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24.3.22

[Bookserie] O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide: Parte 2: A Paladina Dourada

Bookserie

O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide

Parte 2: A Paladina Dourada

Este é o segundo capítulo da Book Série de fantasia: O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide do autor André Luis Barreto, composta de 4 capítulos. No final da postagem você encontra o botão "Anterior" para voltar para o primeiro capítulo.

Sinopse:
Valéria é uma jovem musicista em início de carreira. Após ser surpreendia por quem menos esperava, ela recebe uma encomenda inusitada que vai mudar sua vida para sempre.

Inicio:

Valéria acordou bruscamente. Estava de pé, estava em um lugar estranho. Tomou um choque ao ver o grande pássaro que pulava empolgado de um lado para o outro, bem na frente dela. Aquilo era impossível. O bicho era do tamanho de um homem de estatura mediana, todo negro; ela reconheceu, era um corvo. Corvo desse tamanho? Ele abriu as asas e crocitou alto, várias vezes. A cada corvejo, Valéria escutava um som diferente, até que, surpreendentemente, ela conseguiu entender o que o corvo dizia:

— Bem-vinda, Paladina! Bem-vinda a Ellora!

Perplexa e assustada, olhou em volta, percebendo estar em algum tipo de salão. De um lado havia grandes janelas arredondadas e fechadas, mas permitindo que os raios do sol entrassem, do outro, estantes e mesas repletas de objetos desconhecidos, roupas e o que pareciam ser armas. Procurou pelo vaporcello, não havia nem sinal dele. Foi então que tomou um novo choque ao olhar para seus braços: eles não eram mais de carne e osso, eram compostos por partes de metal e algo que parecia ser couro. Olhou para as pernas e os pés, todo seu corpo havia se tornado algo como… como um robô!

Ela deveria ter desmaiado, o coração deveria ter disparado, mas, estranhamente, as reações passavam rapidamente, percebeu que a ansiedade que sempre a acompanhou desaparecera.

— Venha, Paladina, olhe! — o corvo andou para longe, chamando Valéria para perto dele e apontando um grande espelho ao lado de uma estante.

Ela foi e olhou-se no espelho. Era incrível e bizarro. Seu corpo agora era elaborado de metal e couro. As partes de metal eram douradas, e haviam engrenagens à mostra na barriga, nas coxas e nos antebraços, e elas estavam funcionando. A cabeça era um tipo de capacete, e onde deveria estar a boca havia apenas um pequeno risco. Apesar da aparência forte, suas formas ainda eram femininas, e em suas costas um tubo expelia pequenos tufos de vapor a medida em que respirava.

— Sei que você deve estar cheia de perguntas, mas nosso tempo é muito curto. Temos que correr ou será tarde demais.

Assombrada, Valéria cruzou os braços e encarou o corvo.

— Eu não vou a lugar nenhum sem antes você me explicar o que diabos aconteceu! Toquei o vaporcello como a tia Lúcia pediu, e foi muito estranho, daí apareci aqui, nesse corpo, nesse lugar que mais parece um depósito de quinquilharias! — Valéria se deu conta de que seus pensamentos eram transformados em palavras, e que a voz era exatamente igual à sua. Observou pelo espelho que quando falava seus olhos brilhavam, seus olhos eram duas pequenas lâmpadas!

— Tia Lúcia? — o corvo maneou a cabeça para um lado — Ah! Você deve estar se referindo à Amisthea! — ele sacudiu a cabeça em uma negativa. — Muito ruim, Amisthea foi capturada pelo Protetorado enquanto tentava salvar o Ascendente. E agora, Paladina Dourada, nós vamos resgatá-la! É por isso que você está aqui!

— O quê? — As lâmpadas-olhos brilharam mais forte.

Naquele exato instante, uma porta que ela não havia notado se abriu e dois homens em trajes verdes entraram. Ela notou que ambos usavam óculos estranhos e apetrechos semelhantes ao vaporcello, eram claramente soldados, suas vestes e equipamentos eram tecnológicos porém antiquados. Ao observarem a Paladina, imediatamente ajoelharam-se e fizeram reverências

— Paladina Dourada! É uma honra servi-lá! — os dois disseram em uníssono.

— General, as tropas estão prontas? — inquiriu o corvo, não ligando para a solenidade que os homens colocaram.

— Sim, Tempesta, nossas duas divisões estão preparadas, e agora com o retorno da Paladina Dourada nossas forças lutarão com o ímpeto dos antigos!

