Ed. Suma De Letras, 2018 - 296 páginas |
- "O dr. Eric Sweetscent está em apuros. Seu planeta está enredado em uma guerra intergaláctica; sua esposa é letalmente viciada em uma poderosa droga com efeitos colaterais estranhos; e seu novo paciente não é apenas o homem mais importante da Terra, como talvez o mais doente. Em meio a uma crise interplanetária, onde nada é exatamente o que parece, Eric se torna o médico pessoal do secretário geral Gino Molinari, que transformou suas misteriosas doenças em um instrumento político — e Eric já não sabe se seu trabalho é curá-lo ou apenas mantê-lo vivo."
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Quando falamos sobre ficção científica, sou sobre distopias, é muito provável que o nome Philip K Dick apareça na conversa. E não à toa: ao todo, foram 44 romances e 121 contos (uma média de um romance a cada sete meses e um conto a cada 81 dias, sem parar, por 27 anos).
Se você viu o filme Blade Runner 2049, lançado em 2017, e diz que não conhece o cara, veja bem meu amigo, você conhece sim, pois tanto esse filme quando seu original, o de 1982), foram derivados de seu livro ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS?, de 1982.
Na verdade, esta resenha não é sobre Blade Runner, e sim sobre Espere Agora pelo Ano Passado, o primeiro livro de PKD (para os íntimos) que eu tive a oportunidade de ler.
O livro, escrito em 1966, retrata o (agora não muito distante) futuro de 2054, em que a Terra se aliou ao planeta errado durante uma guerra intergaláctica que dura a tanto que nenhum dos dois lados sabe exatamente o motivo de a guerra começar. Neste livro, estamos presos em uma guerra desigual em que tudo o que resta a fazer é tentar perder da forma mais digna possível e sem tantos danos à nossa sociedade (impressão minha ou há algo de familiar nessa frase?)
Pois bem, nosso protagonista é o Dr. Erick Sweetscent, um cirurgião de artificiórgãos (é isso mesmo: ele basicamente ganha a vida substituindo órgãos velhos por novos quando estes entrem em colapso) que trabalha para um dos homens mais influentes do mundo.
Seu trabalho com Virgil Ackerman (que está esbanjando saúde aos 130 e poucos anos) propiciou a Erick tornar-se um dos médicos pessoais de Gino Molinari, o Dique (título dado ao líder máximo do nosso planeta). Só que Molinari é, talvez, o homem mais doente do planeta (quatro tipos diferentes de canceres encabeçam a lista da quantidade de doenças que quase o mataram e dos quais ele foi totalmente curado, fora a quantidade exorbitante de paradas cardíacas).
Confuso? Muito, mas calma que dá pra complicar ainda mais o nó na cabeça:
Erick é casado com Kathy, uma colecionadora de antiguidades que adora jogar na cara dele o quanto ele é passível em relação a ela: foi ela quem conseguiu o atual emprego para ele, foi por causa dela que ele jogou fora sua coleção de programas favoritos, o serviço dela tem mais prestígio e maior salário também (uma mocreia se querem saber), e para piorar ainda, ela é viciada nos mais diversos tipos de drogas.
Em uma trama de espionagem interplanetária, Kathy se vicia em uma droga de efeitos colaterais estranhos e mais viciante do que todas as outras drogas conhecidas em nosso mundo. O trato era que se ela desse a droga para Erick, eles entregariam o antídoto a ela.
E é isso que ela faz, e, por incrível que pareça, é somente ai, lá pelo capítulo cinco ou seis, é que a trama ganha a complexidade que leva o enredo até o final (sim, é muito louco).
O impossível e o inevitável se cruzam e se confundem, o futuro, assim como o presente, são realidades tênues e multifacetadas, capazes de confundir até o mais sensato dos homens (e dos leitores também, diga-se de passagem).
O livro é uma edição especial com capa dura e projeto gráfico arrojado.
Se você viu o filme Blade Runner 2049, lançado em 2017, e diz que não conhece o cara, veja bem meu amigo, você conhece sim, pois tanto esse filme quando seu original, o de 1982), foram derivados de seu livro ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS?, de 1982.
Na verdade, esta resenha não é sobre Blade Runner, e sim sobre Espere Agora pelo Ano Passado, o primeiro livro de PKD (para os íntimos) que eu tive a oportunidade de ler.
