Ed. Rocco, 2018 - 592 páginas |
- "Unindo ampla pesquisa histórica com imaginação vívida e descrições precisas, o norte-americano Noah Gordon conta os primórdios da medicina neste romance histórico magistral, um clássico de enorme sucesso que há anos recebe reimpressões sucessivas no catálogo da Rocco e chega agora às livrarias em nova edição, com capa dura e novo projeto gráfico. O protagonista é Robert Jeremy Cole, um homem com o dom quase místico da cura e com uma paixão: aprimorar seus conhecimentos da ainda incipiente medicina. Obcecado em contrariar as forças da morte e da doença na Inglaterra do século XI, Cole abandona o obscurantismo da Europa medieval rumo ao esplendor do Oriente, onde despontam as primeiras descobertas dessa ciência fascinante que teima em desafiar Deus."
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A incansável busca pelo saber
A “medicina é um sacerdócio”. Com essa frase em mente e por tudo o que ela representa, iniciei a leitura deste livro repleto de expectativas. Assim como no clássico “O perfume” de Patrick Süskind, pude sentir toda a gama sinestésica: o aroma das ruas, a pulsação da turba, desejos, sons e cores, descrições precisas às quais imergimos. Uma aula de escrita de um texto descritivo por excelência.
Há tempos aguardo a leitura de O físico (Rocco, 592 páginas) de Noah Gordon, especialista (ou deveria dizer “mágico”) dos romances históricos. A história medieval sempre me encantou, mas como seria a vida de um médico nessa época?
Antes preciso fazer um parêntese quanto à primeira tradução do título que em inglês é The physician e ficou “O físico”, quando na verdade deveria ser “O médico”. Sabe-se lá por que cargas d’água resolveram traduzir dessa forma, mas acabou ficando conhecido no Brasil com esse título.
Polêmicas à parte, este livro é para se ler chorando. Como seria exercer a cura no Século XI? Em plena Idade das Trevas a Igreja detinha o monopólio do saber e contrariá-la poderia ser um caminho sem volta. Para se ter uma ideia não se poderia abrir o corpo humano para estudar (contra as leis divinas), era preciso abrir um porco e acreditar que o mesmo era idêntico a um corpo humano.
O início do livro é avassalador. De cara somos apresentados à criança Robert Cole, personagem principal perfeitamente construído e caracterizado. Ele cuida dos irmãos mais novos e por uma trapaça do destino se vê órfão. Cada um de seus irmãos é dado à adoção e ele, por último e quase sem esperanças, é adotado por um barbeiro-cirurgião, profissional que aprendia o ofício na prática, efetuando pequenas cirurgias, amputações, sangrias (sem anestesia, pois ela ainda não existia), além de vender remédios que mais pareciam poções mágicas (puro charlatanismo, porque era dessa forma que ganhavam dinheiro). Torna-se seu aprendiz.
Seria hilário se não fosse trágico e tremendamente triste. Com um suposto anestésico como esse a morte seria muito bem vinda. Logicamente que a Igreja não via com bons olhos esta prática, pois só a religião poderia oferecer alívio para o sofrimento, todo o resto era coisa do demônio, bruxaria, pecado.
Robert cresce ao lado do barbeiro-cirurgião, Barber, e aprende com ele tudo o que é preciso para sobreviver sem ser considerado um herege e sem chamar a atenção da Igreja, pois isso poderia significar a pena de morte. Passa a ajudar nas consultas e é a partir daí que sente o desejo de amenizar o sofrimento das pessoas. O grande problema é que Robert possui um “dom”, ele pode sentir a morte chegando apenas tocando o paciente.
Isso quase o faz desistir da profissão, ele acredita ter sido tocado pelo demônio. O obscurantismo da Idade Média, influência dos religiosos, tinha como objetivo privar o povo de todo e qualquer conhecimento, assim ficaria mais fácil de manobrar. A ignorância é o grande mal do período, sendo que o povo passa a enxergar demônios em tudo que não se explica.
Com o tempo, Robert volta a atuar junto a quem o acolheu. Até que um dia entra em sua barraca alguém que não consegue enxergar. O barbeiro-cirurgião Barber diz a Robert que o mal que aflige o paciente está além de seu conhecimento. Porém, ao sair de sua barraca o paciente é detido por alguém que lhe oferece ajuda, diz que pode curá-lo. E tudo muda na vida de Robert Cole.
