Ed. Companhia das Letras, 2018 - 584 páginas |
- "Lançado em 2000, O demônio do meio-dia continua sendo uma referência sobre a depressão, para leigos e especialistas. Com rara humanidade, sabedoria e erudição, o premiado autor Andrew Solomon convida o leitor a uma jornada sem precedentes pelos meandros de um dos temas mais espinhosos e complexos de nossos dias. Entremeando o relato de sua própria batalha contra a doença com o depoimento de vítimas da depressão e a opinião de especialistas, Solomon desconstrói mitos, explora questões éticas e morais, descreve as medicações disponíveis, a eficácia de tratamentos alternativos e o impacto que a depressão tem nas várias populações demográficas (sejam crianças, homossexuais ou os habitantes da Groenlândia)."
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Um raio de sol no quarto escuro
Vamos para mais um choque de realidade, agora sobre o grande mal que aflige mais de 350 milhões de pessoas mundo afora (segundo levantamento da OMS). Tenho me preparado há tempos para escrever esta resenha e ter eu entrado no vórtice deste furacão, apesar de sempre me achar imune à depressão e resiliente diante da melancolia, retardou o processo da escrita ainda mais.
Passei por um período particularmente escuro que me sugou toda a vontade de fazer as coisas, meus planos e objetivos pareceram perder o sentido, perdi o apetite e o sono desapareceu também, meu peito estava sempre apertado e eu sem fôlego. Era como se estivesse me afogando sem me importar com as consequências. Certamente um ou vários tentáculos da depressão haviam me atingido. Sorrir se tornara impossível, perdi o prazer pela vida cotidiana, minha vontade enfraqueceu a ponto de não conseguir e não querer fazer mais nada, apenas ficar parado contemplando o vazio. Pensei: será que destruí minha capacidade de sentir felicidade?
Nem preciso dizer que este livro O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão (Companhia das Letras, 584 páginas) me caiu como uma luva. Já venho lendo muito a respeito da ansiedade e da depressão, seja por curiosidade, seja para entender a mim e aos meus. Ter esta edição de Andrew Solomon foi de fundamental importância para me familiarizar com um dos males modernos que mais cresce atualmente.
O livro é dividido em capítulos que não deixa nada de fora: Depressão, Colapsos, Tratamentos, Alternativas, Populações, Vícios, História, Pobreza, Política, Evolução e Esperança, além de um epílogo inédito para a edição brasileira. Dizer que este é mais um livro sobre a depressão seria no mínimo precipitado. Não é um livro, é um compêndio contendo tudo o que já se fez para livrar o ser humana das garras desta doença. Basta citar Contardo Calligaris (escritor, dramaturgo e psicanalista, colunista da Folha de São Paulo) na contra-capa:
Esta frase nos dá a dimensão exata da importância deste livro a todos os que sofrem por terem a depressão ou por conviver com quem tenha.
Solomon participou de dezenas de tratamentos, sejam convencionais, inovadores ou alternativos. Psicanalíticos, medicamentosos e naturais, nada fugiu ao seu escrutínio. Portanto, ele é mais que qualificado para demonstrar o sofrimento e indicar caminhos a serem tomados.
A depressão não é apenas sofrimento, mas sofrimento demais por se tornar depressão. A tristeza não pode ser um sentimento mais poderoso que a felicidade, porque sua longa duração pode causar depressão. Precisamos transformar a dor, não suprimi-la ou ignorá-la, mas há como aprender com ela.
Quando me vi enredado pela tristeza compreendi que a depressão é a materialização do desespero. E pior, olhando mais tarde, de fora, como se o que eu passei fosse algo acontecido com outra pessoa, pude perceber que os deprimidos enfiam alfinetes em seus próprios botes salva-vidas.
