Ed. Moinhos, 2016 - 208 páginas |
- "Não existe transformação possível se a travessia for serena. É o que parece nos dizer esta obra de Marco Severo que você pode estar prestes a ler. Em cada conto, em cada personagem, situações colocam o ser humano confrontado com o mundo à sua volta e consigo mesmo. Reunidas nestas vinte histórias estão o medo, a loucura, a infância amarga, a velhice decrépita, a desesperança, a morte. Mas não só, porque falar dessas coisas é também tratar do seu oposto. É assim que o leitor entrará em contato com a paz advinda do aprendizado amoroso, as descobertas dos muitos eus que nos habitam, o recomeço após perdas debilitantes, a esperança que não se perde nunca. São histórias de homens e mulheres soltos no inescapável labirinto da vida, por onde ninguém passa incólume. Para além do devir inerente ao ser humano em sua imensa capacidade de mutação, esta obra perfaz no leitor o trajeto de volta, o olhar generoso para com as vivências possíveis, a delicadeza que existe em cada gesto."
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A soma de todas as dores
Conheço Marco Severo há algum tempo, gosto literário semelhante nos aproximou, a necessidade de nos lançarmos por mares desconhecidos. Somos frutos de explorações narrativas das mais diversas. Isso nos tornou exigentes com uns e condescendentes com amores antigos. Severo se desenvolveu mais, em relação a ele estou apenas engatinhando.
Em Todo naufrágio é também um lugar de chegada (Moinhos, 208 páginas), Severo já começa barbarizando com um título enorme, barroco, irresistível, paradoxal. Ele bem sabe o quanto gosto deste tipo de provocação. São vinte contos em que os protagonistas se lançam sem entraves, sem amarras, dominados pelo inflamado id, superegos trancafiados. Seus personagens não pensam – se ninguém estiver olhando vou detonar – eles fazem.
Contos são bem diferentes de romances, precisam chamar a atenção rapidamente, se possível a partir do título. Pra quem, como eu, gosta de títulos engenhosos irão se deliciar, vejam só: O declínio do Homo erectus; Plantação abundante em terreno frágil; O museu errático das pequenas virtudes; O jardim de pedras; A ascensão da fênix roubada. Abre ou não abre o apetite do leitor? É um caldeirão de cores e sabores variados que saltam aos olhos, personagens complexas, linguagem e tema atuais.
De imediato, a epígrafe me atingiu a cara, mão pesada com um soco inglês bem acoplado para contundir ainda mais:
Não sou covarde, tampouco corajoso. Não sou soldado para linha de frente, precaver é minha palavra de ordem. Simples assim: não nasci pra ser herói. As histórias de Severo em determinado momento se mesclam às minhas, não sei se me apropriei de suas ficções ou ele de minhas memórias, o certo é que digladiei com ele até o final do livro e acredito que saímos vencedores.
Bastou ler este trecho e eu já estava odiando Amanda e mais ainda seu príncipe Rodrigo. Fez-me lembrar de uma reunião de pais em que participei e que cada um citava proezas de seus nobres filhos. Quando chegou minha vez eu disse que meu filho não havia demonstrado talento algum fora da média, era normal, não gostava de estudar e sua letra era péssima. Rapidamente me tornei o ET da reunião, um pai a ser evitado e se possível dariam um jeito de seus filhos ignorarem o meu. Ahhh como eu queria me tornar um talentoso Ripley, só pensava em vingança.
E não é que Severo me entendia perfeitamente. Tal qual um Nelson Rodrigues moderno, coloca pra fora o que escorpianos planejam e arianos supostamente executam. Idiossincrasias e vicissitudes para gregos e troianos. Severo diz através de ironias e crueldades e entendê-lo deve ser sinal de inteligência ou ao menos de empatia.
Maldade aqui é virtude e melancolia, mato. Severo chega a brincar com sua própria escrita, fazendo dele mesmo um personagem no conto que mais me encantou. Fantástico.
