Ed. Nova Fronteira, 2015 - 168 páginas |
- "“Morangos mofados” é o livro mais célebre de Caio Fernando Abreu. As nove narrativas que compõem a primeira parte do livro, “O mofo”, têm como norte a repressão à liberdade e escancaram os sentimentos individuais até então reprimidos no início da década de 1980. Em seguida, os oito contos de “Os morangos” revelam um fio de esperança para superar os traumas impostos pela sociedade. No conto-título do livro, conforme arremata Heloísa Buarque de Hollanda, que assina o prefácio do livro, há a “clareza quanto à urgência de um novo projeto (sonho) que inclui um acerto de contas com o real”."
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Finalmente tenho em mãos um livro de contos clássico, transgressor, representante de uma geração que viveu a contracultura, mas não soube bem o que fazer dela. Há muito merecia leitura. Trata-se de Morangos mofados (Nova Fronteira, 224 páginas), edição de 2015 com texto retrabalhado pelo próprio autor, Caio Fernando Abreu. Suas frases cortantes bombardeiam a internet.
A personalidade ciclotímica de Caio retrata sua angústia, sua instabilidade e multiplicidade de sentimentos, todos eles intensos. Para entendê-lo seria preciso ter vivido o desbunde de Woodstock, o tempo da repressão e também a histeria da peste gay, porque o abatimento, a incomunicabilidade, a falta de esperança aqui é mato. A primeira edição deste livro é de 1982, mas mantém o pé fincado nos anos de chumbo – ditatura, Jim Jones, Último tango em Paris com sua manteiga e todos os seus excessos.
O livro é dividido em três partes distintas. A primeira parte é “O mofo”, desalento, pessimismo, perda da fé, a revelação de que não adianta o mundo pirar porque de uma hora pra outra o ônibus para e você precisa descer e enfrentar a realidade. Chega a ser autodestrutivo.
Há certa preocupação com a morte, com o porvir. Seus medos transmutam-se nos sons emitidos pelos morcegos. Homossexual assumido em plena ditatura militar viria a descobrir-se mais tarde portador do vírus HIV.
Vai despejando tudo em vozes tanto masculinas como femininas. Até a forma de escrever nos remete a este jeito verborrágico, ou melhor, enxurrádico de dizer as coisas feito enxurrada. Este livro não é para caretas e nem para ingênuos, menos ainda para conservadores e puritanos.
O silêncio o incomoda, é faca que corta limpa, sem alarde, sem deixar vestígios. O silêncio é o próprio mal em si, é o caos. É preciso gritar, colocar pra fora. E aí ele confronta um enunciado bíblico a seu sofrimento.
A conclusão é cruel e desesperadora.
Caio é um inconsequente, vítima naufragada de suas próprias ilusões. Tudo é lisérgico, uma pós-trip mal sucedida resultando um profundo vazio. Tudo é demasiado sexual e apenas a dor do sexo é suportável. Será que ele fala como pensa e escreve? Parece escrever como quem quer se vingar do mundo, vomitando tudo na cara do leitor e rindo irônico do nosso espanto.
Neste clima iniciamos a segunda parte “Os morangos”. O nome nos remete a contos um pouco mais doces, como se se conseguíssemos colocar a cabeça fora d’água para respirar. Luz no fim do túnel, porém tênue, fraca. Caio quer se libertar das amarras que o prendem, incompreendido e não raras vezes incompreensível, parte para o ataque.
Ele se veste como lhe convém, transmuta-se em fera, em fêmea, cheio de artimanhas, agora experiente e voraz.
Seus apetites, saciados ou não, passam a assombrá-lo, sua condição escraviza por não fazer parte de tudo o que é socialmente aceito.
Enfim, temos a terceira parte “Morangos mofados”, como se seu desejo de rebelião tivesse passado do ponto com data de validade vencida. Há certa esperança sim, um suicida arrependido é melhor que aquele que conseguiu o seu intento. Salvo poucos contos o que percebo é um grande desencanto exterior em relação ao que o país atravessa e também interior com suas questões pessoais, sua aceitação.
Talvez Caio tente expressar o indizível. O fato é que não consegui alcançá-lo. Isso acontece frequentemente comigo quando ao assunto é poesia (e olha que poesias doridas são minhas prediletas), por isso tratei seu texto como prosa poética, simplesmente por não conseguir captar sua essência. Não queria ficar me explicando, bastaria dizer que não gostei muito do livro e pronto. Mas se assim o fizesse não seria honesto, porque sei que deixei escapar alguma coisa e isso é imperdoável, não consegui achar o fio condutor que ligasse tudo, então este é o mea-culpa. Seu discurso de dor me constrangeu.