Depressão é mais que a melancolia, ela nos arremessa no escuro, nos paralisa, nos incapacita. Imploramos a deuses externos de toda e qualquer natureza que nos livre dos demônios internos. E o maior deus moderno é o Prozac, vendido e consumido igual analgésico infantil, por isso é preciso ter cuidado com automedicação e com o charlatanismo e a exploração do desespero.
Estar “à beira do abismo” paralisado pelo medo. Mas há pequenos indícios que podem se transformar em depressão e a ansiedade contribui sobremaneira para isso. É possível perceber jovens fazendo uso de álcool para lidar com as interações sociais, a ansiedade é incapacitante também e a bebida acaba por socializa-los. Estes tanto procuram estar seguros do mundo lá fora quanto de seus “eus” interiores.
O bordão neste caso é “decido, logo existo”. Ninguém escolhe ficar deprimido. Paciência, compreensão, amor e companhia é o que precisam de imediato. A depressão assombra a vida toda, você não a derrota, você a administra. A pena que os outros sentem não fará com que você saia da depressão, é preciso lutar e procurar um profissional ou tomar medicamentos não é vergonha, é coragem. E em muitos casos até apelar: se beber xixi de cavalo ameniza, por que não?
É claro que este é um exemplo absurdo, mas ajusta-se neste caso, principalmente quando nos deparamos com alguém que não tem mais energia para lutar.
Acreditem, é mais comum do que imaginamos, é banal, porém não é banal no que diz respeito aos malefícios que proporciona. Encontramos nos idosos com incontinência emocional pela decadência do corpo, em adultos que foram crianças tristes (criança depressiva igual a adulto depressivo), em pessoas que perderam seus entes queridos ou sofreram algum abalo emocional, em pessoas que não se encontraram consigo, enfim uma multiplicidade de motivos sem fim, os quais eu poderia encher páginas e mais páginas.
Como criar políticas públicas para quem sofre de depressão? Politicamente quem se preocupa com quem quer ficar o dia todo trancado em um quarto? Não é perigo para a sociedade e não dá voto algum a ninguém. E é aí que reside o grande perigo para a saúde pública e porque não dizer para a economia. Estamos transformando pessoas que poderiam estar ativas em doentes condenados. Nossos governantes precisam se atentar para este fato simples, é melhor tratar quem sofre do que mantê-lo dependente crônico do Estado.
Enfim, o oposto da depressão não é a felicidade, mas sim vitalidade. Então busquemos mais vida, mais energia. E se vocês conhecem alguém sofrendo façam-lhe companhia, ofereçam ajuda, segurem sua mão, dividam a carga que ele carrega. Isso fará bem a vocês e a quem se esconde no escuro do quarto.
Vamos para mais um choque de realidade, agora sobre o grande mal que aflige mais de 350 milhões de pessoas mundo afora (segundo levantamento da OMS). Tenho me preparado há tempos para escrever esta resenha e ter eu entrado no vórtice deste furacão, apesar de sempre me achar imune à depressão e resiliente diante da melancolia, retardou o processo da escrita ainda mais.
Artistas ilustram a depressão - Seb Maestro |
“Sob vários nomes e disfarces, a depressão é e sempre foi onipresente por motivos bioquímicos e sociais. Este livro se esforça para abarcar a extensão do alcance temporal e geográfico da depressão. Se às vezes parece que a depressão é uma aflição própria da classe média do Ocidente moderno, isso se deve ao fato de que é nessa comunidade que repentinamente estamos ganhando uma nova sofisticação no reconhecimento, nomeação, tratamento e aceitação da depressão – e não porque temos quaisquer direitos especiais sobre a doença em si. Nenhum livro pode abarcar a extensão do sofrimento humano.”
Passei por um período particularmente escuro que me sugou toda a vontade de fazer as coisas, meus planos e objetivos pareceram perder o sentido, perdi o apetite e o sono desapareceu também, meu peito estava sempre apertado e eu sem fôlego. Era como se estivesse me afogando sem me importar com as consequências. Certamente um ou vários tentáculos da depressão haviam me atingido. Sorrir se tornara impossível, perdi o prazer pela vida cotidiana, minha vontade enfraqueceu a ponto de não conseguir e não querer fazer mais nada, apenas ficar parado contemplando o vazio. Pensei: será que destruí minha capacidade de sentir felicidade?
