Cortesia do Grupo Companhia das Letras
Olá pessoa! Confesso que a frase “Você nunca mais vai ficar sozinha” me pegou quando li a sinopse, porque um dia questionando minha avó (Deus a tenha) sobre não ter se casado novamente após anos de viuvez ela me disse exatamente isso: “Depois que você tem filhos, você nunca mais vai estar sozinha”. E assim, depois de ser mãe eu consigo entender exatamente o que ela quis dizer, e pelo visto, nossa personagem também.
Título: Você Nunca Mais Vai Ficar SozinhaOnde comprar: Amazon
Autor: Tati Bernardi
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção Humorística
Páginas: 142
Edição: 1ª
Ano: 2020
Os capítulos são marcados pelos exames pré-natais. Karine, Hipocondríaca assumida, cumpre com rigor a rotina de exames pré-natais. Em intermináveis conversas com sua enfermeira predileta, Beth (sim foi estranho e legal, porque diferente de mim o apelido deriva de Bethânia e não Elisabete... mas Bete é Bete e senti a autora falando comigo) rememora episódios da turbulenta relação com a mãe, maldiz as agruras da gestação e antecipa o amor e os medos da maternidade. Ah! Preciso avisar que Beth é uma ouvinte silencia, te deixando a chance de assumir seu lugar durante a leitura.
“E que terrível mil vezes, porque, pensa, quando se é adulto não basta passar por tudo isso, ainda tem os filhos e tem que cuidar deles. Ser adulto é passar mal e querer sua mãe mas já ser mãe e seu filho querer você.”
Ela usa uma linguagem coloquial e muito, muito verdadeira que deixa toda a história num tom de confidencialidade intima, rasgada e quase secreta de uma conversa que não é com você, mas ao mesmo tempo é. Porque você se sente parte do relato o tempo todo. Inclusive dizendo, não acredito! Eu tinha uma tia, prima, que era exatamente assim!! E essa forma de linguagem para a narrativa é perfeita de várias formas.
“Já tenho preguiça da opinião do vizinho, da crítica da avó, do revirar de olhos das pessoas sem filhos na ponte aérea.”
Eu ri várias vezes durante a leitura, porque a Karine, assim como muitas mulheres não se sentem em plenitude com a gestação, pelo contrário, ela está descobrindo o que nenhuma mulher comenta, como a gestação é na verdade. Então, todos os fatos estão lá: O choque do positivo mesmo sendo algo que você desejava, os enjoos e a falta da barriga para atestar a gravidez nos primeiros meses, os riscos de perder o bebe, os exames e mais exames, o fato de agora você deixar o status de filha e assumir que agora é mãe (sim é mais complicado que parece) e mais como ser a mãe que você sempre presumiu que seria (não fazendo isso ou aquilo que odiava que sua mãe fizesse) e a necessidade imensa de ainda ser filha.
Por diversas vezes durante a leitura, relembrei a frase da música Pais e Filhos do Legião Urbana por ser tão verdadeira e tão latente nesse período da vida de uma mulher: “Você me diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais” e a sensação é que a gravidez é o exato momento de acontecer esse entendimento. E de certa forma é libertador e maravilhoso, acompanhar a personagem nessa jornada. Porque pode preparar quem ainda não viveu de uma forma muito gostosa, porque eu ri alto algumas vezes durante a leitura, tive que concordar que reviver diversos traumas de infância e tentar olhar de outro modo para eles é inevitável e que estar grávida é assustador, porém quando o bebe se mexe pela primeira vez e ganha um nome o maior medo passa a ser o da morte daquele bebe que agora é seu antes de estar em seus braços.
“Estava lá e ela sempre esteve lá. Sempre. Pensando bem, agora, minha mãe sempre esteve, entende? Nunca minha mãe deixou de estar.”
