O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide
Parte 3: A Fortaleza dos Espinhos
Este é o terceiro capítulo da Book Série de fantasia: O Vaporcello, a Musicista e a Mecanoide do autor André Luis Barreto, composta de 4 capítulos. No final da postagem você encontra o botão "Anterior" para voltar para o segundo capítulo.
Sinopse:
Valéria é uma jovem musicista em início de carreira. Após ser surpreendia por quem menos esperava, ela recebe uma encomenda inusitada que vai mudar sua vida para sempre.
Inicio:
Valéria e Tempesta entraram em vastas nuvens escuras. Ela estava maravilhada e um pouco apreensiva, como tudo aquilo era possível? Como tia Lúcia guardara tão bem tamanho segredo durante tanto tempo? Tinha mil perguntas para fazer, e Tempesta pareceu adivinhar seus pensamentos, ou pelo menos parte deles:
— Paladina, Amisthea deveria ter contado tudo antes de você voltar para Ellora.
— Voltar? Mas eu nunca estive aqui antes!
— É claro que esteve, só não se lembra! — Tempesta crocitou, divertido. — Bem, resumindo: estamos em guerra com o Protetorado de Uz há dez anos. Eles tomaram o poder em Ellora com a ajuda dos Filhos de Azure, um bando de bruxos sem escrúpulos — ele crocitou novamente, mas dessa vez com escárnio. — E não está bonito para o nosso lado; mas algo incrível aconteceu: um Ascendente despertou em Ellora, e com ele a esperança da vitória. Infelizmente o menino foi aprisionado pelo Protetorado, e quando Amisthea tentou resgatá-lo também foi capturada. Ambos estão na Fortaleza dos Espinhos, e é para lá que estamos indo.
— E por que vocês julgam que terei sucesso onde Amisthea falhou?
— Porque você foi a única mecanoide que atendeu nossas preces!
— Isso é um absurdo…
Subitamente, um grande estrondo ecoou pelo ar, atraindo a atenção dos dois.
— Estamos chegando! Veja, a Fortaleza dos Espinhos!
Valéria observou os mesmos dirigíveis de antes rodeando um castelo em cima de uma montanha. Gigantescos espinhos de ferro brotavam das torres do castelo. E canhões nos dirigíveis disparavam incessantes contra as muralhas, porém causando pouco dano. Canhões nas torres do castelo respondiam ao fogo destruindo vários dirigíveis. Era brutal.
Algumas aeronaves conseguiam se aproximar e lançavam tropas em balões que aterrissavam no castelo, onde eram recebidas ferozmente por soldados em trajes cor de vinho.
— O Exército Verde está criando uma distração para sua entrada, —repare-se, Paladina.
Valéria desesperou-se.
— Deuses! Mas o que farei? Você vai simplesmente me jogar no meio daquela batalha?
— Acredite em você, Paladina! Escute: ao entrar no castelo você deve buscar a luz. Siga a luz para chegar ao Ascendente. Use seu sabre, usa sua força! Enquanto isso, as tropas do Exército Verde vão libertar Amisthea e ela vai ajudá-la. Provavelmente tem um bruxo de Azure lá dentro, mas ele não será páreo para vocês duas.
Tempesta mergulhou em direção ao pátio do castelo, enquanto Valéria gritava. Explosões fosforescentes por todos os lados iluminavam o breu, o som incessante dos disparos reverberam nas pedras e se misturavam aos gritos dos homens. Balões em chamas caíam do céu, e as máquinas de guerra do Exército Verde que conseguiam chegar ao pátio do castelo provocavam grandes baixas nas tropas do Protetorado, equilibrando a luta.
— Vá, Paladina, que os Sete Deuses a protejam!
Tempesta largou Valéria em meio ao combate. Inicialmente ela ficou desesperada, porém, em questão de segundos, instintivamente flexionou o tronco e juntou as pernas sobre o peito, rodopiando no ar e aterrizando perfeitamente. Ficou surpresa com a manobra, seu medo havia desaparecido por completo. Então, quando se viu no meio da batalha, soube exatamente o que deveria fazer.
