Ed. Alfaguara, 2017 - 168 páginas |
- "Murakami é um dos mais conhecidos autores contemporâneos do Japão. Quando seus livros são lançados, a imprensa noticia filas enormes nas livrarias de Tóquio e traduções para mais de quarenta idiomas. Ícone da escrita fluida, Murakami transita bem em diversos estilos narrativos: ficção, ensaio, reportagem, nada parece estar fora de seu talento literário. Para abarcar toda essa multiplicidade, chega agora Romancista como vocação, uma série de proposições sobre a escrita, a literatura e a vida pessoal do recluso escritor. Escrito na linguagem acessível típica de Murakami, este livro é um convite a todos que desejam habitar o mundo dos romancistas, bem como uma declaração de amor ao ato da escrita."
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Se eu te pedir para fechar os olhos agora e imaginar a figura de um médico, o que você veria? Muito provavelmente, você construiria mentalmente a imagem de um homem usando um jaleco branco e portando um estetoscópio, certo? Se eu pedisse a você que imaginasse um astronauta, você talvez pensasse em um daqueles patrulheiros da NASA, que usam capacete e trajes espaciais.
Mas e se eu te pedisse pra imaginar a figura de um escritor, como seria? Será que, como eu, você pensaria em algum cânone da literatura como Machado de Assis, Clarice Lispector ou Gabriel García Márquez? Ou quem sabe, talvez, um representante da escrita contemporânea como Stephen King, J. K. Rowling e Dan Brown?
É engraçado imaginar essas figuras e perceber o quanto estamos acostumados com representações convencionais. Eu aposto que, quando eu falei do médico ou do astronauta, a princípio você não imaginou, por exemplo, uma mulher exercendo esses ofícios, não é? Ainda que cada vez mais mulheres estejam ganhando destaque em áreas profissionais majoritariamente masculinas.
De qualquer forma, aceitar esses estereótipos é o mesmo que limitar nossa imaginação. E quando se trata de escrita criativa não é diferente. Voltando a imaginar a figura do escritor, a primeira coisa que vem à mente é um homem velho fumando um cigarro, sentado diante uma mesa repleta de papéis, bebericando um café diante de uma máquina de escrever em uma sala abarrotada de livros.
É justamente esse tipo de estereótipo que o escritor japonês Haruki Murakami se dedica a desconstruir em seu livro "Romancista Como Vocação".
Nascido em 12 de Janeiro de 1949 na província de Quioto, no Japão, Murakami é o autor de obras internacionalmente conhecidas como "1Q84", "Kafka à Beira-Mar" e ainda "Sono". Curiosamente, entretanto, quando não se dedica à escrita ficcional, Murakami segue uma tradição literária de dividir com o leitor um pouco de sua experiência de vida - como observamos anteriormente em "O que eu falo quando falo de corrida".
No livro "Romancista como Vocação", o autor continua compartilhando com a gente um pouquinho da sua visão de mundo. Logo de cara, Murakami destaca três virtudes que são mais importantes para o escritor do que sua própria máquina de escrever: a persistência, a competência e a regularidade com a sua produção criativa - três pontos que vamos discutir mais a frente.
Figura bastante reclusa, Murakami não é o tipo de pessoa que gosta de dar entrevistas ou frequentar eventos sociais, mas compartilha muito de sua trajetória e visão de mundo através de sua escrita - sobretudo a não-ficcional. Nos primeiros capítulos de "Romancista como Vocação", por exemplo, Murakami relata um pouco sobre como foi seu primeiro contato com a literatura - os livros que o inspiraram a querer ser escritor, os desafios que um romancista iniciante enfrenta ao se lançar no mercado editorial, dentre outros pontos. Trata-se, portanto, de uma obra parcialmente biográfica, ou seja, um livro que mistura as técnicas de escrita com a experiência profissional do autor.
Murakami tem uma escrita bastante fluida e de fácil compreensão. O livro está dividido em capítulos específicos sobre o processo de criação literária, de modo que o leitor pode consultar qualquer parte que lhe interessar, isto é, sem a necessidade de ler a obra como um todo. Ao longos dos capítulos, Murakami fala sobre vários temas como a criação de personagens e de uma narrativa original, prêmios literários e sua importância na carreira de um autor bem-sucedido, o reconhecimento internacional, etc.
