Ed. Planeta do Brasil, 2017 - 968 páginas |
- "Grande clássico da literatura mundial retrata a mítica história do rei Artur a partir da perspectiva de mulheres mágicas e poderosas. Por séculos, as lendas arturianas povoaram o imaginário de leitores de todo o mundo. As brumas de Avalon é considerado por muitos a versão literária definitiva do mito e muitas gerações de mulheres se deixaram arrebatar pela escrita envolvente de Marion Zimmer Bradley. Pelos olhos de mulheres complexas e poderosas como Morgana das Fadas, Viviane, a Senhora do Lago, Igraine, Morgause e Gwenhwyfar, os reinos de Camelot e de Avalon são revisitados neste clássico, repleto de magia, sensibilidade e intrigas. "
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Primeiro gostaria de parabenizar a editora por este maravilho exemplar do clássico "As Brumas de Avalon". É o tipo de livro que merece ser relançado de tempos em tempos, para que volte a ser apreciado por uma nova geração. Eu sou da geração passada, que leu o livro há 30 anos (foi lançado originalmente em 1979) e agora estou relendo. E a releitura foi uma nova descoberta, talvez pela idade, não sei, mas aproveitei muito mais desta vez, vários detalhes que me passaram despercebidos na época, pude agora saborear com mais precisão. É realmente uma leitura imperdível.
Este lançamento da editora Planeta do Brasil é volume único e contém os 4 volumes da série As Brumas de Avalon, são 968 páginas abarrotadas de história e informações, é muita coisa para ser comentada e discutida aqui, além dos elogios que tenho que fazer a edição, que está simplesmente espetacular.
Livro 01 - A Senhora da Magia
Livro 02 - A Grande Rainha
Livro 03 - O Gamo-Rei
Livro 04 - O Prisioneiro no Carvalho
As Brumas de Avalon descreve a lenda do rei Artur sob a visão das mulheres, como elas conduziram a história até o seu apogeu. É narrada pelo ponto de vista da fada-sacerdotisa Morgana, da rainha Gwenhwyfar, da senhora do Lago Viviane, entre outras.
Tudo começa quando Igraine, uma filha da ilha sagrada de Avalon, agora longe de casa, casada com o duque Gorlois e mãe de uma Morgana de apenas quatro anos, recebe a visita de sua meia-irmã, Viviane, a Senhora do Lago e de seu pai, o Merlim da Bretanha.
Nesta visita, Igraine é requisitada a servir Avalon, que está se perdendo dentro das Brumas no mar do verão. Os seguidores de Cristo estão alterando a visão deste mundo, não apenas em espírito, mas no plano material, pois por negarem o mundo espiritual e os domínios de Avalon, estes estão deixando de existir para eles, perdendo-se nas suas brumas.
Para salvar Avalon, Igraine deverá ter um filho que será o líder que consiga a lealdade de todas as pessoas de ambas as Bretanhas: A Bretanha dos padres e o mundo das brumas, governado por Avalon. Viviane acredita que fortalecidos por este Grande Rei, os mundos devem se juntar novamente, um mundo com espaço para a Deusa e para o Cristo, o caldeirão e a cruz. Mas esse filho, não poderá ser de seu marido, um romano, e sim de um bretão puro, chamado Uther Pendragon.
O filho que nasce de Igraine e Uther é chamado de Arthur. E assim começa a lenda, que se trata, acima de tudo, da história de um profundo conflito entre o cristianismo e a velha religião de Avalon.
Avalon torna Arthur o grande rei da Bretanha e lhe presenteia com a espada mágica Excalibur, que mesmo ferido, não o deixa sangrar até a morte. Excalibur torna-se o símbolo do poder da Távola Redonda (assim chamada pois recebe em uma mesa redonda todos os cavalheiros do rei). Entretanto Artur casa-se Gwenhwyfar, uma esposa católica, mais devota do que o razoável, que faz de tudo para torna-lo um rei Cristão.
Nesta Bretanha, que é ao mesmo tempo real e lendária, vivenciamos toda sua luta contra a invasão saxônica até a criação de Camelot, onde os caminhos de Artur, Gwenhwyfar, Morgana e Lancelote se cruzam, desnudando o que cada um deles tem de melhor e pior, criando uma teia de conspirações, amores proibidos, culpa, pecado, inveja, traições, amizades, infidelidade.
Marion Zimmer Bradley aborda várias questões polêmicas, como a homossexualidade, reencarnação, o sexo como forma de prazer livre. Também defende que a no aborto a decisão cabe única e exclusivamente à mulher, além de enfatizar o machismo oriundo da opressão da sociedade patriarcal cristã e faz criticas contundentes a Igreja Católica, principalmente aos padres, que considera tolos e limitados.
É uma das obras mais intensas que já li, atemporal, por isso recomendo a todos.
