Ed. Companhia Das Letras, 2009 - 696 páginas |
- "Danny Coughlin, descendente de irlandeses, é filho de um capitão de polícia e seguiu os passos do pai. Escalado para infiltrar-se em organizações bolcheviques e anarquistas, envolve-se na luta trabalhista e passa a defender a sindicalização do departamento de polícia. Caminhando no fio da navalha entre a ilegalidade e o trabalho de infiltrado, Danny acabará por se tornar figura-chave de uma guerra entre o governo e as forças da lei que se assoma no horizonte. Já Luther Laurence, o jovem negro cuja vida aos poucos se ligará à de Danny, chega a Boston por um mero acaso. Demitido para dar espaço à mão de obra que virá da Europa com o fim da guerra, e fugindo da polícia por um crime cometido em outro estado, Luther tentará passar despercebido em meio aos inúmeros conflitos sociais que o cercam. Mas Boston, cidade conhecida pela forte imigração de irlandeses, não é exatamente receptiva aos negros, e, entre a fuga da polícia e a busca por algum tipo de sobrevivência, Luther se verá embrenhado em uma briga que, se não é sua, passará a dominar seu dia a dia."
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A construção de uma potência
Faço a constatação de que mesmo passado um tempo de minha leitura continuo em estado de choque com este livro e me pergunto: sobre que alicerces se assenta um país? Irmandade, morte, racismo, favorecimento, xenofobia.
Na atualidade, Dennis Lehane é a própria representação do gênero policial. Quem discorda leia algo dele ou assista a um filme baseado em sua obra e chegará facilmente a essa conclusão.
Como leitor, acredito que é na construção dos diálogos que conhecemos o valor de um escritor. Em Naquele dia (Companhia das Letras, 696 páginas) os diálogos são rascantes, irônicos, reais, dando agilidade ao primoroso texto. De qualquer forma eu já conhecia esta qualidade de Lehane, o que eu não sabia é de seus dotes de historiador, o poder de retratar fidedignamente uma época, no caso os anos 20. Isso é pra poucos.
O fim da Primeira Grande Guerra é um marco na construção dos Estados Unidos. Enquanto as grandes nações da Europa encontravam-se enfraquecidas coube aos EUA fornecerem a elas empréstimos e materiais industrializados elevando seu PIB e sinalizando o que viria a ser o pensamento reinante da maior potência mundial.
Mas nem só de rosas vivia o cidadão deste país naquela época. Vários soldados voltavam da guerra e não encontravam emprego, o racismo estava no auge e a luta dos negros pelos direitos civis ganhava contornos ainda embrionários, imperava a Lei Seca e Hoover iniciava a caça às bruxas, imigrantes anarquistas e comunistas subvertiam a ordem, sindicatos conclamavam greves e para coroar o que já não estava muito bom a gripe espanhola chegava e dilacerava com seus dentes ávidos quem encontrasse pela frente.
É neste cenário explosivo que Lehane edifica seu romance – uma Boston do início do século XX, com irlandeses estabelecidos, italianos marginalizados e negros humildes e revoltados – interpondo realidade e ficção, apoiado em vasta pesquisa histórica.
O policial Danny Coughlin, descendente de irlandeses, é filho de um capitão da polícia. Seguindo os passos do pai sonha galgar rapidamente os degraus da instituição. É apanhado, triturado e arremessado no epicentro da luta contra organizações anarquistas. Forçado a infiltrar-se em suas linhas para delatar “os cabeças” do movimento acaba por alterar sua visão a respeito do proletariado. Isso e seu amor pela criada que trabalha em sua casa acabará por levá-lo a romper com seus familiares e suas convicções.
Seu senso de justiça e sua força de caráter acabarão por alçá-lo à condição de representante de uma organização de policiais que lutam por uma vida mais digna, opondo-se às forças de uma lei que não os ampara.