Estando novamente sozinho no mundo, Robert é desaconselhado pelo indivíduo que curou o paciente que não enxergava a seguir a medicina. O tal indivíduo era judeu e na escola em que ele havia estudado só aceitavam judeus, ainda assim não era uma boa escola. Robert insiste e ele lhe diz que há um lugar em que se formavam verdadeiros médicos, mas a viagem é longa e provavelmente não o aceitariam lá, já que o mesmo é cristão e a escola é muçulmana, berço de uma civilização voltada para o conhecimento, assim como Bagdá.
Robert resolve se fingir de judeu e parte para o outro lado do mundo conhecido, a Pérsia, local completamente diferente da Europa medieval. Não sem antes passar por inúmeros percalços durante a viagem – ladrões violentos e assassinos, privações diversas e o mais poderoso dos sentimentos, o “amor”.
Nada consegue detê-lo e ao chegar na Pérsia ele conhecerá Ibn Sina (um personagem famoso e que realmente existiu, procure por Avicena) e será aceito como seu pupilo. O grande problema é que a Pérsia, o oriente misterioso, é um universo completamente estranho a Cole que é ocidental e ele ainda se finge passar por judeu e judeu na Idade Média era acusado e perseguido por qualquer coisa. Começa um novo calvário para Robert Cole, que se contrapõe aos colegas invejosos que querem humilhá-lo e a um Xá egoísta de poderes ilimitados que o trata como escravo.
Este livro tem mais de 30 anos e continuará emocionando pessoas por todos os anos à frente porque é atemporal, maravilhoso. Não há superlativos que consiga explicar. Quero ler os outros dois livros que continuam esta saga e quero pra ontem.
Neste carrossel de emoções conflitantes sofri, sorri e chorei, ainda me encontro impactado pelas cenas deste livro e assombrado pelo passamento de tantas personagens cativantes. Sim, porque a vida ruma inexoravelmente rumo ao desconhecido. Então por que devemos “aprender” se o final de tudo é a morte?
Enfim, cada um poderá descobrir sua resposta. A minha é que se pudermos minimizar o sofrimento de qualquer indivíduo, seja física ou emocionalmente, estaremos abrindo nosso coração e isso nos deixará mais felizes. Dessa forma entraremos em contato com algo mais puro, algo que todos querem alcançar, que é a paz de espírito e a alegria de ter ajudado. Indo um pouco mais além podemos acrescentar filosoficamente: qual é o grande sentido da vida? É preciso que cada um construa seu próprio significado – e talvez, eu disse talvez, estar vivo seja o sentido.
Robert Cole tinha o sonho de “tocar a fimbria do manto” de Ibn Sina, um ato de respeito e submissão. Ele não se deixou abater pelos obstáculos, porque o sonho não tem peso, não tem dimensão, ele apenas está lá para ser vivido. Enfrentou o cristianismo, o judaísmo e por fim o islamismo para se tornar médico.
Bebi este livro até a última gota e a embriaguez me fez um bem danado. Super recomendado!
A “medicina é um sacerdócio”. Com essa frase em mente e por tudo o que ela representa, iniciei a leitura deste livro repleto de expectativas. Assim como no clássico “O perfume” de Patrick Süskind, pude sentir toda a gama sinestésica: o aroma das ruas, a pulsação da turba, desejos, sons e cores, descrições precisas às quais imergimos. Uma aula de escrita de um texto descritivo por excelência.
Há tempos aguardo a leitura de O físico (Rocco, 592 páginas) de Noah Gordon, especialista (ou deveria dizer “mágico”) dos romances históricos. A história medieval sempre me encantou, mas como seria a vida de um médico nessa época?
Antes preciso fazer um parêntese quanto à primeira tradução do título que em inglês é The physician e ficou “O físico”, quando na verdade deveria ser “O médico”. Sabe-se lá por que cargas d’água resolveram traduzir dessa forma, mas acabou ficando conhecido no Brasil com esse título.
Polêmicas à parte, este livro é para se ler chorando. Como seria exercer a cura no Século XI? Em plena Idade das Trevas a Igreja detinha o monopólio do saber e contrariá-la poderia ser um caminho sem volta. Para se ter uma ideia não se poderia abrir o corpo humano para estudar (contra as leis divinas), era preciso abrir um porco e acreditar que o mesmo era idêntico a um corpo humano.