Este lançamento da editora Planeta do Brasil é volume único e contém os 4 volumes da série As Brumas de Avalon, são 968 páginas abarrotadas de história e informações, é muita coisa para ser comentada e discutida aqui, além dos elogios que tenho que fazer a edição, que está simplesmente espetacular.
Livro 01 - A Senhora da Magia
Livro 02 - A Grande Rainha
Livro 03 - O Gamo-Rei
Livro 04 - O Prisioneiro no Carvalho
As Brumas de Avalon descreve a lenda do rei Artur sob a visão das mulheres, como elas conduziram a história até o seu apogeu. É narrada pelo ponto de vista da fada-sacerdotisa Morgana, da rainha Gwenhwyfar, da senhora do Lago Viviane, entre outras.
Tudo começa quando Igraine, uma filha da ilha sagrada de Avalon, agora longe de casa, casada com o duque Gorlois e mãe de uma Morgana de apenas quatro anos, recebe a visita de sua meia-irmã, Viviane, a Senhora do Lago e de seu pai, o Merlim da Bretanha.
Nesta visita, Igraine é requisitada a servir Avalon, que está se perdendo dentro das Brumas no mar do verão. Os seguidores de Cristo estão alterando a visão deste mundo, não apenas em espírito, mas no plano material, pois por negarem o mundo espiritual e os domínios de Avalon, estes estão deixando de existir para eles, perdendo-se nas suas brumas.
"- Eles creem - disse Viviane, com sua voz suave e baixa - que não há deusa, pois o princípio da mulher, dizem, é o princípio de todo o mal; por meio da mulher, de acordo com eles, o mal entrou neste mundo; há uma lenda judaica fantástica sobre uma maçã e uma cobra.
Para salvar Avalon, Igraine deverá ter um filho que será o líder que consiga a lealdade de todas as pessoas de ambas as Bretanhas: A Bretanha dos padres e o mundo das brumas, governado por Avalon. Viviane acredita que fortalecidos por este Grande Rei, os mundos devem se juntar novamente, um mundo com espaço para a Deusa e para o Cristo, o caldeirão e a cruz. Mas esse filho, não poderá ser de seu marido, um romano, e sim de um bretão puro, chamado Uther Pendragon.
O filho que nasce de Igraine e Uther é chamado de Arthur. E assim começa a lenda, que se trata, acima de tudo, da história de um profundo conflito entre o cristianismo e a velha religião de Avalon.
Avalon torna Arthur o grande rei da Bretanha e lhe presenteia com a espada mágica Excalibur, que mesmo ferido, não o deixa sangrar até a morte. Excalibur torna-se o símbolo do poder da Távola Redonda (assim chamada pois recebe em uma mesa redonda todos os cavalheiros do rei). Entretanto Artur casa-se Gwenhwyfar, uma esposa católica, mais devota do que o razoável, que faz de tudo para torna-lo um rei Cristão.
"- Como Deus nos dará a vitória se não nos livrarmos de todos os símbolos da feitiçaria e lutarmos sob a cruz?"
Nesta Bretanha, que é ao mesmo tempo real e lendária, vivenciamos toda sua luta contra a invasão saxônica até a criação de Camelot, onde os caminhos de Artur, Gwenhwyfar, Morgana e Lancelote se cruzam, desnudando o que cada um deles tem de melhor e pior, criando uma teia de conspirações, amores proibidos, culpa, pecado, inveja, traições, amizades, infidelidade.
Marion Zimmer Bradley aborda várias questões polêmicas, como a homossexualidade, reencarnação, o sexo como forma de prazer livre. Também defende que a no aborto a decisão cabe única e exclusivamente à mulher, além de enfatizar o machismo oriundo da opressão da sociedade patriarcal cristã e faz criticas contundentes a Igreja Católica, principalmente aos padres, que considera tolos e limitados.
"- Mas tornamos a nascer - disse Morgana, muito baixo -, e isso acontecerá muitas vezes mais. Não nascemos uma só vez e vamos para o céu ou o inferno, mas vivemos de novo e de novo até nos juntarmos aos Deuses."
É uma das obras mais intensas que já li, atemporal, por isso recomendo a todos.
Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
Cortesia da Planeta Livros Brasil
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Oi, Gisela.
ResponderExcluirVer toda a trajetória sob as perspectivas de mulheres, é algo bem diferenciado e complexo. Ao mesmo tempo em que a autora interpõe no livro questões e até mesmo críticas à religiosidade, o torna assim, um livro bem singular e, possivelmente, conflituoso.
Que bonita essa capa, muito legal esse relançamento da editora. Acredito que muitas pessoas vão querer comprar mesmo tendo as outras edições. Acho a lenda do rei Artur interessante até, mas particularmente não senti muito interesse em realizar a leitura, prefiro livros menos fantasiosos, apesar de achar bacana alguns temas que você comentou que o livro trata, outros na verdade iriam acabar me irritando um pouquinho. De repente em algum outro momento eu até crie um interesse por essa história, mas por enquanto vou deixar passar.
