Ed. Objetiva, 2017 - 152 páginas |
- "Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Ainda que não seja uma biografia, em Na minha pele Lázaro compartilha episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, Lázaro nos fala da importância do diálogo. Não se pode abraçar a diferença pela diferença, mas lutar pela sua aceitação num mundo ainda tão cheio de preconceitos. Um livro sincero e revelador, que propõe uma mudança de conduta e nos convoca a ser mais vigilantes e atentos ao outro."
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Começo esta conversa com o leitor sem saber de onde vou tirar argumentos ou posições que definam o bem e o mal-estar após a leitura de NA MINHA PELE. O bem-estar porque Lázaro Ramos se coloca aqui com a alma desnuda, como se estivesse a bater um papo informal com o leitor. O mal-estar é imaginar o quão difícil é conviver com o racismo, essa violência sem tamanho, especialmente em um país multirracial como o Brasil.
Do que fala, então, o livro? Não é autobiografia, embora o autor conte coisas pessoais relativas à infância, adolescência e enfrentamentos que precisou vivenciar. Nem pretende ser um ensaio. Lázaro nos fala de suas impressões, das descobertas, da afetividade. Fala de um Brasil multicultural e rico, de como a família é fundamental na construção da nossa identidade. E fala também da imensa dificuldade que os negros enfrentam todos os dias, através de olhares, gestos, agressões, menosprezo e rejeição.
É um livro fácil de ler, mas não se engane, há muito a refletir diante do posicionamento do autor. Como ficar indiferente à questão central do texto: o preconceito? Há outros temas que também são abordados à medida que as memórias são expostas, como pertencimento, formação de identidade, gênero, oportunidades. É que Lázaro abre o coração e expõe sem rodeios suas queixas, experiências, e, o melhor de tudo, suas expectativas e medos. Como pai, especialmente, em busca de oferecer aos filhos um suporte valoroso.
Lázaro buscou nutrir-se de referências desde o Bando Olodum de Teatro, sua formação e primeira impressão acerca da negritude no mundo, da riqueza cultural, da beleza de seus corpos, vestes e costumes. Ele nos conta que o mundo sempre lembrou a ele que ele era negro, quando antes havia sido criado em um ambiente onde isso não era uma questão (uma ilha onde a maior parte da população era negra).
Percebo a angústia na fala do escritor, proveniente da expectativa gerada pela necessidade de representatividade. Os jovens negros nele se espelham, sonham chegar ao lugar conquistado arduamente pelo ator. É essa responsabilidade que ele carrega por ter visibilidade em lugares antes habitados por brancos, e revela sempre precisar lembrar à sua plateia que não existem limites para um corpo negro ocupar, mas também que a luta é dura, que a sociedade não (ou mal) acostumada vai cobrar essa permissão. Onde já se viu isso, minha gente, a pessoa ter que lembrar o tempo todo que é negra, que isso faz diferença numa sociedade racista e hipócrita como a nossa?
Minha experiência “na pele” do Lázaro Ramos foi perceber as coisas por outro ângulo, como se de repente eu me visse através do olhar e do sentimento de outra pessoa. Fiquei como observadora de mim mesma, do que penso e falo e sinto e ajo. Embora leia e me interesse por questões sobre o preconceito (em busca de compreender o inexplicável), estava alheia ao racismo diário e sutil que não conheço no olhar, no desdém e na desconfiança do outro. Lázaro aguçou a minha indignação, apesar da leveza do texto não ter pretensão alguma de convencer ninguém; me deixou até mesmo incomodada pelos privilégios que tenho desde sempre, mas que são tão comuns e tão normais que me deixavam anestesiada. Agora não mais. Na Minha Pele é uma conversa entre amigos, sim, mas ela toca fundo no coração, é realmente difícil que não haja uma transformação no leitor após a leitura.
Aconselho: releia o primeiro trecho que destaquei lá no começo deste texto, comece por ele. Depois disso, só posso recomendar: leia o livro. A discussão deve reverberar em clubes de leitura, rodas de amigos, espaços familiares. O racismo deve ser debatido, conversado, refletido e combatido sempre.