Ao final do livro há uma carta em que Caio explica a seu amigo José Márcio Penido o processo de criação do livro. E lá encontrei um trecho que encheu meu caminho de luz.
E é o que desejo a todo leitor – novas esperanças nascendo a cada dia! Mesmo que nossos caminhos sejam cheios de arestas, porque é impossível esgotar todo apetite da carne e do coração.
Finalmente tenho em mãos um livro de contos clássico, transgressor, representante de uma geração que viveu a contracultura, mas não soube bem o que fazer dela. Há muito merecia leitura. Trata-se de Morangos mofados (Nova Fronteira, 224 páginas), edição de 2015 com texto retrabalhado pelo próprio autor, Caio Fernando Abreu. Suas frases cortantes bombardeiam a internet.
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O livro é dividido em três partes distintas. A primeira parte é “O mofo”, desalento, pessimismo, perda da fé, a revelação de que não adianta o mundo pirar porque de uma hora pra outra o ônibus para e você precisa descer e enfrentar a realidade. Chega a ser autodestrutivo.
“Estou me afastando, estou indo embora e preciso que me entendas antes que eu vá, crucificado na parte externa do vagão de um trem em alta velocidade. Tento devagar, mais claro: ele não se afasta. Dia após dia, eu noto, torna-se mais simpático, mais eficiente, mais solícito – para utilizar palavras que não sei bem o que significam, mas imagino sempre alguém sorrindo muito, fazendo reverências, curvando constantemente a cabeça, como uma gueixa. Gueixa, ele, a grande puta, com seu silêncio de passinhos miúdos e pés amarrados. Preciso tentar certa ordem no que digo, e dizer de novo, vê se me entendes: ele não se afasta, mas é dentro dele que eu me afasto. Dentro dele, eu espio o de fora de nós. E não me atrevo.”
Há certa preocupação com a morte, com o porvir. Seus medos transmutam-se nos sons emitidos pelos morcegos. Homossexual assumido em plena ditatura militar viria a descobrir-se mais tarde portador do vírus HIV.
“Deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois? – são coisas assim as que penso pelas tardes, parado aqui nesta janela, em frente aos intermináveis telhados de zinco onde às vezes pousam pombas, e dito desse jeito você logo imagina poéticas pombinhas esvoaçantes, arrulhantes. São cinzentas, as pombas, e o ruído que fazem é sinistro como o de asas de morcego.”
Crédito: Reprodução internet
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“Eu quero dizer que sim, que acreditei, mas ela não para, tanto tesão mental espiritual moral existencial e nenhum físico, eu não queria aceitar que fosse isso: éramos diferentes, éramos melhores, éramos superiores, éramos escolhidos, éramos mais, éramos vagamente sagrados, mas no final das contas os bicos dos meus peitos não endureceram e o teu pau não levantou. Cultura demais mata o corpo da gente, cara...”
O silêncio o incomoda, é faca que corta limpa, sem alarde, sem deixar vestígios. O silêncio é o próprio mal em si, é o caos. É preciso gritar, colocar pra fora. E aí ele confronta um enunciado bíblico a seu sofrimento.
“O cruel vinha de que o silêncio também seria inábil e farposo, contudo educado, então feria, e não pense que vou esclarecer quem, facilitando as coisas por cegueira, pressa ou tontura: o cruel era a palavra verbalizada, e o verbo era o mal? Mas o silêncio idem, e voltando um pouco atrás, se o verbo era o mal, no princípio seria o Mal e não o Bem como queremos supor?”
A conclusão é cruel e desesperadora.
“Quanto a ti, já reparaste como o mundo parece feito de pontas e arestas? Já chamei tua atenção para a escassez de contornos mansos nas coisas? Tudo é duro e fere (...) Olha, ouve e repara: essas sinuosidades são de cobra, não de ave.”
Caio é um inconsequente, vítima naufragada de suas próprias ilusões. Tudo é lisérgico, uma pós-trip mal sucedida resultando um profundo vazio. Tudo é demasiado sexual e apenas a dor do sexo é suportável. Será que ele fala como pensa e escreve? Parece escrever como quem quer se vingar do mundo, vomitando tudo na cara do leitor e rindo irônico do nosso espanto.