Com o sabre em riste correu na direção das tropas do Protetorado. A maioria dos soldados inimigos defendia o grande portão que dava acesso ao interior do castelo. Quando viram Valéria, apontaram suas armas para ela e disparam sem trégua. Incrivelmente ágil, ela desviou da enxurrada de balas e com uma velocidade incrível atingiu a linha defensiva. Golpeou habilmente com o sabre derrubando vários inimigos, saltou como um acrobata sobre os outros e disparou sua arma contra os que conseguiram chegar perto. As engrenagens a todo vapor, Valéria nunca havia experimentado tamanha emoção, sentia-se viva, sentia-se letal, sentia-se a Paladina Dourada. Logo havia uma brecha nas defesas do Protetorado e, vendo a poderosa mecanoide em ação, os soldados do Exército Verde empolgaram-se e saíram de suas posições entoando gritos de guerra. Dividiram-se em dois grupos: enquanto um atacava a brecha na linha defensiva, o outro flanqueava os inimigos pela direita.
Ela chegou ao portão. Por um momento não sabia o que fazer para abri-lo. Atrás dela, a batalha desenrolava-se feroz, e vários homens do Exército Verde formaram um círculo para protegê-la, repelindo os soldados do Protetorado. De imediato lembrou-se do sabre. Soube que aquela não era uma espada qualquer.
Ergueu o sabre sobre a cabeça, segurando-o com as duas mãos. Suas engrenagens aceleraram e uma descarga de energia correu de seu corpo para a espada, envolvendo a lâmina em uma chama azul fantasmagórica. Ela ficou em transe e, em um único golpe, atingiu o grande portão. O ferro foi cortado como se fosse papel. Valéria fez um círculo no metal abrindo uma passagem. Entrou decidida no interior do castelo. A luz, siga a luz, lembrou-se das palavras de Tempesta.
O salão era imenso e repleto de grandes colunas negras que subiam a perder de vista. Uma penumbra fosca a impedia de ver além. Escadarias de pedra nas laterais levavam aos muitos andares. Então, do nada, batalhões de soldados surgiram por todos os lados. Valéria partiu para o ataque com seu sabre flamejante, dilacerando vários inimigos ao mesmo tempo. As forças do Exército Verde invadiram o salão atrás dela, atraindo para o combate os guerreiros do Protetorado e permitindo que a Paladina avançasse rumo ao centro do salão.
Ela invadiu a penumbra, rapidamente encontrando parcos raios de luz. Quanto mais adentrava, mais forte a luz ficava, até que, finalmente, a penumbra fora vencida. Então ela viu, dentro de uma esfera de energia, um menino flutuando no ar. E ele tinha asas, asas brancas e grandes.
— Ora essa, vejam só! A escória conseguiu outra mecanoide!
A voz veio de todas as direções, reverberando nas pedras. Valéria colocou-se em posição de alerta. Não sentiu medo, estava pronta.
— Quem fala? Mostre sua face, eu ordeno!
— Com prazer, Paladina!
Por detrás da esfera de energia surgiu o bruxo. Ele era muito alto e usava uma estranha armadura vermelha cheia de engrenagens e lentes de variados tamanhos. Caminhava calmamente. Seu elmo era uma máscara demoníaca, chifres imensos e entrelaçados brotavam dela.
Mas a Paladina não hesitou. Como uma lebre empreendeu uma corrida contra o inimigo e, quando estava a poucos metros dele, saltou girando o sabre no ar contra a cabeça do bruxo, mas segundos antes do golpe atingir o alvo, as lentes na armadura vermelha disparam contra ela, que voou na direção contrária e atingiu violentamente o chão. Pela primeira vez naquele mundo sentiu dor e medo. O corpo queimava. O bruxo a olhou e riu. Ele se aproximou e sacou um punhal que parecia ser de cristal.
— Vocês mecanoides são parte do passado, assim como os Sete Deuses e todo esse misticismo grotesco. É bom que saiba antes de morrer, Paladina: existe um novo Deus em Ellora e ele se chama Eléctron! Sinta o seu poder!