É amplamente conhecido que o autor nacional sofre muito diante da concorrência estrangeira. Não há publicidade alguma e é preciso matar uma manada de leões por dia, porque um leão apenas não basta. O contista brasuca é um herói que luta contra tudo e principalmente contra a falta de hábito de quem os lê. E é justamente neste abismo entre autor e leitor que nos encaixamos. É preciso abrir os olhos de quem ainda não conhece o que de bom se produz por aqui.
Severo não possui frases de efeito, possui histórias inteiras de efeito, porque continuamos pensando nelas e sei que será assim por um longo tempo, não consigo tirá-las da cabeça.
Este distanciamento pelo “medo” é recorrente nos contos deste escritor, a perda de uma identidade familiar, a desagregação social, o choque covarde e desproporcional entre força e fragilidade.
Desacontecer! Que palavra espinhosa, daquelas que desce arranhando pela garganta. Fico aqui refletindo – sob a égide de que filósofo Severo navega? Quanta covardia ele nos inflingi. Coisa de gente doida. Coisa de gente genial!
Eu ficaria aqui falando da prosa de Severo por mais um dia inteiro sem me cansar, mas seria tedioso. É preciso lê-lo, aí sim marcaríamos um encontro pra falarmos exclusivamente de sua escrita surpreendente, vigorosa e, sobretudo, cruel.
Este livro é dividido em duas partes bem distintas. Identifiquei-me mais com a primeira, fez-me recordar um Severo de prosas antigas e gostos kinguianos. A segunda parte é um Severo mais maduro, afeito a observações clínicas e cínicas sobre a inevitabilidade das dores da vida, é uma leitura que ainda persigo. Dualidade perfeitamente equilibrada.
Em cada conto eu aguardava o grand finale ansiosamente. Não me decepcionei com nenhum. Enquanto João Cabral de Melo Neto propõe a educação árida pela pedra, Severo propõe a educação pela dor.
Severo é leitura séria, introspectiva, é oxigenação na combalida literatura nacional e é também diversão, de uma maneira bem peculiar. Tenho um orgulho danado de ser amigo deste moço, ainda que por enquanto apenas virtual.
Um “VIVA” à literatura nacional e gravem bem este nome (se possível na pedra) – Marco Severo, que faz de cada conto um trampolim para voos muito maiores. Ele é talento à flor da pele. Altamente recomendado!
Conheço Marco Severo há algum tempo, gosto literário semelhante nos aproximou, a necessidade de nos lançarmos por mares desconhecidos. Somos frutos de explorações narrativas das mais diversas. Isso nos tornou exigentes com uns e condescendentes com amores antigos. Severo se desenvolveu mais, em relação a ele estou apenas engatinhando.
Em Todo naufrágio é também um lugar de chegada (Moinhos, 208 páginas), Severo já começa barbarizando com um título enorme, barroco, irresistível, paradoxal. Ele bem sabe o quanto gosto deste tipo de provocação. São vinte contos em que os protagonistas se lançam sem entraves, sem amarras, dominados pelo inflamado id, superegos trancafiados. Seus personagens não pensam – se ninguém estiver olhando vou detonar – eles fazem.
Contos são bem diferentes de romances, precisam chamar a atenção rapidamente, se possível a partir do título. Pra quem, como eu, gosta de títulos engenhosos irão se deliciar, vejam só: O declínio do Homo erectus; Plantação abundante em terreno frágil; O museu errático das pequenas virtudes; O jardim de pedras; A ascensão da fênix roubada. Abre ou não abre o apetite do leitor? É um caldeirão de cores e sabores variados que saltam aos olhos, personagens complexas, linguagem e tema atuais.
De imediato, a epígrafe me atingiu a cara, mão pesada com um soco inglês bem acoplado para contundir ainda mais:
“E mais, somos nós que restamos depois das hecatombes. Os fortões, os fodões, eles morrem. Por exemplo, os dinossauros. Foram os pequenininhos, os que qualquer vento derruba, os que ficaram até hoje cantando na árvore. (Elvira Vigna)”
Não sou covarde, tampouco corajoso. Não sou soldado para linha de frente, precaver é minha palavra de ordem. Simples assim: não nasci pra ser herói. As histórias de Severo em determinado momento se mesclam às minhas, não sei se me apropriei de suas ficções ou ele de minhas memórias, o certo é que digladiei com ele até o final do livro e acredito que saímos vencedores.
