Ed. Fantástica Rocco, 2017 - 272 páginas |
- "Quando a chuva aflige o vilarejo de Véu-Vale pelo terceiro dia consecutivo, as ruas iluminadas por tochas ficam desertas; as janelas, uma a uma, se fecham; nesses dias, quem caminha pelas ruas de Véu-Vale caminha sozinho. Em O coletor de espíritos, novo romance de Raphael Draccon, um dos principais nomes da literatura de fantasia nacional, Gualter Handam, antigo morador do vilarejo e hoje um psicólogo prestigiado, se vê obrigado a retornar ao local que povoa seus pesadelos. Depois de tantos anos, ele terá de encarar antigos fantasmas e enfrentar uma força desconhecida e furiosa, numa jornada de sacrifício e redenção que poderá finalmente libertar todo um povo das garras do medo."
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Olá, pessoas! Olha eu aqui de novo! E hoje, excepcionalmente, eu tenho um pedido a fazer: se você conhece (ou conhece alguém que conheça) o Raphael Draccon, diz pra ele que eu mandei um beijo gigante e que agradeci pelo livro maravilhoso e pelo tapa de luva que foi a “nota do autor” no final do livro. Draccon (apesar do nome estranho) é brazuca e eu já comentei aqui (há muito tempo, numa resenha muito distante) o quão feliz eu fico em ler literatura nacional de qualidade. De verdade, renova minha fé no universo.
Gualter Handam cresceu na isolada Véu-Vale, mas fugiu da cidade e de toda sua carga sobrenatural na primeira oportunidade que teve. Ele agora é o psicólogo das celebridades, tem uma vida boa, uma namorada compreensiva e uma carreira de sucesso. Mas ele é um filho de Véu-Vale e como todo filho de Véu-Vale, Gualter sabe o que acontece na terceira noite consecutiva de chuva. Quando a mãe adoece e ele é chamado de volta à cidade natal, sensações adormecidas despertam e Gualter percebe que não importa o quão distante de Véu-Vale esteja, nunca será completo enquanto não fechar os ciclos que deixou abertos ao partir.
Esse é daqueles livros que a gente lê de uma vez só. Primeiro porque ele é bem curtinho (tem menos de trezentas páginas) e os capítulos são pequenos também. Segundo porque o ritmo é muito bom, as coisas acontecem de forma rápida e você vai descobrindo as informações aos poucos. Eu sempre terminava um capítulo precisando desesperadamente ler o próximo pra entender o que estava acontecendo.
Gostei bastante da ambientação. Talvez porque, quando eu era criança, minha avó morava numa espécie de vilarejo no interior de Minas muito parecido com Véu-Vale (sem o lance sobrenatural). Uma mini-cidade isolada de tudo onde energia elétrica e água encanada eram luxo e todo mundo se conhecia pelo nome. Eu costumava passar as férias escolares por lá. Provavelmente por isso, me senti levemente nostálgica enquanto lia.
Os personagens são outro ponto forte do livro. Eu já disse aqui (um milhão de vezes, provavelmente) que costumo gostar bem mais de um livro quando os personagens são “humanos”. Gosto quando identifico neles falhas e grandezas morais que fazem parte da natureza humana e Raphael Draccon dosou isso muito bem. Desde o ceticismo permeado por conflitos internos de Gualter à simplicidade dos moradores do vilarejo, passando pela sabedoria do Antigo. Todos personagens muito bem construídos.
Quero abrir um parêntesis pra comentar sobre a capa desse livro: que trabalho lindo! Não sei se você vai conseguir ver pela foto, mas as gotas de chuva brilham. Achei fantástico! Há chuviscos desenhados na pagina inicial de cada capítulo e as folhas que dividem as partes do livro são negras e trazem trechos de músicas sobre chuva. Aqueles detalhezinhos que fazem toda a diferença pra leitores, que como eu, apreciam uma boa encadernação.
Draccon narra esse livro de forma quase poética. Valendo-se de jogos e figuras de linguagem de forma magistral, ele constrói um quebra-cabeça irresistível. Recomendo a leitura.
Bom, eu ficando por aqui. Beijos e até a próxima.
Gualter Handam cresceu na isolada Véu-Vale, mas fugiu da cidade e de toda sua carga sobrenatural na primeira oportunidade que teve. Ele agora é o psicólogo das celebridades, tem uma vida boa, uma namorada compreensiva e uma carreira de sucesso. Mas ele é um filho de Véu-Vale e como todo filho de Véu-Vale, Gualter sabe o que acontece na terceira noite consecutiva de chuva. Quando a mãe adoece e ele é chamado de volta à cidade natal, sensações adormecidas despertam e Gualter percebe que não importa o quão distante de Véu-Vale esteja, nunca será completo enquanto não fechar os ciclos que deixou abertos ao partir.
“Gualter agora estava de volta. Vivo. Forte. Revivido. E dessa vez não havia voltado por nenhuma infelicidade do destino. Mas por vontade própria.”
Esse é daqueles livros que a gente lê de uma vez só. Primeiro porque ele é bem curtinho (tem menos de trezentas páginas) e os capítulos são pequenos também. Segundo porque o ritmo é muito bom, as coisas acontecem de forma rápida e você vai descobrindo as informações aos poucos. Eu sempre terminava um capítulo precisando desesperadamente ler o próximo pra entender o que estava acontecendo.