O livro, escrito em 1966, retrata o (agora não muito distante) futuro de 2054, em que a Terra se aliou ao planeta errado durante uma guerra intergaláctica que dura a tanto que nenhum dos dois lados sabe exatamente o motivo de a guerra começar. Neste livro, estamos presos em uma guerra desigual em que tudo o que resta a fazer é tentar perder da forma mais digna possível e sem tantos danos à nossa sociedade (impressão minha ou há algo de familiar nessa frase?)
Pois bem, nosso protagonista é o Dr. Erick Sweetscent, um cirurgião de artificiórgãos (é isso mesmo: ele basicamente ganha a vida substituindo órgãos velhos por novos quando estes entrem em colapso) que trabalha para um dos homens mais influentes do mundo.
Seu trabalho com Virgil Ackerman (que está esbanjando saúde aos 130 e poucos anos) propiciou a Erick tornar-se um dos médicos pessoais de Gino Molinari, o Dique (título dado ao líder máximo do nosso planeta). Só que Molinari é, talvez, o homem mais doente do planeta (quatro tipos diferentes de canceres encabeçam a lista da quantidade de doenças que quase o mataram e dos quais ele foi totalmente curado, fora a quantidade exorbitante de paradas cardíacas).
Confuso? Muito, mas calma que dá pra complicar ainda mais o nó na cabeça:
Erick é casado com Kathy, uma colecionadora de antiguidades que adora jogar na cara dele o quanto ele é passível em relação a ela: foi ela quem conseguiu o atual emprego para ele, foi por causa dela que ele jogou fora sua coleção de programas favoritos, o serviço dela tem mais prestígio e maior salário também (uma mocreia se querem saber), e para piorar ainda, ela é viciada nos mais diversos tipos de drogas.
Em uma trama de espionagem interplanetária, Kathy se vicia em uma droga de efeitos colaterais estranhos e mais viciante do que todas as outras drogas conhecidas em nosso mundo. O trato era que se ela desse a droga para Erick, eles entregariam o antídoto a ela.
E é isso que ela faz, e, por incrível que pareça, é somente ai, lá pelo capítulo cinco ou seis, é que a trama ganha a complexidade que leva o enredo até o final (sim, é muito louco).
O impossível e o inevitável se cruzam e se confundem, o futuro, assim como o presente, são realidades tênues e multifacetadas, capazes de confundir até o mais sensato dos homens (e dos leitores também, diga-se de passagem).
“Talvez, no fim das contas, eu e ele sejamos compatriotas. Talvez, eu possa assumir meu lugar no mundo ao lado dele, fazer o que ele faz, lutar como ele luta; sempre que for necessário, e ainda um pouco mais, pelo simples prazer de lutar. Pela alegria. Como era a intenção de tudo no princípio, anterior a qualquer tempo ou qualquer condição que eu possa compreender, ou considerar minha, ou vir a conquistar.”
O livro é uma edição especial com capa dura e projeto gráfico arrojado.
Luíza Thereza
Capixaba de coração e de nascença, Bacharel em Administração e apaixonada pela literatura desde o primeiro "Era uma vez". Fã incondicional da fantasia e apreciadora inveterada dos romances, os autores Anne Rice, J. K. Rowling e J. R. R, Tolkien ocupam um lugar especial em minha estante.
Cortesia do Grupo Companhia das Letras
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Oi, Luíza,
ResponderExcluirTodo esse cenário desenhado pelo autor mexe com o imaginário do leitor - ampliando o campo de visão -, visto que há muitos detalhes englobados.
Eu costumo afirmar na minha ignorância, que para ler e entender um pouco do que o Mestre Dick diz, é preciso ter cérebro!rs
ResponderExcluirFicção científica não é para mim, apesar de adorar descobrir coisas,mas sei lá, é complexidade demais pro meu pouco cérebro.
Acabo sempre me perdendo.
Já li algumas obras do autor e ele é majestoso em construir seus cenários utópicos e ao mesmo tempo, destrutivos.
Isso de sempre cutucar a sociedade também é algo único dele e oh, sempre atual.
Ainda não puder ler este livro,mas com certeza, mesmo sabendo que não vou entender muita coisa, morro de vontade ter!
Beijo
Olá, já conferi muita adaptações de livros do autor, porém ainda não tive o prazer de conhecer a sua escrita. Olhando o enredo da obra e a data de publicação da mesma é possível concluir que Dick era uma escritor à frente de seu tempo, que possuía uma mente brilhante. É impossível não ficar com vontade de ler uma obra tão rica em detalhes e que não falha em entregar
ResponderExcluiruma ficção científica que mexe com o nosso imaginário e causa reflexão.