Caio Fernando Abreu – Crédito: Reprodução Internet
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“Sua invisibilidade no entanto não o invisibilizava: encadernava-o meticulosa em um determinado corpo e uma voz particular e uns gestos habituais e alguns trejeitos pessoais que, aparentemente, eram ele mesmo. Por isso não é verdade que não o veriam. Veriam e viam, sim (...) Atrás da casca, porém, o cristal incandescia. Debaixo da terra, fogo-fátuo soterrado tão profundamente que a pele nem reluzia.”
Ele se veste como lhe convém, transmuta-se em fera, em fêmea, cheio de artimanhas, agora experiente e voraz.
“Não fui jamais uma loura óbvia demais, embora tenha estado sempre e por assim dizer à tona de mim mesma, em meu longo conhecimento dos homens descobri astuciosa que, no primeiro roçar de pupilas, é preciso prometer absolutamente tudo mas, no prosseguimento desses furtivos rituais, sei esmerar-me em caprichos lânguidos e débeis negativas, de forma que, quanto mais me esquivo, mais prometo (...) Mas para o bom caçador, e aprendi também a importância de deixar o caçador supor-se caçador quando na verdade é o caçado, eu, pantera astuciosa de garras afiadas, andar felino, ferocidades invisíveis (...)”
Seus apetites, saciados ou não, passam a assombrá-lo, sua condição escraviza por não fazer parte de tudo o que é socialmente aceito.
“(...) como uma língua molhada nervosa entrando rápida pelo mais secreto de mim para acordar alguma coisa que não devia acordar nunca, que não devia abrir os olhos nem sentir cheiros nem gostos nem tatos, uma coisa que deveria permanecer para sempre surda cega muda naquele mais de dentro de mim, como os reflexos escondidos, que nenhum ofuscamento se fizesse outra vez, porque devia ficar enjaulada amordaçada ali no fundo pantanoso de mim, feito bicho numa jaula fedida, entre grades e ferrugens quieta domada fera esquecida da própria ferocidade, para sempre e sempre assim.”
Enfim, temos a terceira parte “Morangos mofados”, como se seu desejo de rebelião tivesse passado do ponto com data de validade vencida. Há certa esperança sim, um suicida arrependido é melhor que aquele que conseguiu o seu intento. Salvo poucos contos o que percebo é um grande desencanto exterior em relação ao que o país atravessa e também interior com suas questões pessoais, sua aceitação.
Talvez Caio tente expressar o indizível. O fato é que não consegui alcançá-lo. Isso acontece frequentemente comigo quando ao assunto é poesia (e olha que poesias doridas são minhas prediletas), por isso tratei seu texto como prosa poética, simplesmente por não conseguir captar sua essência. Não queria ficar me explicando, bastaria dizer que não gostei muito do livro e pronto. Mas se assim o fizesse não seria honesto, porque sei que deixei escapar alguma coisa e isso é imperdoável, não consegui achar o fio condutor que ligasse tudo, então este é o mea-culpa. Seu discurso de dor me constrangeu.
Crédito: Reprodução internet
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“(...) Zézim, vamos lá. Sem últimas esperanças. Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias. E nenhuma, fora de viver cada vez mais plenamente, mais confortáveis dentro do que a gente, sem culpa, é. Let me take you: I’m going to strawberry fields. “
E é o que desejo a todo leitor – novas esperanças nascendo a cada dia! Mesmo que nossos caminhos sejam cheios de arestas, porque é impossível esgotar todo apetite da carne e do coração.
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
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Oi, Rodolfo,
ResponderExcluirA mensagem emitida de assuntos reais, sem dúvidas tem a sua significância e importância estabelecida.
O momento conturbado no qual o livro se baseia, talvez traga consigo uma densidade. Esse detalhe é o que me fez ver o livro com outros olhos. Afinal, eu nunca tinha dado muita atenção para as obras do autor.
Nunca li nada do autor, talvez o livro seja uma oportunidade para mudar isso.
cara Daiane, assim como você eu não havia lido nada dele, mas sabia da "densidade" por inúmeras resenhas elogiosas sobre este clássico. tive dificuldades com ele, é preciso ter a mente aberta. estou aprendendo, rs. bjos.