Talvez gestação, tenha esse período longo de 40 semanas (sim até a matemática é diferente nesse período dos simples mortais), para a mulher poder lidar com tudo que é preciso aprender a lidar. Principalmente com o fato de descobrir que nunca será capaz de amar sua mãe tanto quanto ela te ama, e que no fim ela não era a entidade mágica e misteriosa que sempre te pareceu, e sim uma mulher que estava tentando não errar enquanto errava no exercício diário da maternidade.
Vou concluir dizendo que não precisa ser mulher, mãe ou está gestante para ler essa história que mesmo sendo visceral é incrível de tantas formas, concordo que talvez falte estrogênio para os homens durante a leitura, mas pode ser um ótimo guia para entender o que está acontecendo naquele momento.
Sobre adição, eu li em formato digital, sem erros de digitação ou ortografia.
Enfim, deixo meu voto que você leia e aproveite ao máximo porque é uma leitura incrível!
Olá! Confesso que quando li o título e via a capa achei que se tratasse de um drama daqueles que me fariam chorar pacas, mas pelo visto é uma leitura um pouco diferente, que usa o humor para tratar de um assunto bem importante que é você ajudar a gerar uma vida, quanta responsabilidade, e essa passagem de filha para mãe então, (acredito que ainda não estou preparada para isso), e por esses motivos fiquei bem interessada no livro, acredito que vai ser uma leitura bacana.
ResponderExcluirFiquei tocada pela resenha e apesar de nao ter conhecimento do livro, adorei por ser um tema que nunca cheguei a ler em obras literárias e isso me chamou muito a atenção.
ResponderExcluirEstive lendo uma resenha deste livro estes dias e vibrei com tudo que li. Tati é muito conhecida pelo bom humor, mas não sabia que ela podia escrever também algo tão real, quanto a maternidade e suas flores e espinhos..rs
ResponderExcluirEu sou mãe, mas hoje sou avó, que na minha humilde opinião, é mais que ser mãe.
Por isso, amei tudo que li acima.
Quando minha filha teve a Rafaela, todo mundo se preocupava com a neném. Queriam mimar, pegar..mas eu só sentia a dor da minha filha. A dificuldade com o aleitamento, com dar banho, andar com os pontos da cesária.
Já preciso desse livro!!!
beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Pelo nome do livro e capa achei que se tratava de um drama bem drama mesmo.
ResponderExcluirMas é um livro que mostra como a maternidade muda totalmente a vida da mulher, como ela se sente, e nos diz como apoiar as grávidas ao nosso redor.
Amei a premissa, deve ser bem difícil mesmo pois minha vive contando como não é fácil, e que sofre bastante. Imagino o choque que deve ser ver o positivo, mas também imagino a felicidade de ver seu bebê quando ele estiver em seus braços. Sou filha, mas minha mãe sempre me conta como foi quando ela me viu, como me pegou no colo, mas também como foi difícil durante a gestação. Parece ser um Leitura muito interessante ainda mais com toques de humor
ResponderExcluirOlá Elisabete!
ResponderExcluirÉ uma sensação maravilhosa quando sentimos que um livro foi feito exclusivamente pra gente, dado a forma com a qual o mesmo parece dialogar intimamente com o leitor.
Tati Bernardi aborda a gestação sob perspectivas realistas e que toda mulher/mãe/gestante consegue entender, afinal é um período cheio de mudanças, medos e ansiedade constante. E a obra parece ser uma ótima forma de acalmar as mulheres que acabaram de descobrir que estão grávidas, pois o choque deve ser tremendo, mesmo em casos de gravidez planejada.
Beijos.
Olá,
ResponderExcluirApesar de não querer ter filhos pelos próximos dez anos (ou mais hahahaha) eu gosto de consumir muito livros/vídeos/filmes sobre o assunto.
Acredito que tem mudado muito a maneira como se fala sobre a gravidez, sobre ser mãe. Quando eu era mais nova, só escutava como era mágico, incrível e maravilhoso, mas agora temos mais mulheres falando da gravidez na real, sem maquiar tanto.
Beijos
Elisabete!
ResponderExcluirBem diferente do estilo dela, mas a vida é sempre uma mudança e agora como ela está nessa linha de psicoanálise, achei bem válido.
