Ed. Best Seller, 2018 - 160 páginas |
- "O relato surpreendente de uma menina síria em meio aos horrores da guerra.
Aos 3 anos de idade, Bana Alabed tinha uma infância feliz que foi interrompida abruptamente por uma guerra civil. Durante os quatro anos seguintes, Bana viveu em meio a bombardeios, destruição e medo. Sua provação angustiante culminou em um cerco brutal em que ela, seus pais e os dois irmãos mais novos ficaram presos em Aleppo, com pouco acesso a comida, água, medicamentos e outras necessidades básicas. Com o potencial revolucionário da Internet, Bana, em um gesto simples, mas inédito, usou o Twitter para pedir paz e mobilizar pessoas ao redor do mundo pelo mesmo intuito. Contendo palavras da própria Bana e cartas comoventes de sua mãe, Fatemah, Querido Mundo não é apenas um relato envolvente de uma família ameaçada pela guerra ― o livro oferece, também, uma perspectiva única sobre uma das maiores crises humanitárias da história, vista pelos olhos de uma criança."
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O que o ser humano realmente é? Essa pergunta ecoa na minha mente o tempo todo, e acredito que em muitas pessoas também. É extremamente impossível pensarmos que alguém venha cometer algo horrível com outra pessoa, pelo simples fato de que ao pensarmos tal atrocidade imediatamente pensamos que isso nunca aconteceria, pois naquele momento nos colocamos no lugar do outro e sentimos por dentro que aquilo seria repugnante, devastador, horrível. E por pensarmos assim, deveríamos nunca cometer nada, sempre se colocando no lugar de outrem, mas porque sempre nos deparamos com notícias desastrosas na tv ou nos jornais?
O livro de hoje retrata uma história verídica, onde por alguns dias pude sentir na pele a vergonha de ser um “ser humano”, por fazer parte de um ser que destrói e mata apenas para inflar um ego egoísta e decadente. Acompanhem agora minha crítica a Querido Mundo, livro escrito por uma garotinha de 7 anos chamada Bana Alabed!
O enredo contará sobre a guerra da Síria, bom, pelo menos pelo ponto de vista de uma garotinha inocente que teve sua ingenuidade e infância roubadas! Basicamente isso, mas a olhos atentos esse livro se transforma num alerta, um pedido de socorro, uma narrativa real que jamais deverá ser repetida, e que precisamos urgentemente conviver em paz, buscar algo que nos faça sempre feliz e não infelizes!
Com delicadeza e simpatia, Bana vai tecendo seus dias durante a guerra, mesmo sem entender direito quando todos lhe explicavam o que os caras maus estavam fazendo, e com isso ela tentava sempre permanecer viva, atenta e pronta para se defender das bombas correndo para o abrigo ou para debaixo de uma mesa.
Uma criança “normal” saberia dizer qual o melhor brinquedo do momento, ou qual barbie o papai e a mamãe deveriam comprar naquele mês de lançamento, mas Bana não. Ela saberia sim dizer os diferentes tipos de bombas existentes apenas pelo som delas caindo e explodindo no chão com maestria, como se houvesse lido um texto instrutivo e decorado para si.
Seu direito de ser criança havia sido arrancado e nunca pode ter uma vida como as de outras crianças no mundo. E fica cada vez mais difícil de pensar quando analisamos que isso acontece ainda nos dias de hoje, em pelo século XXI. A sensação que tenho é que não aprendemos nada com o passado e com isso, tudo se repete, como se andássemos em círculos.
Os personagens aqui não são fictícios, são reais, então quando lia temia pela vida de cada um. Ficava com medo de algo bem pior vir acontecer com os familiares de Bana. Chorei em algumas partes e a história ainda continua viva na minha mente e será muito difícil de esquecê-la. Além de lidar com tudo a sua volta, Bana ainda teve que aprender certas aflições da vida muito cedo.
O livro ainda é narrado pela mãe de Bana, mas só de vez em quando para abrir umas aspas e a mão poder colocar seu ponto de vista em certas partes que a filha havia escrito. Com isso conseguimos ter uma aproximação ainda maior com toda a história e fica algo completo, fechado.
O livro é maravilhoso, pois além de destruição, que é algo horrível, ele também traz o sentimento de esperança, fé, amor, que são elementos essenciais para uma boa convivência, e era isso que revigorava a leitura, pois torcia muito pela sua família.
É um livro encantador que todos deveriam ler. Repensem sobre nossos atos e a partir disso poderemos construir um futuro melhor!
O livro de hoje retrata uma história verídica, onde por alguns dias pude sentir na pele a vergonha de ser um “ser humano”, por fazer parte de um ser que destrói e mata apenas para inflar um ego egoísta e decadente. Acompanhem agora minha crítica a Querido Mundo, livro escrito por uma garotinha de 7 anos chamada Bana Alabed!
“Nunca pensei que você não poderia ir à escola, porque todas as escolas seriam destruídas. Nunca me ocorreu que em vez de nos sentarmos à mesa para fazer o dever de casa, estaríamos agachadas debaixo dela enquanto bombas caíam à nossa volta. Ou que já no seu quarto aniversário, a sua infância– a infância segura, feliz e tranquila que toda mãe sonha para seus filhos– irromperia em um pesadelo.”
