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19.12.17

O Homem Que Não Conseguia Parar [David Adam]

O Homem Que Não Conseguia Parar
Ed. Objetiva, 2015 - 252 páginas
- "David Adam foi vítima do transtorno obsessivo-compulsivo durante vinte anos e, como a maioria das pessoas que sofrem desse mal, levou muito tempo para assumir que precisava de tratamento. Com base em pesquisas e relatos surpreendentes, o autor questiona ideias preconcebidas sobre normalidade e doença mental para tentar compreender o TOC e suas manifestações. O que leva uma jovem etíope a comer a parede da própria casa? Ou dois irmãos a morrerem soterrados por objetos e lixo acumulados por anos? Em que momento uma ideia inofensiva se transforma numa torrente de pensamentos indesejados? Escrito com clareza, humor e lirismo, este livro é a história de um pesadelo pessoal e uma incursão pelos recantos mais obscuros da mente. O que leva uma jovem etíope a comer a parede da própria casa? Ou dois irmãos a morrerem soterrados por objetos e lixo acumulados por anos? Em que momento uma ideia inofensiva se transforma numa torrente de pensamentos indesejados? Escrito com clareza, humor e lirismo, este livro é a história de um pesadelo pessoal e uma incursão pelos recantos mais obscuros da mente."

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O inferno da repetição

De tempos em tempos, procuro efetuar uma desintoxicação ficcional entremeando livros com temática mais séria, mais cascuda, em minhas leituras. O escolhido da vez foi O homem que não conseguia parar: TOC e a história real de uma vida perdida em pensamentos (Objetiva, 252 páginas). David Adam decidiu vir a público expor seu transtorno mesmo sabendo da dificuldade que enfrentaria. Profissional respeitado, editor da revista Nature, acabamos por desvinculá-lo de um problema como este, mas é óbvio que doença não escolhe hospedeiro, pode ser rico, pobre, famoso ou desconhecido, não há critério, credo, raça, religião que impeça alguém de sucumbir aos males da saúde.

O livro nos traz a visão de quem sofreu de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) por vinte anos e ainda tem medo de tombar nas garras deste distúrbio.

"Quando caímos nas garras de um impulso compulsivo não há lugar para se esconder, nem algo racional em que se apoiar. Resistir a uma compulsão usando apenas o autocontrole é como tentar conter uma avalanche derretendo a neve com uma vela. O impulso não para de se repetir, incessantemente."

Quando criança eu gostava que tudo fosse feito aos pares, e quando minha contagem parava em número ímpar eu começava tudo de novo. E não era só isso, andando pelas ruas nunca pisava nos cantos dos pisos ou lajotas, sempre no meio, se pisasse no canto eu teria que pisar novamente em outro canto (pra ficar par) senão alguma coisa daria errado. Todos estes rituais me traziam um alívio enorme. Mas o que daria errado? Racionalmente nada, mas isso não é racional, é um impulso que fazia com que eu realizasse o que o cérebro estava mandando e só. Afinal de contas, quem nunca teve uma “mania”?

Hoje me preocupo com organização, mas não sou alucinado por ela, não deixo que isso me domine. Há pessoas que não tiveram esta mesma sorte e perdem-se em pensamentos e mais pensamentos.

"Certa vez, uma estudante etíope chamada Bira comeu a parede de casa. Ela não queria fazer isso, mas descobriu que comer a parede era a única forma de parar de pensar nela. Também não queria pensar na parede; na verdade, estava completamente perturbada pelas ideias e imagens que lhe dominavam a mente. A única forma de fazer os pensamentos sobre a parede desaparecerem e aplacar a ansiedade que isso lhe causava era ceder ao estranho e insuportavelmente forte impulso de comê-la. Aos dezessete anos, ela já havia comido 8 m² de parede, ou mais de meia tonelada de tijolos de barro."