ResponderExcluirCaramba!Que edição mais linda!
ResponderExcluirEstou aqui babando literalmente no livro, afinal, só li os 4 volumes lançados há anos..rs em uma versão simples e mesmo assim, intensa.
Bacana a Editora ter trazido os quatro livros juntos assim, com essa capa maravilhosa.
As Brumas é aquele tipo de clássico que todos deveriam ler, pois não só traz uma boa parte de história, como o olhar feminino bem à frente do tempo em que a obra foi escrita.
Beijo
Vc leu o livro há 30 anos e agora está relendo?! nossa, deve ser fascinante criar toda uma bagagem literária durante esse tempo e reler e ainda apreciar tanto a leitura, só por isso a história já me chama a atenção. Já ouvi falar da história, mas ainda não tive a oportunidade de ler e como acho todo o universo envolvendo Arthur, Merlin e Morgana bem interessante, fiquei bem curiosa sobre essa edição depois de ler a resenha ;)
ResponderExcluirUal Gi!
ResponderExcluirQue livro lindo!!
Já li algumas resenhas e confesso que estou com bastante expectativa pra conhecer a história que parece mto boa, a editora fez um trabalho excelente.
Tá nos desejados!
Bjs!
Babando com essa edição da Editora Planeta de As brumas de Avalon. Está realmente muito bonita. Entendo quando diz que em uma segunda leitura, talvez mais amadurecida, ou enxergando detalhes que antes possa ter passado despercebido, a leitura acaba tendo outro sabor. Aconteceu isso recentemente quando reli Dom Casmurro. A história do Rei Arthur, assim como todos os temas que permeiam o enredo é uma leitura intensa e maravilhosa. Quem ainda não leu, leia; e para os que já leram, assim como eu, fica a dica de uma releitura. Excelente resenha.
ResponderExcluirOlá Gi,
ResponderExcluirNão conheço quase nada sobre a lenda do Rei Arthur, me interessei por ser na visão das mulheres da época e por misturar a realidade com o plano espiritual.
Sem dúvidas bons livros devem ser relançados, e claro, relidos, boas histórias nunca se perdem. Muita linda essa edição!
Beijo
Oi Gi,
ResponderExcluirJá li As Brumas de Avalon, gostei tanto que ele está em minha lista dos livros que valem a pena reler em algum momento, acredito que vou descobrir detalhes e amar mais ainda a leitura.
É muito interessante ter essa visão das mulheres na lenda do Rei Arthur, recomendo demais pra quem ainda não conhece!
Oi, Gi
ResponderExcluirQue livro enorme, Senhor! Eu confesso que nunca li ou entendi bem a história do Rei Arthur, mesmo com todos os filmes e livros a respeito, acho que esse negócio de era medieval nunca me chamou atenção. Ainda assim gostaria de ler o livro, ele tem essa capa linda e a edição está mara.
Beijos
http://www.suddenlythings.com/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir22 de abril de 2018 23:50
ResponderExcluirOi Gi,
Lembro que minha irmã era apaixonada por esse série, mas nunca cheguei a ler. A autora escreveu sobre o empoderamento feminino entre os cavaleiros da távola redonda em 1982, quando nem se falava nisso. Uma mulher a frente de seu tempo.
Com amor, André - Garotos Perdidos
Oi, Gisela!
ResponderExcluirAs Brumas de Avalon parece ser um livro bem marcante e intenso, mas confesso que não sou muito fã da história do rei Arthur e não fiquei curiosa para conhecer essa versão que a Marion Zimmer Bradley criou, prefiro livros mais leves, sabe?! Por isso eu não leria As Brumas de Avalon.
Abraços.
Nunca me interessei por esse livro nem na época da escola quando todos quase brigavam para ter a chance de ler ele nem agora depois de 18 anos,não gosto de leitura muito fantasiosa
ResponderExcluirGi!
ResponderExcluirComo você já tive oportunidade de ler essa série toda há mais de 30 anos atrás e como sou bem encantada pelo mundo de magia descrita no livro e pela história que gira em torno do Rei Arthur, não tem como não desejar esses novos lançamentos para uma releitura.
Bom final de semana!
“Os piores estranhos são aqueles que vivem na mesma casa e fingem que se conhecem. Conversam banalidades, mas nunca o essencial.” (Augusto Cury)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA ABRIL – ANIVERSÁRIO DO BLOG: 5 livros + vários kits, 7 ganhadores, participem!
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Oi, Gi!!
ResponderExcluirTive a oportunidade de As Brumas de Avalon a mais ou menos uns cinco anos atras mas não conseguir nem começar a fazer essa leitura. Hoje vejo que é uma história bem interessante, principalmente nessa edição linda.
Bjos