o "jovem gafanhoto", provavelmente somos da mesma época rsrsrs. e é claro que deixo seus belíssimos comentários sempre, você dá um colorido especial a toda resenha. espero ter aberto seu apetite sim, porque o livro é fantástico. bjos querida e brigaduuuuuu
ExcluirNão sabia desse filme e nem do livro!
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha. A trama pareces ser bem complexa, porém com muitos detalhes que vão se explicando ao longo do livro.
Adorei as cenas que você colocou no post.
cara Herica, é um filme antigo cheio de gente famosa, mas não conseguiu alcançar a maestria do livro, por isso já espero avidamente a nova versão que há muito se negocia. obrigaduuuu pelas palavras carinhosas.
ExcluirAh, meu querido amigo, é sempre com um sorriso que leio suas resenhas, são palavras fáceis que escorrem de suas mãos, ideias bem colocadas na tela, um tanto de empolgação e uma vontade genuína de fazer o leitor sentir sua emoção com a leitura. Sabendo que minha preferência não é pelos gêneros que você mais aprecia, nem de longe me sinto desmotivada a ler suas impressões. É sempre uma alegria, fico admirada com muitas frases que você nos presenteia, como você viaja na aventura proposta, como consegue sair do chão e se lançar em mundos diferentes (?) da nossa realidade. falando nisso, quantas coisas um clássico como este pode trazer, atravessando meio século e permanecendo ainda contextualizado com o nosso momento, atemporalidade é uma das marcas de um clássico. Vejo que o autor mandou o recado, imprimiu nas páginas sua abordagem das catástrofes vividas na época, mas que poderiam ser de agora! E fico me perguntando quantos elementos mais ele teria hoje, com o caos instalado e divulgado pela internet, chegando rapidamente a qualquer ponto do planeta as mais loucas notícias do que os homens são capazes de produzir.
ResponderExcluirPor mais leituras assim para você, que lhe estimulem e transportem para outras verdades, outras lutas. Para mim também, nas minhas leituras cruas como a vida nossa, estou ansiosa por um livro que me traga logo essa sensação de plenitude tão própria de uma excelente leitura. Beijo!
cara Manuh, é sempre com um prazer enorme que corro aqui pra ler seus comentários, são sempre objetivos. mas não é por isso que os leio, mas sim pela verdade que transmite. você conseguiu traduzir bem o que realmente senti: empolgação, emoção, felicidade. sei que muitas vezes teço uma colcha mal enjambrada, mas é porque é desta forma que enxergo o todo, vou reunindo cacos do que li e vivi e montando uma imagem que quero que os leitores também vejam, mas é como tecer um sonho, é impossível, só quem sonhou saberá desvendá-lo. ainda assim eu tento, porque o que mais nos faz feliz é poder comentar o que nos emociona, é encontrar alguém que não somente querida comentar uma resenha, mas que queira compartilhar vivências. isso você faz com categoria. também gosto de leituras diferentes desta, aliás poucas são as coisas que não me chamam a atenção. torço para que mais livros nos unam (o mesmo livro, a mesma leitura) e que possamos lê-los, debatê-los, vivenciá-los e se possível aprendermos com cada palavras ali impressa. obrigado querida pelo carinho sempre! bjos
ResponderExcluirMuito bom quando um livro nos deixa assim viciado com a leitura, parece ter muitos acontecimentos nessa disputa pelo mélange é uma plante bem interessante e poderosa, muitos devem fazer qualquer coisa por ela. Parece ser uma leitura diferente fiquei curiosa para saber mais, não assisti o filme, mas agora vou esperar pela nova versão rs.
ResponderExcluircara Maria, há acontecimentos sim, inúmeros, mas o que realmente vale à pena é a conscientização sobre o meio ambiente e as consequências de se abrir os olhos inadvertidamente ao lucro em detrimento da natureza. é leitura mais que atual.
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirJá ouvi o nome Duna, mas para ser honesta, não tinha ideia do conteúdo da história. Como ficção científica não é um gênero que leio acabo não ficando por dentro de livros do gênero, mas mantenho minha mente e lista de leituras abertas para novas histórias como esta. Só de ler sua resenha consigo ver a complexidade da narrativa e a grande quantidade de elementos que o autor criou para que esta história tivesse o efeito desejado. Ambientações em outros planetas sempre nos trás algo mais bárbaro, pois a luta pela sobrevivência é constante e requer mais frieza dos seres para lidar com batalhas e inimigos. Duna me pareceu confuso, mas só porque não estou inteiramente ciente da proposta de Frank Herbert, mas vou deixar aqui minha admiração pelo autor na criação de uma obra tão bem desenvolvida, principalmente se formos considerar a década em que isso ocorreu.
cara Gislaine, é ótimo quando um leitor mantém o leque de opções aberto, afinal de contas muitos livros são classificados em gêneros por ser uma política utilizada pelas editoras, mas nem sempre são tão somente de um único gênero e acabamos perdendo muitas leituras por causa disso. o livro é complexo, mas o entendimento não é difícil, mesmo que você queria se aprofundar na história, perceber o que há por trás das entrelinhas. é um clássico e não é à toa que tem tantos fãs. leia também e depois me conte o que achou. obrigaduuuu.