Isso pode parecer fantasia de um escritor qualquer. O pior é que não é e há inúmeros casos tão ou mais bizarros que este. O livro está amparado num amplo estudo, todo ele documentado no próprio livro. Se você quiser se aprofundar na questão basta se aventurar na farta bibliografia elencada ao final.

Reparem bem no trecho destacado a palavra: “ansiedade”. Este é o demônio que persegue incessantemente a quem sofre de TOC. Pode começar com uma simples brincadeira porque ninguém sabe o que dispara o doloroso processo, qual é o gatilho que faz com que o cérebro se perca na ansiedade aflitiva e agoniante. Tenho um colega de trabalho que sempre volta para conferir se a porta está aberta, ele mexe na maçaneta 8 vezes (eu contei) e se você diz a ele de brincadeira que ele não conferiu corretamente, ele disfarça volta até a porta e repete o processo. Isso é apenas parte do que acontece com ele, porque tem outras tantas “manias” (vamos chamar desta forma para que fique fácil a compreensão e porque para nossos pais e avôs, ignorantes destes distúrbios mentais, isso não passava de manias) que lhe tomam um tempo enorme da vida, tanto que muitas vezes ele ficava semanas sem tomar banho.

"Uma pessoa normal pode ter 4 mil pensamentos por dia, e nem todos são úteis ou racionais... Palavras, frases, nomes e imagens irrelevantes surgem involuntariamente na nossa mente... E há os pensamentos negativos – “não consigo fazer isso”, “tenho que parar com isso”... E há os pensamentos mais estranhos: aquelas ideias ocasionais, aleatórias e involuntárias que parecem surgir do nada e nos surpreende pelo caráter vil, imoral, repulsivo, doentio... A sedutora pergunta: “E se?” E se eu pular na frente desse ônibus? E se eu der um soco na cara daquela mulher?"

Muita gente não tem controle e sofre os efeitos do que pensa, porque em sua mente é como se ele estivesse fazendo a coisa toda e não apenas pensando. Imaginem o sofrimento e a ansiedade que isso pode causar. Não pensem que isso é raro porque de acordo com pesquisas sérias entre 2% e 3% da população sofrerá de TOC em algum momento de sua vida. Trazendo isso para o Brasil teríamos entre 5 e 6 milhões de pessoas portadoras de TOC.

"As obsessões não se encaixam em explicações racionais... O brilhante matemático Kurt Gödel, colega e amigo de Albert Einstein, viveu para a racionalidade. Seu teorema da incompletude se valia da lógica para explorar e expor os limites da própria lógica. Ainda assim, Gödel sofria com a ideia irracional e obsessiva de que seria envenenado acidentalmente, talvez por comida contaminada ou vazamento de gás da geladeira. Ele só comia o que sua mulher experimentava antes. Quando ela adoeceu e não pôde mais cumprir a tarefa, o cerco obsessivo em sua mente fez com que o matemático morresse de inanição."

Gödel era maluco? Provavelmente não, mas os leigos poderiam dizer que sim ou que ele era cheio de “manias”. Sem sombra de dúvidas ele nunca diria isso a ninguém porque seria marginalizado e sofreria com as brincadeiras maldosas dos colegas. Meu filho não consegue ficar em casa sozinho ou ir dormir se não tiver pelo menos uma cópia da chave de casa ao lado dele. Eu lhe pergunto por quê? E ele me responde: se não tiver a chave tenho um impulso de me jogar pela janela (moro no terceiro andar). Não há explicação lógica pra isso, não adianta lhe dizer que isso é bobagem, porque o cérebro dele não obedece.

Fico pensando que ele é uma espécie de Dr. Jekyll e Mr.Hyde. Há dentro dele uma pessoa comum e um monstro que está prestes a tomar conta, basta apertar o parafuso certo. E o que podemos fazer para ajudá-lo? Temo que a resposta pra isso seja: muito pouco. Procuro ler a respeito de depressão e TOC por curiosidade e por conhecer familiares que sofrem com isso, mas não há nada de conclusivo nos estudos. É um mar que muitos navegam, mas há muita água pra se percorrer.

