Ed. Cosac Naify, 2005 - 264 páginas |
- "Os garotos da Sociedade do Betume tinham duas importantes tarefas - manter o betume (símbolo da sociedade) sempre molhado, por meio da mastigação, e defender o grund, quartel general onde jogavam péla. Eis que os camisas-vermelhas, desterrados e, consequentemente, impedidos de jogar péla, declaram guerra à Sociedade e decidem tomar-lhe o grund. Do líder Boka ao soldado raso Nemcsek, a Sociedade do Betume se organiza para a grande batalha de Budapeste do começo do século. O que era brincadeira de criança transformou-se num belo retrato da infância."
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O respeito entre combatentes
Todas as vezes em que me deparo com um clássico me ponho a pensar: mas por que demorei tanto para iniciá-lo? Isso sempre acontece, mesmo com inúmeros clássicos do mesmo calibre na estante sem serem tocados. Evidentemente o mesmo aconteceu com Os meninos da rua Paulo (Cosac Naify, 264 páginas), edição maravilhosa, desta editora que sucumbiu como tantas outras em nossas terras, deixando leitores desnorteados.
Meu primeiro contato com “os meninos” não se deu pelo livro, mas sim por uma banda de rock vinda do universo punk de São Paulo. Sou fã d’O Ira! e ainda hoje gosto de escutar alguns discos. Num primeiro momento o disco homônimo de 1991 não me chamou muito a atenção. Gostei da canção instrumental que dá nome ao disco, uma mistura de hino e rock’n’roll, mas me encantei mesmo foi por “Prisão das ruas”, uma balada lamentosa que dizia “... eu confesso, eu não presto, mas existo”. No mais, fiquei sabendo o quão fã Edgar Scandurra, um dos líderes do Ira!, era deste livro.
Antes de iniciarmos o livro se faz necessária contextualização. A Hungria tem rica história beligerante, portanto o combate está entranhado no sangue de seus cidadãos. Este livro foi lançado em 1907, portanto centenário, e este é o diferencial de todo clássico, atravessar o tempo sem perder o frescor. O autor Ferenc Molnár vivia no lado húngaro do Império Austro-Húngaro que existiu entre os anos de 1867 e 1918 e teve fim após derrota na Primeira Guerra Mundial. O estopim para a guerra foi o assassinato em Saravejo, capital da Bósnia, do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Franz Ferdinand.
E é neste contexto, num período pré-guerra, que nasce Os meninos da rua Paulo, provavelmente de reminiscências do próprio autor sobre sua infância (ele mesmo dá pistas dentro do livro de que pertenceu aos meninos da rua Paulo). Sem luz elétrica, as brincadeiras de criança se davam nas ruas, após as aulas rigorosas, em terrenos baldios em que cada grupo possuía seu grund (sua base, sua área, seu pedaço de chão) comandado por uma criança escolhida por meio de votação e que definia a hierarquia do restante baseada no regime militar. Cada grund era defendido por seu grupo com unhas e dentes, senão pela própria vida (era uma brincadeira levada a sério).
Em Budapeste, capital da Hungria, um grupo reunia-se no grund da rua Paulo com rua Maria para jogar péla (um jogo parecido com o tênis), brincar de exército, formar sociedades, como em um grande clube. Este era liderado por Boka, menino inteligente, justo e pouco sorridente, tendo sob seu comando vários outros, entre eles o incerto Geréb e o fraco Nemecsek, único soldado raso.
Tudo caminha normalmente até que outro grupo capitaneado pelo temível Chico Áts – os “camisas vermelhas”, com um grund no Jardim Botânico, uma pequena ilha sem espaço para se jogar péla, resolve se apropriar à força do grund da rua Paulo. Porém, os meninos não cederão tão facilmente aquela terra que para eles é um país.
E deste enredo simples nasce um dos livros mais admiráveis da literatura mundial. É literatura infanto-juvenil e por isso tem cunho e responsabilidade pedagógica. Porém, é muito mais que isso, é um livro que fez o caminho contrário dos grandes clássicos adultos que reformulados ganharam versões para crianças e adolescentes, é um livro juvenil que arrebatou o público adulto.