Luther Laurence é um jovem negro que foge da polícia por causa de um crime cometido em outro estado. Ele sabe muito bem que a chance de explicar os motivos que o levaram ao crime num país racista como os EUA é nula. Foge também de um gangster que clama por vingança por causa deste mesmo crime. Deixa para trás a mulher que ama e o fruto desse amor. Buscando sobreviver incólume e despercebido em meio a conflitos raciais, sem destino e sem emprego, acaba aportando em Boston.
A vida destes dois personagens se ligará de forma incomum e trará consequências irreversíveis para ambos. Danny por se ligar a um negro e Luther por estar no lugar e hora errados, numa guerra que não lhe diz respeito.
O romance é vigoroso e belo em proporções equivalentes, retrato fiel de uma época em constante ebulição. Personagens secundárias descritas com maestria vão se fundindo aos principais, moldando suas escolhas por ações e reações nem sempre racionais, até um desfecho sublime e fatalista que num primeiro momento me fez melancólico, depois me fez mais uma vez reverenciar a escrita deste autor preciso, inventivo e de alma inquieta.
Recomendo este e todos os outros livros de Lehane. Inesquecíveis!!!
Faço a constatação de que mesmo passado um tempo de minha leitura continuo em estado de choque com este livro e me pergunto: sobre que alicerces se assenta um país? Irmandade, morte, racismo, favorecimento, xenofobia.
Na atualidade, Dennis Lehane é a própria representação do gênero policial. Quem discorda leia algo dele ou assista a um filme baseado em sua obra e chegará facilmente a essa conclusão.
Como leitor, acredito que é na construção dos diálogos que conhecemos o valor de um escritor. Em Naquele dia (Companhia das Letras, 696 páginas) os diálogos são rascantes, irônicos, reais, dando agilidade ao primoroso texto. De qualquer forma eu já conhecia esta qualidade de Lehane, o que eu não sabia é de seus dotes de historiador, o poder de retratar fidedignamente uma época, no caso os anos 20. Isso é pra poucos.
O fim da Primeira Grande Guerra é um marco na construção dos Estados Unidos. Enquanto as grandes nações da Europa encontravam-se enfraquecidas coube aos EUA fornecerem a elas empréstimos e materiais industrializados elevando seu PIB e sinalizando o que viria a ser o pensamento reinante da maior potência mundial.
Mas nem só de rosas vivia o cidadão deste país naquela época. Vários soldados voltavam da guerra e não encontravam emprego, o racismo estava no auge e a luta dos negros pelos direitos civis ganhava contornos ainda embrionários, imperava a Lei Seca e Hoover iniciava a caça às bruxas, imigrantes anarquistas e comunistas subvertiam a ordem, sindicatos conclamavam greves e para coroar o que já não estava muito bom a gripe espanhola chegava e dilacerava com seus dentes ávidos quem encontrasse pela frente.
É neste cenário explosivo que Lehane edifica seu romance – uma Boston do início do século XX, com irlandeses estabelecidos, italianos marginalizados e negros humildes e revoltados – interpondo realidade e ficção, apoiado em vasta pesquisa histórica.
“Seis anos atrás, fizera-se a primeira greve na Grande Liga de Beisebol. O Detroit Tigers recusou-se a jogar até que Ban Johnson revogasse a suspensão de Ty Cobb, por ter batido num torcedor que estava na arquibancada. O torcedor era um inválido, tinha cotos em lugar de braços, não tinha mãos para se defender, mas Cobb o agrediu, mesmo depois de ele estar caído no chão, metendo-lhe as chuteiras no rosto e nas costelas. Ainda assim os companheiros de Cobb tomaram partido dele e fizeram greve em apoio a um sujeito de quem ninguém gostava. Diabo, todo mundo odiava Cobb, mas a questão não era essa. A questão era que o torcedor chamara Cobb de “meio crioulo”, e não havia nada pior para chamar um branco, salvo talvez “chegado num crioulo” ou simplesmente “crioulo”.”