"Muitos obsessivos-compulsivos preferem sofrer em silêncio. Seus pensamentos são seus segredinhos inconfessáveis. Essas pessoas se acham aberrações e o silêncio faz om que os atos compulsivos definam sua enfermidade. As compulsões – a necessidade de lavar as mãos, conferir se a porta dos fundos está trancada ou ligar e desligar o interruptor de luz várias vezes – são visíveis, e as obsessões – não são."

Fico imaginando como seria a vida de alguém com TOC num passado recente. As mulheres seriam taxadas de bruxa com longas sessões de exorcismo. Os homens teriam seus crânios perfurados para que o mal pudesse extravasar pelo orifício e por aí vai. Mesmo com toda a tecnologia disponível atualmente, repleta de exames – tomografia axial, tomografia de pósitrons, ressonância magnética – rastrear o funcionamento do cérebro está longe do satisfatório. Neurocientistas, psicólogos e psiquiatras ainda se estapeiam num cenário pra lá de nebuloso.

E por que isso acontece? Creio que os pensamentos são mais que apenas impulsos eletroquímicos. Sei que minha opinião é filosófica e que acaba adentrando ao traiçoeiro terreno da crença, mas “culpar” o cérebro de mau funcionamento deixaria de fora a mente, que é a inquilina do cérebro. Eles são um conjunto e para tanto devem ser estudados em conjunto. O estudo fracionado não está levando a lado algum.

Quem leu o clássico livro “Laranja mecânica” de Anthony Burguess ou assistiu ao filme, pôde perceber a aplicação de uma teoria muito em voga entre os anos 60 e 70 – a teoria de aversão, que consistia associar ao pensamento/comportamento indesejado uma experiência desagradável.

"Um psicólogo do hospital de Birmingham, no Reino Unido, que tratava de um homem obsessivo-compulsivo de 49 anos no início dos anos 1970, instalou no paciente um dispositivo feito de eletrodos que lhe aplicava choques elétricos nos dedos quando ele lavava as mãos demais (a água fechava o circuito)."

Nem é preciso dizer que este tipo de tratamento não levou a nada, ou melhor, poderia levar o paciente a cometer algo insano como autoextermínio.

Faz-se necessário dizer que existem aqueles (amigos, familiares etc) que fazem tudo o que o portador de TOC quer, porque é mais fácil e evitam os transtornos temporários. Há também aqueles que chantageiam e usam a doença do outro em benefício próprio.

"As famílias que querem ajudar alguém com TOC devem buscar o meio-termo: descumprimento não hostil ou apoio não crítico sem acomodação a rituais. É mais fácil falar do que fazer."

Tenho um medo terrível de perder um de meus sentidos, em especial a visão. E se meu medo se exacerbasse de tal maneira, irracionalmente, e eu acreditasse que sempre que surgisse esta ideia bastaria eu dar 3 pulinhos ou contar uma sequência “x” de números primos que eu estaria a salvo? Pois é assim, grosso modo, que um portador de TOC funciona. Só quem tem TOC sabe o que é tê-lo. É como se eu fechasse os olhos e tentasse realizar minhas atividades como se fora um cego. No final não saberia o que é “ser” cego, só saberia o quanto é difícil realizar as tarefas diárias com os olhos fechados.

Partindo deste princípio o que posso aconselhar é que leiam tudo sobre o assunto, principalmente se tiverem entre seus entes queridos alguém que precise de ajuda. Sei que me alonguei muito nesta resenha, mas é que o assunto é realmente intrigante e as consequências do TOC, apavorantes.

Ahhh, já ia me esquecendo, sabe aquele colega de trabalho que citei lá em cima, que volta à maçaneta várias vezes ao dia para confirmar se a porta está fechada? Pois bem, ele tem outra “mania”, ou seja lá o que isso for – ele “sabe” o aniversário de todos os funcionários da prefeitura onde trabalho e são mais de 5 mil. Basta você dizer uma vez a ele e pronto, ele voltará a sua sala todos os anos para cumprimentá-lo em seu aniversário.