ExcluirOi Rodolfo, um livro relativamente curto, 224 páginas, mas pelo que li na resenha ele tem muita história pra contar ao dividir os contos em partes e mesmo você não tendo alcançado, gostado completamente a mensagem que o autor quer passar ,se entendi direito, a leitura parece ser uma experiência diferente e que vale a pena ;)
ResponderExcluircara Lili, o livro é curtinho sim e por serem contos parece passar mais depressa ainda. Caio viveu tempos difíceis e bicudos. por seu temperamento e por suas escolhas não deve ter aceito as coisas tal qual um cordeirinho e por isso mesmo pode ter pago um preço muito alto. de qualquer maneira toda leitura vale a pena, quer nos identifiquemos ou não. toda leitura traz aprendizado não é mesmo? bjos
ExcluirEngraçado que se a gente já entra em alguma página de frases ou textos de amor,dor, partidas e recomeços, sempre tem algum trecho algum texto do Caio! Mas de fato, nunca havia visto algo tão completo assim do autor. Um misto de sentimentos, conflitos interiores parece meio que assombrar cada etapa do livro é isso é Maravilhoso, afinal o autor é muito conhecido por usar da alma para desenhar suas letras.
ResponderExcluirEspero ter a oportunidade de conferir este belo trabalho.
Beijo
Caio é um luxo, inúmeras frases tão pinçadas de suas obras, frases contundentes, diretas, febris. Caio fala da alma sim, mas também fala da carne e é aí que podemos entrar em conflito. leia também depois me diga o que achou, estou curioso pra saber sua opinião. bjos
ExcluirRealmente sempre vejo frases do Caio mas nunca li nada dele, e esse livro me deixou bastante afim de começar sua leitura.
ResponderExcluirMe parece um livro bem forte onde o autor se comunica com o leitor de forma nua e crua expondo os fatos e fazendo com que o sentimento se transfira dele para quem está lendo. E eu acho que isso é o grande diferencial dessa leitura, como você disse, ela não foi feita para caretas nem ingênuos e muito menos para quem tem a mente fechada.
cara Luana, você disse tudo, os caretas levantarão bandeiras de protesto, os santarrões excomungarão Caio, mas os sentimentais e puros de coração estarão mais perto de entendê-lo. bjos.
ExcluirRodolfo!
ResponderExcluirSou mais uma fã de Caio, as msgs dle fazem parte da minha vida, eu gostaria mto de ler esse livro, não conhecia ainda, agora preciso pra ontem!
Bjs!
cara Aline, que legal você ser fã de Caio, é um motivo e tanto para mergulhar no universo deste sensível escritor. bjos
ExcluirRodolfo, ainda não li uma obra do Caio, apenas aquelas frases que pululam nas redes sociais como status impactantes, descrição da pessoa, enfim... Essa overdose acaba comprometendo (acho ate antipatizando) o escritor.
ResponderExcluirEu gosto do.estilo, os trechos que vc selecionou sao morangos saborosos. Gosto da intensidade do Caio, desse parecer bipolar 😁, de como desce ao fundo do poço e se rasga na lama 😂😂, mas ainda mais quando ressurge poderoso, sexual, libidinoso e corajoso. Caio é inexplicavel, incompreensível, atormentado, voraz, direto, desconcertante. Sempre me pergunto o que tem ali que me incomoda e por que me tira do eixo, quando um texto me faz remexer na cadeira, cruzar e descruzar as pernas... Vc se perguntou isso, nao?
No mais, um dia li qualquer coisa dele, bem profunda e questionadora, dessas que indagam e seguem prolixas, e achei cansativa. Amigo de Hilda Hilst, intenso como ela mas diametralmente oposto na concisao. Quem sou eu pra analisar o autor, é uma impressão tão particular... Pesquisei ali o signo dele porque apostaria mesmo que era escorpião ou câncer, tanta intensidade (e drama), e o cara era virginiano... 😮
Caio se joga sem rede de proteção, acho que deve ser isso que me afeta. Ousado, nao sei se todo verdade ou muito irônico.
Boa justificativa para as três estrelas. Não sei se daria mais.
cara Manuh, conheci Caio por comentários mil e também por frases e mais frases pinçadas da net. sempre tive curiosidade de conhecer um pouco mais sobre sua história e escrita. sua frase disse tudo (invejo seu poder de sintetizar o sentimento) - "se rasga na lama". é isso mesmo, Caio de desnuda, mas não há apenas prazer, há dor também. nossa me fiz a pergunta o tempo todo, não me senti confortável em momento algum, seja por minha criação, seja por minhas crenças, ele desagregou tudo. quanto ao signo, percebo nele um certo distanciamento, além de uma confusão imensa de sentimentos. isso é próprio de um virginiano, mas há ali a intensidade própria do escorpiano e isso não consigo explicar. ainda quero ler mais Caio, não gosto das coisas semi-explicadas, mas me pego pensando: será que não é isso que Caio realmente quer? como se quisesse afirmar: "as coisas não têm explicação, basta vivê-las". bjos querida!
