O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide
Parte 2: A Paladina Dourada
Este é o segundo capítulo da Book Série de fantasia: O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide do autor André Luis Barreto, composta de 4 capítulos. No final da postagem você encontra o botão "Anterior" para voltar para o primeiro capítulo.
Sinopse:
Valéria é uma jovem musicista em início de carreira. Após ser surpreendia por quem menos esperava, ela recebe uma encomenda inusitada que vai mudar sua vida para sempre.
Inicio:
Valéria acordou bruscamente. Estava de pé, estava em um lugar estranho. Tomou um choque ao ver o grande pássaro que pulava empolgado de um lado para o outro, bem na frente dela. Aquilo era impossível. O bicho era do tamanho de um homem de estatura mediana, todo negro; ela reconheceu, era um corvo. Corvo desse tamanho? Ele abriu as asas e crocitou alto, várias vezes. A cada corvejo, Valéria escutava um som diferente, até que, surpreendentemente, ela conseguiu entender o que o corvo dizia:
— Bem-vinda, Paladina! Bem-vinda a Ellora!
Perplexa e assustada, olhou em volta, percebendo estar em algum tipo de salão. De um lado havia grandes janelas arredondadas e fechadas, mas permitindo que os raios do sol entrassem, do outro, estantes e mesas repletas de objetos desconhecidos, roupas e o que pareciam ser armas. Procurou pelo vaporcello, não havia nem sinal dele. Foi então que tomou um novo choque ao olhar para seus braços: eles não eram mais de carne e osso, eram compostos por partes de metal e algo que parecia ser couro. Olhou para as pernas e os pés, todo seu corpo havia se tornado algo como… como um robô!
Ela deveria ter desmaiado, o coração deveria ter disparado, mas, estranhamente, as reações passavam rapidamente, percebeu que a ansiedade que sempre a acompanhou desaparecera.
— Venha, Paladina, olhe! — o corvo andou para longe, chamando Valéria para perto dele e apontando um grande espelho ao lado de uma estante.
Ela foi e olhou-se no espelho. Era incrível e bizarro. Seu corpo agora era elaborado de metal e couro. As partes de metal eram douradas, e haviam engrenagens à mostra na barriga, nas coxas e nos antebraços, e elas estavam funcionando. A cabeça era um tipo de capacete, e onde deveria estar a boca havia apenas um pequeno risco. Apesar da aparência forte, suas formas ainda eram femininas, e em suas costas um tubo expelia pequenos tufos de vapor a medida em que respirava.
— Sei que você deve estar cheia de perguntas, mas nosso tempo é muito curto. Temos que correr ou será tarde demais.
Assombrada, Valéria cruzou os braços e encarou o corvo.
— Eu não vou a lugar nenhum sem antes você me explicar o que diabos aconteceu! Toquei o vaporcello como a tia Lúcia pediu, e foi muito estranho, daí apareci aqui, nesse corpo, nesse lugar que mais parece um depósito de quinquilharias! — Valéria se deu conta de que seus pensamentos eram transformados em palavras, e que a voz era exatamente igual à sua. Observou pelo espelho que quando falava seus olhos brilhavam, seus olhos eram duas pequenas lâmpadas!
— Tia Lúcia? — o corvo maneou a cabeça para um lado — Ah! Você deve estar se referindo à Amisthea! — ele sacudiu a cabeça em uma negativa. — Muito ruim, Amisthea foi capturada pelo Protetorado enquanto tentava salvar o Ascendente. E agora, Paladina Dourada, nós vamos resgatá-la! É por isso que você está aqui!
— O quê? — As lâmpadas-olhos brilharam mais forte.
Naquele exato instante, uma porta que ela não havia notado se abriu e dois homens em trajes verdes entraram. Ela notou que ambos usavam óculos estranhos e apetrechos semelhantes ao vaporcello, eram claramente soldados, suas vestes e equipamentos eram tecnológicos porém antiquados. Ao observarem a Paladina, imediatamente ajoelharam-se e fizeram reverências
— Paladina Dourada! É uma honra servi-lá! — os dois disseram em uníssono.
— General, as tropas estão prontas? — inquiriu o corvo, não ligando para a solenidade que os homens colocaram.
— Sim, Tempesta, nossas duas divisões estão preparadas, e agora com o retorno da Paladina Dourada nossas forças lutarão com o ímpeto dos antigos!
— Excelente, general. Vamos à guerra! Não podemos perder tempo!
Tempesta pulou até uma alavanca ao lado da porta e a puxou com seu bico, imediatamente, o teto começou a se abrir e uma bancada de granito emergiu do chão, fazendo Valéria retroceder. Sobre a bancada havia uma espada de lâmina curva que resplandecia aos raios do sol e, ao lado dela, estava uma arma que lembrava uma espingarda, mas cheia de monóculos e engrenagens.