Artistas ilustram a depressão - Zary |
“A depressão é a imperfeição do amor. Para poder amar, temos que ser capazes de nos desesperarmos ante as perdas, e a depressão é o mecanismo desse desespero. Quando ela chega, destrói o indivíduo e finalmente ofusca sua capacidade de dar ou receber afeição. Ela é a solidão dentro de nós que se torna manifesta e destrói não apenas a conexão com outros, mas também a capacidade de estar em paz consigo mesmo.”
Nem preciso dizer que este livro O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão (Companhia das Letras, 584 páginas) me caiu como uma luva. Já venho lendo muito a respeito da ansiedade e da depressão, seja por curiosidade, seja para entender a mim e aos meus. Ter esta edição de Andrew Solomon foi de fundamental importância para me familiarizar com um dos males modernos que mais cresce atualmente.
O livro é dividido em capítulos que não deixa nada de fora: Depressão, Colapsos, Tratamentos, Alternativas, Populações, Vícios, História, Pobreza, Política, Evolução e Esperança, além de um epílogo inédito para a edição brasileira. Dizer que este é mais um livro sobre a depressão seria no mínimo precipitado. Não é um livro, é um compêndio contendo tudo o que já se fez para livrar o ser humana das garras desta doença. Basta citar Contardo Calligaris (escritor, dramaturgo e psicanalista, colunista da Folha de São Paulo) na contra-capa:
“Se tivesse que descer na fossa de uma depressão e levar comigo apenas um livro, seria o de Solomon. Não sei se me ajudaria a encontrar uma cura, mas certamente, graças a ele, eu me sentiria menos sozinho.”
Esta frase nos dá a dimensão exata da importância deste livro a todos os que sofrem por terem a depressão ou por conviver com quem tenha.
Artistas ilustram a depressão – Robert Carter |
Solomon participou de dezenas de tratamentos, sejam convencionais, inovadores ou alternativos. Psicanalíticos, medicamentosos e naturais, nada fugiu ao seu escrutínio. Portanto, ele é mais que qualificado para demonstrar o sofrimento e indicar caminhos a serem tomados.
“O diagnóstico é tão complexo quanto a doença. Os pacientes perguntam aos médicos o tempo inteiro: “Estou deprimido?”, como se o resultado pudesse ser obtido através de exame de sangue. O único modo de descobrir se alguém está deprimido é escutar e observar a si mesmo, examinar seus sentimentos e pensar sobre eles. Se alguém se sente mal sem nenhum motivo durante a maior parte do tempo, está deprimido. Caso se sinta mal a maior parte do tempo com motivo", também está deprimido, embora mudar os motivos possa ser a melhor maneira de avançar, em vez de simplesmente deixar de lado a circunstância e atacar a depressão. Se ela o incapacita, então é grave.”
A depressão não é apenas sofrimento, mas sofrimento demais por se tornar depressão. A tristeza não pode ser um sentimento mais poderoso que a felicidade, porque sua longa duração pode causar depressão. Precisamos transformar a dor, não suprimi-la ou ignorá-la, mas há como aprender com ela.
Artistas ilustram a depressão – Michelle114 |
“George Brown disse sucintamente: “A depressão é uma reação a uma perda passada, e a ansiedade é uma reação a uma perda futura”. São Tomás de Aquino propôs que o medo é para a tristeza o que a esperança é para o prazer; ou, em palavras, que a ansiedade é a forma precursora da depressão. Eu sofria tanta ansiedade quando estava deprimido e sentia-me tão deprimido quando estava ansioso que passei a acreditar que o isolamento e o medo eram inseparáveis. (...) Cerca de metade dos pacientes com puros transtornos de ansiedade desenvolve depressão severa em um prazo de cinco anos. À medida que depressão e ansiedade são geneticamente determinadas, elas compartilham um único conjunto de genes (que são ligados aos genes do alcoolismo).”
