Você acredita em contos de fadas? Foi a primeira coisa que pensei quando comecei a leitura e a resposta foi, no mundo em que vivemos é preciso acreditar ao menos enquanto estamos lendo para sobrevivermos ao mundo real. A segunda coisa foi, temos aqui uma ótima releitura de várias referências literárias e filmográficas e eu amei cada minuto dessa história e agora conto o porquê.
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Título: Uma Princesa em TóquioOnde comprar: Amazon
Autor: Emiko Jean
Tradutor: Raquel Nakasone
Série: Tokyo Ever After
Editora: Seguinte;
Gênero: Romance para Adolescentes
Páginas: 312
Edição: 1ª
Ano: 2021
A história será contada por Izumi, uma adolescente com ascendência japonesa que mora em uma pequena cidade no norte da Califórnia. E esse simples fato de se destacar por não ser igual aos outros acompanhou Izzy, como prefere ser chamada, desde sempre, criando além de situações de xenofobia e causando nela um pensamento adicional, afinal onde eu me encaixo no mundo? Não bastasse isso, a identidade de seu pai sempre foi uma enorme incógnita em sua vida, ajudando a reforçar essa sensação de não pertencimento.
“Me sinto em um filme antigo. É tudo muito O Grande Gasby.”
A partir do momento que a identidade de seu pai vem à tona, simplesmente o mundo de Izumi encontra um novo eixo e nossa história acontece e para mim ganhou ares de uma deliciosa releitura de “O diário da princesa” em uma versão oriental e num país com milênios de história e tradição - O Japão. Claro que com a chegada do guarda-costas de Izumi, já sabemos que esse casal que não se deu bem no primeiro momento vai dar o tom do romance na trama.
“Acho que você é muito responsável com as coisas que lhe são importantes. Acho que você age com o coração.”
Já vou deixar claro que não é um livro com foco em um assunto e ainda assim consegue com leveza e muito talento abordar todos eles sem deixar superficial ou dramático além do necessário. Mesmo sendo a história de uma adolescente em formação e questões como identidade, pertencimento, drama familiar e xenofobia já abordados nos primeiros capítulos, todos esses assuntos vão de uma forma muito interessante permear a trama ao mesmo tempo que junto a Izumi, agora uma princesa, vamos entendendo o sentido de tradição, rituais e responsabilidade atribuídas e que num determinado momento para nos encontrar é preciso nos perder e descobrir por qual caminho queremos seguir.
As confusões, gafes e situações constrangedoras que ela acaba se metendo nos mostram como é difícil a mudança e a adaptação em diversas situações, porém ela é humana o bastante pra chorar, ficar triste e repensar suas atitudes, afinal mesmo crescendo durante a trama, ela ainda é adolescente.
Falando em crescer, foi uma delícia ver o desenvolvimento do romance, o drama de Akio entre o sentimento cada vez maior por sua princesa e seu dever e honra. Ao mesmo tempo que Izumi tem tanto anseio de viver esse sentimento com Akio ela sente que ainda não conseguiu atravessar a ponte que a separa do pai e se encontra naquela busca por aceitação, acolhida e aprovação, afinal ela quer deixar de ser uma estrangeira tanto nos EUA quanto no Japão.
“Eu pensava que o mundo pertencesse a mim. Mas estava errada. Eu pertenço ao mundo. E às vezes... acho que, às vezes, nossas escolhas precisam refletir isso.”
Claro que não seria fácil para ela, que chegou e já “sentou na janela” lidar com alguns ressentimentos criados dentro da família e suas primas gemias ganham uma referência deliciosa e quebra o peso da carga dramática que envolve esses momentos de embate silenciosos.
Os momentos que damos uma pausa com nossa querida protagonista em sua imersão na cultura, história e costumes japoneses são regados a amizades a distância, novos rumos de vida e relacionamento materno que ganha uma nova dinâmica, mas que sem os segredos fica mais forte mesmo distante, e nossa Izumi não fica a deveria porque tem um porto onde encontrar segurança.
Achei a leitura leve, divertida e uma deliciosa viagem a cultura do Japão, com os devidos limites da ficção. Algumas questões ficam para o segundo livro, e a reviravolta no final foi mais que inesperada, amei acompanhar como Izumi lidou com tudo e já quero o próximo livro. Boa leitura e divirta-se!!