“Pessoas dignas de crédito dizem que o Anno Domini 1021, o ano da oitava gravidez de Agnes Cole, pertenceu a Satã. Foi um ano marcado por calamidades para o povo e monstruosidades da natureza. No outono, anterior, as colheitas nos campos foram queimadas pelas geadas intensas que congelaram os rios. Choveu como nunca antes, e com o descongelamento rápido o Tâmisa encheu e arrastou na sua corrente pontes e casas. Estrelas caíram, riscando de luz o céu ventoso de inverno, e foi visto um cometa. Em fevereiro a terra tremeu. Um relâmpago atingiu a cabeça de um crucifixo e os homens murmuraram que Cristo e seus santos estavam dormindo. Contavam que durante três dias jorrara sangue de uma fonte, e viajantes diziam que o demônio tinha aparecido em bosques e em lugares secretos.”
Cena do Filme "O físico" - o órfão Robert Cole |
“Tome carne de carneiro. Retire toda a gordura e corte em pedaços grandes, empilhando os pedaços cortados sobre e em volta de uma boa quantidade de sementes de meimendro negro torradas. Coloque numa vasilha de barro sob uma pilha de esterco de cavalo até aparecerem os vermes. Coloque então os vermes num vidro até ficarem secos. Uso: tome duas partes desses vermes e uma parte de ópio em pó e instile no nariz do paciente.”
Seria hilário se não fosse trágico e tremendamente triste. Com um suposto anestésico como esse a morte seria muito bem vinda. Logicamente que a Igreja não via com bons olhos esta prática, pois só a religião poderia oferecer alívio para o sofrimento, todo o resto era coisa do demônio, bruxaria, pecado.
Cena do filme "O físico" - Robert Cole e o barbeiro-cirurgião Barber |
“Rob segurou a mão do tropeiro. O homem parecia um saco de areia com um buraco na parte de baixo; ele sentiu a vida se esvaindo. Agachado ao lado do tropeiro, segurou a mão dele até não sobrar areia no saco, e a alma de Vitus, com um farfalhar áspero de folha seca, simplesmente foi soprada para longe.”
Isso quase o faz desistir da profissão, ele acredita ter sido tocado pelo demônio. O obscurantismo da Idade Média, influência dos religiosos, tinha como objetivo privar o povo de todo e qualquer conhecimento, assim ficaria mais fácil de manobrar. A ignorância é o grande mal do período, sendo que o povo passa a enxergar demônios em tudo que não se explica.
Com o tempo, Robert volta a atuar junto a quem o acolheu. Até que um dia entra em sua barraca alguém que não consegue enxergar. O barbeiro-cirurgião Barber diz a Robert que o mal que aflige o paciente está além de seu conhecimento. Porém, ao sair de sua barraca o paciente é detido por alguém que lhe oferece ajuda, diz que pode curá-lo. E tudo muda na vida de Robert Cole.
“Segurar a alma humana na palma da mão como um cascalho. Sentir um ser humano fugindo da vida, mas por seus atos trazê-lo de volta! Nem um rei tinha tanto poder.
Escolhido.
Poderia aprender mais? Quanto se poderia aprender? Como seria, perguntava a si mesmo, aprender tudo o que tinham para ensinar?
Pela primeira vez, reconheceu no seu íntimo o desejo de ser médico.”
Estando novamente sozinho no mundo, Robert é desaconselhado pelo indivíduo que curou o paciente que não enxergava a seguir a medicina. O tal indivíduo era judeu e na escola em que ele havia estudado só aceitavam judeus, ainda assim não era uma boa escola. Robert insiste e ele lhe diz que há um lugar em que se formavam verdadeiros médicos, mas a viagem é longa e provavelmente não o aceitariam lá, já que o mesmo é cristão e a escola é muçulmana, berço de uma civilização voltada para o conhecimento, assim como Bagdá.
Robert resolve se fingir de judeu e parte para o outro lado do mundo conhecido, a Pérsia, local completamente diferente da Europa medieval. Não sem antes passar por inúmeros percalços durante a viagem – ladrões violentos e assassinos, privações diversas e o mais poderoso dos sentimentos, o “amor”.
Cena do filme "O físico" - Robert Cole junto ao mestre Ibn Sina |
“No meio do caminho Rob parou, sentou num muro baixo e contemplou aquela cidade estranha, onde tudo era proibido pelo Qu’ran e cometido pelo povo. Um homem podia ter quatro mulheres mas muitos mostravam-se dispostos a arriscar a vida para dormir com as mulheres dos outros, enquanto Ala Xá fodia quem ele bem entendesse. Tomar vinho era proibido pelo Profeta e considerado pecado, mas havia uma avidez nacional por vinho, grande parte do povo bebia demais, e o Xá era dono de uma enorme adega com ótimas safras.”