Gostei bastante da ambientação. Talvez porque, quando eu era criança, minha avó morava numa espécie de vilarejo no interior de Minas muito parecido com Véu-Vale (sem o lance sobrenatural). Uma mini-cidade isolada de tudo onde energia elétrica e água encanada eram luxo e todo mundo se conhecia pelo nome. Eu costumava passar as férias escolares por lá. Provavelmente por isso, me senti levemente nostálgica enquanto lia.
Os personagens são outro ponto forte do livro. Eu já disse aqui (um milhão de vezes, provavelmente) que costumo gostar bem mais de um livro quando os personagens são “humanos”. Gosto quando identifico neles falhas e grandezas morais que fazem parte da natureza humana e Raphael Draccon dosou isso muito bem. Desde o ceticismo permeado por conflitos internos de Gualter à simplicidade dos moradores do vilarejo, passando pela sabedoria do Antigo. Todos personagens muito bem construídos.
Quero abrir um parêntesis pra comentar sobre a capa desse livro: que trabalho lindo! Não sei se você vai conseguir ver pela foto, mas as gotas de chuva brilham. Achei fantástico! Há chuviscos desenhados na pagina inicial de cada capítulo e as folhas que dividem as partes do livro são negras e trazem trechos de músicas sobre chuva. Aqueles detalhezinhos que fazem toda a diferença pra leitores, que como eu, apreciam uma boa encadernação.
Draccon narra esse livro de forma quase poética. Valendo-se de jogos e figuras de linguagem de forma magistral, ele constrói um quebra-cabeça irresistível. Recomendo a leitura.
Bom, eu ficando por aqui. Beijos e até a próxima.
Andressa Freitas
Mineira, aspirante à escritora e estudante de cinema. Se pudesse moraria em uma biblioteca, como não posso, estou empenhada em transformar minha casa no mais próximo disso possível. Viciada em séries e filmes, adoro ler, comer e viajar. Nerd assumida, fotógrafa de profissão, amo aprender coisas novas e imaginar histórias alternativas pra absolutamente tudo.
Cortesia da Editora Rocco
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Oi Andressa!
ResponderExcluirQue capa mais linda, amei!
O enredo tbm me chamou bastante atenção, vai direto pra minha lista, adorei conhecer...
Bjs!!
Oi Andressa, também fico encantada quando encontro um autor nacional de qualidade e despontando. Já ouvi falar do autor apesar de ainda não ter lido suas obras e fico feliz por esse lido ter te agradado tanto. O fato dele ser curto e ter um bom ritmo é super positivo, pra ler em uma "sentada" como você bem disse. A capa e os detalhes do livro estão bem caprichados e legais e curti muito a resenha, surgindo a oportunidade vou querer lê-lo com certeza ;)
ResponderExcluirAndressa!
ResponderExcluirUma pessoa como o Draccon só pode fazer cada vez mais sucesso, afinal uma atitude tão solidária, mesmo que ele não queira, traz felicidade dobrada.
Ele sim é um ser humano de verdade, além de ótimo escritor.
Adorei a resenha e toda trama que envolve o livro.
Desejo uma semana carregadinho de luz e paz!
“ Inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente.” (Bertolt Brecht)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
Oi Andressa.
ResponderExcluirEu, assim como você, também gosto bastante quando os personagens são humanizados.
A premissa é bem interessante e a ambientação também, eu não sabia que esse era um livro nacional, porém isso me faz muito feliz, porque é bom ver que autores nacionais, podem sim criar ótimos livros também, enfim, quero muito ler.
Bjs.
Ainda não li nada do autor, mas tenho curiosidade em conhecer sua escrita. Adoro historias sobrenaturais, é um mistério o que acontece no vilarejo. Acho essa capa muito bonita. Como tenho parentes no interior de Minas, também água e energia era luxo, mas agora já chegou lá ainda bem rs.
ResponderExcluirAdoro ler livros nacionais e sempre me surpreendo em como nossos autores estão indo bem.
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha e esse livro parece ser muiiito bom.
Quase nunca leio livros desse gênero, mas farei um esforço. Espero gostar.
Oi Andressa,
ResponderExcluirJá ouvi falar desse autor nacional, mas ainda não tive a oportunidade de ler.
Hum, o ritmo, a nostalgia,o toque quase poético, essa parece uma boa obra pra conhecer a escrita do Draccon, vou me lembrar dela.
Olá! Acho ótimo conhecer novos autores nacionais, gosto bastante dessa mistura do sobrenatural com suspense, Gualter parece ser um personagem incrível, esse enredo deve ser muito envolvente, adoro quando o livro nos prende e temos que lê-lo de uma vez, também achei a capa linda.
ResponderExcluirDá um orgulho imenso quando lemos uma literatura nacional de qualidade, não é mesmo?! Sou uma leitora de livros nacionais e sempre que posso dou uma oportunidade aos nossos autores nacionais...
ResponderExcluirEm relação a sua dica, não conheço a escrita do Raphael Draccon, e confesso que não me interessei pela trama de O coletor de espíritos nem fiquei coriosa para conhecer a história de Gualter Handam e desvendar o mistério que há no vilarejo Véu-Vale, mas concordo com você sobre a capa, é linda com as gotas de chuva que brilham, um belo trabalho da Editora Rocco!...
Abraços!
Oi, Andressa!!
ResponderExcluirEstou namorando com esse livro desde que li a primeira resenha sobre esse livro, a estória é maravilhosa e a capa e a edição está linda demais!! Sem dúvida quero conhecer essa obra fantástica do Raphael Draccon!!!
Bjosss
Gosto bastante de livros que nos trazem um personagem bem humano, acabam nos fazer sentir uma ligação com a trama.
ResponderExcluirA capa é realmente linda!
beijos
She is a Bookaholic