Sou eclética também e gosto de ler de tudo, até para não enjoar de um estilo.
Realmente devem ser sentimentos bem controversos...
Nunca pude ser mãe biológica, porém fui e sou mãe de várias outras formas, o que supre essa necessidade de maternidade.
Quero ler.
cheirinhos
Rudy
A capa e o título me despertam a vontade de ser mãe. É reconfortante.
ResponderExcluirGostei muito da premissa, gostei desse tom intimista e divertido.
É a primeira vez que vejo algo sobre esse livro, e sei que com certeza é uma leitura que vale a pena.
Beijos
Oi, Elizabeth
ResponderExcluirPode chamar você de Beth?
Lendo sua resenha já fiquei emocionada e tipo caiu um cisco no meu olho... E lembrei com muita saudade das minhas avós e mãe e dos meus bebês da creche onde trabalho (estou em casa de quarenta).
Não sou mãe, quem sabe um dia serei. Quero muito poder ler, beijos.
Parece ser bem interessante, quero muito ler :D
ResponderExcluirhttps://www.submersaempalavras.com/
Achei a escolha da autora interessante, apesar de não gostar muito de ler livros de não ficção. Não conheço o livro mas pelo que li na resenha, se a autora quis transmitir um pouco da emoção do que é sair do status de 'somente filha' e passar para 'sou filha e mãe', acho que ela conseguiu.
ResponderExcluirNossa, que lindo essa resenha! Me tocou, e olha que nem filhos tenho!
ResponderExcluirEu só consigo lembrar de (principalmente) adolescentes quando dizem "quando eu tiver filhos vai ser tudo diferente" e acredita nisso até que... se torna mãe/ pai (e faz exatamente a mesma coisa que os pais faziam - e passa a dar razão pra eles kkkk).
Não é raro encontrar mulheres que ficam nervosas pensando em serem 'as mães perfeitas', mas quando o filho surge começa a entender que ser mãe é acertar e errar o tempo todo. E mais do que isso, é uma leitura com história real, ajuda a quebrar aquele mito que alguns adoram pregar de que "ser mãe é maravilhoso, tudo perfeito, mágico, só se torna mulher depois que tem filhos (???) etc) pq maternidade é passar perrengue, chorar, rir, ter medo... e pós maternidade então? vou nem falar de depressão pós parto
Parece ser o tipo de livro perfeito para dar de presente a uma recém-grávida... ou quem sabe para aquele tipo de pessoa que enche o saco quando aparece uma grávida/ mãe com recém-nascido e fica grunhindo junto com a falta de empatia
Que nome intrigante, ainda mais que você conseguiu relacionar a uma frase da sua avó! Não é meu tipo de livro, mas amo quando me sinto parte da história, como se fosse comigo hahah. Eu nem sou mãe, mas me interesso bastante pelo assunto e essa parece ser uma leitura leve e emocionante, apesar de tudo.
ResponderExcluirBeijos,
Amanda Almeida
ola
ResponderExcluirque linda mensagem sobre ser mãe .é tudo tão diferente surge a alegria ,as duvidas ,voce se torna responsabilidade por alguem ,
e como voce resenhou voce passa de filha a mãe e voce consegue enxergar sua mãe como alguem passivel de erro .
presumo que a autora aborda as situaçoes de uma maneira suave ,mostrando os fatos como eles são sem exageros mas tambem com a verdade que a trama necessita
Mesmo não sendo o tipo de livro que leio com frequência, ele toca bastante, principalmente para quem é mãe. Li a resenha relembrando da minha gravidez e meu filho que me deixa de cabelos em pé, mas não troco por nada a bagunça dele. Com certeza vou ler esse livro futuramente.
ResponderExcluirEu não conhecia Você nunca mais vai ficar sozinha, e confesso que história não me chamou muito a atenção. O tema em torno da narrativa não me convenceu, apenas fiquei curioso com a escrita da autora, e ficarei de olho nela. Adorei a forma como você descreveu como ela conversa com o leitor e o conecta com o personagem.