“Pouco tempo depois que os encontros começaram, eu já estava querendo matar a Amanda. Ela só abria a boca pra falar do Rodrigo, seu filhinho de doze anos. Em tudo o Rodrigo era perfeito. Se ia escovar os dentes, escovava tão bem que se esquecia do que estava fazendo (eu aposto que ele fazia isso com a torneira aberta o tempo todo), nunca tinha tido uma cárie. Em cada reunião, sabíamos em detalhes de outras perfeições do menino: entrava no quarto pra estudar e só saía quando tivesse terminado, recolhia numa caixa todos os brinquedos espalhados pelo chão do quarto e claro, nunca brigava com a irmãzinha.”
Bastou ler este trecho e eu já estava odiando Amanda e mais ainda seu príncipe Rodrigo. Fez-me lembrar de uma reunião de pais em que participei e que cada um citava proezas de seus nobres filhos. Quando chegou minha vez eu disse que meu filho não havia demonstrado talento algum fora da média, era normal, não gostava de estudar e sua letra era péssima. Rapidamente me tornei o ET da reunião, um pai a ser evitado e se possível dariam um jeito de seus filhos ignorarem o meu. Ahhh como eu queria me tornar um talentoso Ripley, só pensava em vingança.
E não é que Severo me entendia perfeitamente. Tal qual um Nelson Rodrigues moderno, coloca pra fora o que escorpianos planejam e arianos supostamente executam. Idiossincrasias e vicissitudes para gregos e troianos. Severo diz através de ironias e crueldades e entendê-lo deve ser sinal de inteligência ou ao menos de empatia.
“... Algumas pessoas diziam que por ter um retardo mental, fora abandonada pela família ainda muito pequena. A rua não a tornara rebelde; ao contrário, a tornara assustada. Mas era só alguém chegar de mansinho, com algum tipo de alimento, cuidado ou carinho, que ganhava logo a confiança dela. E era justamente por sua receptiva ingenuidade que passava a maior parte do ano, todos os anos, esperando o filho de alguém.”
Maldade aqui é virtude e melancolia, mato. Severo chega a brincar com sua própria escrita, fazendo dele mesmo um personagem no conto que mais me encantou. Fantástico.
“Foi só quando estava no aeroporto, prestes a fazer o check-in, que vi aquele monte de policiais se aproximando de mim como abelhas. Marco Severo, o senhor está preso por assassinato triplamente qualificado e uma tentativa de assassinato, falsidade ideológica e um monte de merda que eu nem lembro mais... Sei que vão dar cabo de mim em breve, por isso resolvi escrever estas linhas...”
É amplamente conhecido que o autor nacional sofre muito diante da concorrência estrangeira. Não há publicidade alguma e é preciso matar uma manada de leões por dia, porque um leão apenas não basta. O contista brasuca é um herói que luta contra tudo e principalmente contra a falta de hábito de quem os lê. E é justamente neste abismo entre autor e leitor que nos encaixamos. É preciso abrir os olhos de quem ainda não conhece o que de bom se produz por aqui.
Severo não possui frases de efeito, possui histórias inteiras de efeito, porque continuamos pensando nelas e sei que será assim por um longo tempo, não consigo tirá-las da cabeça.
“... Muitos anos se passariam até que ele pudesse compreender que agia movido pelo turbilhão de exigências da mulher, sempre querendo que ele punisse as crianças por tudo. Junto com essa compreensão, viria uma outra: a de que todo esse amálgama de turbulências fez com que seus filhos se mantivessem distantes dele. Uma forma de se autopreservarem. E esse sentimento permaneceu vida adulta afora.”
Este distanciamento pelo “medo” é recorrente nos contos deste escritor, a perda de uma identidade familiar, a desagregação social, o choque covarde e desproporcional entre força e fragilidade.