O Filho de Azure ergueu o punhal e as lentes em sua armadura expeliram raios que foram atraídos para a arma, então ele a apontou para Valéria e disparou. A energia explodiu no corpo da Paladina, fazendo-a finalmente largar o sabre. A dor era imensa, suas engrenagens começaram a falhar. Ela tentou erguer o braço para disparar contra o bruxo, mas ele a atingiu com uma nova descarga, fazendo-a contorcer-se e gritar.
— Kaladan, afaste-se dela! — gritou uma voz poderosa.
O bruxo virou-se, surpreendido. Atrás dele estava Amisthea empunhando seu arco, ladeada por soldados do Exército Verde.
— Acabou, seu miserável. Suas tropas foram derrotadas, a fortaleza é nossa! Renda-se agora ou enfrente a fúria dos Sete Deuses.
Kaladan respondeu com escárnio, então ergueu seu punhal e disparou. Amisthea esquivou-se no último segundo e atirou. A flecha acertou o elmo do bruxo, atravessando-o. Kaladan caiu de joelhos. Atrás dele, a Paladina Dourada se recuperou e apanhou seu sabre, então golpou forte, cravando a lâmina nas costas do inimigo. Enfim, o bruxo estava derrotado.
Amisthea abaixou o arco, olhou ao redor em busca de novas ameaças, então correu até sua sobrinha, abraçando-a.
As tropas remanescentes do Exército Verde chegaram até o centro do salão. Muitos se ajoelharam ao observar o Ascendente, sentido que a esperança havia renascido. Os oficiais foram ao encontro das mecanoides.
— General, por favor, cuide dela. Ainda tenho uma coisa a fazer — disse Amisthea.
Decidida, caminhou até a esfera de energia e pegou o sabre de um dos soldados. Olhou para os homens:
— Preparem-se, assim que eu desativar a esfera, corram para segurar o Ascendente.
Os homens aquiesceram, posicionaram-se ao redor do campo de energia. Então, com um golpe preciso, Amisthea atingiu o globo de luz. Ele cintilou várias vezes até desaparecer completamente. O Ascendente caiu, socorrido pelos soldados.
A Paladina prateada olhou ao redor: as tropas sobreviventes estavam em frangalhos. Conseguiram conquistar a Fortaleza dos Espinhos e resgatar o Ascendente, mas a que preço? Subitamente um crocitar conhecido invadiu o ar, afastando os pensamentos ruins da mente de Amisthea.
— Eu sabia que vocês conseguiriam! — clamou o grande corvo, festejante.
Amisthea sentiu que a moral estava restabelecida. Os homens festejavam, o Ascendente despertava. Um grupo de sacerdotisas dos Sete Deuses entrou apressadamente e envolveu o menino-anjo em tecidos limpos. Enfim, os últimos baronatos livres poderiam finalmente comemorar, mas por quanto tempo? Dezenas de dúvidas invadiram a mente de Amisthea, contudo, naquele momento ela tinha apenas uma preocupação: Valéria.
Siga o autor no Instagram: @albarreto.escritor
— Paladina, Amisthea deveria ter contado tudo antes de você voltar para Ellora.
— Voltar? Mas eu nunca estive aqui antes!
— É claro que esteve, só não se lembra! — Tempesta crocitou, divertido. — Bem, resumindo: estamos em guerra com o Protetorado de Uz há dez anos. Eles tomaram o poder em Ellora com a ajuda dos Filhos de Azure, um bando de bruxos sem escrúpulos — ele crocitou novamente, mas dessa vez com escárnio. — E não está bonito para o nosso lado; mas algo incrível aconteceu: um Ascendente despertou em Ellora, e com ele a esperança da vitória. Infelizmente o menino foi aprisionado pelo Protetorado, e quando Amisthea tentou resgatá-lo também foi capturada. Ambos estão na Fortaleza dos Espinhos, e é para lá que estamos indo.
— E por que vocês julgam que terei sucesso onde Amisthea falhou?
