Cortesia da Editora Arqueiro
Seguindo da premissa, a mesma já apresentada nos outros livros da série, onde o pai das irmãs D’Aplièse, o Pa Salt, acabou morrendo e deixou para cada filha uma carta sobre a origem de cada uma, em A Irma da Lua conheceremos a história de Tiggy. Elas sabem que foram adotadas, mas ainda não sabem suas reais raízes. Resumo feito, vamos a resenha:
Título: A Irmã Da LuaOnde comprar: Amazon
Autor: Lucinda Riley
Tradutor: Simone Reisner
Série: As Sete Irmãs
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance
Páginas: 592
Edição: 1ª
Ano: 2018
A notícia da morte de seu pai a deixou sem chão. Após a morte, Tiggy sente que ele está com ela o tempo todo, e não apenas como a sensação de saudade ou força do pensamento de querer a pessoa ali presente, mas de uma forma física, espiritual ou algo do tipo. Algo aparentemente inexplicável.
“Confie em seus instintos, Tiggy, eles nunca vão deixá-la na mão.”
O próximo passo, de forma óbvia, seria ir atrás de sua origem, fazer aquilo por ela mesma, e em certa forma por Pa Salt. Mas não foi isso que Tiggy fez. Formada em cuidar de animais, sempre sentiu mais conexão com eles do que os humanos, e então vai para a Escócia trabalhar com o que ama: natureza e animais. E mesmo se desviando da rota, Tiggy acaba conhecendo um cigano chamado Chilly, e ele conta que conheceu e conviveu com sua avó por certos anos. Nesta aproximação, Tiggy descobre algumas coisas, mas é só quando mais uma tragédia a encontra que finalmente viaja para se descobrir.
“Então, agora cumpro a promessa que fiz, relevando que, em algum momento em sua vida, você deve viajar para a Espanha, para uma cidade chamada Granada. Em uma colina, em frente à magnífica Alhambra, em uma área chamada Sacromonte, você deve bater em uma porta azul situada em uma estreita passagem chamada Cortijo del Aire e perguntar por Angelina. Lá você vai encontrar a verdade sobre sua família biológica. E talvez também seu próprio destino.”
Em sua viagem para a Espanha ela irá finalmente se situar e tomar posse de si. Pois até então a sensação era de ser alheia a tudo.
A genialidade de Lucinda é incrível. Mesmo sendo a mesma fórmula de contar suas estórias, ela acaba deixando tudo inédito. A cada livro seu, ela vai abordando coisas novas, culturas tão diferentes que mal lemos normalmente em livros, algo muito positivo, pois sempre embarcamos para lugares pouco explorados na literatura. Em A Irmã da Lua somos apresentados aos ciganos e sua cultura extremamente rica e que poucos conhecem e muitos julgam.
Lucinda aborda o preconceito aos ciganos pelo ponto de vista de Lucía, que é o contraponto da trama, o passado dos descendentes de Tiggy. De forma crua acompanhamos o quanto sofreram os ciganos ao passar dos anos. Quando as peças vão se encaixando, nota-se o amadurecimento dos personagens, e ficamos felizes com o final a cada um dado.
Tiggy era a irmã mais intimista com o mundo. Sempre se sentiu conectada com os animais e a natureza, e podemos entender o motivo ao passar das páginas. Algo bem bonito por sinal!
“Tudo o que eu queria era me perder em meio ao milagre da natureza em sua magnificência. Vesti depressa a calça jeans, um suéter, um casaco de esqui, um gorro e um par de botas resistentes e desci até a porta da frente. Estava destrancada e, no instante em que pisei lá fora, deleite-me no paraíso intocado por seres humanos ou suas habitações.”
A autora soube introduzir o misticismo – presente no enredo - de uma forma bem natural e espontânea, sem fugir do contexto da trama em si e levando em consideração toda a série. O quero dizer é que quando eu ia lendo, senti que talvez os leitores pudessem chegar a pensar que seria algo fantasioso demais colocar algo "sobrenatural" na estória visto que nos outros livros era algo mais realista, mas foi uma coisa que deu certo e ficou excelente! Temos que entender que é a vida de Tiggy, seu passado, sua cultura, ela é isso. Quando vocês lerem o livro saberão do que estou dizendo. Mas foi algo lindo de se ver.
“Mantenha os pés no tapete fresco da terra, mas eleve sua mente para as janelas do universo.”
É o maior livro até agora, pois realmente necessitava de mais aprofundamento, todavia foi o livro que menos gostei. Todo o enredo é de aplaudir de pé, porém achei que demorou muito para saber algo que já havia se fechado em um pouco mais da metade do livro. Eu entendi o tempo dela para se descobrir, mas não consegui compreender por que o foco ficou mais no passado. Em relação aos outros livros, diria que faltou um equilíbrio entre passado e presente.
É notável a pesquisa da autora para escrever este livro, pois as descrições são cada vez mais apaixonadas, escritas com propriedade e sem titubear, isso é um ponto muito forte que admiro. O autor tem que ter domínio sobre o que cria, e Lucinda tem isso de sobra!
Leiam a série, vocês não vão se arrepender!