Quando me vi enredado pela tristeza compreendi que a depressão é a materialização do desespero. E pior, olhando mais tarde, de fora, como se o que eu passei fosse algo acontecido com outra pessoa, pude perceber que os deprimidos enfiam alfinetes em seus próprios botes salva-vidas.
Depressão é mais que a melancolia, ela nos arremessa no escuro, nos paralisa, nos incapacita. Imploramos a deuses externos de toda e qualquer natureza que nos livre dos demônios internos. E o maior deus moderno é o Prozac, vendido e consumido igual analgésico infantil, por isso é preciso ter cuidado com automedicação e com o charlatanismo e a exploração do desespero.
“Há duas modalidades principais de tratamento para a depressão: psicoterapias, que lidam com palavras, e terapias de intervenção física, que incluem os cuidados farmacológicos e o eletrochoque ou terapia eletroconvulsiva. (...) É extremamente perigoso que tantas pessoas pensem que um tratamento dispensa o outro.”
Artistas ilustram a depressão - Emily Clark |
Estar “à beira do abismo” paralisado pelo medo. Mas há pequenos indícios que podem se transformar em depressão e a ansiedade contribui sobremaneira para isso. É possível perceber jovens fazendo uso de álcool para lidar com as interações sociais, a ansiedade é incapacitante também e a bebida acaba por socializa-los. Estes tanto procuram estar seguros do mundo lá fora quanto de seus “eus” interiores.
“Não é possível escolher ficar deprimido e não é possível decidir quando ou como melhorar, mas é possível escolher o que fazer com a depressão, especialmente quando se sai dela. Alguns saem por um curto período e sabem que vão continuar voltando a ela. Mas, quando estão fora dela, tentam usar a experiência da depressão para tornar suas vidas mais ricas e melhores.”
O bordão neste caso é “decido, logo existo”. Ninguém escolhe ficar deprimido. Paciência, compreensão, amor e companhia é o que precisam de imediato. A depressão assombra a vida toda, você não a derrota, você a administra. A pena que os outros sentem não fará com que você saia da depressão, é preciso lutar e procurar um profissional ou tomar medicamentos não é vergonha, é coragem. E em muitos casos até apelar: se beber xixi de cavalo ameniza, por que não?
Artistas ilustram a depressão – Lenka Simeckova |
É claro que este é um exemplo absurdo, mas ajusta-se neste caso, principalmente quando nos deparamos com alguém que não tem mais energia para lutar.
(...) Ela olhou ao redor, mas dava para perceber que ela não estava vendo nenhum de nós. O marido dela a tinha trazido na esperança de que aquilo ajudasse e estava esperando do lado de fora. “Tenho a sensação”, disse ela numa voz monótona, como um toca-discos antigo em câmera lenta, “de ter morrido algumas semanas atrás, mas meu corpo ainda não percebeu.”
Acreditem, é mais comum do que imaginamos, é banal, porém não é banal no que diz respeito aos malefícios que proporciona. Encontramos nos idosos com incontinência emocional pela decadência do corpo, em adultos que foram crianças tristes (criança depressiva igual a adulto depressivo), em pessoas que perderam seus entes queridos ou sofreram algum abalo emocional, em pessoas que não se encontraram consigo, enfim uma multiplicidade de motivos sem fim, os quais eu poderia encher páginas e mais páginas.
Como criar políticas públicas para quem sofre de depressão? Politicamente quem se preocupa com quem quer ficar o dia todo trancado em um quarto? Não é perigo para a sociedade e não dá voto algum a ninguém. E é aí que reside o grande perigo para a saúde pública e porque não dizer para a economia. Estamos transformando pessoas que poderiam estar ativas em doentes condenados. Nossos governantes precisam se atentar para este fato simples, é melhor tratar quem sofre do que mantê-lo dependente crônico do Estado.