O enredo contará sobre a guerra da Síria, bom, pelo menos pelo ponto de vista de uma garotinha inocente que teve sua ingenuidade e infância roubadas! Basicamente isso, mas a olhos atentos esse livro se transforma num alerta, um pedido de socorro, uma narrativa real que jamais deverá ser repetida, e que precisamos urgentemente conviver em paz, buscar algo que nos faça sempre feliz e não infelizes!
Com delicadeza e simpatia, Bana vai tecendo seus dias durante a guerra, mesmo sem entender direito quando todos lhe explicavam o que os caras maus estavam fazendo, e com isso ela tentava sempre permanecer viva, atenta e pronta para se defender das bombas correndo para o abrigo ou para debaixo de uma mesa.
Uma criança “normal” saberia dizer qual o melhor brinquedo do momento, ou qual barbie o papai e a mamãe deveriam comprar naquele mês de lançamento, mas Bana não. Ela saberia sim dizer os diferentes tipos de bombas existentes apenas pelo som delas caindo e explodindo no chão com maestria, como se houvesse lido um texto instrutivo e decorado para si.
“Se você nunca esteve em uma guerra, poderá pensar que só existe um tipo de bomba. Mas na verdade, há muitos tipos diferentes. Aprendi rapidamente o que todas elas são porque eu aprendo rápido. Uma maneira de saber a diferença entre as bombas é pelo barulho que elas fazem. Uma emite um guincho logo e alto como um assobio e depois faz um grande bum. Uma é como o motor de um carro que está acelerando, vrum, vrum, e depois faz bum. [...]”
Seu direito de ser criança havia sido arrancado e nunca pode ter uma vida como as de outras crianças no mundo. E fica cada vez mais difícil de pensar quando analisamos que isso acontece ainda nos dias de hoje, em pelo século XXI. A sensação que tenho é que não aprendemos nada com o passado e com isso, tudo se repete, como se andássemos em círculos.
Os personagens aqui não são fictícios, são reais, então quando lia temia pela vida de cada um. Ficava com medo de algo bem pior vir acontecer com os familiares de Bana. Chorei em algumas partes e a história ainda continua viva na minha mente e será muito difícil de esquecê-la. Além de lidar com tudo a sua volta, Bana ainda teve que aprender certas aflições da vida muito cedo.
“Mas mamãe estava tremendo. Ela estava pálida e parecia muito cansada. Ela ficou deitada com Baba no chão do porão e chorou. Mamãe não chorava muito, mas quando ela chorava, eu também chorava, automaticamente, como se nossas lágrimas fosses as mesmas. O pior sentimento do mundo era ver a mamãe abalada.”
O livro ainda é narrado pela mãe de Bana, mas só de vez em quando para abrir umas aspas e a mão poder colocar seu ponto de vista em certas partes que a filha havia escrito. Com isso conseguimos ter uma aproximação ainda maior com toda a história e fica algo completo, fechado.
O livro é maravilhoso, pois além de destruição, que é algo horrível, ele também traz o sentimento de esperança, fé, amor, que são elementos essenciais para uma boa convivência, e era isso que revigorava a leitura, pois torcia muito pela sua família.
É um livro encantador que todos deveriam ler. Repensem sobre nossos atos e a partir disso poderemos construir um futuro melhor!
Douglas Brandão
Geminiano, formado em Magistério e futuro professor de História. Mora na Bahia e louco por livros. Um pouco ciumento e orgulho. Fanático por Harry Potter e chegou a receber o apelido de "Vírgula" por sempre dar uma opinião ou comentário, porque sempre usa "Entretanto", "Contudo" e "Todavia" por ser sempre "Do Contra". Sincero ao extremo e venho para compartilhar meu gosto de leitura com vocês.
Cortesia do Grupo Editorial Record
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Oi, Douglas,
ResponderExcluirNão tenho o hábito de ler livros com essa temática, mas livros como esse chamam a atenção pela veracidade crua e real, e por serem demasiado em sentimentos.
Tenho namorado tanto este livro desde que o vi pela primeira vez! Aliás, acredito que desde O Diário de Anne Frank, se criou um vínculo muito forte entre leitor e histórias de guerra.
ResponderExcluirMinha leitura do momento é O Diário de Myriam, também relatado por uma criança na guerra síria. Dolorido, mas que precisa sim, existir!
Por tudo que li acima, Bana não é apenas uma criança no meio da guerra,mas a menina que carrega tantos outros sobreviventes junto com ela. E é o que você mesmo falou, não há personagens neste enredo.
Espero de todo o meu coração, poder ter e ler este relato de dor e esperança em breve!!!
Beijo
Eu tenho muito interesse em livros que se passam em períodos de guerra, mas ainda não tive a chance de ler algo sobre a guerra na Síria.
ResponderExcluirFalta empatia, falta amor, falta olhar para o próximo sem julgamento.