— Porque você foi a única mecanoide que atendeu nossas preces!
— Isso é um absurdo…
Subitamente, um grande estrondo ecoou pelo ar, atraindo a atenção dos dois.
— Estamos chegando! Veja, a Fortaleza dos Espinhos!
Valéria observou os mesmos dirigíveis de antes rodeando um castelo em cima de uma montanha. Gigantescos espinhos de ferro brotavam das torres do castelo. E canhões nos dirigíveis disparavam incessantes contra as muralhas, porém causando pouco dano. Canhões nas torres do castelo respondiam ao fogo destruindo vários dirigíveis. Era brutal.
Algumas aeronaves conseguiam se aproximar e lançavam tropas em balões que aterrissavam no castelo, onde eram recebidas ferozmente por soldados em trajes cor de vinho.
— O Exército Verde está criando uma distração para sua entrada, —repare-se, Paladina.
Valéria desesperou-se.
— Deuses! Mas o que farei? Você vai simplesmente me jogar no meio daquela batalha?
— Acredite em você, Paladina! Escute: ao entrar no castelo você deve buscar a luz. Siga a luz para chegar ao Ascendente. Use seu sabre, usa sua força! Enquanto isso, as tropas do Exército Verde vão libertar Amisthea e ela vai ajudá-la. Provavelmente tem um bruxo de Azure lá dentro, mas ele não será páreo para vocês duas.
Tempesta mergulhou em direção ao pátio do castelo, enquanto Valéria gritava. Explosões fosforescentes por todos os lados iluminavam o breu, o som incessante dos disparos reverberam nas pedras e se misturavam aos gritos dos homens. Balões em chamas caíam do céu, e as máquinas de guerra do Exército Verde que conseguiam chegar ao pátio do castelo provocavam grandes baixas nas tropas do Protetorado, equilibrando a luta.
— Vá, Paladina, que os Sete Deuses a protejam!
Tempesta largou Valéria em meio ao combate. Inicialmente ela ficou desesperada, porém, em questão de segundos, instintivamente flexionou o tronco e juntou as pernas sobre o peito, rodopiando no ar e aterrizando perfeitamente. Ficou surpresa com a manobra, seu medo havia desaparecido por completo. Então, quando se viu no meio da batalha, soube exatamente o que deveria fazer.
Com o sabre em riste correu na direção das tropas do Protetorado. A maioria dos soldados inimigos defendia o grande portão que dava acesso ao interior do castelo. Quando viram Valéria, apontaram suas armas para ela e disparam sem trégua. Incrivelmente ágil, ela desviou da enxurrada de balas e com uma velocidade incrível atingiu a linha defensiva. Golpeou habilmente com o sabre derrubando vários inimigos, saltou como um acrobata sobre os outros e disparou sua arma contra os que conseguiram chegar perto. As engrenagens a todo vapor, Valéria nunca havia experimentado tamanha emoção, sentia-se viva, sentia-se letal, sentia-se a Paladina Dourada. Logo havia uma brecha nas defesas do Protetorado e, vendo a poderosa mecanoide em ação, os soldados do Exército Verde empolgaram-se e saíram de suas posições entoando gritos de guerra. Dividiram-se em dois grupos: enquanto um atacava a brecha na linha defensiva, o outro flanqueava os inimigos pela direita.
Ela chegou ao portão. Por um momento não sabia o que fazer para abri-lo. Atrás dela, a batalha desenrolava-se feroz, e vários homens do Exército Verde formaram um círculo para protegê-la, repelindo os soldados do Protetorado. De imediato lembrou-se do sabre. Soube que aquela não era uma espada qualquer.
Ergueu o sabre sobre a cabeça, segurando-o com as duas mãos. Suas engrenagens aceleraram e uma descarga de energia correu de seu corpo para a espada, envolvendo a lâmina em uma chama azul fantasmagórica. Ela ficou em transe e, em um único golpe, atingiu o grande portão. O ferro foi cortado como se fosse papel. Valéria fez um círculo no metal abrindo uma passagem. Entrou decidida no interior do castelo. A luz, siga a luz, lembrou-se das palavras de Tempesta.