O cérebro é algo fascinante e temos muito a aprender. Ele pode ser tanto fonte de conhecimento e prazer quanto de sofrimento e pesar. É ou não é apaixonante?


Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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36 comentários em "O Homem Que Não Conseguia Parar [David Adam]"

  1. Caramba!Sabe o que é terminar uma resenha e não ter palavras para expressar o que se está sentindo?
    Esta sou eu!
    Tenho umas manias bobas, como o lance com números, mas ao contrário, sempre ímpares. Não começo nada em dias que sejam pares e sempre mudo minha idade quando estou em datas "redondas".
    É engraçado fazer essas "apostas" mentais, tipo, se eu conseguir atravessar a rua antes daquele carro azul chegar no farol, minha noite será perfeita. Antes eu achei que era apenas mania boba, mas ao ler tudo que li acima, me vejo com sérios problemas..rs
    Pois tudo isso pode sim, desencadear coisas maiores e aí sim, está o X da questão!
    Vou procurar o livro para ler e com isso, aprender mais um pouco sobre este assunto tão em alta nos últimos tempos!
    Beijo

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    1. ahhh de perto, bem de perto, todo mundo tem lá suas manias, pra não dizer que somos todos malucos, rs. na verdade todos temos alguns probleminhas, mas nada que nos deixe o tempo escoar pelo relógio não é mesmo? agora, se isso estiver prejudicando algo em sua vida, aí sim, deve-se procurar auxílio profissional (e olha que poucos profissionais estão realmente preparados, é muita teoria, muitas tentativas e poucos acertos).
      leia também e voltemos a prosear porque isso é assunto para um mês inteiro. bjos

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  2. O cérebro é mesmo fascinante Rodolfo e cada vez mais descobrimos transtornos e síndromes diferentes relacionadas a ele e ler a sua resenha sobre o livro em questão foi bem legal e esse é o primeiro contato que tenho com a obra, até então não a conhecia. Gostei dos exemplos que vc foi citando ao longo da resenha e me permitiu sentir certa afinidade com as pessoas citadas, fazer relação com pessoas que conheço e a quem já devo ter tachado de ter muitas manias. É legal essa visibilidade que o TOC vem ganhando através de obras como está pois ajuda a pessoa a ser mais compreensiva e é super válido ler sobre e agregar conhecimento, que com certeza iremos usar na vida. Ótima resenha ;)

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    1. cara Lili, obrigado pelas palavras. antigamente uma pessoa com TOC poderia facilmente ser taxada de "possuída". tudo o que não conhecemos vai pra conta do inominável. avançamos nas doenças contagiosas, mas as do cérebro ainda são uma incógnita, então como você mesma disse, quanto mais conhecimento tanto melhor. é leitura obrigatória pra todo aquele que tem alguém assim na família e mais ainda para os curiosos de plantão. bjos

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  3. Rodolfo!
    Como psicóloga gosto dos livros do gênero, onde podemos conhecer um pouco mais sobre as doenças neuropsicológicas e ver que o livro conta a história real de algué de sucesso que acabou perdendo muito por causa da doença, é fascinante.
    Gostei de "desintoxicação ficcional", termo bem científico, né?kkk
    E fiquei impressionada com suas 'manias' de infância, ainda bem que não agravaram ao ponto de ser tonar um toqc.
    Ontem vi um programa de pesquisa na tv fechada e falava justamente sobre as pessoas que tem o TOC e o quanto é desgastante e emocionalmente complicado para o portador e para quem tem de conviver com ele.
    Livro deve ser maravilhoso, assim como é sua resenha.
    Que a semana seja abençoada!
    “Desejo a você e à sua família um Natal de Luz! Abençoado e repleto de alegrias. Boas Festas!” (Priscilla Rodighiero)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!