Como este livro chegou ao Brasil? O magiar, língua falada tanto na Hungria quanto na Romênia, Eslováquia, Sérvia, Eslovênia, Áustria e Ucrânia, é um tanto hermético, difícil de se levar adiante, portanto qualquer livro escrito nesta língua ficaria restrito a seu próprio território. Seria preciso um sucesso estrondoso para que o livro pudesse explodir fronteiras. E isto se deu com Os meninos da rua Paula. Curiosamente, coube a Paulo Rónai (aportado no Brasil fugindo do nazismo), húngaro de origem judia como Ferenc Mólnar, o trabalho de traduzir esta obra com revisão de seu amigo, ninguém menos que Aurélio Buarque de Holanda. Resultado: sucesso absoluto!
E por que esta reação do público brasileiro e do restante do mundo? Creio que todos nós carregamos em nossa memória pequenos filmes de nossa infância e juventude em que buscamos equilibrar momentos felizes e tristes. Contudo, há aqueles momentos especiais, flashes em que brilhamos como um sol, instantes em que nos tornamos únicos, tão ou mais maduros que os adultos. Estes nunca se apagam.
Este arrebatamento aconteceu no livro e por reflexo nos atingiu. Os conflitos do rito de passagem para a vida adulta com suas experimentações, a busca pela aceitação através da própria anulação da personalidade só para se sentir parte de algo maior, parte de um grupo. Honra, lealdade, sacrifício, perdão, tudo ali na fala e nas ações de crianças como quaisquer outras.
Para finalizar quero deixar por aqui algumas curiosidades que encontrei pesquisando: Houve inúmeras adaptações para o teatro. Em 1992, com Selton Mello, Marcelo Serrado, Oberdan Junior e Michel Bercovith nos papéis principais. Em 2001, outra montagem com Edward Boggis, Erik Marmo e Bruno Gagliasso. Quanto às adaptações para a telona existiram poucas, encontrei apenas duas, prova da dificuldade de se transmitir o sentimento incômodo e reacionário que permeia este livro.
Conselho de amigo – Não leia o prefácio antes! Ele entrega muito do que irá acontecer no livro e talvez lhe retire um pouco do brilho (pouco, porque não há como apagar a luz incandescente deste clássico). Deixe para lê-lo depois.
Ao final da grande batalha pelo grund, ao perceber o quanto o mais fraco se agigantava, tomei consciência de que estava com lágrimas nos olhos e se isso não é suficiente para explicar meus sentimentos então o que será? Afinal de contas um livro tanto mais vale pelo quanto nos consegue emocionar. E este livro me emocionou demais!
Todas as vezes em que me deparo com um clássico me ponho a pensar: mas por que demorei tanto para iniciá-lo? Isso sempre acontece, mesmo com inúmeros clássicos do mesmo calibre na estante sem serem tocados. Evidentemente o mesmo aconteceu com Os meninos da rua Paulo (Cosac Naify, 264 páginas), edição maravilhosa, desta editora que sucumbiu como tantas outras em nossas terras, deixando leitores desnorteados.
Capa do disco do Ira! de 1991 |
Antes de iniciarmos o livro se faz necessária contextualização. A Hungria tem rica história beligerante, portanto o combate está entranhado no sangue de seus cidadãos. Este livro foi lançado em 1907, portanto centenário, e este é o diferencial de todo clássico, atravessar o tempo sem perder o frescor. O autor Ferenc Molnár vivia no lado húngaro do Império Austro-Húngaro que existiu entre os anos de 1867 e 1918 e teve fim após derrota na Primeira Guerra Mundial. O estopim para a guerra foi o assassinato em Saravejo, capital da Bósnia, do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Franz Ferdinand.
Um dos cartazes do filme de 1969 |
"(...) Aquele pedacinho estéril de Budapeste, cheio de altos e baixos; aquela planiciezinha confinada entre dois edifícios que para suas almas juvenis significava o infinito, a liberdade; prairie americana de manhã, estepe húngara de tarde, oceano quando chovia, pólo norte pelo inverno – em suma, o amigo de todos eles, que se transformava naquilo que eles queriam, só para diverti-los..."