Enfim, o oposto da depressão não é a felicidade, mas sim vitalidade. Então busquemos mais vida, mais energia. E se vocês conhecem alguém sofrendo façam-lhe companhia, ofereçam ajuda, segurem sua mão, dividam a carga que ele carrega. Isso fará bem a vocês e a quem se esconde no escuro do quarto.
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
A solidão tem criado cada vez mais pessoas depressivas e sim, concordo em gênero,número e grau, pessoas sem vida. Não necessariamente que pensam em tirar suas vidas, mas sim, as que se acomodam no sofá e não querem mais nada. E como saber? Como ajudar? É possível estender as mãos e fazer esta pessoa que está ali, enclausurada, sair e ver o quanto anda bonito o sol ou a chuva?
ResponderExcluirTemos vivido cada vez mais sozinhos em nossos próprios mundos, evitando contato humano, afinal, a humanidade fere. Mas se por um lado isso é bom, a paz do estar só, é por outro lado cruel. A dor de não ter com quem falar, desabafar ou simplesmente dar uma risada!
Procuremos sim, viver! Ver cores, sentir cheiros, se molhar na água que não para de jorrar que é a vida para todos nós!
Quanto ao livro, quero!rs Divaguei tanto que esqueci..rs
Mas adorei tudo que li acima e vai para a lista de desejados(ah, adorei o jogo de ilustrações)
Beijo
cara Flor, a solidão é um dos grandes males da vida moderna, estarmos sozinhos no meio de uma multidão, causa de ansiedade e depressão. ajudar é difícil, conviver com pessoas assim é massacrante, mas ficarmos de braços cruzados não resolverá o problema, é preciso arregaçar as mangas, estudar, perguntar, ir a psicólogos, psiquiatras e o que mais estiver ao nosso alcance, é preciso compaixão. bora ajudar mais e mais pessoas!
ExcluirOi, Rodolfo,
ResponderExcluirO livro parece ser bem escrito e estruturado, afinal o autor estar totalmente por dentro do assunto faz com que tudo seja desenvolvido às claras.
cara Daiane, este livro é um clássico sobre a depressão, imperdível.
ExcluirIsso é muito mais do que uma resenha, é utilidade pública.
ResponderExcluirFico um pouco sem saber o que dizer com esses textos...
Também leio vários textos em relação ao assunto, é importante se informar para nos ajudar e ajudar o próximo. Leio não-ficção e textos aleatória numa boa, mas esse livro me parece forte.
Sinto que ele cutuca a ferida, que ele arranca o band-aid sem dó, e encarar isso é assustador.
Precisamos ter mais atenção ao próximo.
Desejo que sinta cada vez mais cheio de vitalidade e luz.
Beijos
cara Ludyanne, suas palavras enchem meu peito, me dá coragem para continuar lutando e se possível ajudando mais pessoas. tive dificuldades na leitura sim, mas senti que era necessária, por isso demorei uma eternidade, as palavras insistiam dolorosamente em se encaixar no que eu estava sentindo. mas sobrevivi e encontrei um caminho. espero que isso aconteça com outras tantas pessoas que se entristecem sem ou com motivos. bjos
ExcluirOlá, recentemente participei de um debate em minha universidade sobre o mês "setembro amarelo" e depois desse post fiquei triste de não poder citar essa obra brilhante. É fato que a depressão é vista por muitos como uma doença fictícia, mas só quem passa por momentos tristes que caracterizam essa condição sabe como é difícil tanto falar quanto tratar a doença. E essa obra propõe um compilado de informações extremamente necessário para ambos os lados, pois ajuda pessoas que passam por esse problema e também pessoas que acompanham casos assim, de modo a nortear uma solução. Beijos.