“Para sempre toda a família iria se lembrar daquele dia, que tornou-se algo muito pouco comentado ao longo das décadas seguintes. Mas na impossibilidade de fazê-lo desacontecer, iam vivendo suas vidas, a certos tempos bem, acertos tempos mal, deixando de existir uns para os outros.”
Desacontecer! Que palavra espinhosa, daquelas que desce arranhando pela garganta. Fico aqui refletindo – sob a égide de que filósofo Severo navega? Quanta covardia ele nos inflingi. Coisa de gente doida. Coisa de gente genial!
“Suspeito que a ausência paterna seja mais ou menos como deixar seu telefone celular ligado de propósito durante a decolagem do avião onde você se encontra e ele despencar com tudo no solo: você nunca saberá se sua irresponsabilidade foi a responsável pela queda, mas não terá tempo de descobrir se ele foi só parte do problema ou se não teve porra nenhuma a ver com a tragédia.”
Eu ficaria aqui falando da prosa de Severo por mais um dia inteiro sem me cansar, mas seria tedioso. É preciso lê-lo, aí sim marcaríamos um encontro pra falarmos exclusivamente de sua escrita surpreendente, vigorosa e, sobretudo, cruel.
“... O reencontro foi um momento estranho, e dada a natureza de suas atividades, sequer passaram a se falar com regularidade. Nunca foram grandes amigos. A invisibilidade dos primeiros anos, aliado ao sumiço nos anos seguintes, de alguma maneira, sedimentou-se em ambos, que não conseguiram vencê-la a tempo de vivenciar o seu oposto, a presença.”
Este livro é dividido em duas partes bem distintas. Identifiquei-me mais com a primeira, fez-me recordar um Severo de prosas antigas e gostos kinguianos. A segunda parte é um Severo mais maduro, afeito a observações clínicas e cínicas sobre a inevitabilidade das dores da vida, é uma leitura que ainda persigo. Dualidade perfeitamente equilibrada.
“... Eu havia largado a escola, nunca tive saco pra ficar em sala de aula com aquele monte de animais fazendo barulho, tirando o juízo daquelas professoras fudidaças, que não tinham dinheiro nem pra comprar um perfume. De onde é que o diretor e os pais achavam que aquelas pobres-coitadas iam ter saco pra educar alguém? Se duvidar, iam trabalhar e deixavam os próprios filhos na rua, ou na casa das vizinhas. Quem se vê numa situação dessas por acaso tem condição de dar um rumo à vida de quem quer que seja? Ninguém em estado de submissão consegue agir com um mínimo de dignidade...”
Em cada conto eu aguardava o grand finale ansiosamente. Não me decepcionei com nenhum. Enquanto João Cabral de Melo Neto propõe a educação árida pela pedra, Severo propõe a educação pela dor.
“Compreendi, então, que esse é o meu jeito de seguir adiante, e que o homem só sobrevive pela sua capacidade de esquecer.”
Severo é leitura séria, introspectiva, é oxigenação na combalida literatura nacional e é também diversão, de uma maneira bem peculiar. Tenho um orgulho danado de ser amigo deste moço, ainda que por enquanto apenas virtual.
“Entendi também que se a vida, o amor e a morte são todos fatores profundamente interligados, quem não consegue lidar com a grandiosidade desses três, só entende de coisas desnecessárias.”
Um “VIVA” à literatura nacional e gravem bem este nome (se possível na pedra) – Marco Severo, que faz de cada conto um trampolim para voos muito maiores. Ele é talento à flor da pele. Altamente recomendado!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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Oi Rodlfo, fiquei feliz por saber que o amor a leitura te permitiu fazer grandes amizades e delas saiu a leitura de um livro que te marcou. Achei a resenha bem legal, gostei da capa e acho interessante livros que nos fazem refletir, onde a leitura termina mas as histórias nos acompanham ;) Curti a resenha :)
ResponderExcluircara Lili, quando resenhamos livros de amigos ou alguém que admiramos percorremos um caminho perigoso, andamos no fio da navalha sabe? não tenho pudores quando não gosto de um livro, geralmente falo o que me incomoda. isso não acontece quando o autor é alguém que conheço ou prezo, aí evito de resenhar. como você pode perceber isso não aconteceu com este livro que amei de paixão. 5 estrelas pra ele sem pestanejar. Severo é um escritor de mão cheia e se tiver oportunidade leia depois me diga se tenho ou não tenho razão. bjos e obrigado!
