Warcross [Marie Lu]

Ed. Fantástica Rocco, 2018 - 320 páginas

- "PARA OS MILHÕES QUE SE CONECTAM TODOS OS DIAS, WARCROSS NÃO É APENAS UM JOGO – É UM MODO DE VIDA.Não é diferente para a hacker adolescente Emika Chen, que para se sustentar trabalha como caçadora de recompensas e rastreia jogadores que apostaram ilegalmente no jogo. Mas o mundo da caça de recompensas é competitivo, e a sobrevivência não tem sido fácil. Precisando de dinheiro rapidamente, Emika se arrisca e invade o jogo de abertura do Campeonato Internacional de Warcross… e acaba entrando acidentalmente no jogo em si e se tornando uma sensação da noite para o dia. Convencida de que vai ser presa, Emika fica surpresa quando recebe uma ligação do criador do jogo, o elusivo e jovem bilionário Hideo Tanaka, com uma proposta irresistível. Ele precisa de um espião dentro do torneio daquele ano para descobrir um problema de segurança… e quer que Emika faça o serviço. Mas logo ela descobre um plano sinistro, com consequências sérias para todo o império de Warcross."

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Há alguns meses estava finalizando minha primeira experiência com a autora Marie Lu, deixando claro que continuaria acompanhando sua carreira. Só não esperava que esse reencontro acontecesse tão rápido assim. E que bom que ela não perdeu a mão.

Nessa nova série, a autora faz um mergulho no mundo dos Games de Realidade Virtual. A trama central gira em torno de um jogo on line chamado Warcross. Todos os anos, a Hanka Games (idealizadora do jogo), realiza um campeonato mundial, onde equipes se enfrentam em cenários virtuais diversos. Geralmente, os competidores são usuários que estão em um nível avançado no game, mas, Emika (Fase 24), ao hackear a cerimônia de apresentação da edição atual do campeonato, acaba sendo convidada para participar do mesmo. Esse convite vem por parte de Hideo Tanaka (dono da Hanka Games), e tem como um dos principais motivos, fazer com que Emika tente descobrir a identidade de um hacker que está tentando invadir/interferir não apenas o campeonato, mas no jogo em si. E, acredita-se que esse indivíduo é um dos competidores.

A trama é bastante fluida, mas, em um determinado momento, pecou na previsibilidade da identidade do hacker, mas, em contrapartida, as últimas páginas renderam uma bela reviravolta que não esperava. Ou seja, temos um belo leque para ser explorado na continuação.

Uma característica que me agrada bastante na autora é que suas personagens não são perfeitas. Todas têm suas qualidades e defeitos, principalmente a protagonista. Isso cria uma ligação enorme entre leitor e personagens. Inicialmente, tive a sensação de que a Emika tinha um pezinho na vilania, mas, com o decorrer das páginas, fui entendendo todo o seu comportamento. Outras personagens vão ganhando destaque também, e a trama vai evoluindo cada vez mais.

"Um arrepio me percorre. Em um piscar de olhos, meu trabalho se transformou em uma caçada emocionante para uma coisa muito mais terrível. Achei que estava chegando perto, fazendo progresso...mas tropecei em algo bem pior." Pág. 209

Outra coisa que me agradou é que a autora mergulhou fundo no mundo cibernético. E quando falo isso, falo literalmente, pois ela inseriu o "Dark World". Uma espécie de submundo, onde crimes e tramoias são realizados. Quer algo mais real?!?!

"Nunca mais trabalharei para gangues. Levei meses até ter coragem de ficar online novamente. Essa é a questão do Dark World: Você pode se preparar o quanto quiser, mas o único jeito de entendê-lo de verdade é entrando." Pág. 154

A escrita da Marie continua muito agradável e extremamente visual. Consegui ver todas as cenas, pois ela tem o poder de descrever os detalhes na medida certa. Adoraria ver essa história nas telonas.

Em relação a parte gráfica, a Editora está de parabéns. Capa bonita e diagramação interna simples e agradável. Não encontrei erros.

Finalizo a resenha indicando aos amantes de uma sci fi, com pitadas de reflexões atuais, e com uma narrativa fluida, e um ritmo bem característico da autora.

Link do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/warcross-764723ed768591.html

Top Comentarista de Junho

Nardonio Almeida

Pernambucano, formado em Artes Cênicas e apaixonado por teatro e livros. Descobriu-se leitor depois de um empurrãozinho de uma amiga. Virginiano, pé no chão e que adora a calmaria. Leitor de quase todos os gêneros literários. Afinal, quando a trama é boa, o gênero é o que menos importa.

Cortesia da Editora Rocco
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