Em Budapeste, capital da Hungria, um grupo reunia-se no grund da rua Paulo com rua Maria para jogar péla (um jogo parecido com o tênis), brincar de exército, formar sociedades, como em um grande clube. Este era liderado por Boka, menino inteligente, justo e pouco sorridente, tendo sob seu comando vários outros, entre eles o incerto Geréb e o fraco Nemecsek, único soldado raso.
Primeira edição nacional - 1952 |
"Assim, decidiram a luta por motivo semelhante ao que desencadeia as guerras de verdade. Os russos precisavam de mar, por isso atacaram os japoneses. Os camisas-vermelhas precisavam de um terreno para jogar péla, e, como não havia outro jeito, iam recorrer à guerra."
E deste enredo simples nasce um dos livros mais admiráveis da literatura mundial. É literatura infanto-juvenil e por isso tem cunho e responsabilidade pedagógica. Porém, é muito mais que isso, é um livro que fez o caminho contrário dos grandes clássicos adultos que reformulados ganharam versões para crianças e adolescentes, é um livro juvenil que arrebatou o público adulto.
Como este livro chegou ao Brasil? O magiar, língua falada tanto na Hungria quanto na Romênia, Eslováquia, Sérvia, Eslovênia, Áustria e Ucrânia, é um tanto hermético, difícil de se levar adiante, portanto qualquer livro escrito nesta língua ficaria restrito a seu próprio território. Seria preciso um sucesso estrondoso para que o livro pudesse explodir fronteiras. E isto se deu com Os meninos da rua Paula. Curiosamente, coube a Paulo Rónai (aportado no Brasil fugindo do nazismo), húngaro de origem judia como Ferenc Mólnar, o trabalho de traduzir esta obra com revisão de seu amigo, ninguém menos que Aurélio Buarque de Holanda. Resultado: sucesso absoluto!
E por que esta reação do público brasileiro e do restante do mundo? Creio que todos nós carregamos em nossa memória pequenos filmes de nossa infância e juventude em que buscamos equilibrar momentos felizes e tristes. Contudo, há aqueles momentos especiais, flashes em que brilhamos como um sol, instantes em que nos tornamos únicos, tão ou mais maduros que os adultos. Estes nunca se apagam.
Close do pequeno Nemeczek no filme de 1969 |
Para finalizar quero deixar por aqui algumas curiosidades que encontrei pesquisando: Houve inúmeras adaptações para o teatro. Em 1992, com Selton Mello, Marcelo Serrado, Oberdan Junior e Michel Bercovith nos papéis principais. Em 2001, outra montagem com Edward Boggis, Erik Marmo e Bruno Gagliasso. Quanto às adaptações para a telona existiram poucas, encontrei apenas duas, prova da dificuldade de se transmitir o sentimento incômodo e reacionário que permeia este livro.
Conselho de amigo – Não leia o prefácio antes! Ele entrega muito do que irá acontecer no livro e talvez lhe retire um pouco do brilho (pouco, porque não há como apagar a luz incandescente deste clássico). Deixe para lê-lo depois.
Ao final da grande batalha pelo grund, ao perceber o quanto o mais fraco se agigantava, tomei consciência de que estava com lágrimas nos olhos e se isso não é suficiente para explicar meus sentimentos então o que será? Afinal de contas um livro tanto mais vale pelo quanto nos consegue emocionar. E este livro me emocionou demais!
Escultura de Szanyi Péter eternizando os meninos da rua Paulo em Budapeste |
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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eu ja tinha ouvido falar no livro e to muito curiosa pra ler, adorei sua resenha super bem detalhada
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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cara Livia, obrigado querida. leia também, é um livro fantástico! bjos
ExcluirQuando a gente se depara com um clássico destes, ficamos meio que sem saber até o que escrever. Li este livro já tem uns bons anos e nem me recordava direito dele, só agora lendo a resenha, pude reviver todos os sentimentos contidos nos garotos e nas muitas aventuras que eles viveram. Não considero hoje, uma leitura infanto juvenil, pois a obra aborda temas bem fortes,como a amizade, lealdade e a batalha por um lugar não só na rua, mas em poder ser eles mesmos.
