Cortesia do Grupo Companhia das Letras
A Londres de 1982 deste livro é um pouco diferente de nossa realidade: a Grã-Bretanha perdeu a Guerra das Malvinas; a primeira-ministra Margaret Thatcher tem seu poder desestabilizado pelo líder esquerdista Tony Benn; e, aspecto mais importante, o matemático Alan Turin, que vive sua homossexualidade abertamente, é enaltecido por suas extraordinárias contribuições para o avanço da tecnologia, influenciando desde a disseminação da internet até a criação dos primeiros humanos sintéticos.
Título: Máquinas Como EuOnde comprar: Amazon
Autor: Ian McEwan
Tradutor: Jorio Dauster
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção científica
Páginas: 317
Edição: 1ª
Ano: 2019
Nesse mundo tão diferente do nosso, Charlie Friend é um daqueles homens que passam pela vida sem muito empenho ou entusiasmo, e sua lição mais significativa que tirou de sua formação em antropologia foi a relativização de seu senso moral. Na sua rotina de ganhar e perder dinheiro no mercado de ações e em investimentos não muito seguros, ele usa a herança que recebeu da mãe para comprar Adão, um dos vinte e cinco primeiros humanos sintéticos disponibilizados no mercado.
Apaixonado por sua vizinha de apartamento, uma jovem estudante atormentada por um segredo do passado, Charlie a convida para juntar-se a ele na programação da personalidade do androide recém-comprado. Um triângulo amoroso em que a mulher é “disputada” pelo amor de um humano e um androide? Claro, por que não?
“Mas não é sobre folhas e árvores. É sobre máquinas como eu e gente como vocês, e nosso futuro juntos… a tristeza que está por vir. Vai acontecer. Com aperfeiçoamentos ao longo do tempo… nós o superaremos… e duraremos mais que vocês...”
É interessante, na verdade, e, ao mesmo tempo, uma tecla constantemente batida: o que nos torna humanos? Nossa aparência? Nossa racionalidade? Nossa subjetividade? A capacidade que tempos de aprender? É possível que uma máquina seja capaz de entender o coração humano?
Esse cara, Ian McEwan é um escritor a ser adorado e também temido. Suas tramas são excelentes (este é o segundo livro que leio dele), e sua escrita é muito bem trabalhada, e é difícil encontrar alguma falha nas suas construções. Ele te envolve, te prende e depois te atropela com uma reviravolta que deixa a todos os envolvidos (personagens e leitores) atordoados. É incrível, sério.
Já ouvi e li a respeito do trabalho do autor e mesmo não o tendo lido ainda, não é de deixar o queixo caído com uma resenha assim. Um enredo totalmente fora dos ditos normais. Um androide, dois humanos? Dá para pensar muito sobre isso.rs e não entender até que ponto estejamos partindo para isso de fato. Muitos de nós talvez já vivam assim, feito criações(divaguei)
ResponderExcluirCom certeza, quero muito ter a oportunidade de conferir não somente este, mas também outros trabalhos do autor.
Beijo
Realmente Ian é bem aclamado e reverenciado no mundo da literatura.
ResponderExcluirQuanto a sua pergunta acho que nos torna diferentes são nossas emoções.
O livro deixa muitas reflexões sobre como seria o convívio tão próximos com máquinas e robôs altamente tecnológicos
Olá Luíza!
ResponderExcluirGosto quando algum autor utiliza um fundo histórico alternativo para compor uma ficção científica, e aqui Ian parece fazer isso com excelência, numa narrativa dinâmica que prende o leitor do início ao fim. Além disso, percebe-se que Mcewan introduz uma série de conceitos para reflexão, indo ao encontro do se que se espera em uma obra do gênero.
Beijos.
Uau, resenha maravilhosa!
ResponderExcluirNunca li nada do autor, mas dá para sentir através das suas palavras o quanto é uma obra completa e bem construída. Além de trazer vários questionamentos.
Vou pensar seriamente em dar uma chance para o autor.
Beijos
Oi, eu simplesmente adorei a premissa do livro, ele tem tudo para me render uma leitura incrível.