ResponderExcluirOlá Elisabete!
ResponderExcluirAchei esse livro bem diferente, pois é raro vermos temas como a maternidade serem abordados tão abertamente e honestamente dessa forma. É muito gostoso mesmo esse tipo de prosa que o livro tem, o que contribui para a aproximação entre leitor e escritor. Sempre escuto falaram que a gente vê a vida diferente depois que vira mãe, realmente é assustador pensar em cuidar e preparar um outro ser humano para a vida quando você mesma não está preparada. Vou adorar saber mais sobre a maternidade com esse livro.
Beijos
Oiii ❤ Esse livro parece ótimo, gostei que a coloquialidade que a autora usa, deixa o livro num tom íntimo, adoro ver isso em livros.
ResponderExcluirGostei também do tema trabalhado na obra, deve ser legal ler sobre tudo que uma mulher passa desde ao descobrir que está grávida até o nascimento.
Concordo, amor de mãe é incondicional, ele nasce muito antes do bebê nascer e isso é tão lindo.
Adoraria fazer essa leitura.
Beijos
Oi, Elisabete!
ResponderExcluirConfesso que não me interessei pela trama de Você Nunca Mais Vai Ficar Sozinha, acredito que é porque eu nunca fui mãe, mas pelos seus comentários me parece que essa é uma ótima dica para quem está vivendo uma gestação, principalmente para aquelas mães de primeira viagem... por isso estou anotando para presentear futuras mães. Valeu pela dica! Abraços.
Oi Elisabete,
ResponderExcluirEu admiro muito quem escreve sobre relatos reais de uma gestação, mesmo em uma história fictícia, pois apesar que eu nunca tenha engravidado imagino que, mesmo o momento sendo tão especial, ele vem carregado de dificuldades. Karine é a representação de muitas mulheres que anseiam pelo momento, mas tem medo do que pode acontecer, como irá se sentir e como deve lidar com a nova fase. Eu não conhecia essa obra, mas se eu passasse em frente a uma livraria e lesse esse título através da vitrine eu compraria um exemplar na hora, pois o título Você Nunca Mais Vai ficar Sozinha trás um peso e uma curiosidade tão grande que seria impossível resistir a fazer a leitura.
Olá! ♡ Ainda não conhecia esse livro, mas esse título chamou minha atenção logo de cara.
ResponderExcluirEsse livro não faz muito meu estilo de leitura, mas ainda assim adoraria fazer sua leitura, nunca li um livro que abordasse a gravidez dessa forma.
Parece uma leitura bem tocante, a autora parece ter feito um trabalho incrível ao abordar um momento tão especial como esse, as preocupações e a alegria de ser mãe ♡
Beijos!
Nossa, acho que nunca li nada parecido. Gostei de saber que o livro trata a maternidade de uma forma verdadeira, sem essa romantização que muita gente prega. Fiquei super curiosa e tenho certeza que irei presentear várias futuras mamães com esse livro!!
ResponderExcluirOlá! Eu até hoje não entendo esse lance de 40 semanas (9 meses), já tive autos debates na minha cabeça em relação a isso durante a noite que me tiraram o sono. O livro parece trazer uma leitura leve, mas ao mesmo tempo emocionante que nos fará refletir em muitos momentos.
ResponderExcluirOi, Elisabete
ResponderExcluirQue livro legal!
Acho que deve ter trechos muito fofos, outros tristes, sobre o medo e o desespero de gerar uma nova vida.
Deixar um pouco de ser filha e ser mãe deve ser uma mudança beeem complicada e bonita ao mesmo tempo. E pelo jeito a autora soube mostrar bem isso.
Quero ler.
Bjs
Acredito que seja uma boa leitura, mesmo não tendo curiosidade de ler.
ResponderExcluirAchei a primeira frase citada na resenha muito bonita e fofa. 😍
Fico feliz que tenha gostado da leitura. 😍 Parabéns pela resenha! 📚