Este livro tem mais de 30 anos e continuará emocionando pessoas por todos os anos à frente porque é atemporal, maravilhoso. Não há superlativos que consiga explicar. Quero ler os outros dois livros que continuam esta saga e quero pra ontem.
Neste carrossel de emoções conflitantes sofri, sorri e chorei, ainda me encontro impactado pelas cenas deste livro e assombrado pelo passamento de tantas personagens cativantes. Sim, porque a vida ruma inexoravelmente rumo ao desconhecido. Então por que devemos “aprender” se o final de tudo é a morte?
“– Mestre – perguntou Rob com amargura –, por que, apesar de tudo que um médico pode fazer, ele não passa de uma folha no vento, e o poder verdadeiro está só nas mãos de Alá?”
Enfim, cada um poderá descobrir sua resposta. A minha é que se pudermos minimizar o sofrimento de qualquer indivíduo, seja física ou emocionalmente, estaremos abrindo nosso coração e isso nos deixará mais felizes. Dessa forma entraremos em contato com algo mais puro, algo que todos querem alcançar, que é a paz de espírito e a alegria de ter ajudado. Indo um pouco mais além podemos acrescentar filosoficamente: qual é o grande sentido da vida? É preciso que cada um construa seu próprio significado – e talvez, eu disse talvez, estar vivo seja o sentido.
Robert Cole tinha o sonho de “tocar a fimbria do manto” de Ibn Sina, um ato de respeito e submissão. Ele não se deixou abater pelos obstáculos, porque o sonho não tem peso, não tem dimensão, ele apenas está lá para ser vivido. Enfrentou o cristianismo, o judaísmo e por fim o islamismo para se tornar médico.
Bebi este livro até a última gota e a embriaguez me fez um bem danado. Super recomendado!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
Cortesia da Editora Rocco
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
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Oi, Rodolfo,
ResponderExcluirVemos o claro exemplo de que essa junção de elementos - desde o período histórico até questões religiosas - utilizados pelo autor foi uma boa fórmula aplicada e super bem desenvolvida nas mãos do mesmo.
Se esse livro surtiu todo esse efeito em ti (provocando várias emoções), é porque certamente tem algo de especial nele.
Oi, Rodolfo,
ResponderExcluirVemos o claro exemplo de que essa junção de elementos - desde o período histórico até questões religiosas - utilizados pelo autor foi uma boa fórmula aplicada e super bem desenvolvida nas mãos do mesmo.
Se esse livro surtiu todo esse efeito em ti (provocando várias emoções), é porque certamente tem algo de especial nele.
cara Daiane, é de nos deixar perplexos. ainda estou sob encantamento quanto a este livro. é mais que recomendado.
ExcluirQue resenha ímpar!!! Acabei lendo O Perfume há tempos e foi sem sombra de dúvidas, uma leitura para ser levada para o resto da vida. Ah, o filme também é primoroso!
ResponderExcluirO Físico eu acabei vendo somente a adaptação ainda e está sem sombra de dúvidas, entre os melhores filmes do mundo.
Uma história comovente, indagativa e por si só, única!
Agora lendo a resenha do livro, a gente se perde em cenários de sonhos e ao mesmo tempo, de dores, de angústias e desta briga entre ciência e religião que sempre existiram.
Com certeza, espero ler a obra e rever o filme também!
Beijo
cara Flor, se você leu "O perfume" então sabe bem o que eu disse na resenha. não assisti ao filme "o físico" e estou cheio de reservas por causa dos comentários pouco abonadores, de qualquer forma vou levar suas palavras em consideração, claro!
Excluirnão deixe de ler este maravilhoso livro! bjos e obrigado!
Oi Rodolfo,
ResponderExcluirFiquei completamente louca para ler esse livro por causa da sua resenha! Incrível a maneira que você escreveu, me vi imersa na história mesmo sem ter pego no livor HAHAHA
Achei a história bem interessante, <3
cara Theresa, que legal ler isso menina. este é um livro maravilhoso, leia também e volte pra gente prosear mais uai. bjos e brigaduuuu!