Olá! Realmente o livro parece ser bem confuso, confesso que não costumo ler ficção científica, justamente por isso, são muitos cenários e teorias para acompanhar, esse livro parece ser lindo (adoro livros de capa dura), mas ainda não sei se o leria.
ResponderExcluirNão gosto de livros com essa temática,mas não descarto a possibilidade de algum dia chegar a ler,ainda estou inclinada a ler livros com temas mais cotidianos...
ResponderExcluirMe sinto envergonhada em dizer que não conheço o cara, ainda mais pelo fato de ter uma carreira consolidada.
ResponderExcluirMas não sou fã de ficção científica,talvez seja por isso.
É bem confuso mesmo, e confesso que a história no geral não me chama atenção.
Beijos
Olá Luíza!
ResponderExcluirNunca ouvi falar de Philip ou de suas obras. Em minha defesa isso se deve ao fato de eu não gostar muito de ficção científica. O autor faz com o que leitor utilize de muita criatividade para imaginar esse universo inusitado. Muitas situações se assemelham a nossa realidade, como o uso indiscriminado de drogas e essa doença devastadora que é o câncer. Esse fato torna o livro ainda mais atrativo para os fãs do gênero.
Beijos
Oi Luíza,
ResponderExcluirTenho visto e ouvido muito as pessoas comentando sobre esse autor! Antes não tinha visto nada, mas no meio desse ano vi uma pessoa elogiando super, e depois várias pessoas comentando. Quero ler qualquer coisa dele, pra saber se ele é tão bom quanto falam.
Olá, Luíza
ResponderExcluirAssisti ao filme, mas ainda não li nenhum livro do autor.
Li várias resenhas de alguns de seus livros, mas a sua resenha me trouxe uns detalhes que não conhecia dessa trama.
Tenho muita vontade de começar a ler os livros de PKD porque ele era a frente do seu tempo e suas tramas fazem refletir.
Beijos
Oi, Luíza!!
ResponderExcluirGosto muito de livros de ficção científica mas ainda não li nada do Philip K. Dick, achei bem interessante o autor ter escrito esse livro em 1966 e até hoje é um livro com uma história que prende e instiga o leitor. Espero ter oportunidade de adquirir esse e mais livros do PKD.
Bjos
Oi Luíza,
ResponderExcluirSe tem um autor super famoso que ainda não conheço, mas curiosidade não me falta é Philip K. Dick. O fato do autor escrever muita ficção científica e este ser um gênero que não o habito de ler, talvez seja um dos fatores que contribuem para eu ainda não ter dado uma chance as suas obras. Espere Agora pelo Ano Passado tem uma premissa confusa e bem complexa, características do gênero e, provavelmente, do autor. Imaginar o futuro é algo que muitos escritores fizerem no século passado, mas um certo atrativo na obra de Philip K. Dick que faz com que essa história tenha seus destaques. Interessante que nosso planeta se envolve em uma guerra e ainda não sabe escolher o melhor aliado, ao analisarmos essa questão é quase como se não aprendêssemos com nossos erros nem no futuro. Acho que é aquele tipo de livro que mesmo sendo escrito a muito tempo atrás e representado um futuro distante, podemos comparar muitos elementos com a nossa real atualidade e isso assusta um pouco.
Oi Luíza,
ResponderExcluirJá ouvi falar sobre Philip K. Dick, vi alguns episódios do seriado Eletric Dreams, que é baseado em suas obras.
O Blade Runner 2049 ainda não vi, mas pretendo.
Pela resenha é uma história bem maluca, gosto de coisas nonsense, o título chamou minha atenção.
Oi, Luíza!
ResponderExcluirNão curto ficção científica, provavelmente por isso nunca ouvi falar sobre Philip K Dick, ou sobre o filme Blade Runner, e não me interessei pela trama de Espere Agora pelo Ano Passado, só de ler os detalhes da história em sua resenha eu fiquei confusa, imagine então se eu fosse ler o livro?! rsrs. Definitivamente esde livro não é pra mim... Abraços!
Eu até curto ficção científica e hoje mesmo eu estava debatendo sobre esse autor o Philip k dick e mesmo ele tendo escritos vários livros bons eu tenho perdido a vibe que eu sentia em ler livros de ficção científica então não acho que esse vai ser o momento que eu vá voltar a ler os livros dele
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