— Excelente, general. Vamos à guerra! Não podemos perder tempo!

Tempesta pulou até uma alavanca ao lado da porta e a puxou com seu bico, imediatamente, o teto começou a se abrir e uma bancada de granito emergiu do chão, fazendo Valéria retroceder. Sobre a bancada havia uma espada de lâmina curva que resplandecia aos raios do sol e, ao lado dela, estava uma arma que lembrava uma espingarda, mas cheia de monóculos e engrenagens.

Os soldados correram até a bancada e pegaram as armas, levando-as para Valéria.

— Pela honra da Grande Raça Mecanóide, pela força dos Sete Deuses, nós a armamos, poderosa Paladina Dourada!

Enquanto um deles colocava o sabre na mão direita de Valéria, o outro armava a espingarda em seu braço esquerdo. Ela recuou, assustada, mas os homens foram muito rápidos. Assim que sentiu o cabo da espada em sua mão, Valéria foi tomada por uma energia revigorante. Acalmou-se, sentindo-se forte e poderosa, seus pensamentos ficaram claros como água e sua ansiedade desapareceu.

Tempesta alçou voo. Planou na direção da Paladina e a pegou com as garras, firmando-as em seus ombros. A levantou alto e então ela viu, maravilhada, uma armada de imensos dirigíveis ao redor da construção em que estavam: um grande castelo de muralhas brancas. Lá embaixo ela vislumbrou centenas de soldados que embarcavam em dirigíveis menores. Estranhas máquinas de quatro pernas que lembravam elefantes e expeliam fumaça eram içadas por balões. Tudo em volta era verde e repleto de árvores. Pôde ver uma vila próxima ao castelo, onde uma multidão aplaudia os soldados e, quando a viram, saudaram sua presença em júbilo. Então Tempesta acelerou em direção ao horizonte.

Siga o autor no Instagram: @albarreto.escritor

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17 comentários em "[Bookserie] O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide: Parte 2: A Paladina Dourada"

  1. Oi, André! E pensar que um instrumento, aparentemente inofensivo, mudaria sua vida de uma forma impensável. Ansiosa para descobrir o que virá pela frente nessa tentativa de resgate.

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  2. Que plot!!!
    Estou achando a história com uma vibe steampunk....
    Parabéns pelo capítulo André

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  3. Paladina! Uma heroína jogada nesse universo inteiro ao tocar um instrumento mágico!
    Não tem como ler cada linha desse capítulo e já visualizar todo o cenário à volta. O mundo quase que robótico, o corvo gigante, o se encontrar da simples menina em uma heroína que deve salvar a "tia" e pelo que entendi, ser rainha de um lugar mágico e grandioso!!!
    Encantada estou!!!!
    E que venha mais..urgente! rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  4. A história está me fazendo lembrar um tanto de Alice no país das maravilhas e O mágico de Oz (o remake), está sendo uma viagem muito boa.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  5. André!
    Que mudança inesperada, por que será?
    Paladina ser transformada depois de tocar no Vaporcello!
    Traz logo a continuação.
    cheirinhos
    Rudy

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    1. Foi mesmo né! Rs, já já chega a sequência. Obrigado, Rudy!

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  6. Uau! Amei esse capítulo, bem instigante e com um plot sensacional. E esse cenário... incrível demais.

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  7. Olá!

    Caramba!!!! Toda a transformação é muito legal, já no aguardo de mais informações

    Beijos

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  8. Olá
    Fiquei surpresa com a transformação e já curiosa para saber as cenas do próximo capitulo.sera que a tia Lúcia corre perigo de vida ?

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    1. Olá, Eliane. Obrigado! Acho que foi um pouco inesperado né? Rs.

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  9. Olá André,
    Hum, uma transformação. Fiquei curiosa para ver mais desse novo cenário onde ela se encontra, os dirigíveis, as máquinas...fiquei imaginando os detalhes.

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  10. Oi, André!
    Ansiosissima para começar a leitura desse nova bookserie... Assim que o capítulo 3 ser postado começarei a leitura :)
    Bjos!

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  11. Olá! Eita que as coisas estão intensas para Valéria hein, e essa mudança de cenário e corpo, que loucura!

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  12. Ops, que por essa eu não esperava, acho que a Valéria vai passar por uns bocados ainda hein, então vamos a batalha.

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  13. Oi, André
    Que transformação para a Paladina!
    Uma mistura de emoções!!
    E sempre o clímax lá em cima!!!!
    Bjs

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