Amo amo amo livros assim.
ResponderExcluirO meu tá bem ali me olhando e esperando para ser lido. Mas quero ter o livro 2 para ler na sequência
Eu nunca dei muita atenção a esse livro. Mas agora lendo sua resenha, entendo a representatividade, a importância das descobertas dessa jovem, mas também seu crescimento diante de tantas mudanças!
ResponderExcluirDeve realmente ser uma leitura bem leve e ao mesmo tempo,intensa.
Já vai pra listinha de desejados!!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Oi, Elisabete! Um livro que irá trazer muitos dos sentimentos vividos nessa fase da adolescência. Acho que a relação de Izumi com o pai vai dar um tom dramático à história, mas como vc disse, sem pesar. Enfim, uma leitura leve e divertida para todos os momentos.
ResponderExcluirParece mesmo uma leitura leve olhando a capa, mas os temas e assuntos que de alguma forma são abordados no livro, dão ao enredo uma importância mesmo sem grandes aprofundamentos ou dramas. As situações vividas pela personagem por si só já são um aprendizado. Legal explorar a cultura japonesa.
ResponderExcluirElisabete!
ResponderExcluirMesmo sendo uma releitura já tão vista em livros e filmes, com a cultura japonesa, tudo deve ter um conhecimento sobre a cultura asiática.
cheirinhos
Rudy
Oi, Elisabete!
ResponderExcluirNunca li um livro onde a história viaja na cultura do Japão, confesso que não é um assunto que me interesse tanto... E sinceramente não fiquei curiosa para conhecer mais da história da Izumi.
Bjos!
Gostei bastante da premissa do livro, consumo um pouco a Cultura de alguns países asiáticos e fiquei interessada nele já faz um tempo só preciso arrumar um tempinho a mais para ler ele e a sequência juntos.
ResponderExcluirOi Elisabete,
ResponderExcluirLembro de “O diário da princesa”, tão fofo!
Legal ver na resenha que há essa parte de imersão em outra cultura.
Tenho esse livro aqui, pretendo ler em breve, e suas palavras me deixaram mais animada. Gosto dessa vibe de contos de fadas, essas referências também me chamam atenção, e saber que aborda diversos temas relevantes com leveza torna tudo mais atraente.
ResponderExcluirBeijos
Elisabete, nossa que diferente! Eu fiquei curiosa como a autora mistura todos esses temas com leveza e trás esse conto de fadas asiático na história. Parece ser muto fofo de ler. Gosto de livros que fazem o leitor acreditar no seu próprio conto de fadas, ainda mais esse cheio de identidade e cultura. Obrigada pela indicação. Cheirinho de livro novo.
ResponderExcluirOlá Elizabeth
ResponderExcluirConfesso que romances com adolescentes não chamam a minha atenção .Nunca tive vontade de ler O diário de uma princesa.
Muito bom poder conhecer um pouco mais da cultura japonesa.
Olá,
ResponderExcluirFaz tempo que não leio um romance com adolescentes, caramba!
Esse parece ser muito interessante, fiquei com vontad de ler, até por causa de toda a questão cultural.
Beijos
Olá! Um livro com uma pegada bem sessão da tarde, ter uma princesa já me empolgou bastante, com certeza lembra os livros da Meg, (que não li, fiquei só nos filmes mesmo). Mas o que mais me agrada, é termos a oportunidade de conhecer um pouco do Japão, que eu gostaria muito de visitar, e enquanto isso não acontece, nos aventuramos com os livros.
ResponderExcluirGostei, pois eu gosto de livros assim que traz leveza e drama familiar, na verdade tudo que envolve família.
ResponderExcluirEu já estou bem empolgada com esse livro, vi algumas resenhas e todas elas destacam o quanto a leitura foi leve, apesar de abordar tantos temas importantes, como fã do O Diário da princesa, gostei de saber que temos aqui algo parecido, sem falar na oportunidade de conhecer um pouquinho mais da cultura Japonesa, esse final hein, já me deixou curiosa antes mesmo de começar.
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