Cortesia do Grupo Companhia das Letras
A sessão de crônicas sempre foram uma das minhas prioridades quando pegava um jornal impresso para ler. Então, imaginem minha felicidade ao me deparar com um livro repleto delas? Foi uma leitura bem rápida, pois não conseguia para de ler.
Título: A Fina Flor de Stanislaw Ponte PretaOnde comprar: Amazon
Autor: Stanislaw Ponte Preta
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ensaios Humor e Entretenimento
Páginas: 360
Edição: 1ª
Ano: 2021
Stanislaw Ponte Preta é o pseudônimo do multi artista Sérgio Porto. Em "A Fina Flor de Stanislaw Ponte Preta", somos brindados com uma seleção de suas crônicas dos mais variados assuntos, mas, o que mais chama a atenção é seu humor ácido, irônico e sarcástico. Dono de uma narrativa inteligente, ao ler suas crônicas, parecia que estava em uma varanda escutando o próprio contado as histórias. Sua escrita é bastante visual. Enfim, fui fisgado desde a primeira página.
“Nos países subdesenvolvidos a mendicância é uma miséria. Seu Júlio que o diga. Era um cego dos melhores, mas largou a carreira na certeza de que, mais dia menos dia, vai ter muito mais gente pedindo do que dando esmola.” Posição 2360
Um dos pontos positivos foi me fazer relembrar a época em que abria o jornal impresso, e ia direto para o caderno que continha a parte de humor e jogos. As crônicas sempre me davam uma sensação de leveza, e lendo essa seleção senti algo semelhante. Outro ponto interessante foi o cunho crítico à política e burocracias/mazelas da sociedade da época.
“E chamaram os bombeiros. O Corpo de Bombeiros é aquela corporação pobre, sem recursos, onde os soldados ganham pouco e somente têm funções arriscadas: Apagar incêndios, salvar vidas, enfrentar desabamentos, catástrofes, etc. Pra que risco de vida, não é mesmo? Afinal, essa verba bem que pode ser desviada para o Cerimonial do Palácio Guanabara, para o transporte (em carros oficiais) dos secretários sem pasta, com pasta, empastados e que pela manhã enfrentam bravamente as ondas de Ipanema, Leblon e adjacências em sadios banhos de mar. Mas deixa isso pra lá que o assunto é outro.” Posição 4337
Já o ponto negativo, pelo menos para mim, foram alguns termos considerados politicamente incorretos hoje em dia. Entendo que, na época, a utilização deles eram aceitas, mas hoje, soam um pouco mal. Talvez um consenso entre as partes envolvidas (detentor dos direitos e a editora), para troca desses termos/tratamentos, ou até mesmo a não seleção de determinada crônica para impressão poderia resolver, mas, como falei anteriormente, foram coisas que me incomodaram como leitor. Longe de mim querer censurar algo.
Em relação a parte gráfica, gostei. A capa é simples, mas legal. A diagramação interna não tenho muito o que comentar, pois li em e-book. Não encontrei erros.
Indico a leitura para quem aprecia algo leve, com humor irônico/sarcástico, e que esteja querendo se recuperar de alguma ressaca literária.
Oi, Nardonio! Apesar de ser um gênero pouco lido por mim, gosto demais de crônicas. Me interessou bastante o livro pelo fato de conter esse humor sarcástico e inteligente. Leituras leves são, na grande maioria, muito agradáveis.
ResponderExcluirPonte Preta sem dúvida um grande cronista brasileiro. Se não me falha a memória, já li, na época da escola, uma crônica sua.
ResponderExcluirConcordo na sua ideia de haver um consenso entre herdeiros e editora para retirar ou colocar um aviso de que tal pensamento não é mais aceitável
Eu sempre que podia ter acesso a um jornal, já ia direto para a parte das palavras cruzadas, piadinhas e crônicas, que na época para mim, eram apenas textos que cutucavam a realidade rs
ResponderExcluirPor isso, adorei chegar no blog e encontrar essa indicação. Eu amo isso do humor ácido, da ferroada na sociedade.
Com certeza, se puder, é um livro que quero ter em mãos!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Crônicas com ironia e sarcasmo: já me interessei.
ResponderExcluirQuanto aos termos politicamente incorretos, uma ressalva sobre o tempo da escrita das crônicas já amenizava (não sei se tem).
A capa é realmente bem simples, nem é atrativa.
Danielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Dom!
ResponderExcluirVoltei a minha adolescência onde gostava demais de ler os livros do Sergio Porto (com pseudônimo ou não.
E me divertia muito, porque o humor sarcástico dele me conquistava.
Deu vontade de reler.
E concordo que hoje, tem uns trechos que deveriam ser retirados.
cheirinhos
Rudy
Oi Nardonio,
ResponderExcluirHum, crônicas, não lembro a última vez que li algo do gênero, bom ver uma resenha relembrando esse tipo de leitura, que possui características bem marcantes.
Olá,
ResponderExcluirConfesso que não sou muito de ler crônicas, apesar de gostar.
Legal que você tenha gostado desse livro e é uma pena que ainda tenha certos termos...
Obrigada pela indicação
Beijos
Olá
ResponderExcluirConfesso que a postagem teve um tom saudosista para mim pois lembrei dos tempos que lia os artigos dele nos jornais quando meu pai os comprava .
Muito boa essa lembrança.
Eu também gostava de ler crônicas em jornais ou revistas, mas, hoje em dia, leio pouquíssimo. Gostei da proposta desse livro, ainda mais que o autor tem um humor ácido e sarcástico, e o fato de sentir que ele conversa com o leitor, me chama mais atenção.
ResponderExcluirAbraços
Olá! Adorei a dica, de vez em quando precisamos mesmo de uma leitura desse tipo, mais leve, com esse humor ácido que nos faz refletir, e muito, sobre alguns aspectos do nosso dia a dia.
ResponderExcluirOi, Nardonio!
ResponderExcluirAssim como você eu também ia direto no caderno que continha a parte de humor e jogos quando abria o jornal impresso rsrs... Gosto bastante de crônicas, ainda mais com o humor irônico/sarcástico que há nas crônicas de A Fina Flor de Stanislaw Ponte Preta.
Valeu pela dica! Bjos!
Eu amo uma leitura carregada na ironia e sarcasmo e gosto bastante de crônicas, apesar de não ler tanto assim, confesso que faz tempo que não me deparo com uma, por isso, a dica já está mais que anotada.
ResponderExcluirOi, Dom
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas acho que vou amar!
Também amava ler crônicas, mas era de revistas.
Vou sim querer ler esse e vou até procurar outros desse tipo, agora me deu saudades das crônicas KKK
Essa questão do livro ter expressões que hoje são consideradas erradas, é chato mesmo, da raiva do livro e do autor, mas eram outros tempos né, as coisas eram bem mais doidas kk
Bjs