ResponderExcluirAlison, torna-se indispensável adquirir conhecimento sobre este mal que aflige grande parte da população, palestras, vídeos, livros, tudo deve ser devorado, apreendido e compartilhado. não há como varrer a tristeza para debaixo do tapete, é preciso enfrentá-la. ainda não há solução, mas caminhamos para um maior entendimento. bjos
ExcluirRodolfo, meu marido já vinha me falando sobre este livro, então fiquei empolgada com sua resenha, pois queria conhecer um pouco mais dele. Há pouco mais de um mês perdi um amigo para esta doença e foi terrível, principalmente porque ele era jovem e pai de dois filhos. Foi terrível também a sensação de impotência. Atualmente a depressão é uma doença que atinge milhões de pessoas (como citado acima), pois nunca tivemos tão perto de tantos, mas ao mesmo tempo tão sozinhos, longe de todos. Acredito que ler e entender um pouco mais sobre esta doença pode nos ajudar e quem sabe, ajudar a quem precisa. Sei que deve ser uma leitura difícil, mas acho que necessária. Obrigada pela resenha.
ResponderExcluirabraços
Gisela
cara Gisela, a leitura deste livro é um parto para quem sofre ou tem parentes e amigos que passaram por situação semelhante, mas também é um bálsamo, principalmente para aqueles que não entendem nada sobre o assunto. é preciso se informar, buscar ajuda e este livro é essencial. já sofri, os meus também sofreram e amigos partiram desta vida por não suportarem a dor e o vazio causado por ela, então é justo que eu procure meios de amenizar a dor, é uma questão de compaixão, autoconhecimento e busca de forças para lutar.
Excluiragradeço pela divulgação neste espaço tão querido. bjos
Uma resenha urgente, necessária. Quem não esteve proximo de um deprimido nao tem a dimensão do vazio, da dor e da impotência que a depressao causa. Deprimido e família são atingidos. Não tive depressão, mas ja senti uma tristeza matinal estranha certo periodo. Como me observo e estudo, procurei ajuda psicológica, psiquiátrica e espiritual. Aí reside a combinação perfeita de corpo, mente e espírito. Não somos seres unos.
ResponderExcluirSuas observações maravilhosas vieram na hora certa, Rodolfo: pós-cirurgia, minha mae está deprimida e ainda nao conseguimos ajudá-la. Vc bem sabe que os esforços sao infrutíferos enquanto não se permite ajuda. É o caso dela.
"Ela é a solidão dentro de nós que se torna manifesta e destrói não apenas a conexão com outros, mas também a capacidade de estar em paz consigo mesmo.” Eis uma definição perfeita. É doloroso ver o olhar perdido, a indiferença diante das coisas que antes eram estimulantes, a falta de esperança, o desânimo. Nao gosto de ouvir algumas pessoas julgando a depressão como falta de fé, falta de força de vontade, enfim, esse tipo de julgamento baseado em nada. So quem experimentou ou viu alguém especial envolvido nessa bruma arrasadora pode avaliar a verdade da sua metáfora sobre colocar alfinetes no próprio bote.
Um psiquiatra amigo, em palestra no mes passado sobre suicídio (Setembro Amarelo) falou que em breve metade da população passará pela depressão, ou seja, entre duas pessoas, uma teve, tem ou terá a doença. Isso é emergência.
Tive um paciente com claros sinais de depressão e Deus me ajudou a alertá-lo e conduzi-lo a tratamento, aos poucos ele melhorou. E sempre insisto em outras frentes valiosas para o sucesso do tratamento: o acompanhamento psicológico e o espiritual. Não à toa, a depressão é a doença da alma.
Fique bem, que a paz e a luz lhe envolvam. Feliz por ler uma resenha corajosa e lúcida, além de extremamente esclarecedora. 😘
cara Manuh, a tristeza com sua nuvem negra vai invadindo cômodos e poros até que não se tem forças pra lutar, a vontade é minada de tal maneira que o quarto é refúgio e morada. assim como você procuro me instruir e autoconhecer.