ExcluirQue beleza de resenha, Rodolfo! Fica ainda mais bonita quando tem esse entusiasmo, essa vontade de divulgar e incentivar outros leitores a conhecer a obra. Senti esse impulso. A época histórica nao é a minha preferida, mas considerando todas as emoções que vc viveu, fico curiosa. Começarei pelo filme, embora sabendo que nao compreende tudo que o livro quer e pode passar. Me atormentam a ignorância e a barbárie da época, mas sendo bem realista, para o tanto caminhado já deveríamos ver certas coisas descritas como aberrações, não? Me entristece perceber que ainda ha tanta exploração da boa vontade dos mais humildes, tanta ambição desmedida e tanto abuso de poder séculos depois. Imagino mesmo quantas lagrimas de comoção, de surpresa e de constatação o leitor derramará nestas páginas. Quando vi a sinopse percebi o quanto este livro foi feito pra você. Lembrei daquele que fala da verdadeira história da medicina, que ja havia até esquecido, e conta de coisas terríveis que a humanidade teve que passar.
ResponderExcluirHa muito pra pensar e filosofar a respeito desta Leitura. Adoraria conversar.
Parabéns pelo encantamento colocado em cada observação. Adorei. 😍
cara Manuh, este é o primeiro livro de uma trilogia que chega até nossos dias. realmente as emoções são muitas e há períodos em que tudo nos deixa comovidos não é mesmo, acho que estou atravessando este. o filme não teve boa receptividade (deixo claro que não assisti, apenas li críticas), sem contar que acho que uma película apenas não conseguiria abarcar tanta história. há a exploração da ignorância sim, mas o que mais me deixou chocado foi o combate da igreja à ciência, o saber enclausurado, é de machucar o coração. quem sabe um dia você também não lê este belo livro pra gente ficar divagando. obrigado pelas palavras que sempre me encantam. bjos
ExcluirConfesso que não conhecia.
ResponderExcluirIniciei a resenha já pensando que não era o meu tipo de leitura, até descobrir que é um romance histórico e medieval, duas coisas que amo.
Fiquei interessada, mas não sei se seria uma leitura confortável pra mim, é forte abordar medicina e religião e encarar a realidade.
Gostei de saber sobre esse livro.
Beijos
cara Ludyanne, seja bem-vinda a uma praia que tb adooooro. tenho certeza que você navegará neste livro como naveguei: firme no leme e cheio de entusiasmo. vá por mim, leia também, você irá amar. bjos
ExcluirOlá, a obra com certeza apresenta uma excelência na descrição que cativa qualquer leitor, ainda que a escrita empregada exija calma e paciência por parte deste. É interessante acompanhar a evolução gritante que a medicina sofreu, sem contar que o leitor também passa a entender melhor a intensidade da hegemonia religiosa no tocante ao que era ou não pertinente nas práticas curativas. Beijos.
ResponderExcluirAlison, pra quem gosta de uma obra descritiva, irá gostar deste livro. quem gosta de uma boa aventura, também. idem para quem gosta de história (idade média). enfim, é um livro que transita em vários gêneros sem deixar de nos cativar em momento algum. leia também e volte pra gente prosear um pouco mais. bjos
ExcluirOi, Rodolfo
ResponderExcluirNossa só de ler sua resenha já estou apaixonada pelo livro.
Tem tudo que eu gosto história, romance, cenário da Idade Média, conflito entre fé (religião) x médico (ciência). Um protagonista que perde sua família, é separado dos irmãos e ainda tem várias lições para sobreviver. E vai em busca de ser médico para ajudar as pessoas.
Fiquei fascinada pela trama, quero ter oportunidade para ler.
Beijos!
cara Luana, é uma honra poder tocá-la através das palavras. espero que você leia sim, porque é um livro especial. obrigado pelas palavras carinhosas. bjos
ExcluirOlá! Confesso que o número de páginas me assustou um pouco, mas o enredo é realmente muito bom, com certeza um médico teve que enfrentar muitos obstáculos nessa época, com toda a pressão da igreja e outras religiões e a falta de remédios e conhecimento sobre a área.
ResponderExcluircara Elizete, as páginas passam naturalmente como se fossem poucas. é tanta aventura que nem sentimos o peso do livro em nossas mãos. leia também, não irá se arrepender!
ExcluirEsse sim é um livro que eu teria enorme prazer em ler,com uma rica história e cheio de conflitos,quero ler antes de assistir a adaptação!
ResponderExcluircara Paola, não deixe pra depois o que pode fazer agora, rs. o livro é maravilhoso!
ExcluirOlá Rodolfo!