Para falar sobre o início da carreira literária, por exemplo, Murakami recorre a sua própria jornada, mostrando que nem sempre a escrita nos inspira pelas formas mais convencionais (lembra dos estereótipos?). A ideia para seu primeiro romance veio enquanto ele assistia a uma partida de basebol, em um pub de jazz music do qual ele era o dono. Murakami revela, ainda, o quão desconfortável ele se sentia com sua própria escrita, uma vez que aquela era sua primeira aventura nos territórios da narrativa ficcional. O resultado acabou sendo, como ele próprio classificou, meio desastroso, um romance cheio de palavras rebuscadas e de difícil digestão.
Mas aqui entra um fato curioso sobre a trajetória do autor. Murakami percebeu que sua escrita rebuscada e pouco prolífica se dava pelo fato de o autor se dedicar a escrever ficção em seu idioma nativo (nesse caso, o japonês). Assim, a solução que ele encontrou foi desenvolver seus romances em Inglês (um idioma onde seu vocabulário era mais limitado), para então traduzi-los para o japonês. O resultado acabou sendo surpreendentemente positivo:
Entretanto, talvez a discussão mais interessante do livro seja a ideia que, seguindo os passos certos, qualquer um pode escrever um romance - uma ideia em que Murakami acredita fielmente. Para ele, o exercício da escrita exige muito mais da persistência do que do talento, ou seja, assim como o desenho, a pintura, a música ou quaisquer outras formas de expressão artística exigem do artista determinado nível de comprometimento, de pratica e dedicação diária para que a produção se torne regular e consistente, com a escrita criativa não é diferente.
Murakami defende, ainda, que esse é justamente o motivo pelo qual muitos escritores, ainda no início de carreira, acabam desaparecendo após uma ou duas publicações de sucesso. Nas palavras do autor, "os romancistas são como alguns peixes, eles acabam morrendo se não estiverem em constante movimento dentro d'água." Dessa forma, o grande desafio na carreira de um romancista não é ser publicado, e sim continuar produzindo boas obras após o primeiro momento de sucesso.
Outro ponto importante que Murakami defende é que não é preciso ter vivido uma vida incrível para escrever uma história incrível. Ou seja, você não precisa ser o Ernest Hemingway para escrever algo tão incrível como "O velho e o mar". Mas é importante, sim, lançar mão dos recursos que se tem (imaginação, criatividade, persistência) para trabalhar na sua criação - seja ela literária ou não. A inspiração, muitas vezes, pode ser o ingrediente chave, mas tão importante quanto ela é desenvolver o hábito de tentar produzir algo novo todos os dias.
De volta ao estereótipo do escritor, Haruki Murakami talvez seja um exemplo fora do convencional. Ele prefere chá ao café e procura levar uma vida saudável, introduzindo exercícios físicos em sua rotina diária, dormindo oito horas por dia - ou seja, o oposto daquela figura viciosa que a gente imaginou lá no comecinho da resenha. Murakami é um exemplo real de que não é preciso levar uma vida sombria e solitária, mergulhada em vícios desregrados e abrindo mão da companhia familiar para ir em busca do sonho de escrever, muito pelo contrário. Claro que não há nada de errado em escolher esse caminho, caso você se identifique (nesse caso, recomendo que você leia Bukowski).
Em suma, este é um livro breve, mas essencial. Junto com outras obras igualmente importantes, "Romancista como Vocação" se configura no hall de recomendações para os que encontram na escrita criativa sua verdadeira vocação. Já para os fãs da obra de Haruki Murakami, essa é mais uma excelente oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida e a trajetória criativa desse contemporâneo da literatura japonesa.
A Alfaguara, selo da Companhia das Letras, é a casa editorial dos livros de Murakami no Brasil. Se você gostou desse livro, recomendo a leitura de outras obras do autor também disponíveis aqui no Brasil graças ao primoroso trabalho da tradutora Eunice Suenaga.
E você? Sonha em ser escritor? Já teve ideias para histórias incríveis, mas acabou engavetando? Lembre-se: a prática diária, mais do que o talento, é o que nos leva a perfeição.
Grande abraço, boas leituras e até a próxima.
Mas e se eu te pedisse pra imaginar a figura de um escritor, como seria? Será que, como eu, você pensaria em algum cânone da literatura como Machado de Assis, Clarice Lispector ou Gabriel García Márquez? Ou quem sabe, talvez, um representante da escrita contemporânea como Stephen King, J. K. Rowling e Dan Brown?
É engraçado imaginar essas figuras e perceber o quanto estamos acostumados com representações convencionais. Eu aposto que, quando eu falei do médico ou do astronauta, a princípio você não imaginou, por exemplo, uma mulher exercendo esses ofícios, não é? Ainda que cada vez mais mulheres estejam ganhando destaque em áreas profissionais majoritariamente masculinas.