O policial Danny Coughlin, descendente de irlandeses, é filho de um capitão da polícia. Seguindo os passos do pai sonha galgar rapidamente os degraus da instituição. É apanhado, triturado e arremessado no epicentro da luta contra organizações anarquistas. Forçado a infiltrar-se em suas linhas para delatar “os cabeças” do movimento acaba por alterar sua visão a respeito do proletariado. Isso e seu amor pela criada que trabalha em sua casa acabará por levá-lo a romper com seus familiares e suas convicções.
“... Danny escapara do bombardeio da Salutation Street e perdera a única mulher que amara na vida, Nora O’Shea, uma irlandesa que trabalhava como criada para seus pais. O caso parecia fadado ao fracasso desde o princípio, e fora Danny quem tomara a iniciativa de romper. Mas, desde que ela saiu de sua vida, ele não conseguia achar uma boa razão para continuar a viver. Agora, por pouco não matara Johnny Green no ringue do Mechanics Hall. Tudo isso no curto espaço de vinte e um meses. Tempo suficiente para levar um homem a se perguntar se Deus lhe guardava algum rancor.”
Seu senso de justiça e sua força de caráter acabarão por alçá-lo à condição de representante de uma organização de policiais que lutam por uma vida mais digna, opondo-se às forças de uma lei que não os ampara.
... “Você já notou que quando eles precisam de nós falam de dever, mas quando precisamos deles falam de orçamento?”
Luther Laurence é um jovem negro que foge da polícia por causa de um crime cometido em outro estado. Ele sabe muito bem que a chance de explicar os motivos que o levaram ao crime num país racista como os EUA é nula. Foge também de um gangster que clama por vingança por causa deste mesmo crime. Deixa para trás a mulher que ama e o fruto desse amor. Buscando sobreviver incólume e despercebido em meio a conflitos raciais, sem destino e sem emprego, acaba aportando em Boston.
“Luther sabia que aquilo tudo se dera por causa de empregos: os trabalhadores brancos cada vez mais se convenciam de que estavam pobres porque os trabalhadores negros lhes roubavam os empregos e a comida de suas mesas. Então eles vieram para o bairro negro – homens, mulheres e crianças brancas – e começaram a atacar os negros. Puseram-se a atirar neles, a linchá-los, tocar-lhes fogo, e chegaram a jogá-los no rio Cahokia e apedrejá-los quando tentavam nadar de volta, tarefa que os brancos deixaram principalmente para seus filhos. As mulheres brancas empurravam as negras dos bondes, apedrejavam-nas e golpeavam-nas com facas de cozinha, e, quando a Guarda Nacional chegou, simplesmente ficou ali deixando a coisa rolar.”
A vida destes dois personagens se ligará de forma incomum e trará consequências irreversíveis para ambos. Danny por se ligar a um negro e Luther por estar no lugar e hora errados, numa guerra que não lhe diz respeito.
“Pelo que aprendi”, disse o Diácono Broscious, “a coisa mais inesquecível na vida de um homem raramente é prazerosa. O prazer não nos ensina nada, a não ser que o prazer é prazeroso... O que nos molda é o que nos mutila. É um preço alto, reconheço. Mas...", ele abriu os braços e lhes deu seu mais radioso sorriso, “o que você aprende com isso não tem preço.”
O romance é vigoroso e belo em proporções equivalentes, retrato fiel de uma época em constante ebulição. Personagens secundárias descritas com maestria vão se fundindo aos principais, moldando suas escolhas por ações e reações nem sempre racionais, até um desfecho sublime e fatalista que num primeiro momento me fez melancólico, depois me fez mais uma vez reverenciar a escrita deste autor preciso, inventivo e de alma inquieta.
Recomendo este e todos os outros livros de Lehane. Inesquecíveis!!!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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Olá Rodolfo!
ResponderExcluirNunca tinha ouvido flar desse livro acredita?
Gostei mto, histórias com o tema abordado me chamam bastante atenção e curiosidade pra conhecer mais sobre a época, espero ter uma oportunidade de ler um dia, vai para a minha listinha com toda ctz!