Link do livro no Skoob:
https://www.skoob.com.br/na-minha-pele-679404ed681675.html
“Pergunto, quando é que um branco se dá conta de que é branco? Pensou? No geral, a autopercepção da etnia branca não existe. O protagonismo é dos brancos, então sua condição de branco não é um assunto. Isso é o “normal”. Um negro se dá conta da sua etnia a cada olhar que recebe (de desconfiança, de surpresa, de repulsa, de pena) ao entrar em um lugar. A cada vez em que se procura e não se encontra. A cada apelido na escola, que sempre tem a ver com a cor e, geralmente, agregado a um valor negativo. A cada vez que não é considerado padrão de beleza e a cada vez que se vê calculando como deve se portar ou o que deve dizer, porque não sabe como será interpretado. A cada vez que observa como sua palavra é desconsiderada ou considerada equivocadamente. É nos pequenos incômodos, para muitos inexistentes, que nos damos conta de que não é mera coincidência sermos a maioria nos presídios, favelas e manicômios."
Do que fala, então, o livro? Não é autobiografia, embora o autor conte coisas pessoais relativas à infância, adolescência e enfrentamentos que precisou vivenciar. Nem pretende ser um ensaio. Lázaro nos fala de suas impressões, das descobertas, da afetividade. Fala de um Brasil multicultural e rico, de como a família é fundamental na construção da nossa identidade. E fala também da imensa dificuldade que os negros enfrentam todos os dias, através de olhares, gestos, agressões, menosprezo e rejeição.
"Sou uma exceção, e história de exceção só confirma a regra. Fazer mais um livro sobre o ponto de vista de uma exceção não ajuda em nada a questão da exclusão dos negros no Brasil."
É um livro fácil de ler, mas não se engane, há muito a refletir diante do posicionamento do autor. Como ficar indiferente à questão central do texto: o preconceito? Há outros temas que também são abordados à medida que as memórias são expostas, como pertencimento, formação de identidade, gênero, oportunidades. É que Lázaro abre o coração e expõe sem rodeios suas queixas, experiências, e, o melhor de tudo, suas expectativas e medos. Como pai, especialmente, em busca de oferecer aos filhos um suporte valoroso.
"Fico imaginando que estratégias tenho que ensinar aos meus filhos para que resistam. E não estou sozinho. Uma pessoa negra de poucas posses está preocupada com o que vai acontecer quando o filho adolescente encontrar a polícia na rua. Um negro com boa situação financeira tem que lidar com o fato de seu filho ser um dos únicos negros da escola particular."
Lázaro buscou nutrir-se de referências desde o Bando Olodum de Teatro, sua formação e primeira impressão acerca da negritude no mundo, da riqueza cultural, da beleza de seus corpos, vestes e costumes. Ele nos conta que o mundo sempre lembrou a ele que ele era negro, quando antes havia sido criado em um ambiente onde isso não era uma questão (uma ilha onde a maior parte da população era negra).
Percebo a angústia na fala do escritor, proveniente da expectativa gerada pela necessidade de representatividade. Os jovens negros nele se espelham, sonham chegar ao lugar conquistado arduamente pelo ator. É essa responsabilidade que ele carrega por ter visibilidade em lugares antes habitados por brancos, e revela sempre precisar lembrar à sua plateia que não existem limites para um corpo negro ocupar, mas também que a luta é dura, que a sociedade não (ou mal) acostumada vai cobrar essa permissão. Onde já se viu isso, minha gente, a pessoa ter que lembrar o tempo todo que é negra, que isso faz diferença numa sociedade racista e hipócrita como a nossa?
Minha experiência “na pele” do Lázaro Ramos foi perceber as coisas por outro ângulo, como se de repente eu me visse através do olhar e do sentimento de outra pessoa. Fiquei como observadora de mim mesma, do que penso e falo e sinto e ajo. Embora leia e me interesse por questões sobre o preconceito (em busca de compreender o inexplicável), estava alheia ao racismo diário e sutil que não conheço no olhar, no desdém e na desconfiança do outro. Lázaro aguçou a minha indignação, apesar da leveza do texto não ter pretensão alguma de convencer ninguém; me deixou até mesmo incomodada pelos privilégios que tenho desde sempre, mas que são tão comuns e tão normais que me deixavam anestesiada. Agora não mais. Na Minha Pele é uma conversa entre amigos, sim, mas ela toca fundo no coração, é realmente difícil que não haja uma transformação no leitor após a leitura.
"Ao fim da entrevista, Zózimo me segurou pelos ombros e disse: ‘Tá vendo aquilo ali?’. E apontou para a câmera. ‘Aquilo é uma arma. Use-a.’ A conversa com Zózimo me fez sonhar mais. Me fez pensar em como nos é negada a possibilidade de sonhar, de querer mais, de saber que é possível."
Aconselho: releia o primeiro trecho que destaquei lá no começo deste texto, comece por ele. Depois disso, só posso recomendar: leia o livro. A discussão deve reverberar em clubes de leitura, rodas de amigos, espaços familiares. O racismo deve ser debatido, conversado, refletido e combatido sempre.