ResponderExcluirVou reler a obra com certeza, hoje faria isso com outra visão!!!
Beijo
eu te entendo, rs. na verdade queremos dizer tanta coisa, mas não há palavras que representem tanto sentimento. o livro foi escrito para determinada faixa etária, mas acabou atingindo todas. a releitura pode ser uma experiência fantástica, principalmente se pudermos incorporar à leitura nossa bagagem, nossa experiência. bjos
ExcluirOi, Rodolfo.
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas a sutilidade de um livro aparentemente normal, sem grandes expectativas, impressiona por seu conteúdo.
Se eu fosse julgar pela capa, diria que é apenas um livro bobo, sem finalidades algumas em serem alcançadas. Eu estaria sendo precipitada.
Enfim, a obra tem mérito por ter valores significantes e por ser capaz de passar uma reflexão para o leitor.
cara Daiane, talvez seja esta a grande diferença que separa um livro bom de um clássico, o poder de dizer com simplicidade as grandes verdades da vida. bjos
ExcluirOlá!
ResponderExcluirSó tu mesmo pra me dá uma surra de cultura. Li esse livro quando MUITO, eu disse MUITO MUUUUUITO nova, já não me lembrava mais dos detalhes, mas sei que AMEI essa leitura. Porém, não conhecia a historia de sua criação, a historia do autor, e isso enriqueceu ainda mais a obra. Adorei esses detalhes. Como eu era um pequeno casulo quando li, e ao ler sua resenha magnífica fiquei com uma imensa vontade de reler. Graças à você, jovem mestre.
Amei a resenha!"!! Valeu mesmo!
Nizete
Cia do Leitor
eiiiiiiiii Ni, saudades suas menina. não deixe de reler, ainda mais com toda a bagagem linguística e cultural que hoje carrega, vai agregar valor a esta obra clássica. obrigado pelas palavras carinhosas. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirNão li este livro, mas já tinha recebido indicação dele. Na minha infância eu tinha uns grupinhos também que se reunia na rua e compartilhara milhares de ideias e brincadeiras. Algo inocente, mas que levávamos muito a sério. Os meninos da Rua Paulo, me lembraram desta época e me trouxe uma satisfação muito grande em saber que tive este tipo de infância. Claro que o contexto aqui apresentado tem uma outra realidade, pois é uma época diferente e em um período pré-guerra. Se eu tiver a oportunidade, com certeza, vou querer realizar esta leitura.
cara Gislaine, é sempre bom quando recebemos indicações preciosas como esta, não é mesmo? assim como você também fazia parte de um grupo que ficava grande parte do dia na rua, hoje isso não é mais possível por causa da violência. não deixe de ler porque este livro a fará recordar sua infância e juventude, além de fazê-la refletir sobre valores. bjos
ExcluirRodolfo, que resenha linda, linda, linda! A mais bela que vc escreveu, porque senti nas suas palavras uma emoção que resgatou o menino cheio de sonhos e encantamento com as descobertas. A dureza e a luta de pertencer a um grupo, de se mostrar forte e corajoso, enfim, essa coisa de "bando" que ensina a gente a crescer.
ResponderExcluirAinda nao li e faz tempo que a Katia recomendou, tenho o livro na estante. Meu filho leu pra escola e disse que eu iria gostar, como deixei passar?
Acho que vc estruturou seu texto de maneira muito elegante, contextualizando a obra e fornecendo informações além da narrativa, o que nos deixa mais curiosos e envolvidos. Ja anotei sua dica de não ler o prefácio 😉, quero saborear cada página e me sentir criança outra vez.