Bjs!
cara Aline, Lehane é mais conhecido pelo filme "sobre meninos e lobos" dirigido por ninguém menos que Clint Eastwood. incrível!!! leia também, posso te garantir que não haverá arrependimento e você se tornará fã do autor. bjos
ExcluirSobre Meninos e Lobos é um ícone do cinema! E Sean é fenomenal no enredo, aliás, é um elenco primoroso!
ResponderExcluirNão fazia ideia da existência deste livro, mas pelo que li acima, ele aborda temas fortes e densos, mesmo para que não entende muito do assunto. O fim da Primeira Guerra foi um período não só de adaptação a tantos sobreviventes,mas também de transformação!
Quero muito poder ler a obra, já que além de trazer toda essa densidade, parece ser também uma grande aula de história!
Beijo
querida, se você curtiu como eu o filme - com Sean Penn soberbo, Kevin Bacon e com o sensacional Tim Robbins (um ator injustiçado em minha modesta opinião), com a mão firme e competente de Clint Eastwood - vai se apaixonar por este livro incrível. sou suspeito pra sugerir livros de Lehane porque sou fã. leia esta obra e apaixone-se também. bjos
ExcluirOi Rodolfo, fiquei feliz em saber que o autor sabe retratar com qualidade sua obra e apresenta esse complicado momento da história com maestria e assim o livro que não é curto tem espaço pra desenvolver a história de forma envolvente. Tua resenha muito bem escrita e apesar de não ser um livro que me chama pra leitura agora, posso sim considerar lê-lo mais a frente ;)
ResponderExcluircara Lili, tratando-se de Lehane quanto mais páginas melhor. personagens magistrais e retratação da época fidedigna. leia também, este e outros livros do autor, você irá se apaixonar, vá por mim. bjos
ExcluirOi, Rodolfo.
ResponderExcluirAtravés das vidas entrelaçadas dos dois personagens, acho que é possível vermos e termos uma percepção de como era naquela época a luta por ideais e por melhorias, em uma época pós guerra... Bem em como tudo acarretou.
Afinal, a guerra acabou, mas ela deixou o seu rastro e muitas pessoas tiveram que enfrentar mais momentos difíceis.
cara Daiane, são dois personagens riquíssimos, culpa da qualidade da escrita de Lehane. muitas nações enriquecem com a guerra, este é mais uma das sequelas de um conflito. há aqueles que querem que ela nunca se acabe. o ser humano é mesmo um lobo.
ExcluirMeu contato com Dennis Lehane foi através da adaptação de Sobre meninos e lobos. A capa dessa edição está maravilhosa e o enredo não poderia ser mais tentador. Pelas suas considerações percebemos a consistência da escrita do autor, assim como a riqueza da época em que a trama se passa. Os temas abordados também são fortes e geralmente trazem histórias fortes que inevitavelmente, quando bem feitas, tendem a conquistar o leitor. Excelente resenha.
ResponderExcluir*☆* Atraentemente *☆*
caro Evandro, então você começou bem, muito bem, o filme é genial. Lehane já ultrapassou o sarrafo, é um cara para ser lido e relido. não me canso de sugeri-lo a amigos, é leitura obrigatório para todo fã do gênero policial, há livros com forte apelo psicológico e agora ele enveredou pelo histórico também. é completo. abraços
ExcluirCaro Rodolfo, este autor me lembra suas indicações sobre livros inteligentes, tramas bem amarradas, numa conversa com o leitor sobre o caos do homem contemporâneo. A fala do diácono, ah, esse trecho, irretocável. Gosto muito de ficção com mesclas de realidade histórica, ambientando bem uma narrativa, me fazendo aprender mais sobre uma época. Com subtemas que engrandecem o texto. Enfim, ainda não li Lehane, mas vi os filmes adaptados de suas obras. Gostei muito de Paciente 67, gosto de como ele brinca com o espectador, como cria universos que se entrecruzam, mente e corpo, realidade ou ilusão. Será assim também em seus livros? Lembro tb que as histórias não nos poupam da violência, mas mesmo a crueldade é contada de maneira instigante. Por qual obra eu deveria conhecer a escrita do autor?