ExcluirJá havia ouvido falar sobre o livro, mas não sabia do que se tratava. E estou arrependida por não ter ido atrás para descobri antes. Parece ser uma trama incrível, e eu adoro ficção científica então tenho certeza que ia adorar a leitura.
ResponderExcluirAcho as edições da editora Aleph incríveis!
beijos
She is a Bookaholic
cara Nicole, tenho certeza de seu arrependimento, ainda mais se você gosta de FC. este livro é incrível e as edições da Aleph são bárbaras mesmo. ainda há tempo querida, corra atrás e depois volte pra gente prosear mais a respeito. bjos e brigaduuuuuu
ExcluirOlá Rodolfo!!
ResponderExcluirSó conhecia por nome o livro, não tinha lido nd ainda sobre ele, adorei o enredo e os personagens, assim que tiver uma oportunidade qro ler com toda ctz!
Bjs!!
cara Aline, leia sim, não deixe este clássico que influenciou tanta gente passar em vão, é belíssimo. bjos e brigaduuuuu
ExcluirEsse livro é e será sempre um dos meus preferidos. Quando eu li, lá pelos 16 anos, fiquei fascinado por meses e anos depois reli com mais atenção. Foi por causa dele que decidi começar a escrever, e sou fã do universo criado pelo Frank Herbert, dito isso, curti muito sua resenha, que soube ser didática e ao mesmo tempo esconder o jogo. O mais impressionante é as discussões levantas em Duna são ainda muito atuais, sendo possível traçar muitos paralelos com a geopolítica mundial e até mesmo com nosso país. Bons livros de FC são assim mesmo. Parabéns!
ResponderExcluircaro André, clássicos atemporais como este nos deixa fascinado por uma vida inteira, como você bem disse. tive a felicidade de lê-lo já maduro, porque além de um enredo saboroso é preciso certa bagagem para entender a profundidade das questões levantadas e o quanto a humanidade ainda precisa caminhar para ascender a uma paz aguardada apenas com fé, sem realmente nos preocuparmos com as futuras gerações. fico grato por seu comentário que é fã da obra. brigaduuuuu
ExcluirOi Rodolfo
ResponderExcluirPor incrível que pareça eu não conhecia Duna, tenho a impressão de que já ouvi falar do filme, mas nunca assisti. As imagens me chamaram bastante a atenção, que maravilhosas, eu realmente gostei, espero que a nova versão faça juz a obra incrível que você descreveu. Ficção científica não é um gênero que leio mto, mas como você disse, é um universo tão rico, vale a pena ser explorado. Mais um para a lista. Parabéns pela descrição, Duna ganhará mais uma leitora.
Beijos.
cara Vitória, não há problema, existe uma infinidade de universos literários e nos atemos àqueles que realmente nos encanta. se você quiser enveredar pela FC então terá que ler este clássico, afinal de contas ele influenciou gerações de escritores. quando ler volte pra gente prosear um pouco mais. bjos e brigaduuuuu
ExcluirOlá! Confesso que não tinha ouvido falar deste livro até então. No entanto a resenha me deixou curiosa em conhecer mais sobre a história. Adoro quando o livro nos leva para um mundo totalmente diferente da nossa realidade, ainda mais com detalhes tão ricos, sem dúvida o livro entrou para a minha listinha (não tão “inha” assim).
ResponderExcluircara Elizete, séééério? não se preocupe, nem sempre os livros se encaixam em nossos gêneros preferidos e acabamos dando uma importância menor, ainda assim ficamos de antena ligada. sua "listinha" deve ser do tamanho da minha, rsrsrs. realmente, com este livro viajamos a outros mundos, mas sempre com um pé em nossa realidade, assuntos como ecologia, religião e poder são o mote para esta aventura espetacular. leia também e volte pra gente prosear. brigaduuuuu
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirIntrodução de Neil Gaiman?Nome de peso.
Gostei do quote sobre o medo.
As imagens com os personagens também aumentaram minha percepção sobre a história, sempre que via esse 'bichinho' gigante na capa pensava "ah, não faz meu estilo" XD, como minha primeira impressão estava errada.
cara Helen, Gaiman é um dos fãs confessos deste clássico atemporal. espero que agora você queira também embarcar nesta aventura que é maravilhosa. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!
ResponderExcluirComo sempre a sua resenha é maravilhosa e acaba despertanto muita curiosidade sobre essa estória. Acho super interessante esse clássico da ficção científica! Mas um livro maravilhoso que tenho que ler.
Bjoss
eiii Marta, obrigado pelas palavras carinhosas. este é um daqueles livros imperdíveis. é um clássico, porém sem aquela escrita datada que algumas vezes afugenta o leitor. não perca este não. bjos
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