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    1. cara Rudynha, este livro é a sua cara menina. pode utilizar-se do termo "desintoxicação ficcional", rsrsrsr, você tem licença poética. minhas manias eram inúmeras, coisa de criança solitária, mas eram apenas "manias" e foram se perdendo com o tempo, amém. juntemos forças para minimizar os problemas de quem os tem. bjos querida e obrigado sempre por suas palavras!

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  4. Olá Rodolfo! "Desintoxicação ficcional" é um termo ótimo, vou roubar sua ideia hahaha. Acho muito importante abordar esses assuntos pois muitas vezes eles são deixados de lado e são incompreendidos por algumas pessoas. Realmente a mente humana é uma grande incógnita, fascinante e desafiadora ao mesmo tempo, sua alusão à Dr. Jekyll e Mr.Hyde mostra isso muito bem. Beijos

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    1. cara Aline, pode utilizar a expressão à vontade, você tem licença poética rs. obrigado pelas palavras. bjos

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  5. Eu não conhecia este livro, realmente a temática dele é mais séria, fiquei muito curiosa em ler este livro após ler sua resenha, sem dúvidas sera uma leitura bem interessante, realmente o cérebro é fascinante.
    Sem dúvidas pretendo ler O homem que não conseguia parar: TOC e a história real de uma vida perdida em pensamentos, irei ler este livro em breve.

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    1. cara Mariele, bota séria nisso. se possível deveríamos beber tudo a respeito de TOC e depressão e ansiedade, males modernos ainda muito incipientes no terreno da medicina, psicologia, psiquiatria. juntemos forças para minimizar o sofrimento de quem os possui. bjos

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  6. Oi, Rodolfo. A sua resenha me fez realmente lê-la com bastante atenção. Parecia que eu tava lendo um livro, e não quis mais parar de ler! Embora eu não tenha o costume de ler livros que falem sobre o TOC, esse é um assunto que me interessa muito, que me traz bastante curiosidade, mesmo não conhecendo ninguém (entre meu círculo de amigos/conhecidos/familiares) que sofra com isso. Eu tenho duas manias que envolvem números, mas não sei dizer se tem a ver com o TOC. Enfim, não conhecia o livro e nem o autor, mas sua resenha me deixou fascinada pelo livro!

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    1. cara Daiane, não me espanta você dizer que não conhece ninguém com TOC porque na maioria das vezes eles não dizem nada, escondem porque já sofreram com as piadinhas, entre outras coisas. só percebemos realmente quando alguém se abre com a gente ou se houver alguém da família, fico feliz que não haja ninguém na sua. quanto às manias, atire a primeira pedra quem nunca né? rs. obrigado pelas palavras carinhosas. bjos

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  7. Nossa,eu nem imaginava como era o TOC,interessante esse livro,pequenas coisas que parecem apenas manias podem ser sinal de algo maior...

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    1. cara Paola, você acertou em cheio, é sempre bom observarmos se há "crescimento" destas "manias", pode ser um indício. bjos

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  8. Olá, essa obra, apesar de estender-se mais para o cunho informativo que narrativo, mostra que o TOC vai além do comportamento exageradamente organizado, ele praticamente dita os rumos da vida de uma pessoa. Espero poder ler o livro em breve. Beijos.

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    1. caro Alison, o TOC é absurdamente malévolo, toma a vida de uma pessoa. digamos que esta obra é tanto informativa quanto narrativa, já que o autor sofre deste mal. obrigado pelas palavras!

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  9. Interessante o livro e a resenha, não sabia exatamente como era o TOC, deve ser um transtorno para quem tem e difícil lidar com a pessoas que não tem, porque a maioria não entendem, fiquei impressionada com seu colega saber o aniversario de tanta gente assim que cérebro ele tem. Conferir uma porta se esta trancada oito vezes é muito eu confiro três, mas só quando saiu e o portão, para certificar que estão trancados mesmo kk.

