Ed. Novo Século, 2018 - 351 páginas |
- "Naiona, uma empobrecida analista de inteligência, tem a chance de pôr sua vida em ordem com a recontratação pela empreiteira J. G. Tavares. Mas, para isso, terá que aceitar a missão mais desconcertante de sua carreira: investigar o assassinato do único herdeiro do empresário, Danúbio Tavares. Enquanto a investigação se aprofunda, Naiona mergulha em detalhes mórbidos da família da vítima, incluindo a venda de uma garotinha na década de 1980, resultando na fortuna que patrocinaria a fundação da construtora. Terá essa Garotinha-Sem-Nome as respostas quanto ao assassinato de Danúbio? Talvez ela e seus problemas estejam mais perto do que todos imaginavam."
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Há, aproximadamente dois meses, estava finalizando a leitura do livro "A Máscara de Flandres", da autora Cristiane Krumenauer, torcendo para que o destino conspirasse para acontecer um novo encontro com suas tramas. E, que bom que o universo conspirou a favor, e essa nova experiência veio mais rápido do que imaginava.
"O Preço de Uma Vida" é o mais novo romance policial dessa autora nacional. Nessa nova jornada, apesar de ter vários narradores, acredito que Naione é a protagonista da vez. Todos os capítulos narrados por ela são em primeira pessoa, enquanto os outros são contados em terceira.
Naione, após ser demitida da empresa onde trabalhava, passou a fazer trabalhos como detetive particular. Passado algum tempo, vê uma nova oportunidade de recolocar sua vida nos trilhos, ao ser convidada a retornar à empresa, para investigar a morte misteriosa do filho único do dono da empreiteira.
Conforme vai avançando nas investigações, vai tomando conhecimento de segredos jamais imaginados em relação ao passado da família. A autora vai desenvolvendo sua trama nos transportando entre 1980, e os dias atuais. Inicialmente parecem ser duas tramas diferentes, mas, em um determinado ponto, elas se entrelaçam, e tornam-se uma só.
Um ponto bem positivo que achei nessa segunda experiência com a autora é que ela seguiu uma vertente diferente em relação ao primeiro. Enquanto o anterior tinha uma trama mais ágil, pois a detetive corria contra o tempo para salvar vidas, nesse, o crime já tinha acontecido, e a investigação era "apenas para fazer justiça".
Confesso que, no quesito personagens, não consegui torcer por quase nenhum, a não ser a garotinha que sofreu bastante na década de 1980. Mas, ao crescer, vemos que ela tomou decisões completamente equivocadas. Ou seja, minha torcida vai seguindo uma montanha russa, e me fez oscilar bastante entre torcer, e pegar ranço. No geral, nem a protagonista se salvou (risos).
Além da questão das personagens, creio que a resolução dos mistérios não me agradaram tanto. Senti uma sensação de que as respostas eram jogadas no colo da Naione. Queria ter visto um pouco mais de ação da parte dela.
A narrativa da Krumenauer continua sendo a parte mais legal da obra. Ela tem uma escrita muito ágil, agradável e envolvente. E essas são qualidades muito apreciadas por amantes de livros desse gênero.
Em relação a parte gráfica, parabenizo a editora. A capa está muito bonita e, o melhor, condiz muito com a trama. A parte interna também está bastante agradável. Cada início de capítulo é indicado pelo nome do narrador da vez, então, assim, não corremos o risco de nos perder na trama.
Indico o livro para quem gosta de um bom romance policial, com vários narradores, e uma narrativa bem fluida e leve.
Link do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/o-preco-de-uma-vida-795041ed798493.html
"O Preço de Uma Vida" é o mais novo romance policial dessa autora nacional. Nessa nova jornada, apesar de ter vários narradores, acredito que Naione é a protagonista da vez. Todos os capítulos narrados por ela são em primeira pessoa, enquanto os outros são contados em terceira.
Naione, após ser demitida da empresa onde trabalhava, passou a fazer trabalhos como detetive particular. Passado algum tempo, vê uma nova oportunidade de recolocar sua vida nos trilhos, ao ser convidada a retornar à empresa, para investigar a morte misteriosa do filho único do dono da empreiteira.