O salão era imenso e repleto de grandes colunas negras que subiam a perder de vista. Uma penumbra fosca a impedia de ver além. Escadarias de pedra nas laterais levavam aos muitos andares. Então, do nada, batalhões de soldados surgiram por todos os lados. Valéria partiu para o ataque com seu sabre flamejante, dilacerando vários inimigos ao mesmo tempo. As forças do Exército Verde invadiram o salão atrás dela, atraindo para o combate os guerreiros do Protetorado e permitindo que a Paladina avançasse rumo ao centro do salão.
Ela invadiu a penumbra, rapidamente encontrando parcos raios de luz. Quanto mais adentrava, mais forte a luz ficava, até que, finalmente, a penumbra fora vencida. Então ela viu, dentro de uma esfera de energia, um menino flutuando no ar. E ele tinha asas, asas brancas e grandes.
— Ora essa, vejam só! A escória conseguiu outra mecanoide!
A voz veio de todas as direções, reverberando nas pedras. Valéria colocou-se em posição de alerta. Não sentiu medo, estava pronta.
— Quem fala? Mostre sua face, eu ordeno!
— Com prazer, Paladina!
Por detrás da esfera de energia surgiu o bruxo. Ele era muito alto e usava uma estranha armadura vermelha cheia de engrenagens e lentes de variados tamanhos. Caminhava calmamente. Seu elmo era uma máscara demoníaca, chifres imensos e entrelaçados brotavam dela.
Mas a Paladina não hesitou. Como uma lebre empreendeu uma corrida contra o inimigo e, quando estava a poucos metros dele, saltou girando o sabre no ar contra a cabeça do bruxo, mas segundos antes do golpe atingir o alvo, as lentes na armadura vermelha disparam contra ela, que voou na direção contrária e atingiu violentamente o chão. Pela primeira vez naquele mundo sentiu dor e medo. O corpo queimava. O bruxo a olhou e riu. Ele se aproximou e sacou um punhal que parecia ser de cristal.
— Vocês mecanoides são parte do passado, assim como os Sete Deuses e todo esse misticismo grotesco. É bom que saiba antes de morrer, Paladina: existe um novo Deus em Ellora e ele se chama Eléctron! Sinta o seu poder!
O Filho de Azure ergueu o punhal e as lentes em sua armadura expeliram raios que foram atraídos para a arma, então ele a apontou para Valéria e disparou. A energia explodiu no corpo da Paladina, fazendo-a finalmente largar o sabre. A dor era imensa, suas engrenagens começaram a falhar. Ela tentou erguer o braço para disparar contra o bruxo, mas ele a atingiu com uma nova descarga, fazendo-a contorcer-se e gritar.
— Kaladan, afaste-se dela! — gritou uma voz poderosa.
O bruxo virou-se, surpreendido. Atrás dele estava Amisthea empunhando seu arco, ladeada por soldados do Exército Verde.
— Acabou, seu miserável. Suas tropas foram derrotadas, a fortaleza é nossa! Renda-se agora ou enfrente a fúria dos Sete Deuses.
Kaladan respondeu com escárnio, então ergueu seu punhal e disparou. Amisthea esquivou-se no último segundo e atirou. A flecha acertou o elmo do bruxo, atravessando-o. Kaladan caiu de joelhos. Atrás dele, a Paladina Dourada se recuperou e apanhou seu sabre, então golpou forte, cravando a lâmina nas costas do inimigo. Enfim, o bruxo estava derrotado.
Amisthea abaixou o arco, olhou ao redor em busca de novas ameaças, então correu até sua sobrinha, abraçando-a.
As tropas remanescentes do Exército Verde chegaram até o centro do salão. Muitos se ajoelharam ao observar o Ascendente, sentido que a esperança havia renascido. Os oficiais foram ao encontro das mecanoides.
— General, por favor, cuide dela. Ainda tenho uma coisa a fazer — disse Amisthea.