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    1. cara Maria, este transtorno é mais comum do que imaginamos, só que quem o tem não conta por medo de represália dos amigos e da família, é melhor viver com ele solitariamente a compartilhá-lo. fiquei aqui rindo de seus "cuidados" com o portão. bjos.

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  10. Uau! Rodolfo, quanta informação e curiosidade, um livro dirigido a qualquer leitor mais interessado no assunto!
    Vc tocou num ponto importante, que eu já ia pensando em comentar e vc esclareceu bem: mente e cérebro são entidades distintas. Sabemos que pode haver o componente fisiológico, mas nesse caso é a ansiedade que precisa ser tratada, sendo a terapia com psicólogo imprescindível. Em alguns casos remédio, mas sempre a ajuda psicológica. Imagino que o transtorno seja disparado, dentre outras coisas, por uma necessidade de controle, que gera muita ansiedade. Controle que me leva a crer numa forte insegurança... Tô aqui metida a Psi 😀, mas já tive meus sintomas no final da infância tb, como vc eu tinha que bater dos dois lados p ficar igual. Não era sempre nem intenso, mas me soava estranho. Hoje eu verifico se a porta está fechada quando saio de casa (hahaha, fecho e confirmo uma vez, pelo menos é só uma vez 😂). Pq sou muito distraída e desconfio de mim mesma... Já aconteceu de estar no carro e voltar p ver se fechei. Enfim, nada que me maltrate, mas é um sintoma sim. Pena que ainda haja preconceito e bullying com as pessoas que sofrem com o transtorno. Deve ser um sofrimento terrível. Como é um sintoma, sabemos que algo não vai bem, que é um mecanismo de controle (ilusório), que gera dor, desgaste, outros problemas mais associados. É bom conversar sobre o problema, buscar ajuda, divulgar para desmistificar, pq as pessoas ainda temem buscar um profissional. Particularmente, penso que todos devemos fazer terapia, pq falar materializa o problema e fica mais fácil perceber os detalhes. Enfim, rs, aqui cabe muita conversa.
    Adorei a leitura diferente do que vc costuma trazer, temas assim me estimulam, me desafiam. Palmas!

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    1. cara Manuh, é muita informação mesmo, cheio de curiosidades que nos levam a repensar tudo o que imaginamos saber a respeito deste mal. acredito que qualquer tipo de terapia que nos faça compartilhar nossos temores é imprescindível sim, divide as angústias, alivia o peso nos ombros. a ansiedade é mãe quando nos empurra a realizar o que planejamos, mas pode ser madrasta quando nos deixa o tempo todo preocupados com esta realização, maltratando mais que ajudando.
      então você também entrou para o rol dos "maníacos" rsrsr. mas conseguimos controlar nossas manias (às vezes), é sinal de que ela não nos domina. o preconceito é que afasta a maioria das pessoas de um tratamento mais sério, além de familiares que protegem seus entes queridos demasiadamente, incapazes de enfrentar o problema de forma mais contundente.
      enfim, acho que este é um livro que você gostaria de ler. bjos e obrigado pelas palavras carinhosas.

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  11. Oi Rodolfo.
    Eu adorei a premissa desse livro, eu, assim como você, tive e tenho até hoje essa mania com números pares, hoje eu ja consigo controlar melhor, porém quando mais nova não conseguia, exemplo: se eu me machucasse chutando a cadeira tinha que voltar e fazer novamente para fazer de forma par e isso horrível, enfim, gostei e quero muito ler o livro.
    Bjs.

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    1. cara Marlene, que coincidência querida, então somos "maníacos", rs. ainda bem que isso não nos tornou reféns de uma compulsão né? leia este livro você irá amar. bjos

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  12. Oi Rodolfo,
    Interessante essa leitura, gosto de abordagens de aspectos psicológicos, definitivamente há muito para se refletir, ver um relato de alguém ajuda a criar empatia e entender um pouco mais como isso afeta a mente.