ResponderExcluirImagino que tenha sido uma leitura que lhe infligiu um tanto de dor, os temas transversais sao bem fortes. Gostei muito da sua resenha, este autor nas suas observações fica ainda mais convidativo. 😉
cara Manuh, não tenho receio de sugeri-lo a todos os leitores que como eu gostam de um enredo bem escrito, com protagonistas sutis e personagens secundárias sólidas. todos estão lá por algum motivo e cabe ao leitor identificar seu papel. o viés histórico neste caso é como uma personagem, ele entra no universo dos anos 20 para nos colocar na mente de alguém que viveu, amou e sofreu no pós-guerra, não há vencedores, há fortes e fracos. "paciente 67" já enveredava por este campo psicológico com o pé direito, luz e escuridão num pacote recheado de segredos. neste livro o psicológico está nas dúvidas de cada personagem, nos dilemas e consequências que terão que enfrentar. a luta contra o que está estabelecido é sempre uma luta ingrata.
Excluircomo já havia lhe dito, Lehane foi uma espécie de conselheiro tutelar em Boston, completamente absorto no mundo cão. violência contra mulheres e crianças ele descreve com conhecimento de causa. é a experiência pela dor.
sou tão fã deste cara que não saberia ao certo o que indicar primeiro. a série "kenzie-gennaro" seria ótima, teve um de seus livros transformado em um filme de grande sucesso - "medo da verdade". este livro da resenha também seria um início maravilhoso, ele aqui já é um autor de mão cheia e este é o primeiro livro da série "Coughlin". ainda assim, meu preferido é "sobre meninos e lobos". é muita coisa boa. bjos
Oi Rodolfo.
ResponderExcluirComo já sabe tive pouca experiência com o autor, mas apesar disso sei que sua escrita consegue envolver!
É como você citou, para um enredo de ficção tudo no livro beira a realidade, principalmente a da época em que foi escrita; tenho pouco conhecimento sobre ela e ainda assim consegue enxergar um retrato verdadeiro.
Sobre os personagens, Luther não me impressionou tanto, acho sua luta incrível, mas porque abandonar mulher e filho? Eles não sofreriam o mesmo preconceito com ele longe? Realmente preciso ler para entender, rsrs.
Beijos
cara Vitória, "sobre meninos e lobos" já é um bom livro para se apaixonar por Lehane :)
Excluirtenho um fraco por história, então quando retratam de alguma maneira uma época já fico empolgado. quanto a Luther precisei resumir bastante, ele tem um motivo muito forte para abandoná-los, mas isso não quer dizer que ele não possa se redimir e sua redenção é poesia. leia, não deixe uma obra dessas passar em vão. bjos
Rodolfo!
ResponderExcluirConfesso que jamais imaginei que era um livro policial, um dos meus estilos favoritos, porém quando citou o filme, lembrei que o assisti e achei fabuloso, ainda mais que a personagem é bem escrita e que chega a tomar a frente do 'sindicato' dos policiais, mesmo tendo características divergentes.
Fiquei com a maior vontade de fazer a leitura.
“A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena.” (Augusto Cury)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA ABRIL – ANIVERSÁRIO DO BLOG: 5 livros + vários kits, 7 ganhadores, participem!
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
cara Rudynhaaaa, este livro é belíssimo! vindo de Lehane não esperaria menos, ele sempre me surpreende positivamente. imagina só um cara que viveu e cresceu dentro da polícia liderando o sindicato. é um paradoxo dos mais complexos. leia também. bjos
ExcluirQuando li que o livro tem 696 páginas meio que levei um susto, mas depois lendo a resenha entendi bem porque tem tantas páginas. São muitas coisas para serem ditas, muitas situações importantes para serem retratadas. Devo dizer que não entendo muito sobre o assunto, não é algo que eu costumo procurar, mas pelo o que sei foi um período bem complicado. Não sei se é uma leitura que eu realizaria agora porque acredito que é um livro que exigente bastante tempo e dedicação para conseguir compreender tudo o que o autor quis passar, afinal o assunto é denso e forte. Acho que infelizmente apesar de não haver a guerra muitas coisas ainda ocorrem no dia de hoje, o que é algo bem triste.