ResponderExcluirVer o quanto esse personagem sofreu na busca por conhecimento nos faz dar mais valor ainda para a facilidade com que temos acesso à informação atualmente. Sem dúvida é um clássico, uma leitura pra sair da zona de conforto e fazer uma viagem ao passado. O autor soube criar uma atmosfera medieval bem desenvolvida e realista. Eu não conheço a obra, porém, vendo a quantidade de coisas boas que ela pode agregar em nossas vidas fiquei com bastante vontade de lê-la. Acho que vou assistir ao filme também.
Beijos
cara Aline, vale muito a pena a leitura desta epopeia. é um deslumbre. confesso não ter assistido ao filme por causa das críticas, mas sei que ainda vou fazê-lo também. bjos
ExcluirOi, Rodolfo!!
ResponderExcluirSou bem sincera em dizer que não conhecia esse livro tão ímpar. E interessante ver como era a medicina no século XI e como o protagonista Robert Jeremy Cole tem o dom da cura e parte da Europa medieval para se aperfeiçoar na sua pratica. Sem dúvida é um livro que prende o leitor com uma história surpreendente.
Bjos
cara Marta, não há mal nenhum em não conhecer um livro. bom mesmo é quando não conhecemos e assim que tomamos contato com ele é como se ele nos tomasse, não é mesmo? este é um livro sensacional, leia sem medo de ser feliz. bjos
Excluircara Nil, eu também me sentia assim, até que li este. agora quero ler "todos", rsrsrs. a edição é capa dura caprichada, lindona. leia mesmo, não deixe passar. natal chegando: é um ótimo pedido!
ResponderExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirJá ouvi falar vagamente sobre esse livro, mas não o suficiente a ponto de querer saber mais sobre a obra.
Fico feliz em ver sua resenha, a emoção que você expressou me contagiou =] parece uma linda história para se acompanhar, ainda mais se for tão imersivo/sinestésico como O Perfume.
cara Helen, fiquei apaixonado por este livro, quem sabe vc tb não mergulha nesta aventura pelo saber.
ExcluirOi, Rodolfo!
ResponderExcluirQue suposto anestésico, hein?! Como você disse seria hilário se não fosse triste... E nossa, como Robert Cole sofreu durante todo o caminho para se tornar médico, enfrentando o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, e tudo porque desejava ajudar o próximo; isso com certeza é muito admirável.
cara Any, bota sofrimento nisso. há recompensas também, mas tudo tem um custo e cabe a Robert decidir se irá pagar. é de encher os olhos e o coração. leia também.
ExcluirOi Rodolfo,
ResponderExcluirA história medieval também é algo que me encanta e, mais ainda, o funcionamento das coisas na época. O Físico promete uma imersão em uma história com grandes expectativas e parece que o cumpre muito bem. É impressionante o poder que a Igreja exercia na época de uma forma, totalmente, dominadora. O livro, aparentemente, mostra bem isso e através de Robert temos como entender como era viver sob esse domínio, com medo de quem possa ser e sem poder trabalhar livremente por uma melhora de vida e pelo conhecimento. É uma história, que mesmo sendo escrita há bastante tempo, ainda tem muito a nos oferecer. A jornada do protagonista é longa e cheia de obstáculos, mas quando se está atrás da realização de um sonho isso tudo não importa, pois o sofrimento é recompensado. Não conhecia essa obra, mas fiquei muito curiosa e quero, sim, adquirir um exemplar para conhecer a escrita de Noah Gordon.
cara Gislaine, vc é das minhas, rs. a idade média é só trevas, mas nos encanta, vai entender né? a igreja ainda detém grande poder, mas vai passando por intempéries também, passando sua própria história a limpo e isso é de certo forma reconfortante. espero que leia este livro também e depois volte pra gente prosear mais.
ExcluirEu já conhecia a versão para o cinemas desse filme que é inclusive um dos meus filmes favoritos no segmento de romance histórico e eu fiquei muito empolgada quando eu vi que finalmente algum Editora ia lançar o livro aqui no Brasil porque eu gosto como é contada a história do primeiro cirurgião mesmo enfrentando todas as barreiras que a religião impõe na epoca
ResponderExcluircara Carolina, se você já conhece a versão da telona sabe que não estou mentindo, é uma aventura belíssima. o livro que tenho é uma reedição caprichadíssima em capa dura, mas já havia outras anteriores, não é um livro que está fora de catálogo. leia também, vc irá amar.
Excluir