ExcluirO título já despertou minha curiosidade, pois imagino que por trás de cada um deles sempre se escondem o real significado de tudo o que encontraremos em suas páginas, e nesse caso não deve ser diferente. Não li nada do Caio, além das citações que encontramos por aí, mas pela resenha acredito que iria gostar. Talvez a forma de se expressar, o momento, a época ou outros elementos possam causar estranheza em um primeiro momento. Diante de tudo o que disse percebo que de alguma forma o autor tenha conseguido iniciar uma pequena onda e os resultados e as tais ligações que não encontrou venha com o tempo nas palavras que com certeza ficaram em você.
ResponderExcluircara Evandro, o que você bem traduziu é o que realmente me aconteceu - estranheza. mas fui me adequando ao que lia e gostei bastante, ainda quero relê-lo para apreender mais informações emocionais. obrigado pela dica. abraços!
ExcluirAcho que todo mundo conhece o Caio apenas por aquelas frases que todo mundo saem por ai postando mas a maioria não parou para pensar como sua escrita possa ser profunda e reflexiva.
ResponderExcluirNão tive oportunidade de ler nada do autor ainda, mas ele certamente está na minha lista.
Gostei dessa divisão do livro.
Ótima resenha.
beijinhos
She is a Bookaholic
cara Nicole, Caio assim como Leminski têm frases e mais frases pela net afora. a gente aprende gostar pelo modo como suas palavras fazem parte de nossa vida, quando não muito criamos empatia. leia também e volte pra gente prosear sobre Caio. bjos e obrigado pelas palavras carinhosas.
ExcluirRodolfo querido!
ResponderExcluirQue 'revival' me permitiu com sua análise desse livro...
Tive oportunidade de lê-lo há um pouco mais de trinta anos atrás e como estava no início da minha vida adulta, participando de diretório cultural na faculdade e com a rebeldia à flor da pele, tínhamos o autor como um ídolo... Talvez só entenda quem viveu aquela época pós militarismo. Ele pode enfim, externar suas angústias, frustrações e desejo interiores de forma, digamos agressivas, mas o fez para chocar mesmo uma sociedade que considerava hipócrita. e o desejo dele era esse mesmo: que tivéssemos esperança de algo melhor e mais feliz!
Tive saudades daquele tempo de rebeldia...kkkkkk
“É o coração que sente Deus e não a razão.” (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
cara Rudynha, que interessante sua história. eu apenas conhecia o autor de frases pescadas na net, sempre muito contundentes. conheci Caio já maduro, ainda assim precisei retornar à minha adolescência pra tentar entender tempo e sentimentos expressos no livro. adorei sua explicação a respeito do que levava Caio a escrever como escrevia, é esclarecedor e me motiva relê-lo. obrigado querida, bjos.
ExcluirA maioria se não uma grande maioria das pessoas que gostam de Caio que o conhecem são apenas por aquelas frases que todo mundo saem por ai postando ou mesmo enviando a um amigo por algum motivo até mesmo sentimental.E nessa resenha o titulo ja me chamou a atenção. Caio para mim e um ser inexplicável e pura sensação ele se eleva a leva a gente a pensar de uma forma mais profunda. E o Cara.
ResponderExcluircara Ana Lucia, toda divulgação é válida e a net é o celeiro certo para demonstrações exacerbadas de afeição, paixão, ódio até. algumas vezes isso me entristece porque queria que todos lessem, relessem, compartilhassem a obra completa, cada parágrafo escrito com suor e sentimento. espero estar contribuindo para que mais e mais pessoas tenham o impulso de escolherem um autor como Caio - todo sentimento. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirHá uns anos o título chamou minha atenção e fiquei curiosa com esse livro, mas acabei deixando pra lá.