ResponderExcluircara Mariana, 696 páginas de Lehane são lidas como de fossem 150, rs. são muitas páginas porque são inúmeras referências cruzadas e inferências relativas aos anos 20 - ano da lei seca. se não quiser procurar sobre estes anos a leitura será prazerosa da mesma forma, vá por mim. espero que leia. bjos
ExcluirAsoooooooro romances ficcionais mesclados em fatos reais. E a coisa fica ainda mais incrível quando pegamos um tema forte e polemico como esse, o racismo. Mais ainda!! Pós-guerra. Prato cheio pra Nizete.
ResponderExcluirJá adicionando na minha lista de desejados. Espero ter sorte de lê-lo muito breve.
Como sempre, amei sua perfeita resenha. Ansiosa pela próxima queme fará aumentar minha lista. rsrsrs
Bjão
Nizete
Cia do Leitor
eiiiiiiiiiiiii Niiiiii, sei que gosta de livros assim, então toca aqui ó! Lehane é um dos caras mais criativos que conheço, além de conhecer bem daquilo que está em seus enredos, já que ele foi uma espécie de conselheiro tutelar. agora ele acabou juntando realidade e ficção e se superou. é obra obrigatório pra todo leitor que preza boa leitura. leia também querida, não deixe este passar. brigaduuuu pelas palavras carinhosas de sempre. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirHum, uma leitura voltado pra parte histórica, há muitos temas importantes para se retratar, o autor parece ter feito isso com maestria.
Dennis Lehane, você falou a importância dele no gênero policial e pensei, como é que não conheço nada dele?! Acredita que não fiz a conexão logo de cara...adoro o filme Ilha do Medo, que é uma adaptação do livro dele "Paciente 67".
cara Helen, eu já admirava Lehane por seu poder de retratar a marginalidade. esta nova empreitada dele em traduzir uma época me deixou super empolgado. paciente 67 é tremendamente inventivo com forte apelo psicológico, um livraço. leia este também, irá gostar muito. bjos
ExcluirDeus me perdoe mas não gosto nem um pouco de livros que remetem as guerras e política,só consigo ficar mais incomodada com esse tema,o jogo do poder me deixa enojada e impotente,as pessoas lutam uma vida toda por seus direitos e no fim das contas o dinheiro e o poder vence,não sei se esse livro fala basicamente disso,mas não leria algo que me tira a paz...
ResponderExcluircara Paola, nem sei o que dizer. e se você realmente não gosto do estilo melhor nem iniciar. há um universo de livros que podem nos agradar. bjos
ExcluirOi!
ResponderExcluirAinda não conhecia o autor, mas fiquei bem interessada nesse livro, achei muito interessante todo o contexto historia e social do livro, parece que o autor realmente pesquisou a fundo todo esse cenário e gosto muito quando temos uma atenção aos personagens secundários, me deixando curiosa para saber mais !!
cara Suzana, Lehane é mais conhecido pelo filme "sobre meninos e lobos", mas tem muita coisa boa. gênero policial ele domina como poucos. não deixe de lê-lo. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!
ResponderExcluirEssa é a primeira vez que leio algo sobre esse livro, gostei bastante da indicação por que gosto muito de livros policiais e também uma amiga já me indicou Sobre Meninos e Lobos e agora que percebi que é o mesmo autor, agora estou mas curiosa ainda para ler algo do Lehane.
Bjoss
cara Marta, você irá perceber o quanto gosto deste autor porque virão mais e mais resenhas de seus livros, rs. não deixe de ler, ainda mais se for sua praia, tem escrita inesquecível. bjos
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