Seria bom ler mais resenhas suas sobre clássicos, fiquei realmente comovida. Maravilhosa resenha! 😘
cara Manuh, que delícia ler seus comentários. ler este livro foi uma espécie de viagem no tempo, a um tempo em que a diversão era nossa única preocupação (além dos enfadonhos estudos, rs). este sentimento de pertencimento sempre me perseguiu, era uma questão de quantidade, na infância não nos preocupamos com a qualidade desta amizade, porque todas são necessárias. algumas vezes sofri com isso, mas nunca deixei de querer fazer parte de algo maior, de um "bando" como você muito bem colocou. obrigado pelas palavras carinhosas querida, leia também, leia vagarosamente para poder aproveitar cada palavra. bjos
ExcluirNossa que resenha maravilhosa e que livro incrível.
ResponderExcluirNão conhecia esse clássico mas me peguei até emocionada imaginando a vida dessas crianças e essas brincadeiras misturadas a vida que eles levavam vivendo em meio a um pré-guerra que com certeza era super intenso.
Quero muito ler!
cara Luana, fico feliz que tenha gostado da resenha, certamente irá amar o livro. é uma viagem no tempo, ao nosso tempo de criança, por isso nos emociona tanto. leia sim! bjos
ExcluirAinda não li, mas tenho muita vontade, faltou apenas a oportunidade ainda. Quantas histórias e ensinamentos parece conter cada página da obra. Não é a toda que ultrapassou fronteiras e inspirou tantas adaptações. Muito legal as capas e as curiosidades que nos trouxe. Gostei de saber sobre a tradução brasileira. Muito bom.
ResponderExcluircaro Evandro, não perca tempo corra buscar este livro. é icônico, prazeroso demais. leia e me conte depois o que achou. abraços!
ExcluirRodolfo!
ResponderExcluirNossa! Soube trazer tudo que há de melhor sobre o livro, inclusive o Ira (também sou fã).
Nossa! Li esse livro no século passado, mas ainda tenho a lembrança da união dos meninos e da força que tinham juntos.
É um clássico mesmo e deveria ser indicado nas escolas, principalmente em tempos que o bullying anda dominando no ambiente escolar.
Fantástica sua análise!
Boa semana!
“.Aquilo que eu não sei é a minha melhor parte! “ (Clarice Lispector)
cheirinhos
Rudy
cara Rudynha, temos gostos, sensações e desejos muito parecidos. e agora me deparo com sua confissão sobre o Irá!, só pode ser um sinal, rs. muito bem lembrado a questão do bullying, assunto que volta e meia volta á tona pelas TVs. este livro é um tesouro e deveria ser catecismo para todos aqueles que acham que superioridade se conquista rebaixando o amiguinho. enfim, suas palavras sempre me enchem de orgulho por tê-la como amiga. bjos
ExcluirEsse é um dos meus clássicos preferidos! Impossível não se deixar envolver com essas crianças e suas brincadeiras que, espantosamente, imitam o contexto sociopolítico da Hungria, na época. Embora seja uma obra voltada para o público infantojuvenil, achei uma leitura fácil de agradar qualquer adulto, justamente por introduzir elementos históricos nas brincadeiras. Confesso que chorei ao ler esse livro e tive uma ressaca literária que me deixou semanas sem querer começar uma nova leitura.
ResponderExcluirMuito obrigada por mais essa belíssima resenha!
Beijos
eiiiiiiii Katia, que legal você por aqui. o contexto sociopolítico conturbado da época contribuiu de alguma forma para que o texto se tornasse atemporal, a ignorância de homens que lutam pelo poder contrasta com crianças que lutam por um ideal, pela amizade, com honestidade e sentimento. assim como você chorei ao final, mas não diremos aqui o porquê, rs. bjos querida e obrigado pelas palavras carinhosas.
ExcluirParabéns pela resenha Rodolfo, tá linda!
ResponderExcluirEu preciso ler esse livro pra ontem, o enredo pelo que venho acompanhando sobre está agradando bastante leitor, claro que não poderia deixar de add nos meus desejados, espero ler em breve.