ExcluirRodolfo!
ResponderExcluirNão tive o prazer ainda de ler nada do autor, mas pelo jeito, é mais um daqueles que nos orgulha em se escritor nacional e não fica nada a dever aos estrangeiros.
Os contos parecem eopéias modernas onde com certeza nos identificamos e nos vemos de alguma forma, sem contar com o simbologismo que usa, deve ser uma leitura fabulosa.
Obrigada por sua análise sempre detalhada e que nos enche de curiosidade.
“ Lança o saber e não terás tristeza.” (Lao-Tsé)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
cara Rudiiiiiinha, bota orgulhoso nisso, ele tem o dom, querida. escreve como poucos. vá por mim, é de escandalizar. não sei se eu diria que há simbolismo, mas que há um desprendimento moral, ahhh isso há! obrigado pelas palavras, bjos
ExcluirMeu amigo, eu tb parei diante desse título, isca fácil para me pescar. Com seu aval, então... E a epígrafe de Vigna, essa engenhosa escritora?
ResponderExcluirUm autor que parece que nos conhece ou viveu coisas semelhantes às nossas experiências, coloca no papel aquilo que precisamos digerir ou perguntar ao universo, que presente! Acho que percebi isso nas suas entrelinhas, e encontrar num livro essa identificação... é um amigo que nos fala.
Mas... ao longo da resenha me bateu uma dúvida: esse Severo é um misto de silenciosa vingança escorpiana com impulsividade ariana (explosão!) ou um grande provocador mesmo? (Ou jogar com os aspectos astrológicos mais demonizados foi uma isca só sua?).
Rodolfo, fui lendo suas observações e anotando as minhas, quando cheguei no trecho do afastamento pai-filhos (encorajado por uma mulher, madrasta?), partiu meu coração. "Desacontecer": gostei tanto! Eliane Brum tem um livro, Meus Desacontecimentos (memórias profundas da infância), com toda essa vontade de desacontecer, de não ter vivido feridas, quedas evitáveis. Se Severo bota o dedo no machucado da alma... nem precisava daquela isca lá do começo (o título), já me ganhou. Se a primeira parte lhe roubou, deixe a segunda pra mim, porque: "sedimentou-se em ambos, que não conseguiram vencê-la a tempo de vivenciar o seu oposto, a presença" me atingiu com a impiedosa busca a que me lanço nas minhas escolhas literárias. Falarei sobre isso numa próxima resenha (ou falo em todas que escrevo, hahaha)...
Tem jeito de fugir não, um autor conterrâneo que ainda não li, mas já está na minha lista. Adorei! Contos são tiros certeiros mesmo, se o autor errar o alvo já era. Marco Severo me derrubou.
Excelente resenha, Rodolfo, parabéns! Sucesso pro Marco!
cara Manuh, é ou não é um título de encher os olhos? tive a mesma sensação, o moço além de talentoso consegue colocar nossos sentimentos mais profundos (pra não dizer execráveis) em palavras.
ExcluirSevero nos provoca ao fazer aquilo que a maioria de nós apenas pensa em fazer, mas que a lei, a moral e os bons costumes proibem (o horóscopo foi para ilustrar, rs).
o "afastamento" no trecho recortado é entre os familiares da família aventado por um dos filhos é de cortar o coração mesmo, isso nos atinge de forma contundente né? não há "desacontecimento" que consiga o grau de intimidade perdido.
e é isso mesmo o que você disse: a primeira parte é minha cara, a segunda a sua, sem sobra de dúvidas. não deixe de ler, é um livro pra gente prosear um dia inteiro. cruel e verdadeiramente arrebatador.
obrigado querida, sucesso pro Marco e bjos pra ti.