ResponderExcluirsei também o que é ter alguém que amamos sendo arrastado pela doença. se fosse para dar um conselho eu diria que temos que tomar a decisão pelos nossos, mesmo que tenhamos que tirá-lo de casa e levá-lo sem consentimento, porque a depressão retira a coragem, depois a vontade de seguir em frente, não se pode deixar chegar neste ponto.
quem julga a depressão não sabe nada sobre a doença, é ignorante nesta questão e não merece uma hora sequer de meu precioso dia, enfim é com palavras duras que reajo a este despreparo de pessoas sem noção.
obrigado por seu testemunho (que sei é bem doloroso) e me sinto um privilegiado de tê-la como amiga, espero que continue ajudando mais e mais pessoas a saírem do "quarto escuro".
cara Nil, é o mal do século passado também. e posso garantir que não há frescura alguma, há somente dor, muita dor. física e emocional. é preciso estar de prontidão sim, sempre. o mundo moderno contribui tanto para nos sentirmos sós como para nos encher de meios para combater a depressão. é preciso escolher qual lado devemos tomar, a inércia acaba por nos derrubar. mais vitalidade para todos!
ResponderExcluirOi, Rodolfo
ResponderExcluirA depressão é uma doença muito séria e ainda tem pessoas que dizem que não é isso, toma um remédio e tal, ou que é frescura.
Convivo com pessoas que tem depressão e sei que não é fácil, perdi minha mãe no ano passado e se não fosse eu gostar de música, ler, e meus amigos mais próximos teria ficado com depressão.
É uma doença com vários sintomas, e cada pessoa tem uma reação a doença, que podem ficar sujeitos a outras doenças.
Ainda não li nenhum livro que trata do assunto, mas quero ler para saber mais.
Espero que você tenha fé e continue sempre lutando para estar bem consigo mesmo.
Beijos!
cara Luana, é séria sim, mais do que imaginamos e menos do que é tratado por quem deveria divulgar. imagino por tudo o q vc passou e me solidarizo contigo, é difícil conviver com a depressão, seja na posse dela, seja vivendo com alguém que a tenha. não deixe de ler este livro esclarecedor, abrirá caminhos para que não fiquemos no escuro. bjos
ExcluirOlá! Esta aí um livro que deveria ser inserido no currículo das escolas hoje em dia, é fundamental sabermos mais sobre essa doença, que certamente, é uma das que mais afetam pessoas nas últimas décadas, uma leitura, com certeza, intensa e doída, mas muito necessária.
ResponderExcluircara Elizete, assino embaixo, querida. a informação pode salvar grande parte daquelas pessoas que se encontram em estágio avançado.
ExcluirRodolfo!
ResponderExcluirImportantíssimo livros no gênero, porque podem impulsionar, allém de questionamentos interiores, a própria sociedade e gosverno.
Gosto muito de ler sobre o tema, ainda mais quando é bem escrito e o autor não se perde no caminho, porque seria muito fácil isso acntecer.
Depressão é uma doença séria e é uma pena que o tratamento não seja feito da forma correta.
“Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus.” (Salmos)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA OUTUBRO - 5 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
cara Rudynha, novamente você foi certeira nas observações - a palavra "impulsionar" resume tudo. impulsionar a sociedade, o governo, a si mesmo principalmente. junto de "vitalidade" é o que mais necessitamos. feliz de você ter opinado por aqui. bjos
ExcluirÉ importante ter obras como essa, assim como resenhas para mostrar a existência de livros com o tema. Esse eu ainda não tinha visto. A depressão é realmente uma doença terrível, justamente por acharmos que não nos afetaria e quando vemos já estamos imersos nesse universo sombrio. Realmente é necessário entender que dificilmente conseguimos sair desse poço sozinhos. Também é muito importante ficarmos atentos a nossa volta para possíveis sintomas desse mal e podermos ajudar nossos amigos e conhecidos antes que a depressão se alastre afetando tudo o que tem em volta. Excelente resenha.