Conforme vai avançando nas investigações, vai tomando conhecimento de segredos jamais imaginados em relação ao passado da família. A autora vai desenvolvendo sua trama nos transportando entre 1980, e os dias atuais. Inicialmente parecem ser duas tramas diferentes, mas, em um determinado ponto, elas se entrelaçam, e tornam-se uma só.
Um ponto bem positivo que achei nessa segunda experiência com a autora é que ela seguiu uma vertente diferente em relação ao primeiro. Enquanto o anterior tinha uma trama mais ágil, pois a detetive corria contra o tempo para salvar vidas, nesse, o crime já tinha acontecido, e a investigação era "apenas para fazer justiça".
Confesso que, no quesito personagens, não consegui torcer por quase nenhum, a não ser a garotinha que sofreu bastante na década de 1980. Mas, ao crescer, vemos que ela tomou decisões completamente equivocadas. Ou seja, minha torcida vai seguindo uma montanha russa, e me fez oscilar bastante entre torcer, e pegar ranço. No geral, nem a protagonista se salvou (risos).
"Tenta dar uns passinhos a mais e prosseguir com sua jornada. Consegue dois, três, mas desaba no quarto passo. Não, não aguenta. O sol ainda está a pino, queimando demais a pele, aquecendo muito o corpo. É quando a sombra tímida de um arbusto sem vida, com folhas secas, chama sua atenção. A menina rasteja até ela. Quer descansar. Só por alguns minutos. Mas acaba adormecendo. Cai num sono pesado, acalentado pelo colo da falecida mãe, que costuma a aparecer nos sonhos." Página 63.
Além da questão das personagens, creio que a resolução dos mistérios não me agradaram tanto. Senti uma sensação de que as respostas eram jogadas no colo da Naione. Queria ter visto um pouco mais de ação da parte dela.
"O endereço dela está no porta-luvas do seu Clio. Há muito, deixei lá, pois sabia que você não costuma limpar aquela bagunça de papéis amassados. Confesso que tive dificuldade de fazê-lo entrar lá. Enquanto uns entravam, outros escapuliam, de modo que quase fui flagrado por você, que voltou mais rapidamente do supermercado do que uma mulher comum costuma voltar." Página 294.
A narrativa da Krumenauer continua sendo a parte mais legal da obra. Ela tem uma escrita muito ágil, agradável e envolvente. E essas são qualidades muito apreciadas por amantes de livros desse gênero.
Em relação a parte gráfica, parabenizo a editora. A capa está muito bonita e, o melhor, condiz muito com a trama. A parte interna também está bastante agradável. Cada início de capítulo é indicado pelo nome do narrador da vez, então, assim, não corremos o risco de nos perder na trama.
Indico o livro para quem gosta de um bom romance policial, com vários narradores, e uma narrativa bem fluida e leve.
Link do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/o-preco-de-uma-vida-795041ed798493.html
Nardonio Almeida
Pernambucano, formado em Artes Cênicas e apaixonado por teatro e livros. Descobriu-se leitor depois de um empurrãozinho de uma amiga. Virginiano, pé no chão e que adora a calmaria. Leitor de quase todos os gêneros literários. Afinal, quando a trama é boa, o gênero é o que menos importa.
Cortesia do Autor
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
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Oi, Nardonio,
ResponderExcluirEsse não é o tipo de mistério que me atrai, porém o mesmo parece retificar mais do que um simples caso de investigação.
Mesmo eu me julgando bem lesa com histórias onde há muitos narradores(eu sempre me perco) adoro um bom romance policial e já fiquei meio assim com o lance da garotinha que sofre.
ResponderExcluirOutro ponto que não me agradou na resenha, foi a falta de investigação, de fato. Puxa, jogar tudo ali já mastigado?? Ah não!
Mas a capa é maravilhosa e sim, é nacional!Eu amo de paixão nossa literatura e se tiver oportunidade, quero muito poder conferir o livro sim.
