Cortesia do Grupo Companhia das Letras
Poucos são os livros que me fazem “burlar” minha listinha de leituras. Assim que esse chegou em minhas mãos, não tive dúvida, afinal, fazia um bom tempo que não me aventurava em algo do gênero, e já estava sentindo falta. E que bom que não me arrependi de me jogar em suas páginas.
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Título: Fumaça BrancaOnde comprar: Amazon
Autor: Tiffany D. Jackson
Tradutor: Solaine Chioro
Editora: Seguinte
Gênero: Terror, thriller, suspense psicológico
Páginas: 320
Edição: 1ª
Ano: 2022
“Mudar é bom. Mudar é necessário. Mudar é preciso”. Esse é um mantra que acompanha nossa protagonista durante toda sua jornada. E é bastante interessante observar todo o esforço que ela faz para conseguir segui-lo. Seu passado é bem conturbado, e isso faz com que a a palavra mudança seja considerada em toda sua amplitude. A mudança precisa ser interna e externa. Novos ambientes, novas amizades, novas atitudes, novas ações. Nova vida.
“Logo vocês vão entender: Minha casa, minhas regras. Tudo que a vocês pertence agora é meu. E vão obedecer minhas regras até o dia que partirem. Isso mesmo, vocês não ficarão aqui por muito tempo. Eu garanto.” Página 07
Considero a narrativa da autora um dos pontos altos do livro. É leve, fluida, bastante visual e viciante. Ela tem um domínio incrível de sua trama, e isso fica nítido quando o leitor começa a perder a noção do tempo, por está imerso em suas páginas.
Outro ponto positivo é o leque de personagens complexos: Uma protagonista bem trabalhada, e algumas coadjuvantes que não ficam atrás em relação a isso. Por outro lado, dois personagens conseguiram minha antipatia: um poderoso da cidade, e a “quase irmã” de nossa protagonista (não suporto criança birrenta, mimada e com um pezinho na maldade. Me julguem!). A autora ainda tentou amenizar a barra dela, mas meu ranço já estava instalado (risos).
A Thiffany nos entrega um terror/thriller/suspense psicológico com todos os ingredientes do gênero. Temos cenários característicos (casa mal-assombrada, cidade que guarda segredos etc.), temos um leque de personagens diversificado (misteriosos, cativantes e alguns irritantes), juntando-se a isso, uma crítica social bem trabalhada (racismo, infelizmente, ainda é um tema bastante atual), e uma reviravolta que nos faz refletir que devemos ter medo das atitudes dos vivos, e não dos mortos.
“Conheço bem o padrão. Temos todos os elementos básicos: família se muda para uma cidade nova e vai morar em uma casa misteriosa com um passado obscuro.
Mas algo não parece certo; é como se a fórmula estivesse... diferente. A esta altura, deveríamos ter visto uma cadeira levitando ou pelo menos ouvido uma criança morta rindo pelas paredes. No geral nada escandaloso aconteceu.” Página 214
Mas algo não parece certo; é como se a fórmula estivesse... diferente. A esta altura, deveríamos ter visto uma cadeira levitando ou pelo menos ouvido uma criança morta rindo pelas paredes. No geral nada escandaloso aconteceu.” Página 214
Algo que esperava mais era uma carga de tensão/susto mais pesada. Ela existe, mas não em uma intensidade que me faça perder o fôlego.
Em relação a parte gráfica, a Seguinte, mais uma vez, mandou bem. A capa é muito bonita, e a diagramação interna é simples e agradável aos olhos. Não encontrei erros.
Finalizo a resenha indicando aos amantes de um terror/suspense psicológico mais leve, mas que tem na narrativa da autora um dos pontos fortes pra segurar a atenção do leitor.
Gostei da sua resenha, acho que não li nenhum livro de terror na vida, acho que tenho que me aventurar nesse gênero.
ResponderExcluirAndo de namoro com esse livro desde que o vi pela primeira vez, mas vou admitir que em meio a algumas resenhas que li, essa é a primeira que fala de uma criança birrenta(torcendo o nariz com vontade rs)
ResponderExcluirMas a diagramação é belíssima(cheguei a ver por dentro o livro) e não vejo a hora de poder comprar!!!
beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Oi, Nardonio! Gosto demais de histórias com essa pegada de terror e suspense psicológico. Casas assombradas também têm o meu coração todinho rs. Muito legal essa parte da crítica social inserida. E com reviravolta então... Quero ler!
ResponderExcluirOi Nardonio,
ResponderExcluirA capa chamou minha atenção e lendo a resenha fiquei bem intrigada para saber mais da história e suas reviravoltas.
Adoro um terror com suspense psicológico!
Dom!
ResponderExcluirTriste ainda ter preconceito em nossa época e alguns assuntos incômodos.
Acredito que não tenha sido um terror/suspense psicológico mais pesado, por ter uma fantasia mais abrangente, o que não choca tanto.
cheiirnhos
Rudy
Nardonio, já ouvi falar do livro e li a sinopse. Não sou fã de thriller/terror/suspense, são gêneros que eu nem me atrevo a ler porque sei que não vou gostar e querer abandonar. Ou seja, sou uma pessoa que detesta abandonar livros. Acho muito legal esse tema de amadurecimento/mudança que é abordado no livro para quem gosta. Sobre o susto, eu não sei se me assustaria porque sou bem sensível a esse tipo de gênero, mas pelo que da sua resenha deixou algo a desejar. Infelizmente né. Obrigada pela dica. Cheirinhos de livro novo.
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirAcho que essa é a segunda resenha que leio desse livro.
É tão bom quando pegamos um livro e a leitura nos prende devido a ótima narrativa da autora.
Mas confesso que mesmo o livro possuindo essa narrativa tão boa não fiquei com vontade de ler.
Não conhecia o livro e já quero adicionar na minha wishlist. Pois são fã do gênero. Sou extremamente assim como disse no último parágrafo do post. Dos mais leves.
ResponderExcluirConheci a escrita da autora através de um conto no livro Blackout, achei bem prazerosa, mas Fumaça branca traz um gênero que não me atrai, confesso que tenho um certo medinho. Mas esse livro está sendo bem elogiado, né? Legal saber que as personagens são complexas.
ResponderExcluirAbraços
Olá! Um livro que está recheado de acontecimentos, e apesar de não ter curtido muito a capa, confesso que saber mais sobre o enredo do livro despertou meu interesse.
ResponderExcluirA capa é interessante e eu gosto de terror psicológico, mesmo que esse não seja tão forte. Quando a gente pega birra de um personagem não há o que nos faça mudar de repente ao final. Dica anotada.
ResponderExcluirOi, Nardonio!
ResponderExcluirTambém faz tempo que li um livro de thriller, suspense psicológico, mas confesso que não curto terror, e igual a você também não gosto de crianças birrenta, mimada, e maldosas... Bjos!
Cara, essa capa é simplesmente sensacional. Ainda não conhecia o livro, mas agora fiquei muito interessada!! Parece ser muito bom, preciso!
ResponderExcluirBeijos
Eu também tenho as minhas queridinhas que me “obrigam” a furar a fila (risos), já me deparei com esse livro algumas vezes, então acho que isso deve ser um sinal, para mim finalmente me arriscar no gênero, que definitivamente não é um dos meus favoritos.
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