Bjs!
cara Aline, que gostoso ler suas palavras carinhosas. este livro é clássico e somente por isso já valeria a leitura, mas é mais, muito mais. leia também! bjos
ExcluirOi Rodolfo, acredita que não conhecia esse clássico :D
ResponderExcluirAchei muito bacana e empolgada a resenha e bem legal quando nos deparamos com um livro muito elogiado e que podemos fazer coro com todos sobre a qualidade dele. Espero ter a oportunidade de lê-lo também mais a frente ;) Ótima resenha.
cara Lili, não há demérito algum nisso, querida. nem sempre conseguimos absorver a enxurrada de informações que nos bombardeia todo dia, mal conseguimos filtrá-las, rs. espero que você também leia este livro e entre para o rol de fãs de Ferenc. bjos e obrigado pelas palavras.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirEu já tinha visto fala sobre esses meninos, uma historia bem interessante e com historias cheia de informações sobre aquela época. Espero ter uma oportunidade de ler esse livro!
Meu blog:
Tempos Literários
cara Lily, não deixe a oportunidade de ler este clássico passar, leia, o livro é maravilhoso. bjos
Excluir
ResponderExcluirParabéns pela resenha Rodolfo,perfeita.Concordo com todos e um clássico,muito bem escrito com contexto sociopolítico da época feito com perfeição.Me encantou como foi colocado as brincadeiras fazendo uso de elementos de conceitos históricos.Espero ter a oportunidade de lê-lo .Só pela resenha e pelo que ja ouvir falar, estou impressionada.
cara Ana Lucia, não deixe de ler este livro maravilhoso, entra para o seleto grupo que recebem a alcunha de "clássico" e não é sem razão. obrigado pelas palavras carinhosas. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas sua resenha me deixou bem empolgada para ler. Com todos os detalhes que você colocou, parece ser um livro muito bom.
cara Theresa, que bom saber que se interessou por este clássico. é um livro que disperta lembranças da infância (que é universal) e aquela vontade de saber mais sobre cada um dos personagens. imperdível. bjos
ExcluirOlá! Li esse livro faz um tempo, meio que obrigada na Escola, porém, lembro que o achei muito bom. A princípio o livro parece ser meio bobo, mas é muito encantador, depois dessa resenha, deu até vontade de ler novamente.
ResponderExcluircara Elizete, quando a gente lê obrigado a leitura não é tão prazerosa, não é mesmo? o livro pode até ser bom, mas sempre há aquele fato martelando - "é obrigação, é obrigação". quando lemos por curiosidade é diferente, começamos por nos identificar com as personagens ou nos admirarmos com a qualidade da escrita etc etc etc. leia novamente sim, sei que com a bagagem que tem hoje será uma leitura cheia de surpresas boas. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!
ResponderExcluirGostei bastante da indicação desse clássico. Essa é a primeira resenha que leio sobre Os meninos da rua Paulo e só tenho que agradecer por conhecer essa obra fantástica!! A minha curiosidade ficou muito aguçada para saber mais sobre essa história.
Bjoss
cara Marta, que bom que tenha gostado. espero que tenha a oportunidade de ler este livro que nos custa a sair da memória. bjos
ExcluirOlá, Rodolfo
ResponderExcluirNão tinha conhecimento sobre o livro, adorei a resenha.
Esse livro me fez lembrar da minha infância passava horas na rua brincando, correndo descalço, minha chamando para casa.
Coisas que nossas crianças de hoje não tem contato, onde trabalho fazemos atividades com essas brincadeiras com as crianças, elas tem que brincar, machucar.
Esse livro todos devem ler.
Beijos
cara Luana, fico muito feliz que tenha gostado da resenha. assim como você fui menino criado na rua, pés descalços, inúmeras brincadeiras sadias, sinto falta disso. uma pena as crianças não poderem brincar assim como a gente. bjos
ExcluirSempre que me deparo com livros assim, tão filhos de sua própria cultura e tão cheios de história, nossa, chega a dar uma coisa no peito. Imagino que seja o tipo de livro que a gente tem que estar bem equilibrado emocionalmente pra ler!
ResponderExcluircara Anny, você é uma garota de sorte por sempre trombar com livros inesquecíveis. este livro é sensibilidade pura e estar emocionalmente equilibrado faz com que aproveitemos melhor, mas pode estar desequilibrada também, porque ele nos instiga a refletir. bjos
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