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Manu Hitz
Cearense, fisioterapeuta e mãe. “Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer. Leio com alegria.” Ariano Suassuna.
Cortesia do Grupo Companhia das Letras
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Cara Manuh, este é daqueles livros que tenho uma vontade enorme de ler e começarei lendo através de suas palavras que tanto aprecio. De cara te digo de meu compadecimento a todas as minorias e marginalizados que vivem entre nós e que por inércia, medo ou desinteresse não conseguimos, não podemos ou não queremos ajudar.
ResponderExcluirMas e quando uma pessoa reúne de maneira tão pungente características de várias minorias e marginalizados e ainda assim consegue romper a parede do preconceito? Ele serve de exemplo e carrega uma responsabilidade tão grande que muitas vezes o peso lhe enverga as costas, tensiona os músculos, machuca as pernas. Ainda assim ele prossegue no afã de encontrar maneiras de tornar o mundo um lugar melhor para seus filhos e companheiros de dor.
Quanto mais leio entrevistas e posicionamentos de Lázaro, mais me torno seu seguidor. A questão é – ele não pode ser exceção, precisa ser a regra! Ele que sofreu e sofre preconceitos tão arraigados em nossa cultura ergueu sua voz para protestar e ele tem peso para ser ouvido. Não é possível que em um país em que a miscigenação é a norma ainda tenhamos tanta hierarquia baseada na etnia. Seria isso um problema de nosso sistema político, de um doutrinamento que se inicia cedo nas escolas ou apenas um desinteresse pelos desvalidos?
Não fico indiferente às dores de outrem, somos todos da “raça humana” e quem pensa diferente deveria sim estar à margem, buscando um lugar onde pudesse destilar sua maldade. Imagino um mundo onde possamos apenas brilhar, compartilhando felicidade pelos canto mais remotos do mundo. Seria eu um sonhador?
O que me alegra é que tenho em você, Manuh, alguém que sonha o mesmo sonho. Adorei a dica, lerei com certeza, suas palavras também me calaram fundo.
Ah, meu amigo, este livro do Lázaro é daqueles que quero dar de presente, sabe? Uma pena que os racistas (os declarados e os velados) ainda tenham areia nos olhos e não consigam ver o peso da ignorância. O que posso lhe dizer é que minha indignação aumenta exponencialmente a cada notícia de racismo, a cada piadinha de péssimo gosto (e já não me calava a elas, imagine depois da leitura). Leia sim. Ele traz belas reflexões, tem uma alma muito sensível e questionadora, além de uma vontade enorme de melhorar este nosso mundinho. Bj
ExcluirOlá Manu!
ResponderExcluirResenha perfeita, parabéns!
Eu ainda não tinha lido nada sobre o livro, gostei mto, já era fã do ator e o admirava pela sua posição contra o racismo...
Infelizmente a maioria ainda insiste nesse lamentável e triste preconceito dentro tantos outros né....
Qro mto conseguir ler o livro!
Bjs!
Oi, Aline, não perca a oportunidade. Vc lê rapidinho pq o livro é como aquela visita que chega na sua casa e traz tantas ideias maravilhosas que vc não quer que ela vá embora. Bj
ExcluirAssim é ainda melhor então...
ExcluirBjs!
OI Manu, que resenha boa, que dica ótima, ainda não tinha ouvido falar desse livro da Lázaro, mas achei tudo muito interessante e o tema que ele fala como se tivesse num bate papo com o leitor muito importante. Lázaro é um grande e bom exemplo, há lutas que não deveriam existir? sim, mas passar pelas diversas situações que a vida apresenta de cabeça baixa não é opção e ter esse ator como referência faz a diferença. Fiquei muito feliz de ler essa resenha, de saber sobre esse livro, de ver que o autor reforça a importância da base, da família e li o primeiro quote duas vezes de tão bom que o considerei *__*
ResponderExcluirSim, Lili, preferi começar pela fala de Lázaro pq é um convite a quem está do outro lado e não se questionou sobre isso. fico feliz com o posicionamento do Lázaro e da multidão que se interessou pelo seu papo e suas indagações - ele lotou a sala da FLIP este ano, quando do lançamento do livro. Espero estar viva para ver mudanças significativas na mentalidade das pessoas, sonho com o dia em que a cor da pele não será uma questão, que o respeito seja o condutor das nossas relações. Beijão.
ExcluirManu!
ResponderExcluirTem livros que nos fazem repensar nosso comportamento de maneira geral, principalmente quando o preconceito está envolvido.