Decidida, caminhou até a esfera de energia e pegou o sabre de um dos soldados. Olhou para os homens:
— Preparem-se, assim que eu desativar a esfera, corram para segurar o Ascendente.
Os homens aquiesceram, posicionaram-se ao redor do campo de energia. Então, com um golpe preciso, Amisthea atingiu o globo de luz. Ele cintilou várias vezes até desaparecer completamente. O Ascendente caiu, socorrido pelos soldados.
A Paladina prateada olhou ao redor: as tropas sobreviventes estavam em frangalhos. Conseguiram conquistar a Fortaleza dos Espinhos e resgatar o Ascendente, mas a que preço? Subitamente um crocitar conhecido invadiu o ar, afastando os pensamentos ruins da mente de Amisthea.
— Eu sabia que vocês conseguiriam! — clamou o grande corvo, festejante.
Amisthea sentiu que a moral estava restabelecida. Os homens festejavam, o Ascendente despertava. Um grupo de sacerdotisas dos Sete Deuses entrou apressadamente e envolveu o menino-anjo em tecidos limpos. Enfim, os últimos baronatos livres poderiam finalmente comemorar, mas por quanto tempo? Dezenas de dúvidas invadiram a mente de Amisthea, contudo, naquele momento ela tinha apenas uma preocupação: Valéria.
Siga o autor no Instagram: @albarreto.escritor
Para navegar entre os capítulos clique sobre os botões "Anterior" e "Próximo" disponíveis abaixo.
[Anterior] | [Próximo] |
Oi, André! Que capítulo eletrizante! Adorei as cenas de batalha e a força dessas duas mulheres, Valéria e Amisthea. Aguardando o capítulo final!
ResponderExcluirUm penúltimo capítulo simplesmente eletrizante! Cheio de revelações.
ResponderExcluirAos poucos Valéria vai aceitando seu destino
Muito show ver que a Paladina tinha praticamente o mapa do que fazer e também de quem ela é, ali, dentro dela o tempo todo.
ResponderExcluirO medo dura apenas um breve instante e sua força é colocada à mostra!
Adorei a ação contida nesse terceiro capítulo e fiquei até imaginando isso tudo na telinha.
Já curiosa para saber se Valéria aceitará quem é de fato ou conseguira será, conciliar os dois mundos??
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Oi André,
ResponderExcluir"— Voltar? Mas eu nunca estive aqui antes!", hum..fiquei instigada, espero ver mais dessas lembranças, pensei em uma história que gosto muito: Alice no País dos Espelhos, a sua volta ao país das maravilhas~
André!
ResponderExcluirNossa!
Fiquei com o coração na mão por causa da Paladina.
E feliz que no final, tudo deu certo.
cheirinhos
Rudy
Ah mas já vai acabar?!
ResponderExcluirEspero que Amisthea encontre as respostas para suas dúvidas.
Danielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Olá
ResponderExcluirValéria teve que lutar muito nesse capitulo .Ainda bem que teve um reforço contra um poderoso inimigo e conseguiram derrota- lo.
Aguardando o próximo capitulo.
Ola!
ResponderExcluirMuito bom esse capítulo com toda a batalha.
Legal isso de mesmo ela não se lembrando de nada, se tudo muito instintivo pra ela.
Beijos
Uau, você se supera a cada capítulo. 👏👏👏 Um capítulo intenso, ágil, eletrizante e que finaliza de uma maneira que só me faz ansiar o desfecho. Muito bom.
ResponderExcluirAbraços
Olá! Eita que são muitas perguntas sem respostas para Valeria em tão pouco tempo (haja coração amigo!), que bom que a tia chegou a tempo para ajudá-la.
ResponderExcluirHum... será que finalmente a calmaria chegará para nossa protagonista?! Aguardando as respostas para esse desfecho e torcendo para que tudo dê certo.
ResponderExcluirOi, André
ResponderExcluirIncrível como em cada capítulo você sabe criar um clímax tão bom! E a escrita também cada dia mais fluída.
Parabéns!!
Bjs