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    1. cara Helen, empatia sim e ainda mais conhecimento. precisamos saber o que fazer ao se deparar com quem sofre deste mal, para não encorajá-lo mais ou não nos deixarmos levar apenas pelas aparências. o enfrentamento é o melhor remédio. bjos

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  13. Oi, Rodolfo!
    Sem dúvida é importante também ler livros mais sérios que abordem temas interessantes com o Toc. Achei maravilhosa a sua resenha e também acho fascinante como o cérebro funciona e como somos seres dotados de várias compulsão e manias difíceis de entender.
    Bjoss

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    1. cara Marta, é importante e necessário que estimulemos o máximo de pessoas a ler sobre TOC, ansiedade, depressão, que são males que atacam cada vez mais cedo. bjos

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  14. Olá! Parece ser um livro muito bem escrito e interessante, acho que será possível ter uma visão melhor do TOC e como ela afeta as pessoas.

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  15. Olá!
    É sempre bom ver um livro que contém historia maravilhosa, ainda mais sobre uma doença que muitos sofrem e não sabemos como lidar com isso. Gostei do livro, é muito interessante ele.

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    1. cara Lily, são doenças novas como esta que devem ser amplamente estudadas neste século. compulsões e obsessões tomam muito tempo da vida de quem sofre. bjos

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  16. Que livro interessante! Pelo título eu não dei valor a ele! Mas agora lendo a resenha eu me interessei bastante. Pelo que entendi, todos nós temos um pouquinho de TOC, quando isto começa a atrapalhar nossa vida, devemos procurar ajuda sim! Fiquei com imensa curiosidade de explorar pesquisas sobre o cérebro.

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    1. caro Ycaro, este livro é mais que interessante, é obrigatório. não sei se seria correto afirmar que todos temos TOC (assim como de médico e louco todos têm um pouco), mas eu diria que trazemos desde a infância algumas manias que podem se exacerbar e acabar virando TOC. leia este livro, tenho certeza que irá gostar bastante.

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  17. Sofri TOC na minha infância - ainda sofro hoje em dia mas é de vez em quando e bem mais leve - por isso sei bem como é sofrer na pele essa doença, é uma compulsão incontrolável que mesmo sabendo que nada de mal vai acontecer não conseguimos controlar o impulso... Uma das minhas "manias" era quase igual a do seu colega de trabalho, mas em vez da porta era janelas, não me pergunte por que pois nem mesma eu sabia...
    Enfim, eu amei sua resenha, não conhecia O Homem Que Não Conseguia Parar mas já adicionei na minha lista de leitura, obrigada pela dica!

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    1. cara Any, muito legal você se abrir conosco, você é uma pessoa de coragem. o problema é realmente este, a gente acha que se não fizermos todos os rituais a que nos propomos vai acabar acontecendo uma "coisa ruim", mas esta coisa ruim nunca se concretiza, ainda assim a gente acaba fazendo mais e mais vezes.
      obrigado pelas palavras carinhosas. bjos.

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  18. Oi Rodolfo ;)
    Realmente a mente humana é algo incrível. Entendo que as vezes precisamos mesmo dessa leituras mais "reais", eu também sinto isso as vezes, essa vontade de ler algo diferente.
    Eu era assim quando mais nova, tinha essas tais manias (muitas), algumas das quais você citou, mas tive sorte de melhorar com o tempo e hoje não deixo isso me dominar.
    Deve ser muito difícil para um autor se abrir assim, falar sobre seus problemas íntimos abertamente. Me interessei em ler o livro sim, e adorei sua indicação! Recentemente li o último livro que o John Green lançou, Tartarugas até lá embaixo, que aborda esse tema do TOC, e que o autor baseou a personagem principal nele mesmo, pois ele sofre disso também.
    Abç

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    1. cara Isabela, é sempre bom variar o gênero de leitura, sair da curva, ler algo desconfortável. que legal você compartilhar conosco que também tinha manias, talvez todos a tenhamos tido em diferentes graus. fico feliz por seu interesse e grato por sua indicação. bjos

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