Rodolfo!
ResponderExcluirAinda não conheço obras do autor elendo sua resenha fiquei curiosa pra conhecer, imaginava outro tipo de enredo qdo li o titulo, gostei bastante, espero conseguir uma oportunidade de conhecer o autor.
Bjs!!
cara Aline, é uma obra pra lá de instigante. não perca a oportunidade e se possível entre em contato com o autor, ele é um cara especial. bjos
ExcluirInfelizmente Marco Severo não é tão bom assim. Seus contos carecem de tensão, de certo incômodo. E outra: parece que esse lance de publicar livro subiu-lhe à cabeça, percebe-se certa arrogância em muita coisa que ele fala...
ResponderExcluircaro Anônimo, respeito sua opinião. não conheço Severo pessoalmente, mas ele sempre me tratou virtualmente com simplicidade e educação, por isso me tornei amigo. não sei o que ele fez para te deixar assim. lamento que ele não lhe consiga tocar através das palavras como fez comigo e justamente por isso hoje não sou apenas amigo, sou fã. ainda assim agradeço sua passagem por aqui. abraços
ExcluirOi Rodolfo.
ResponderExcluirEssa é a primeira vez que vejo falar do livro, porém já estou encantada com essa premissa, esse me parece ser o tipo de livro que eu desfrutaria, gosto que o autor retrata a diversão de um maneira um tanto que diferente, ainda tenho alguns estereótipos a respeito da literatura nacional, mas, sei que preciso quebrar isso e digo, irei ler esse livro com toda certeza.
Bjs.
cara Marlene, que comentário mais encantador querida. pois leia, leia mesmo e depois volte pra gente comentar um pouco mais deste belo livro. bjos
ExcluirOlá! Ainda não conhecia o autor, mas também adorei esses títulos, principalmente o do livro, gosto bastante de contos, por serem histórias mais curtas, com certeza vou procurar o livro para poder conferir todos esses enredos e a escrita surpreendente do Marco Severo.
ResponderExcluircara Elizete, que delícia de comentário. pois procure mesmo, não deixe de lado esta preciosidade, depois volte pra gente prosear mais. bjos
ExcluirSempre tento ler autores nacionais e cada vez mais me surpreendo como o nossos autores cresceram.
ResponderExcluirNunca li nada do autor, mas gostei bastante da sua resenha. Parece que realmente o livro é bom e co uma boa narrativa.
Beijos
cara Herica, não podemos nos perder, não é ufanismo não, é uma questão de darmos mais valor ao que é nosso e a quem realmente merece. Severo é um espetáculo. vá por mim, leia também. bjos
ExcluirNão conhecia o autor, mas o livro parece ser muito bom, despertou meu interesse esses títulos, parece ser uma leitura gostosa e com gosto de quero mais, deve deixar o leitor refletindo sobre o que lê, fiquei pensando essa reunião de pais rs.
ResponderExcluircara Maria, que bom poder ler que minha resenha a estimulou a buscar Severo. e só pra constar - a reunião de pais foi um inferno na Terra, mas acabei sendo um pai considerado modelo pela direção da escolar, rs. obras do acaso. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirHum, vinte contos, o título já começa atiçando a curiosidade.
Não conhecia o autor Marco Severo, é bom ter um gostinho através de suas palavras.
cara Helen, é isso mesmo, 20 contos muuuuuito bons. não sei se consegui passar toda a gama de sentimentos que me perpassaram, mas tentei, rs. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!
ResponderExcluirNão conhecia esse autor mas achei a estória maravilhosa. Adoro livros de contos e esse é recheado deles. Amei a indicação.
Bjoss
cara Marta, os contos são incríveis. espero que você leia também. bjos
Excluirinteressante o ato de viver é isso,você erra mas infelizmente não existe nada pra apagar o que somos ou o que nos tornamos,mas podemos se desejarmos do fundo do nosso coração doar o melhor de nós mesmos!
ResponderExcluircara Paola, que coisa mais linda o que você deixou aqui gravado. obrigado de coração. bjos
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