De qualquer forma, aceitar esses estereótipos é o mesmo que limitar nossa imaginação. E quando se trata de escrita criativa não é diferente. Voltando a imaginar a figura do escritor, a primeira coisa que vem à mente é um homem velho fumando um cigarro, sentado diante uma mesa repleta de papéis, bebericando um café diante de uma máquina de escrever em uma sala abarrotada de livros.
É justamente esse tipo de estereótipo que o escritor japonês Haruki Murakami se dedica a desconstruir em seu livro "Romancista Como Vocação".
Nascido em 12 de Janeiro de 1949 na província de Quioto, no Japão, Murakami é o autor de obras internacionalmente conhecidas como "1Q84", "Kafka à Beira-Mar" e ainda "Sono". Curiosamente, entretanto, quando não se dedica à escrita ficcional, Murakami segue uma tradição literária de dividir com o leitor um pouco de sua experiência de vida - como observamos anteriormente em "O que eu falo quando falo de corrida".
No livro "Romancista como Vocação", o autor continua compartilhando com a gente um pouquinho da sua visão de mundo. Logo de cara, Murakami destaca três virtudes que são mais importantes para o escritor do que sua própria máquina de escrever: a persistência, a competência e a regularidade com a sua produção criativa - três pontos que vamos discutir mais a frente.
Figura bastante reclusa, Murakami não é o tipo de pessoa que gosta de dar entrevistas ou frequentar eventos sociais, mas compartilha muito de sua trajetória e visão de mundo através de sua escrita - sobretudo a não-ficcional. Nos primeiros capítulos de "Romancista como Vocação", por exemplo, Murakami relata um pouco sobre como foi seu primeiro contato com a literatura - os livros que o inspiraram a querer ser escritor, os desafios que um romancista iniciante enfrenta ao se lançar no mercado editorial, dentre outros pontos. Trata-se, portanto, de uma obra parcialmente biográfica, ou seja, um livro que mistura as técnicas de escrita com a experiência profissional do autor.
Murakami tem uma escrita bastante fluida e de fácil compreensão. O livro está dividido em capítulos específicos sobre o processo de criação literária, de modo que o leitor pode consultar qualquer parte que lhe interessar, isto é, sem a necessidade de ler a obra como um todo. Ao longos dos capítulos, Murakami fala sobre vários temas como a criação de personagens e de uma narrativa original, prêmios literários e sua importância na carreira de um autor bem-sucedido, o reconhecimento internacional, etc.
Para falar sobre o início da carreira literária, por exemplo, Murakami recorre a sua própria jornada, mostrando que nem sempre a escrita nos inspira pelas formas mais convencionais (lembra dos estereótipos?). A ideia para seu primeiro romance veio enquanto ele assistia a uma partida de basebol, em um pub de jazz music do qual ele era o dono. Murakami revela, ainda, o quão desconfortável ele se sentia com sua própria escrita, uma vez que aquela era sua primeira aventura nos territórios da narrativa ficcional. O resultado acabou sendo, como ele próprio classificou, meio desastroso, um romance cheio de palavras rebuscadas e de difícil digestão.
Mas aqui entra um fato curioso sobre a trajetória do autor. Murakami percebeu que sua escrita rebuscada e pouco prolífica se dava pelo fato de o autor se dedicar a escrever ficção em seu idioma nativo (nesse caso, o japonês). Assim, a solução que ele encontrou foi desenvolver seus romances em Inglês (um idioma onde seu vocabulário era mais limitado), para então traduzi-los para o japonês. O resultado acabou sendo surpreendentemente positivo:
"Percebi que não havia necessidade de usar palavras difíceis, nem belas expressões para impressionar as pessoas." (Pág. 28)
Entretanto, talvez a discussão mais interessante do livro seja a ideia que, seguindo os passos certos, qualquer um pode escrever um romance - uma ideia em que Murakami acredita fielmente. Para ele, o exercício da escrita exige muito mais da persistência do que do talento, ou seja, assim como o desenho, a pintura, a música ou quaisquer outras formas de expressão artística exigem do artista determinado nível de comprometimento, de pratica e dedicação diária para que a produção se torne regular e consistente, com a escrita criativa não é diferente.