Os soldados correram até a bancada e pegaram as armas, levando-as para Valéria.
— Pela honra da Grande Raça Mecanóide, pela força dos Sete Deuses, nós a armamos, poderosa Paladina Dourada!
Enquanto um deles colocava o sabre na mão direita de Valéria, o outro armava a espingarda em seu braço esquerdo. Ela recuou, assustada, mas os homens foram muito rápidos. Assim que sentiu o cabo da espada em sua mão, Valéria foi tomada por uma energia revigorante. Acalmou-se, sentindo-se forte e poderosa, seus pensamentos ficaram claros como água e sua ansiedade desapareceu.
Tempesta alçou voo. Planou na direção da Paladina e a pegou com as garras, firmando-as em seus ombros. A levantou alto e então ela viu, maravilhada, uma armada de imensos dirigíveis ao redor da construção em que estavam: um grande castelo de muralhas brancas. Lá embaixo ela vislumbrou centenas de soldados que embarcavam em dirigíveis menores. Estranhas máquinas de quatro pernas que lembravam elefantes e expeliam fumaça eram içadas por balões. Tudo em volta era verde e repleto de árvores. Pôde ver uma vila próxima ao castelo, onde uma multidão aplaudia os soldados e, quando a viram, saudaram sua presença em júbilo. Então Tempesta acelerou em direção ao horizonte.
Siga o autor no Instagram: @albarreto.escritor
— Bem-vinda, Paladina! Bem-vinda a Ellora!
Perplexa e assustada, olhou em volta, percebendo estar em algum tipo de salão. De um lado havia grandes janelas arredondadas e fechadas, mas permitindo que os raios do sol entrassem, do outro, estantes e mesas repletas de objetos desconhecidos, roupas e o que pareciam ser armas. Procurou pelo vaporcello, não havia nem sinal dele. Foi então que tomou um novo choque ao olhar para seus braços: eles não eram mais de carne e osso, eram compostos por partes de metal e algo que parecia ser couro. Olhou para as pernas e os pés, todo seu corpo havia se tornado algo como… como um robô!
Ela deveria ter desmaiado, o coração deveria ter disparado, mas, estranhamente, as reações passavam rapidamente, percebeu que a ansiedade que sempre a acompanhou desaparecera.
— Venha, Paladina, olhe! — o corvo andou para longe, chamando Valéria para perto dele e apontando um grande espelho ao lado de uma estante.
Ela foi e olhou-se no espelho. Era incrível e bizarro. Seu corpo agora era elaborado de metal e couro. As partes de metal eram douradas, e haviam engrenagens à mostra na barriga, nas coxas e nos antebraços, e elas estavam funcionando. A cabeça era um tipo de capacete, e onde deveria estar a boca havia apenas um pequeno risco. Apesar da aparência forte, suas formas ainda eram femininas, e em suas costas um tubo expelia pequenos tufos de vapor a medida em que respirava.
— Sei que você deve estar cheia de perguntas, mas nosso tempo é muito curto. Temos que correr ou será tarde demais.
Assombrada, Valéria cruzou os braços e encarou o corvo.
— Eu não vou a lugar nenhum sem antes você me explicar o que diabos aconteceu! Toquei o vaporcello como a tia Lúcia pediu, e foi muito estranho, daí apareci aqui, nesse corpo, nesse lugar que mais parece um depósito de quinquilharias! — Valéria se deu conta de que seus pensamentos eram transformados em palavras, e que a voz era exatamente igual à sua. Observou pelo espelho que quando falava seus olhos brilhavam, seus olhos eram duas pequenas lâmpadas!
— Tia Lúcia? — o corvo maneou a cabeça para um lado — Ah! Você deve estar se referindo à Amisthea! — ele sacudiu a cabeça em uma negativa. — Muito ruim, Amisthea foi capturada pelo Protetorado enquanto tentava salvar o Ascendente. E agora, Paladina Dourada, nós vamos resgatá-la! É por isso que você está aqui!
— O quê? — As lâmpadas-olhos brilharam mais forte.
Naquele exato instante, uma porta que ela não havia notado se abriu e dois homens em trajes verdes entraram. Ela notou que ambos usavam óculos estranhos e apetrechos semelhantes ao vaporcello, eram claramente soldados, suas vestes e equipamentos eram tecnológicos porém antiquados. Ao observarem a Paladina, imediatamente ajoelharam-se e fizeram reverências
— Paladina Dourada! É uma honra servi-lá! — os dois disseram em uníssono.