Infelizmente ele (o preconceito) nos é incutido desde a infência com mínimas brincadeiras, com comentários sarcásticos, com atitudes impensáveis; nem percebemos que tudo aquilo vai entrando em nosso subconsciente e de repente, nos vemos 'repetindo' as mesmas atitudes. Um nojo!kkkk
É tudo tão osmótico que nem percebemos.
Imagino o que deva ter sentido ao ler as impressões do Lázaro Ramos. Tenho a maior vontade de ler.
E só para deixar registrado, não admito em pleno século XXI ter preconceito de qualquer espécie... Acho um absurdo!
Parabéns pela resenha!
“É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
É verdade, Rudy, estamos em processo de desconstrução dos preconceitos incutidos, precisamos estar atentos. Vc tem razão, é inaceitável que o preconceito se manifeste e não nos indignemos, fiquemos indiferentes, omissos. Adorei sua presença aqui! Beijo!
ExcluirEsse livro deve deixar o leitor refletindo um bom tempo sobre o que leu e sobre nossas atitudes e o que fazemos para mudá-las. É um tema muito triste e revoltante, pois pra mim somos todos iguais, mas tem gente que não pensa assim infelizmente. É muito triste ver pessoas olhando torto e medindo os outros de cima a baixo como se fossem melhores do que qualquer um.
ResponderExcluirSim, Maria, podemos sentira dor que Lázaro refere nas atitudes mascaradas do racismo. É mesmo revoltante!
ExcluirNão sou acostumada a ler não ficção, porém sempre dou prioridades para alguns livros para eu poder refletir mais sobre a vida e em como as coisas atualmente estão fora de controle.
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha e dos trechos destacados!
Que bom, Hérica! Posso sugerir a vc Americanah, da Chimamanda, que trata tb de temas abordados pelo Lázaro, mas em forma de romance. Atualíssimo e maravilhoso! Beijão
ExcluirOi, Manu!
ResponderExcluirConcordo com você que o racismo deve ser debatido, conversado, refletido e combatido sempre, mas Na minha pele não faz parte do meu estilo de leitura, prefiro romances, sabe?! Mas achei bacana sua resenha. Abraços!
Claro, Any, compreendo! Tb tenho meu gênero favorito. Obrigada pela presença! Bj
ExcluirA propósito, indiquei um livro logo acima do seu comentário :-)
ExcluirOi Manu.
ResponderExcluirEu adorei a premissa desse livro, racismo é algo que deve ser debatido e exterminado, eu fico triste em ver situações como esta, eu assim como você, me sinto alheia na maioria das vezes as racismo sofrido diariamente e acho que esse é um bom livro para abrir meus olhos, por isso apesar de não ser muito meu gênero, essa é uma leitura a qual preciso ler urgente.
Bjs.
Se puder, leia sim, Marlene. E divulgue. Bj
ExcluirOi Manu
ResponderExcluirÉ engraçado como achamos que por viver em um mundo de celebridades pessoas como o Lázaro não sofem tanto preconceito não é? Já tinha lido relatos dele e de outros atores que viveram esse preconceito racial, e vivem até hoje, é como você disse, ler isso nos faz ver como agimos, como lidamos com essas situações quando a vemos a nossa volta (o que sendo sincera acontece quase todos os dias).
Concordo com sua última frase, o racismo deve ser combatido sempre.
Beijos.
Sim, Vitória, acho que Lázaro trouxe esta conversa para bem perto de nós, o mundo anda clamando por respeito! Bj
ExcluirOlá! Realmente é um livro para se ler e se sentir, está cheio de ótimas referências, e é impossível não refletir sobre o racismo no decorrer desta leitura, o quanto ainda temos que mudar nossa opinião, e o quanto, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa.
ResponderExcluirOi Manu
ResponderExcluirLázaro Ramos é um grande ator, dar voz para quem passou/passa por isso é essencial, são experiências assim que geram reflexão que há muito ainda para ser trabalhado para combater o preconceito.
Sou uma grande fã do trabalho do Lazaro, e fiquei bem feliz quando vi que ele lançaria o livro.
ResponderExcluirNão faz meu estilo de leitura, mas darei uma chance sim.
Para ser um livro com uma grande mensagem e para bastante reflexão.
É triste ver que numa sociedade tão moderna o racismo é ainda algo que acontece com uma certa frequência.
Oi, Manu!
ResponderExcluirGosto bastante da premissa desse livro, pois sou muito fã desse ator maravilhoso que é o Lazaro Ramos, estou muito curiosa para ler essa estória incrível!! Adorei a resenha. E muito obrigada pela indicação.
Bjoss