Murakami defende, ainda, que esse é justamente o motivo pelo qual muitos escritores, ainda no início de carreira, acabam desaparecendo após uma ou duas publicações de sucesso. Nas palavras do autor, "os romancistas são como alguns peixes, eles acabam morrendo se não estiverem em constante movimento dentro d'água." Dessa forma, o grande desafio na carreira de um romancista não é ser publicado, e sim continuar produzindo boas obras após o primeiro momento de sucesso.
Outro ponto importante que Murakami defende é que não é preciso ter vivido uma vida incrível para escrever uma história incrível. Ou seja, você não precisa ser o Ernest Hemingway para escrever algo tão incrível como "O velho e o mar". Mas é importante, sim, lançar mão dos recursos que se tem (imaginação, criatividade, persistência) para trabalhar na sua criação - seja ela literária ou não. A inspiração, muitas vezes, pode ser o ingrediente chave, mas tão importante quanto ela é desenvolver o hábito de tentar produzir algo novo todos os dias.
De volta ao estereótipo do escritor, Haruki Murakami talvez seja um exemplo fora do convencional. Ele prefere chá ao café e procura levar uma vida saudável, introduzindo exercícios físicos em sua rotina diária, dormindo oito horas por dia - ou seja, o oposto daquela figura viciosa que a gente imaginou lá no comecinho da resenha. Murakami é um exemplo real de que não é preciso levar uma vida sombria e solitária, mergulhada em vícios desregrados e abrindo mão da companhia familiar para ir em busca do sonho de escrever, muito pelo contrário. Claro que não há nada de errado em escolher esse caminho, caso você se identifique (nesse caso, recomendo que você leia Bukowski).
Em suma, este é um livro breve, mas essencial. Junto com outras obras igualmente importantes, "Romancista como Vocação" se configura no hall de recomendações para os que encontram na escrita criativa sua verdadeira vocação. Já para os fãs da obra de Haruki Murakami, essa é mais uma excelente oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida e a trajetória criativa desse contemporâneo da literatura japonesa.
A Alfaguara, selo da Companhia das Letras, é a casa editorial dos livros de Murakami no Brasil. Se você gostou desse livro, recomendo a leitura de outras obras do autor também disponíveis aqui no Brasil graças ao primoroso trabalho da tradutora Eunice Suenaga.
E você? Sonha em ser escritor? Já teve ideias para histórias incríveis, mas acabou engavetando? Lembre-se: a prática diária, mais do que o talento, é o que nos leva a perfeição.
Grande abraço, boas leituras e até a próxima.
Thiago Augusto
Canceriano. Apaixonado por literatura, cinema e música. Sonha em escrever livros, dublar animações da Disney e, algum dia, conhecer Hogwarts.
Siga-me nas redes sociais: @thiioliv3ira.
Cortesia do Grupo Companhia das Letras
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Oi, Thiago,
ResponderExcluirÉ fantástica a forma no qual o autor conta sua história e ao mesmo tempo, dá dicas para os demais escritores. E a interação íntima com o leitor é algo ímpar, sem sombras de dúvidas!
P.S.: Não almejo ser escritora, mas já tive vontade de escrever sim, porém acabei deixando essa ideia de lado, pois não é uma prioridade, não é uma meta na minha vida.
Um grande mestre não poderia ter feito algo que não fosse assim! Apesar de ter pouco contato com as letras do autor,sei do quanto o autor tem seu público fiel, talvez por esta facilidade ímpar de apenas escrever o que é preciso escrever. Como se soubesse do que falta não só em quem sonha em escrever, mas também até na vida cotidiana.
ResponderExcluirCom certeza, se puder, quero muito me aventurar em algo que é totalmente fora do que costumo ler.
Beijo
Eu conheço o trabalho do autor, mas nunca li nenhum de seus livros. Fiquei encantada com este em particular. A forma como o autor retrata o que quer retratar e encoraja os novos autores é linda. Achei a obra diferente e, realmente, grande parte das coisas são rotuladas. Adorei a resenha.
ResponderExcluirJá nutri um sonho de escrever meu próprio livro, mas ele já está desfocado.
Apesar de já ter lido muitas resenhas de obras do autor, ainda não tive a oportunidade de conhecer sua escrita. Vejo que Murakami se destaca pelo jeito caloroso com o qual dialoga com os leitores, promovendo uma empatia quase que instantânea. Outro ponto interessante é essa ideia que o autor tem de que todos temos um escritor esperando para se revelar dentro de nós. Beijos.