Um livro sobre a guerra pela perspectiva de uma menina deve ser impactante; é triste ver a perda da inocência.
Beijos
Oi Douglas,
ResponderExcluirSempre que alguém falava em relatos sobre a guerra através de um livro, minha única referência era O Diário de Anne Frank, mas ela não foi a única a passar por isso. Existiram e existem muitas outras crianças e jovens que viveram a sua maior parte da vida em meio a bombardeios e perderam tudo. Claro que nem todas conseguiram escapar e puderam contar sua história. Esta é a primeira vez que vejo o nome de Bana e sei sobre o quanto essa garotinha é corajosa. Nem imagino como seja crescer em meio a guerra, principalmente quando se é criança. É uma pena ver a inocência ser interrompida por causa da estupidez e egoísmo dos adultos e dói não poder fazer nada para acabar com isso. Fiquei bem tocada com a história de Bana ainda mais por ser uma criança que foi privada de todos os seus direitos. Esse é o tipo de história que por mais triste que seja precisa ser contada.
Olá! É devastador ter que ler que uma criança de apenas sete anos já teve todas essas experiências terríveis, e isso tudo por conta do egoísmo e sede de poder do ser humano, realmente deve ser bem emocionante acompanhar os relatos na visão da Bana.
ResponderExcluirOlá, a obra parece exigir um pouco de pulso-firme para ser lida, visto que o tema retratado é complexo e delicado. A guerra sempre fez parte da humanidade, ainda que esta seja completamente incompatível com o senso comum de que os seres humanos são criaturas racionais. Essa obra consegue colocar essa proposição em evidência ao fazer com que o leitor reflita sobre a realidade, e isso partir de uma história verídica contada por uma criança, fato que torna a trama ao mesmo tempo forte e amarga. Beijos.
ResponderExcluirNossa Douglas!
ResponderExcluirDEve ser um livro tenso, intenso e bem triste.
Inimaginável crer que na atualidade, ainda existe tanta guerrra e o pior, por motivos banais... e ver a infância de uma criança ser 'roubada', tremendo absurdo.
Mesmo que o livro seja escrito com o olhar infantil, deve ser um livro 'pesado' de acompanhar.
“Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus.” (Salmos)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA OUTUBRO - 5 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Olá, Douglas
ResponderExcluirLivros assim só li O Diário de Anne Frank, mas tenho muita vontade de ler O Diário de Myriam e agora Querido Mundo. Ainda mais que Bana é mais nova do que Anne e Myriam.
Sei que deve ser uma leitura triste e que possa me sentir impotente, mas que vale muito para sempre me lembrar de ser uma pessoa melhor e fazer o bem ao próximo.
Beijos
O mundo, pelas atitudes humanas, também me assusta. Muitas coisas é difícil de acreditar que são reais de tão cruéis e sem sentido. Imagino que realmente o livro não seja uma leitura fácil, por mais maravilhoso que seja. Saber que cada detalhe realmente aconteceu e que os personagens são reais faz doer ainda mais dentro de nós. Dica anotada. É necessário enxergar o mundo como é para que possamos ter coragem de fazer algo para mudar essas crueldades que muitas vezes acontecem à nossa volta.
ResponderExcluirEvandro
Oi Douglas!
ResponderExcluirDesde que li uma resenha desse livro tenho me interessado ainda mais pela história, espero conseguir ler em breve, pois parece ser linda apesar de triste essa história.
Bjs!
Olá!
ResponderExcluirLivro que trás um historia de guerra e ainda uma criança como narradora é algo bem chocante porque podemos sentir o que ela está passando nesse momento, é uma criança que nem tem uma infância de verdade..Fiquei bem curiosa em conhecer mais sobre esse livro e tenho certeza que terá momentos de aperta o coração.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi, Douglas!
ResponderExcluirEu leio para fugir da minha realidade por pelo menos um tempo, por isso livros onde retrata as maldades que o ser humano é capaz de cometer uns com os outros e/ou livros sobre guerras não faz parte de minhas leituras, eu os evito sempre... por isso dificilmente eu leria Querido Mundo. Abraços!
Oi, Douglas!
ResponderExcluirJá tinha visto esse livro em alguns blogs, e todas as vezes fiquei bem interessada em fazer essa leitura. Fico imaginando o quanto essa menina sofreu e a sua família também. Sem dúvida esse é um livro que quero muito adquirir.
Bjos
Livros do tipo são tristes, porém necessários. Foram e ainda fazem parte de uma realidade. Eu gosto bastante de histórias com essa temática, fazem refletir e colocar nossos pés no chão. Não sabia sobre esse título, porém me interessou.
ResponderExcluirEu não gosto de livros com a temática de guerra,me incomoda muito porque não consigo não me envolver e ficar chateada,tenho muita empatia pelos personagens.
ResponderExcluirEu Fiquei agoniada já de imaginar como é se uma criança em meio a todo esse caos que está acontecendo Eu fiquei muito curiosa com o livro mas não sei se eu teria estômago dizer é realmente algo muito bruto para enfrentar
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