ResponderExcluirEvandro
caro Evandro, no atual estágio da medicina a depressão encontra-se incurável, com inúmeras idas e vindas o paciente sofre muitas vezes em silêncio e não consegue se levantar. então sabermos mais sobre os dramas e sintomas nos coloca um passo à frente deste mal. obrigado pelas palavras carinhosas.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirGostei do livro e dos temas que ele aborda..Traz temas meio que tabu já que muitos não comenta sobre eles..Adorei como foi falada e pela forma que faz nós entender..Fiquei curiosa em ler!
Meu blog:
Tempos Literários
cara Lily, a depressão é como o câncer de anos atrás, é aquela doença que ninguém fala abertamente, diz apenas que a pessoa tem "aquilo lá". é preciso dismistificá-la, discuti-la e se possível combatê-la.
ExcluirOi Rodolfo!
ResponderExcluirNossa se é que seu texto é só uma resenha né...
Maravilhoso td q escreveu e mto, mto importante.
Livros que trazem um assunto como este tão delicado é digno de palavras bem colocadas que vc trouxe.
Amei!
Bjs e parabéns!
cara Aline, realmente é um livro importante, diria mais, é imprescindível. é preciso saber mais sobre a doença para que não façamos sofrer mais ainda quem carrega tal carga. obrigado pelas palavras carinhosas. bjos
ExcluirConvivo com a depressão e ansiedade a anos, já passei por psicoterapia - me ajudou bastante - e remédios, que deixei de tomar por conta própria... Sempre tive o apoio de minha família, hoje a depressão está controlada mas acredito que é um mal que temos que combater diariamente...
ResponderExcluirNão conhecia O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão, mas já estou adicionando na minha lista de leitura, não preciso nem dizer que é um assunto que me interessa bastante, né?! Valeu pela dica! Abraços.
cara Any, sei bem a carga que você carrega e o quanto ficamos desamparados na crise. estimo melhoras pra ti sempre. leia este livro também, é estimulante e desafiador. abraços.
ExcluirÉ um assunto tão sério e delicado. Acredito que deveria ser mais discutido hoje em dia, porém, é claro, de forma responsável.
ResponderExcluirEu comecei a leitura desse livro no início do mês passado por curiosidade de entender o tema e entender o que eu mesma sentia antes. Não terminei a leitura ainda, é o tipo de livro que deve ser lido à sós, com calma, mastigando todas as informações. Por isso pretendo retomar para fazê-lo.
Parei ainda no início, mas acredito que é um livro muito bem elaborado, o autor sabia o que estava fazendo quando resolveu começa-lo e isso torna a leitura ainda mais importante e necessária.
cara Alice, ainda há certo desconforto de algumas pessoas ao falar de depressão, ficam escondendo como se fosse denegrir a imagem da família. este é um livro árido sim, mas necessário. não é de fácil leitura, principalmente para aqueles que vão reviver momentos tensos. ainda assim recomendo demais!!!
ExcluirOi, Rodolfo!
ResponderExcluirAcho que precisamos mais livros que falem sobre a depressão, e também que mais pessoas saibam que a depressão é uma doença e que precisa de tratamento, de compressão dos amigos e familiares. Gostei bastante da indicação do livro e ficaria muito feliz de conhecer mais sobre o assunto.
Bjos
cara Marta, adorei seu comentário. precisamos espalhar tudo o que conhecemos até o momento sobre este mal, quando dividimos o fardo ele se torna mais leve. bjos
ExcluirAcho tão bacana livros com essa temática,a depressão é uma doença que deve ser tratada com seriedade e muitos ainda acham uma frescura ou doença de rico,convivo com uma prima que todos os dias luta contra esse mal do século.
ResponderExcluircara Paola, eu iria mais além, é mais que bacana, são livros necessários. lutar é preciso!
Excluir