— General, as tropas estão prontas? — inquiriu o corvo, não ligando para a solenidade que os homens colocaram.
— Sim, Tempesta, nossas duas divisões estão preparadas, e agora com o retorno da Paladina Dourada nossas forças lutarão com o ímpeto dos antigos!
— Excelente, general. Vamos à guerra! Não podemos perder tempo!
Tempesta pulou até uma alavanca ao lado da porta e a puxou com seu bico, imediatamente, o teto começou a se abrir e uma bancada de granito emergiu do chão, fazendo Valéria retroceder. Sobre a bancada havia uma espada de lâmina curva que resplandecia aos raios do sol e, ao lado dela, estava uma arma que lembrava uma espingarda, mas cheia de monóculos e engrenagens.
Os soldados correram até a bancada e pegaram as armas, levando-as para Valéria.
— Pela honra da Grande Raça Mecanóide, pela força dos Sete Deuses, nós a armamos, poderosa Paladina Dourada!
Enquanto um deles colocava o sabre na mão direita de Valéria, o outro armava a espingarda em seu braço esquerdo. Ela recuou, assustada, mas os homens foram muito rápidos. Assim que sentiu o cabo da espada em sua mão, Valéria foi tomada por uma energia revigorante. Acalmou-se, sentindo-se forte e poderosa, seus pensamentos ficaram claros como água e sua ansiedade desapareceu.
Tempesta alçou voo. Planou na direção da Paladina e a pegou com as garras, firmando-as em seus ombros. A levantou alto e então ela viu, maravilhada, uma armada de imensos dirigíveis ao redor da construção em que estavam: um grande castelo de muralhas brancas. Lá embaixo ela vislumbrou centenas de soldados que embarcavam em dirigíveis menores. Estranhas máquinas de quatro pernas que lembravam elefantes e expeliam fumaça eram içadas por balões. Tudo em volta era verde e repleto de árvores. Pôde ver uma vila próxima ao castelo, onde uma multidão aplaudia os soldados e, quando a viram, saudaram sua presença em júbilo. Então Tempesta acelerou em direção ao horizonte.
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Oi, André! E pensar que um instrumento, aparentemente inofensivo, mudaria sua vida de uma forma impensável. Ansiosa para descobrir o que virá pela frente nessa tentativa de resgate.
ResponderExcluirQue plot!!!
ResponderExcluirEstou achando a história com uma vibe steampunk....
Parabéns pelo capítulo André
Paladina! Uma heroína jogada nesse universo inteiro ao tocar um instrumento mágico!
ResponderExcluirNão tem como ler cada linha desse capítulo e já visualizar todo o cenário à volta. O mundo quase que robótico, o corvo gigante, o se encontrar da simples menina em uma heroína que deve salvar a "tia" e pelo que entendi, ser rainha de um lugar mágico e grandioso!!!
Encantada estou!!!!
E que venha mais..urgente! rs
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
A história está me fazendo lembrar um tanto de Alice no país das maravilhas e O mágico de Oz (o remake), está sendo uma viagem muito boa.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
André!
ResponderExcluirQue mudança inesperada, por que será?
Paladina ser transformada depois de tocar no Vaporcello!
Traz logo a continuação.
cheirinhos
Rudy
Foi mesmo né! Rs, já já chega a sequência. Obrigado, Rudy!
ExcluirUau! Amei esse capítulo, bem instigante e com um plot sensacional. E esse cenário... incrível demais.
ResponderExcluirValeu, Ludyanne! Obrigado!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirCaramba!!!! Toda a transformação é muito legal, já no aguardo de mais informações
Beijos
Valeu, Theresa! Abraços!
ExcluirOlá
ResponderExcluirFiquei surpresa com a transformação e já curiosa para saber as cenas do próximo capitulo.sera que a tia Lúcia corre perigo de vida ?
Olá, Eliane. Obrigado! Acho que foi um pouco inesperado né? Rs.
ExcluirOlá André,
ResponderExcluirHum, uma transformação. Fiquei curiosa para ver mais desse novo cenário onde ela se encontra, os dirigíveis, as máquinas...fiquei imaginando os detalhes.
Oi, André!
ResponderExcluirAnsiosissima para começar a leitura desse nova bookserie... Assim que o capítulo 3 ser postado começarei a leitura :)
Bjos!
Olá! Eita que as coisas estão intensas para Valéria hein, e essa mudança de cenário e corpo, que loucura!
ResponderExcluirOps, que por essa eu não esperava, acho que a Valéria vai passar por uns bocados ainda hein, então vamos a batalha.
ResponderExcluirOi, André
ResponderExcluirQue transformação para a Paladina!
Uma mistura de emoções!!
E sempre o clímax lá em cima!!!!
Bjs