Se você quiser conhecer um pouco sobre os livros anteriores desta série, clique nas capas para ler as resenhas:
Eu acabei de receber As Sete Irmãs e andei lendo, é claro!!!Amo o trabalho da Lucinda(tinha terminado de ler A Garota do Penhasco) e já me apaixonei novamente pelas letras da autora.
ResponderExcluirEsse jeito único dela trazer o passado e o jogar no presente é único e oh, eu que sou lenta, nunca me confundi..rs
Pa Salt é um personagem maravilhoso e mesmo tendo "ficado" pouco neste primeiro livro que li, parece ter deixado um legado espetacular a cada uma das meninas e pouco a pouco, os pingos vão sendo colocados!!!
Espero de todo o meu coração, dar sequência na série e desvendar os mistérios que envolvem cada uma das meninas!
Beijo
A escrita da Lucinda possui uma riqueza de detalhes impressionante não é? São tramas envolventes e fluidas.
ResponderExcluirSó ela é capaz de misturar a cultura cigana com misticismo, espiritualidade e deixar a trama crível e verossímil.
Tiggy é a mais romântica, a mais ligada à natureza e seu estilo de vida e alimentação comprova isso.
Olá Douglas!
ResponderExcluirNunca li nada da autora, mas sempre vejo elogios as suas obras. Adoro conhecer novas culturas e lugares através dos livros, por isso essa história é um prato cheio. É muito bacana esse comprometimento dos autores e todo o conhecimento que buscam para criar uma história que agrade o leitor. Infelizmente o excesso de detalhes e o enfoque no passado pode desagradar mesmo algumas pessoas, como foi o seu caso, mas vai de cada um, por isso é importante lermos e tirar nossas próprias conclusões.
Beijos
Oi, Douglas
ResponderExcluirAinda não conheço a escrita da autora, mas estou adorando acompanhar essa série pelas resenhas.
Bom mesmo sendo um livro que Tiggy fica mais presa ao passado e o enredo é um pouco lento, penso que esse livro é o que mais gostei até agora. E Tiggy gosta de animais gosto muito dela sem a conhecer...
Lucinda esta caprichando nessa série nos apresentando várias culturas, gosto muito quando os livros trazem informações novas para o leitor.
Quero muito poder ler, beijos!
Oi Douglas,
ResponderExcluirToda a ideia, em um geral, para essa série é muito cativante e a cada livro fico mais curiosa com as histórias e a escrita da autora. As irmãs não estão passando pelo melhor momento de suas vidas, pois imagino o quanto a morte do pai possa as ter afetado, mas, ao mesmo tempo, elas estão lidando com algo novo e grandioso. Tiggy tem um dom muito interessante e que ao ser bem explorado pode garantir uma boa história. Sobre a capa, adoro o trabalho que a editora faz com os livros de Lucinda e fica fácil reconhecer a série devido ao padrão utilizado.
Ola Douglas,
ResponderExcluirEu estava com muita vontade de ler esses livros, mas não tenho mais vontade de ler eles, e sua resenha só reforçou isso. A história parece ser boa, mas não to afim agora.
Ah, desejo tanto esse livro!
ResponderExcluirA Tiggy é a minha irmã favorita, então estou bem ansiosa para conhecer sua história.
Lucinda é genial, ainda mais nessa série que ela passeia por diversos países.
Amei a resenha!
Beijos
Olá Douglas!
ResponderExcluirLucinda definitivamente possui uma escrita única, que cativa o leitor pela excelente caracterização tanto dos personagens quanto do cenário. A introdução da cultura cigana sem sombra de dúvidas é o ponto alto da narrativa, que rica em detalhes transporta o leitor exatamente para os lugares visitados pela protagonista.
Beijos.
Olá! Esse parece ser mais um livro maravilhoso da Lucinda, confesso que estava bem curiosa para saber mais sobre essa irmã, e todo o mistério que envolve sua origem me deixou ainda mais animada.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirJá li varias resenhas dos livros dessa autora e estou bastante curiosa por conhecer. Esse livro tem uma premissa muito boa e me deixa bastante interessada por ela.Espero em algum momento ler!
Meu blog:
Tempos Literários
Oi Douglas,
ResponderExcluirEssa série parece ser um encanto, tenho vontade conhecer.
Gostei de ver na resenha como o misticismo foi introduzido de forma natural na história, toda essa conexão com a natureza atiçou minha curiosidade.
Acompanho essa série hà algum tempo, mas não consegui retomar a leitura, parei no primeiro livro. É uma història legal e fascinante para mim, quero voltar a ler em breve.
ResponderExcluirEu gosto bastante dos livros da Lucinda e eu fiquei muito contente quando soube do lançamento da nova série dela Porém esse primeiro livro para mim foi muito fraquinho eu achei a narrativa um pouco afastada e a história achei bastante monótona Eu pretendo continuar a ler essa série porém o primeiro livro não me ganhou
ResponderExcluirOi, Douglas!!
ResponderExcluirEstou acompanhando as resenhas da série As Sete Irmãs e estou gostando muito de conhecer a história dessas sete irmãs, a Tiggy parece ser um personagem bem espontânea e natural e também achei bem bacana a autora colocar nos seus livros culturas diferentes para cada irmã. Muito boa a indicação.
Bjs