Beijo
Quando eu vi o título e a capa pensei se tratar de um drama de partir o coração, mas pelo visto me enganei.
ResponderExcluirA criança triste da capa parece não ser o foco.
Eu não curto romance policial, mas gostei de saber que é uma detetive.
É bem legal ver outros estilos na nossa literatura.
Beijos
Olá, sem dúvidas a autora possui o conhecimento necessário para escrever livros do gênero, e isso se concretiza pela construção satisfatória tanto desta obra como da anterior. Contudo, em alguns pontos da trama parece haver uma lentidão que contrasta bastante com os outros pontos ágeis da estrita de Krumenauer. Lentidão essa que teria sido minimizada caso houvesse um aprofundamento da investigação em curso. Beijos.
ResponderExcluirOi, Nardonio
ResponderExcluirAdoro romance policial.
Só não gostei da detetive ter tudo bem na sua mão, sem precisar ir atrás das coisas.
Gostei da capa, espero um dia conhecer a escrita da autora. Estou precisando ler mais livros nacionais.
Obrigada pela dica, beijos!
Eu ainda não tive contato com a escrita da autora, mas como já tinha conferido a resenha do outro livro, já estava bem curioso para conhecê-la. Acho legal os livros terem essas diferenças, afinal nada pior que que os autores repetirem as mesma fórmula de sucesso do livro anterior, mudando somente alguns detalhes. Gostei desse formato de narrativa, bem interessante. Quero ler esse também.
ResponderExcluirEsqueci de dizer: A capa é mesmo incrível, eu adorei.
ExcluirOlá! Embora o enredo pareça ser bastante fluído, e eu goste bastante desses mistérios que envolvem a trama, acho complicado quando não conseguimos torcer por nenhum dos personagens apresentado na história.
ResponderExcluirOi Nardonio!
ResponderExcluirAdorei conhecer esse livro, pelas suas palavras é uma leitura que vale a pena ser conhecida em cada detalhe do enredo.
Espero ler em breve.
Bjs!
Olá!
ResponderExcluirO livro tem uma premissa ótima e uma historia bem envolvente. Não tinha conhecimento sobre o livro e nem da autora mais adorei muito poder conhecer mais sobre esse magnifico livro..
Meu blog:
Tempos Literários
Dom!
ResponderExcluirQue delícia é ´pder ler um livro policial bem escrito.
Gostei de saber aque a autora deu uma inovação, trazendo o crime já completo, apenas para descobrir como tudo transcorreu.
Uma boa semaninha!
“O passado é uma cortina de vidro. Felizes os que observam o passado para poder caminhar no futuro.”(Augusto Cury)
cheirinhos
Rudy
Oi, Nardonio!!
ResponderExcluirLembro que quando li a sua resenha sobre A Máscara de Flandres no mês passado fiquei bem curiosa sobre essa escritora brasileira a Cristiane Krumenauer, principalmente por que gosto bastante de livros com investigação policial e suspense. E mais uma vez nos traz um livro da autora e já fiquei mais uma vez curiosa sobre esse livro e sobre o que aconteceu com a garotinha.
Bjos
Eu amo nacionais. Não lido muito bem com histórias que têm vários narradores, acharia ainda mais confuso oscilando em primeira e terceira pessoa.
ResponderExcluirPorém, é um gênero que me agrada e, embora aparentemente as respostas tenham surgido muito facilmente para a protagonista, quero conhecer a história.
Estou amando a qualidade de nossos nacionais,esse mês li um ótimo e já estou começando outro,amei a resenha me interessei muito por esse livro,vou anotar essa dica de romance policial.
ResponderExcluirA proposta do livro Até que é interessante mas não me sentir conectada de primeira com história Eu até queria por causa da sua resenha e pela sinopse do livro mas é uma coisa realmente que não bateu com urgência de ser lida
ResponderExcluirUm romance policial e ainda por cima nacional?! Já quero!
ResponderExcluirPena que os personagens não te conquistaram e não te fizeram torcer por eles, mas vou arriscar a leitura de O preço de uma vida sim, quem sabe eu acabe apreciando a leitura?!
Abraços, valeu pela dica!