ResponderExcluirAchei interessante a questão sobre o desafio do escritor ser continuar publicando, nunca tinha pensado nisso, mas concordo. A ideia do livro é interessante e achei a resenha bem bacana.
ResponderExcluirThiago!
ResponderExcluirTão bom um livro instrutivo e até certo ponto interativo com o leitor, que facilita o modo de escrita de quem pretende ou é um escritor.
Temos mesmo de ter uma vida saudável para poder ter a mente aberta para a criatividade.
Gostaria de ler.
cheirinhos
rudy
Oi Thiago,
ResponderExcluirJá li algumas obras de Murakami, a escrita dele chama minha atenção, assim que vejo um lançamento já quero saber mais.
É ótima essa dica de leitura, a proposta logo no comece de construir uma imagem traz reflexões... a desconstrução que Romancista como Vocação é interessante, quero conhecer mais da visão de mundo e todo a trajetória do autor.
Adorei a premissa do livro! Tenho um grande desejo de ser escritora mas muitas ressalvas e sinto que com o que você disse sobre o livro, a leitura do mesmo irá me ajudar bastante. Faço das palavras deles as minhas quanto a todos pode escrever mas precisa de esforço e trabalho duro. Até para as pessoas que tem mais "talento", como um dom também preciso trabalhar duro e lapidar o seu oficio, e só colocar tudo isso como "tem um dom" tira o foco do trabalho duro que todos tem ainda mais para melhorar a cada dia.
ResponderExcluirNossa, muito bacana essa reflexão que o livro trás!!Gostei.
ResponderExcluirOlá Thiago! Realmente a sociedade está cheia de esteriótipos que precisamos erradicar. A obra parece ser muito inspiradora, pois o autor faz brotar em nós a vontade de escrever. Penso em escrever algo algum dia mas ainda não me sinto preparada, me faltam criatividade e boas ideias. Gostei da analogia entre o romancista e o peixe. Beijos
ResponderExcluirOlá! Embora goste muito de ler, nunca passou pela minha cabeça a ideia de me tornar escritora, gostei muito da proposta do livro, e acho que ele é essencial para quem quer escrever, pois a mistura de técnica com experiência o transforma em uma fonte de consulta, e o fato da escrita do autor ser fluida é um bônus, pois não torna a leitura cansativa.
ResponderExcluirOi, Thiago!
ResponderExcluirNão conhecia o Haruki Murakami - se já li/ouvi sobre ele não me recordo no momento... E sinseramente, não curto autobiografia/biografia, mesmo que a obra seja parcialmente biográfica como você disse que é Romancista como Vocação... provavelmente por isso não me interessei pelo livro.
Abraços.
Eu adorei a ideia do livro, afinal não é somente um livro com técnicas ou fórmulas mágicas para criar bons escritores. Parece ser bem mais que isso, mostrando um pouco da essência do autor e de como sua experiência pode ajudar novos autores (talvez não só novos). Muito interessante ele começar escrever seus livros em inglês para depois traduzi-los para o japonês.
ResponderExcluirEvandro
Olá Thiago!
ResponderExcluirNossa amei conhecer mais um livro do autor, leio mto comentários bons sobre a escrita dele e da forma que ele desenvolve suas obras, gostaria mto de conhecer.
Vai para os desejados!
Bjs!
Não é uma leitura que eu faria,mas gostei muito da sua resenha,não gosto muito de biografia.
ResponderExcluirNunca li nada dele nem tinha ouvido falar,mas gosto muito da cultura japonesa e é sempre bom aprender mais com quem mora lá,gostei da recomendação.
ResponderExcluirOi, Thiago!
ResponderExcluirGostei bastante da resenha, pois nunca li nada do Haruki Murakami e realmente foi por falta de oportunidade. Achei muito interessante esse livro e fiquei bem curiosa para conhecer esse autor que é tão cativante.
Bjoss
Olá!
ResponderExcluireu já ouvir fala desse autor mais não li nada sobre os livros dele..Adorei esse livro e mais um livro muito cativante..Espero poder ler!
Meu blog:
Tempos Literários
Oi, Thiago
ResponderExcluirNão conheço a escrita do autor, mas quero um dia ler seus livros.
Gostei muito da premissa deste livro que ele conta sobre sua vida, como escreve seus livros deve ser uma leitura fascinante.
Beijos
Escrita do autor e pretendo ler todos os livros dele mas tem que ser sincera em relação a essas capas não são nem um pouquinho chamativas tanto que antes de começar a ler os livros dele eu julguei por essas capas mas acabei vencendo o preconceito
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