ResponderExcluirJá me divertir muito com jogos que envolvem robos/humanos sintéticos. Acredito que dá para criar muita história interessante nesse mundo.
Adorei a resenha, quando tiver uma graninha vou comprar.
Olá Luíza!
ResponderExcluirQue história mais intrigante e inusitada. Nem consigo imaginar a caracterização desses personagens, mas as indagações do autor sobre o que nos torna humanos é bem interessante. Ainda não li nada de Ian, mas seus livros parecem dividir opiniões.
Beijos
Olá! Estou impressionada com a criatividade e originalidade do autor, tenho certeza que nunca li nada parecido com essa história, achei a trama extremamente interessante.
ResponderExcluirJá me deparei mais de uma vez com esse livro, mas nunca procurei me informar sobre o que ele de fato tratava, e agora que sei não vejo a hora de realizar essa leitura, que promete cativar da primeira a última página.
Gostei dos questionamentos que o autor faz na obra, essa questão de o que diferencia uma máquina dos seres humanos e se existe a possibilidade de uma máquina conseguir entender o coração humano e entender completamente os nossos sentimentos.
Ainda não li nada do autor, mas estou ansiosa para ler esse livro, que parece extremamente bem construído e envolvente ao ponto de atordoar o leitor.
Muito obrigada pela indicação! Beijos!
Oiii ❤ Uau, que trama! Achei muito original todo esse enredo criado pelo autor, nunca li nada do tipo, então estou muito curiosa acerca dessa obra.
ResponderExcluirIsso de tanto o personagem quando o robô se apaixonarem pela mesma mulher é um tanto bizarro, mas também muito intrigante. Estou curiosa pra ver como isso é, como é possível.
Gostei bastante também dessa reflexão de "O que nos torna humanos?" Essa é uma questão muito atual e pertinente a nossa realidade, já que nossa sociedade está cada vez mais tecnológica.
Isso de "Será que as máquinas podem realmente ter sentimentos" é algo a se pensar.
Beijos ❤
Olá! É muito bacana quando um livro consegue nos envolver tanto assim, realmente é um tema que nos permite muita reflexão, o que afinal nos torna humano é uma questão pra lá de profunda e complexa, ainda não conheço a escrita do autor, mas fiquei bem curiosa.
ResponderExcluirNão conhecia o autor, mas ja pude perceber sua genialidade para a escrita. Um livro diferente de qualquer outro. Curti muito e preciso ler esse livro logo.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirNão tinha conhecimento do autor mas a trama me pareceu bastante interessante. Adorei muito a historia onde envolve maquinas e o ser humano, é uma ótima distopia.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi Luiza ;)
ResponderExcluirAchei a premissa do livro bem diferente, e me lembrou um pouco o livro “Admirável Mundo Novo”. Nunca li nada do Ian McEwan mas já ouvi falar bem da escrita dele!
A história me levaria um pouco para fora da minha zona de conforto, mas é isso que eu estou procurando muito esse ano haha
Também adoro livros que fazem a gente se questionar, e a história do Charlie parece bem interessante. Espero poder ler!
Bjos
Oi, Luíza!!
ResponderExcluirAdoro um bom livro de ficção cientifica e fiqui bem intrigada e curiosa com relação a esse livro mesmo não tendo lido nada ainda do Ian McEwan. Sem dúvida é um livro bem interessante e gostei bastante da indicação.
Bjs
Olá, Luíza
ResponderExcluirAinda não conheço a escrita do autor, mas tenho lido muitas resenhas de seus livros e minha curiosidade só aumenta para ler.
Uma trama bem envolvente com humanos artificiais, com um fundo histórico real, uma personagem com um segredo, triângulo amoroso deve prender o leitor do início ao fim.
Beijos
Oi, Luíza!
ResponderExcluirAchei interessante, quero ler mais ficção científica ainda esse ano, e esse parece bom para começar.
Legal levantar essas questões sobre o que nos torna humanos. Dizem que os livros desse autor traz muitas reflexões mesmo, quero ler vários de li, mas por enquanto, ainda não comecei nenhum.
bjs