Pela resenha é possível perceber as várias camadas, não é uma leitura pra qualquer um ou pra qualquer momento.
cara Helen, você tem toda a razão, acredito que a leitura nos reserve certa inquietude, talvez negação. de qualquer forma pode ser lida a qualquer momento, porém não agradará a todos. leia também e me diga o que achou, é leitura fácil. bjos
ExcluirAmo Morangos Mofados! Recomendo muito para todos aqueles que são jovens e buscam algo que possa trazer certa empatia, e para todos que já foram jovens e querem, de certa forma, trazer a juventude de volta.
ResponderExcluircaro Ycaro, não escondo que tive grande dificuldade com este livro, seja pelo contexto, seja por minha criação católica e repressiva. acredito que a juventude irá entender melhor este livro, o que não desaconselha a velha guarda a lê-lo também, é um livro libertador. abraços
ExcluirOlá!
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro, mas vejo pela resenha a essência dele..uma historia bem interessante e complicada, já que você parece ter uma dificuldade na leitura...Espero poder conhecer essa historia e entender mais..
Meu blog:
Tempos Literários
cara Lily, confesso minha pequena estupidez quanto a este livro, não quer dizer que alguém mais sensível não possa se identificar ou mesmo desenlaçar a escrita de Caio. leia também, quem sabe você não possa descortinar o que não entendemos. bjos
ExcluirOlá! O livro parece ser bem intenso e também muito verdadeiro, gosto da ideia dos contos terem sido divididos para mostrarem momentos diferentes vividos pelo autor.
ResponderExcluircara Elizete, é intenso sim e muito mais que isso, nos deixa aquele travo na boca sabe, não sei explicar direito, espero que você também o leia pra gente prosear. bjos
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirSem dúvidas é um livro ótimo, mas acredito que existe livros para pessoas, e pessoa para livros, e esse, o modo como ele é escrito, o "personagem" real, mesmo sendo um clássico, como você mesmo citou, não me ganha!
Sendo sincera, a primeira parte do livro me pareceu muito boa, por tudo que é relatado, mas as demais partes, bem, não tem como explicar, não é algo que me sinto tentada a ler, infelizmente!
Você consegue colocar a leitura em sentimentos, em palavras, e acho isso incrível.
Beijos
olá Vitória, que linda frase a sua - "existe livros para pessoas e pessoa para livros"... fiquei matutando isso um tempão e você tem toda razão. além de que precisamos estar na vibração certa pra podermos desfrutar corretamente da leitura. ponto pra você! pena você considerar que este livro não seja para você, fiquei curioso pra saber sua opinião a respeito dele. mas um dia leremos em conjunto um bom livro que nos agrade. bjos querida e obrigado pelas palavras carinhosas.
ExcluirOi, Rodolfo!
ResponderExcluirSem dúvida é uma obra bem bem marcante. Achei muito interessante a forma que essa obra foi dividida. Três partes bem elaboradas e essenciais. Fiquei bem empolgada para ler esse livro do Caio Fernando Abreu.
Bjoss
cara Marta, que delícia essa sua empolgação. não deixe passar, leia também. bjos
ExcluirJá tinha visto esse título algumas vezes, porém não sabia exatamente do que se tratava. Já vi algumas frases do autor espalhadas dela internet. O livro traz uma carga bem densa pelo o que pude perceber. Creio que não seja o tipo de livro que estou acostumada a ler. Acho que ele falou coisas que na época muitas pessoas não estavam preparadas para ouvir. Porém, dependendo de como isso foi dito. Se de uma forma muito ácida e pesada, que é o que parece ser, acho que não conseguiria aproveitar a leitura por isso prefiro não realizar essa leitura agora.
ResponderExcluircara Mariana, Caio e Leminski são campeões de frases não é mesmo? se por acaso estiver querendo sair da zona de conforto não se esqueça deste livro, ele fará com que você pense sobre sua educação e sobre repressão de um modo geral. bjos
ExcluirOlá, Rodolfo
ResponderExcluirNunca li nada de Caio Fernando Abreu apenas frases na internet.
Que resenha imagino como foi para você escrever com esse livro intenso.
Claro o autor tinha que alertar o povo na época sobre várias coisas e porque não pela escrita, tinha conhecimento do mesmo mas resenha é a primeira que leio. Me lembrei que uma professora de história comentou bastante coisas a respeito deste livro no segundo grau.
Espero ler oportunidade para ler.
Beijos
cara Luana, eu também me encontrava na mesma situação que a sua, apesar de ter lido inúmeras frases esparsas pela net afora. espero que tenha oportunidade, ou melhor, que crie esta oportunidade, dê esta chance para Caio Fernando. depois volta pra gente prosear. bjos
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